17/03/2015
ILHOTA EM CHAMAS I
O prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, já sentiu a mão pesada do Ministério Público aqui da Comarca, em várias situações. A última veio na forma de Improbidade Administrativa. Ele a desdenha como sendo um mero erro de interpretação da Lei das Licitações (da promotoria ou dele?). Como as coisas estão feias para o seu lado, Bosi resolveu tirar uma casquinha. E diferente de como faz o prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, PT, que enfrenta o Ministério Público. Aqui há 91ruas irregulares e que o município resiste em encontrar a solução com os infratores (até porque em muitos casos a prefeitura e a Câmara possuem parcela ponderável de culpa). Em Ilhota há duas dezenas.
ILHOTA EM CHAMAS II
Mas quem fez as denúncias ao Ministério Público sobre elas? O próprio prefeito Bosi. Para que? Primeiro para se livrar a si próprio de culpa e transferi-la para o antecessor, Ademar Felisky, PMDB, (só uma é de 1993 e está fora daquele governo) e os vereadores da legislatura passada, que como aqui, tudo foi aprovado intencionalmente ou ignorando a lei. Segundo, ser o agente da mediação e solução, pois se a prefeitura de Ilhota tentar burlar a determinação da Justiça, a pedido pelo MP, a multa para cada ato será de R$30 mil.
ILHOTA EM CHAMAS III
Qual o pulo do gato? Ao mesmo tempo em que atende a Justiça, Bosi ferra o antecessor, seu adversário político Ademar Felisky, PMDB. Bosi é advogado e conhece do riscado. Com a denúncia e a determinação judicial, o político Bosi avoca para si o poder de negociação com os infratores num possível TAC com o MP. O que quer com esta jogada onde se correr o bicho pega, se ficar o bicho come? Capitalizar politicamente na solução. E ela poderá vir com dinheiro público naquilo que é obrigação particular regularizar. Está explicado? Bossi deu lições. E por que Gaspar não faz o mesmo? Porque quase tudo aqui é nascido na administração do PT de Pedro Celso Zuchi.
CEMITÉRIO IRREGULAR
Não tem jeito. Mais outra e sem licença ambiental. O Ministério Público pediu e a Justiça concedeu a liminar exigindo a imediata regularização do licenciamento ambiental do Cemitério Municipal da Comunidade Nossa Senhora do Rosário, no bairro Barracão. O pedido foi do promotor Henrique da Rosa Ziesemer, que cuida dos assuntos do Meio Ambiente na Comarca. Em 60 dias, a administração de Pedro Celso Zuchi, PT, terá que comprovar ?a protocolização do requerimento, instruído com os estudos e documentos necessários junto a Fatma, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ao Chefe do Poder Executivo?. Mais. Está proibida a ampliação do cemitério enquanto não for providenciada esta licença.
Este é o presente que a presidente Dilma Vana Rousseff, a gasparense honorária Ideli Salvatti (ela até disse que estaria aqui no seu aniversário que acontece amanhã para tapar a boca dos que duvidavam ), Décio Neri de Lima (padrinho da administração petista daqui) e Pedro Celso Zuchi prometeram para o aniversário de Gaspar há dois anos. Só discursos, entrevistas sem perguntas e desculpas. As portas de Brasília fecharam-se aos gasparenses, aos passantes do Vale e até políticos que diziam ter a franquia delas a qualquer hora. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Na coluna de sexta-feira, informei que os deputados federais Décio Neri de Lima, PT, e Rogério Peninha Mendonça, PMDB, num encontro, decidiram que PT e PMDB estariam juntos na disputa do ano que vem aqui em Gaspar. E que a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, seria vice. Pronto. Armou-se no PMDB um rebu na cidade.
A assessoria do deputado Peninha me mandou uma nota (que já circulou no Facebook dos peemedebistas desde sexta-feira) de ?esclarecimento? combatendo frontalmente a informação. ?Peninha jamais trocou uma palavra sequer com o deputado Décio Lima sobre o pleito do próximo ano. Esclarece ainda que não teria um encontro desta natureza sem a presença da executiva do PMDB gasparense. O parlamentar informa, para que não fique resquício de dúvida: o PMDB de Gaspar terá candidato a prefeito, e o nome dele é Kleber Wan-Dall?, acentuou a nota.
Reafirmo, todavia, integralmente a informação que divulguei. Pelo jeito, agora, e diante da afirmação do deputado Peninha e do vice-governador, presidente do partido, Eduardo Pinho Moreira, Kleber voltou ao páreo. Assim parece que a discussão será feita em Gaspar e não apenas armada goela abaixo entre poucos em Brasília, Florianópolis e Blumenau.
Uma coisa é certa diante de fatos novos. Ivete vai sair do circuito da política, momentaneamente, e por questões de saúde. Inclusive deve se licenciar na Câmara.
Não tem jeito. Depois do vídeo com a sua fala na Câmara chamando os professores de invejosos e que virou líder de audiência na internet, o vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado do prefeito Zuchi, foi às redes sociais dizer que o vídeo foi uma montagem. Conta outra. Os professores são esclarecidos.
Na quinta-feira, os vereadores de Gaspar colocaram o comando regional da PM na roda. Fizeram bem. Havia uma motivação. A vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, teve a sua residência roubada no início do ano. Chamou o 190. Não funcionou. Ela sentiu na pele o que se reclama todos os dias. Então por isso ela agiu.
Depois de desmoralizar e constranger, o PT de Gaspar finalmente está preocupado com o fenômeno Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. E de quem é culpa? Do próprio PT. Ele armou birra, desrespeito, traição e enfrentamento. Teimosia. Arrogância. Se não der um passo atrás, vai criar musculatura política e transformá-la em heroína. Agora, está atrás da licença da prefeitura para ela expor aqueles cartazes na praça e que deixaram a nú a administração de Pedro Celso Zuchi. Ou seja, a praça é do povo, mas só quando o PT a ocupa ou dá a concessão para os seus protegidos.
Mais um desvio de função. A prefeitura de Gaspar abriu concurso público para entre outros cargos, o de fiscal de tributos. Mas, neste caso há um servidor em estágio probatório neste cargo. Ele, todavia, está em outra função. Os fiscais inclusive estão indignados, pois recebem gratificação por produtividade, sendo que este servidor está baixando a média da produtividade prejudicando o ganho dos demais.
Outra dor de cabeça. Rafael Antonio Krebs Reginatto acaba de representar o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, no Tribunal de Contas por irregularidades na aplicação dos recursos arrecadados por meio do convênio de trânsito celebrado entre o Município e o Detran catarinense.
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