Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

27/02/2015

O RETRATO I

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, há semanas no Cruzeiro do Vale, o mais lido, o mais acreditado, ensinou-nos que o mais difícil é ter a ideia. A execução, segundo ele, seria sempre fácil. A realidade, todavia, mostra que o fazer tem sido a pior parte do governo petista por aqui. Hoje o próprio Cruzeiro traz isso naquilo que foi fiscalizar o promotor Henrique da Rosa Ziesemer sobre a obrigação de implantar o Saneamento Básico. É um erro atrás do outro. Dúvidas aos montes. E vem de longe. 

O RETRATO II

No primeiro governo de Zuchi (2000-2004), ele teve de verdade uma boa ideia: o transporte coletivo urbano. Essa ideia teve o senso de unir territorialmente o município e fortalecer o Centro da cidade. Mas a implantou de forma irregular. Zuchi, o PT e seus pares têm consciência disso. Tanto que resistem até hoje a anular aquela licitação de permissão que deu a vitória à Viação do Vale, da família Berger, de São José. A Viação do Vale disse que faria da forma como pedia o edital; fez de outra, burlando o que se pediu. Foi no mínimo, desleal na concorrência. É assunto velho e que não costuma estar na imprensa. Estranha cidadania. 

O RETRATO III

Zuchi embarriga esse fato grave na Justiça e não se sabe bem a razão disso quando há um explícito erro. Em defesa dos direitos de um portador de necessidades especiais, José Luiz Kirsch, que deveria ser atendido ? e não era como outros - pelos ônibus da empresa ganhadora da concorrência, o advogado Aurélio Marcos de Souza patrocinou uma Ação Popular contra o município. Por conta dessa Ação, a juíza Ana Paula Amaro da Silva, que atuou aqui por 11 anos na primeira vara, mandou destituir a vencedora Viação do Vale e fazer uma nova licitação. 

O RETRATO IV

Para vingar por esta e outras decisões técnicas ou de convencimento nos autos, numa confusão sem tamanho, o PT daqui resolveu desqualificá-la naquilo que ela é exemplo: a infância e a adolescência. Isto rende processos na Justiça até hoje por aqui, contra possíveis difamadores e que se achavam imunes. Voltando ao assunto e que se esconde do noticiário. Olha só o acórdão da Apelação 2012.071036-6 e que a Viação do Vale intentou os Embargos de Declaração. O relator desembargador substituto, Paulo Henrique Moritz Martins da Silva, confirmou no Tribunal de Justiça, mais uma vez, o que a doutora Ana Paula já tinha sentenciado contra Gaspar. É longo, mas esta é uma pequena amostra do fundamento do erro. 

O RETRATO V

?Assim, entendo como ato atentatório à moralidade e a probidade administrativa o Chefe do Poder Público Municipal aceitar a frota da concessionária responsável pela prestação do serviço de transporte coletivo urbano de Gaspar de forma diversa da licitada, em detrimento aos interesses da população gasparense e, especialmente, dos deficientes físicos, mormente porque até pouco tempo atrás (não mais de um ano) NENHUM dos ônibus ou micro-ônibus que compunham a frota da concessionária estavam adaptados para atendê-los, sendo ?oferecido?, substitutivamente, às pessoas portadoras de necessidades especiais um veículo ?Besta?, que poderia ser solicitado mediante um telefonema à Concessionária?. 

O RETRATO VI

?Questiono: E se a pessoa portadora de deficiência física não possuir um telefone a sua disposição, e se não souber o número do telefone da concessionária? Destaco que desde o início da prestação do serviço público pela empresa concessionária ré, até a presente data, quase oito anos se passaram, e não me recordo de qualquer divulgação na imprensa escrita ou falada desta Comarca acerca da prestação desse tipo de serviço às pessoas portadoras de deficiência física, sequer a divulgação do número de acesso. Senhores Administradores, o que uma pessoa portadora de deficiência física ou necessidades especiais busca é respeito. Respeito de toda uma população tida como preconceituosa e, em especial, das Autoridades Públicas, para que cumpram e façam cumprir as leis criadas para lhes garantir uma vida digna e igual a todos os demais administrados?. 

O RETRATO VII

?Porque ele [deficiente físico] tem que agendar a utilização do transporte coletivo urbano, se o seu direito ao acesso está garantido por lei? E se o único veículo destacado (Besta) não estiver disponível? E se a pessoa residir em uma localidade onde não há serviço de telefonia, tal como em localidades dos bairros Gaspar Alto e Belchior Alto? Isso é discriminação! Mesmo que apenas uma pessoa portadora de necessidades especiais utilize o transporte coletivo urbano em Gaspar, TODOS os veículos teriam que estar adaptados para atendê-la, pois isso é lei e lei a Administração Pública cumpre - é o seu dever. Reafirmo que a atitude tomada pela Administração Pública de autorizar, por meio de simples ofício, que a empresa concessionária prestasse o serviço outorgado com veículos de forma diversa da licitada, em detrimento da sociedade gasparense, fere mortalmente os princípios da moralidade administrativa e da legalidade.? Volto: acorda, Gaspar! 

charge1666GG.jpgOSSADA I

Os cemitérios municipais de Gaspar guardam histórias, históricos e problemas criados pelo desrespeito aos anônimos. No Cemitério do Santa Terezinha violaram os túmulos para arrumar espaços para outros sepultamentos. Acomodações e se fazer receitas. A alegação para a violação? Estariam abandonados esses túmulos. Agora, está se procurando culpados e apontando para os familiares dos mortos. É para se livrar da própria culpa. E isso que revela uma história verídica, que o companheiro Natalino da Silva, para cuidar do Cemitério, tenta driblar contra os inconformados. 

OSSADA II

A história. A família enterrou familiares num pedaço de chão. Quando quis usar para outro, descobriu que tudo tinha sido vendido a desconhecido. Como assim? Alegaram falta de manutenção. A família nunca foi notificada. Não há provas disso. E os ossos, pelo menos, reclamaram? No ossuário, responderam. A família então os requereu. Faz meses. Não os recebeu.  E por quê? Porque quer fazer DNA do que lhe for entregue como sendo do familiar desenterrado. E aí a coisa pegou. A mentira teve mais uma vez perna curta. A família espera uma explicação: vai processar o município por vilipêndio de túmulo, constrangimento, danos etc. A prefeitura Gaspar enrola. E o fantasminha vai pegar.

 

Edição 1665

Comentários

João João Filho de João
02/03/2015 20:53
Sr. Herculano:

Li um comentário no Blog O Antagonista, com o qual concordo plenamente. "O Brasil mais parece um puteiro.
O único puteiro do mundo onde quem paga a conta só tem desprazer".

#caminhoneiros são os caras
Anônimo disse:
02/03/2015 20:48
Herculano, esses estelionatários governistas perderam qualquer noção,
parâmetro ou referência de dignidade, auto-crítica, senso de oportunidade, vergonha na cara.
Leio nota no Cláudio Humberto; diz que Aloísio Mercadante articula para se candidatar a presidente da república.
Até entendo. Depois de Lulla e Dillma o Brasil virou mesmo a Casa de Noca.

O PAC ACABOU - postado às 06:55hs.
Porque o Levy não volta pro BRA(desco)?
Acho que ele quer que eu acredite que é um idiotizado à serviço de
uma Anta que está arrombando o país.
sidnei luis reinert
02/03/2015 12:50
Líder de movimento sem teto usa carro importado e tem diversas formações profissionais

Observe o trecho do vídeo de matéria global acerca de assentamentos de movimentos sem teto e analise sua principal cabeça. A líder do movimento. Uma pessoa com diversas formações profissionais que usa como meio de transporte um carro importado, que deve custar por baixo uns R$ 100 mil. Outra coisa que chama a atenção é o fato do governo ceder ao movimento e, através da CEF, adquirir o imóvel em prol dos invasores.

https://www.youtube.com/watch?v=s3bUqyDonLw
sidnei luis reinert
02/03/2015 12:31
Grupos internacionais sustentam Nelson Jobim para assumir em caso de Impeachment ou Intervenção


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

As forças de sustentação internacionais que pariram a malfadada Nova República (a partir de 1985) já abandonaram o PTitanic Petroemedebista e seus operadores. O governo Dilma está morto, não importa por quais instrumentos: seja por Impeachment, por Intervenção Constitucional ou até por covarde Renúncia. A Presidenta Dilma já era sem nunca ter sido Presidente... Para continuar a manipular o Brasil na medida de seus interesses, as forças de sustentação internacionais abandonaram seus marionetes desgastados, por incompetências, crimes e traições, pretendendo substituí-los por nada menos que Nelson Jobim.

Personagem que, sem qualquer densidade política, foi designado por seus padrinhos internacionais para vestir, até recentemente, todas as casacas (e até fardas) da República, ocupando cargos estratégicos. Jobim foi deputado constituinte - com fraca votação. Depois, virou Ministro da Justiça de FHC. Foi premiado pela atuação com o endeusado cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, mesmo sem notório saber jurídico. Foi alçado a Presidente do STF, cargo do qual se aposentou, tendo o cuidado de deixá-lo para uma aliada. Nem Pedro I, Imperador Perpétuo do Brasil, conseguiu tamanha façanha!

Fora do STF, Jobim foi novamente guindado ao poder. Assumiu, por influência de seus padrinhos mágicos internacionais, o Ministério da Defesa. Seu claro papel foi enfraquecer a soberania do Brasil, embora discursasse ao contrário, seduzindo alguns militares mais ingênuos. Na Defesa, Jobim tentou cumprir a missão impossível de politizar a Defesa Nacional, ao propor algo que Generais lúcidos denunciaram como o Fim do Caminho: a famigerada END - Estratégia Nacional de Defesa. Tivesse logrado êxito, a defesa nacional estaria em piores frangalhos que a nossa Petrobras e outras estatais ainda não focadas pela mídia e o aparato judiciário...

Para as forças misteriosas que apadrinham Jobim, falta guindá-lo ao Primeiro Cargo da República. Na conjuntura atual, de impasse institucional, o caminho pensado para Jobim é a indicação oficial para o trono do Palácio do Planalto. Vale tudo neste golpe: desde a nomeação formal à Presidência da República, em mandato tampão, como um inesperado "salvador da pátria", ou até como membro-presidente de uma eventual junta governativa transitória. Jobim está pronto para tudo. A informação já vaza por quem não gosta muito dele no STF e já chegou ao ouvido de alguns generais de quatro estrelas da ativa e da reserva. Jobim é tema para digestão ou indigestão.

Jobim é formalmente filiado ao PMDB. Quase virou presidente do partido - no lugar do maçom inglês Michel Temer. Com Jobim na proa, já navegando nos bastidores, está armado o esquema para, mais uma vez, trocar 6 por meia dúzia, e tudo permanecer, como sempre foi, na infeliz república brasileira.

Na avaliação de um magistrado e de um general insatisfeitos com a manobra política, "as Forças Vivas da Nação têm o dever moral de impedir que mais essa tramóia se concretize". Na visão deles, a "Jobim Intervenções SA" não pode prosperar...
Herculano
02/03/2015 12:21
DE ESPERANÇA À AMEAÇA, por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

O que leva Dilma, aos 67 anos de idade, a ser tão rude com seus subordinados? A pedido de quem me contou, não revelarei a fonte da história que segue. No ano passado, ao ouvir do presidente de uma entidade financeira estatal algo que a contrariou, Dilma elevou o tom da voz e disse: "Cale a boca. Cale a boca agora. Você tem 50 milhões de votos? Eu tenho. Quando você tiver poderá ocupar o meu lugar".

DILMA GOZA da fama de mal-educada. Lula, da fama de amoroso. Não é bem assim. Lula é tão grosseiro quanto ela. Tão arrogante quanto. Eleito presidente pela primeira vez, reunido em um hotel de São Paulo com os futuros ministros José Dirceu, Gilberto Carvalho e Luís Gushiken, entre outros, Lula os advertiu: "Só quem teve voto aqui fui eu e José Alencar, meu vice. Não se esqueçam disso".

EM MEADOS de junho de 2011, quando Dilma sequer completara seis meses como presidente da República, ouvi de Eduardo Campos, então governador de Pernambuco, um diagnóstico que se revelou certeiro. "Dilma tem ideias, cultura política. Mas seu temperamento é seu principal problema", disse ele. "Outro problema: a falta de experiência. E mais um: tem horror à pequena política. Horror".

NA ÉPOCA, Eduardo era aliado de Dilma. Nem por isso deixava de enxergar seus defeitos. "Dilma montou um governo onde a maioria dos ministros é fraca", observou. "Todos morrem de medo dela. No governo de Lula, não. Ministro era ministro. Agora, é serviçal obediente e temeroso. Lula não pode fingir que nada tem a ver com isso. Foi ele que inventou Dilma".

LULA NÃO perdoa Dilma por ela não ter lhe cedido a vez como candidato no ano passado. Mas não é por isso que opera para enfraquecê-la sempre que pode. Procede assim por defeito de caráter. Com Dilma e com qualquer um que possa causar-lhe embaraço. Se precisar, Lula deixa os amigos pelo meio do caminho. Como deixou José Dirceu, por exemplo. E Antonio Palocci.

POIS FOI com o discurso belicoso de sempre que Lula participou de um ato no Rio em favor da Petrobras. Pediu que seus colegas de partido defendessem a empresa e se defendessem da acusação de que a saquearam. E, por fim, acenou com a possibilidade de chamar "o exército" de João Pedro Stédile, líder do MST, para sair às ruas e enfrentar os desafetos do PT e do governo.

WASHINGTON QUAQUÁ, presidente do PT do Rio, atendeu de imediato ao apelo de Lula. Escreveu em sua página no Facebook: "Contra o fascismo, a porrada. Não podemos engolir esses fascistas burguesinhos de merda. Está na hora de responder a esses filhos da puta que roubam e querem achincalhar o partido que melhorou a vida de milhões de brasileiros. Agrediu, damos porrada".

PARA O BEM ou para o mal, este país carregará a marca de um ex-retirante miserável, agora um milionário lobista de empreiteiras, que disputou cinco eleições presidenciais, ganhou duas vezes e duas vezes elegeu uma pessoa sem voto e sem preparo para governar. Lula já foi uma estrela que brilhava. Foi também a esperança que venceu o medo. Está se tornando uma ameaça à democracia.
Herculano
02/03/2015 08:23
PEPE VARGAS VIROU PEÇA DECORATIVA NO PLANALTO, por Josias de Souza

Titular da pasta das Relações Institucionais, o ministro Pepe Vargas (PT-RS) deveria ser o articulador político de Dilma Rousseff. Desde que assumiu o desafio, em 1º de janeiro, não conseguiu expor aos aliados do governo no Congresso um itinerário. Como o poder não tolera a impotência, seu colega Aloizio Mercadante (Casa Civil) assumiu o volante. E Pepe virou um articulador ornamental.

Nos dois meses iniciais do segundo mandato de Dilma, o nome de Pepe foi anotado na agenda oficial da presidente uma mísera vez, no dia 9 de janeiro. E não foi para uma conversa a sós, mas para uma reunião da qual tomaram parte também os ministros Mercadante e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência).

Lula costuma dizer que o coordenador político de um governo tem prazo de validade curto. Com Pepe, o desgaste veio na velocidade de um raio. Principal sócio do empreendimento governista, o PMDB desligou-o da tomada. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chama-o de trapalhão. O comandante do Senado, Renan Calheiros, o ignora.

No momento, a prioridade do Planalto é azeitar no Congresso a votação das medidas provisórias que compõem o esforço fiscal do governo. Na semana passada, a equipe econômica -Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central) - jantou com o PMDB. Dilma providenciou para que Mercadante acompanhasse a troica, não Pepe.

Um emissário de Dilma foi conversar com Eduardo Cunha na residência oficial da presidência da Câmara. De novo, a missão foi confiada a Mercadante, não a Pepe. Entre todos os 39 ministros, Mercadante é o que mais vira a maçaneta da sala de Dilma.

Afora as conversas extra-oficiais, Mercadante apareceu na agenda da presidente sete vezes em dois meses. Colados nele, vêm os ministros Nelson Barbosa (Planejamento), com cinco audiências; e Joaquim Levy, com quatro.

Por ora, o vaivém do governo apenas acrescentou descoordenação ao que já estava fora de controle. O próprio Lula engrossou o coro dos críticos em duas reuniões político-gastronômicas da semana passada - um jantar com a bancada de senadores do PT e um café da manhã com os dirigentes do PMDB.

Nesta segunda-feira, empurrada por Lula, a própria Dilma receberá para jantar no Palácio da Alvorada os caciques do PMDB. Vão discutir a relação à luz do que disse o aliado Renan Calheiros: "A coligação está capenga".
Herculano
02/03/2015 08:20
ENTREVISTA COM MODESTO CARVALHOSA, 82 ANOS. DILMA PREVARIA, E GOVERNO ARITICULA ANISTIA A EMPRESAS. ADVOGADO VÊ CONCLUIO ENTRE ÓRGÃOS PARA NÃO APLICAREM A LEI ANTICORRUPÇÃO NA LAVA JATO, por Frederico Vasconcelos para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 1

O governo articula uma "anistia ampla, geral e irrestrita" para as empreiteiras na Operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos em contratos da Petrobras. O diagnóstico é de Modesto Carvalhosa, 82, advogado especialista em direito econômico e mercado de capitais, que há mais de 20 anos estuda a corrupção sistêmica na administração pública brasileira.

Ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção, a presidente Dilma Rousseff comete crime de responsabilidade, com o propósito de proteger as empreiteiras, defende Carvalhosa. "Ela infringiu frontalmente o Estado de Direito ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção porque quer proteger as empreiteiras", afirma.

Com a falta de punição, prevê que as empreiteiras continuarão perdendo ativos, sofrerão multas no exterior e deverão ser declaradas inidôneas pelo Banco Mundial.


Folha - Como inibir a corrupção das empreiteiras?

Modesto Carvalhosa - Com a implantação da "performance bond". É um seguro que garante a execução da obra no preço justo, no prazo e na qualidade contratados. Elimina a interlocução entre as empreiteiras e o governo.

Folha - Quem determinaria essa exigência na Petrobras?

Carvalhosa - O regulamento da Petrobras já prevê essa possibilidade, não há necessidade de mudar a legislação. Isso poderia ter sido feito há muito tempo, ela já faz essa exigência para algumas fornecedoras. Mas não faz com as empreiteiras que corrompem.

Folha - O seguro de performance impediria os aditivos que perpetuam os superfaturamentos?

Carvalhosa - Impediria. Os empreiteiros não entregam a obra nunca, vão "mamando". Os recursos públicos "saem pelo ladrão".
Herculano
02/03/2015 08:20
ENTREVISTA COM MODESTO CARVALHOSA, 82 ANOS. DILMA PREVARIA, E GOVERNO ARITICULA ANISTIA A EMPRESAS. ADVOGADO VÊ CONCLUIO ENTRE ÓRGÃOS PARA NÃO APLICAREM A LEI ANTICORRUPÇÃO NA LAVA JATO, por Frederico Vasconcelos para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 2

Folha - Por que a Lei Anticorrupção não foi aplicada na Lava Jato?

Carvalhosa - Porque a presidente da República [Dilma Rousseff] já declarou que não vai processar as empresas, só as pessoas. Cabe ao Executivo aplicar a Lei Anticorrupção.

Folha - Ela está prevaricando?

Carvalhosa - Está incidindo em crime de responsabilidade no viés de prevaricação. Ela infringiu frontalmente o Estado de Direito ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção porque quer proteger as empreiteiras.

Folha - Quais são as alternativas e as consequências?

Carvalhosa - A Lei Anticorrupção tem o lado punitivo, mas tem o lado que pode beneficiar as empresas. Se fossem processadas e condenadas a pagar uma multa, estariam livres de outras punições. Pagariam a multa e poderiam voltar a ter crédito. Como bancos que pagaram multas em vários países e continuam operando.

Folha - Mesmo com altos executivos presos, qual a capacidade de pressão das empreiteiras?

Carvalhosa - Pelo subsídio que deram formal e informalmente para os políticos na eleição presidencial - eleitos ou não - têm o poder ilegítimo de exigir, agora, a recíproca para se livrarem da punição.
Herculano
02/03/2015 08:19
ENTREVISTA COM MODESTO CARVALHOSA, 82 ANOS. DILMA PREVARIA, E GOVERNO ARITICULA ANISTIA A EMPRESAS. ADVOGADO VÊ CONCLUIO ENTRE ÓRGÃOS PARA NÃO APLICAREM A LEI ANTICORRUPÇÃO NA LAVA JATO, por Frederico Vasconcelos para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 3

Folha - E como as empreiteiras sobrevivem economicamente?

Carvalhosa - Na medida em que não são processadas pela Lei Anticorrupção, estão se suicidando, ficam sangrando. Algumas estão vendendo ativos, outras pedindo recuperação judicial, despedindo empregados. Os advogados precisariam instruir melhor, ficam forçando o ministro da Justiça [José Eduardo Cardozo] a impedir a aplicação da Lei Anticorrupção...

Folha - Como o senhor vê encontros de advogados com o ministro da Justiça fora da agenda?

Carvalhosa - O ministro da Justiça tem a obrigação e o dever de receber os advogados. O que ficou configurado nessas visitas secretas é a advocacia administrativa. Ou seja, aproveitar o poder dele para influenciar membros do governo em benefício de terceiros. Não é o exercício da advocacia. É o exercício da advocacia administrativa mesmo.

Folha - Qual é o poder do ministro da Justiça?

Carvalhosa - Ele é um veículo. Trata de assuntos da Polícia Federal, da parte jurídica com a Presidência República, com a Advocacia-Geral da União e com o Tribunal de Contas da União. Há uma tentativa de influenciar, para não se instaurar o processo. É para fazer um acordo de leniência fora da Lei Anticorrupção.

Folha - Que órgãos se alinham nessa articulação?

Carvalhosa - O TCU emitiu o parecer de número 87, em fevereiro, avocando-se o direito de promover acordo de leniência, junto com a AGU, fora da Lei Anticorrupção. O movimento da advocacia administrativa, envolvendo ministro da Justiça, AGU, Controladoria-Geral da União e TCU, é no sentido de criar uma anistia ampla, geral e irrestrita. Não querem aplicar a Lei Anticorrupção.
Herculano
02/03/2015 08:19
ENTREVISTA COM MODESTO CARVALHOSA, 82 ANOS. DILMA PREVARIA, E GOVERNO ARITICULA ANISTIA A EMPRESAS. ADVOGADO VÊ CONCLUIO ENTRE ÓRGÃOS PARA NÃO APLICAREM A LEI ANTICORRUPÇÃO NA LAVA JATO, por Frederico Vasconcelos para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 4

Folha - Qual é a solução que querem?

Carvalhosa - Fazer um acordo de leniência para todas as empresas do consórcio fora da Lei Anticorrupção. Se houver esse tipo de anistia, o Ministério Público vai pintar e bordar. Vai entrar no Superior Tribunal de Justiça, no Supremo Tribunal Federal, para anular. É fora da lei, porque abrange todo mundo. Segundo o artigo 16, o acordo de leniência é só para o primeiro delator.

Folha - Como a AGU está atuando?

Carvalhosa - A AGU está agindo no sentido de se alinhar para fazer o acordo de leniência com todas as empreiteiras e fornecedores. Esse movimento de anistia abrange a CPI da Petrobras, que é mais um ato patético do Congresso. O relator também está na linha de anistiar as empreiteiras. É um movimento geral no PT, no governo. Todos estão a serviço da vontade da presidente.

Folha - Como o sr. vê a atuação do Procurador-geral da República, Rodrigo Janot?

Carvalhosa - Muito boa. Ele tem visão profunda da questão. Foi aos EUA, para falar com o Banco Mundial, que é quem vai declarar a inidoneidade das empreiteiras, ao Departamento de Justiça, à SEC [Securities and Exchange Comission, corresponde à Comissão de Valores Mobiliários no Brasil], ao FBI. É absolutamente contrário ao movimento de anistia. Ele tem a dimensão internacional do problema. Como cidadão, dou nota dez.

Folha - Como o sr. avalia a informação de que ele pediria a abertura de inquéritos contra políticos, em vez de oferecer denúncia?

Carvalhosa - É uma prudência processual boa, para evitar nulidades e instaurar o devido processo legal, com a produção e a contestação das provas.

Folha - Na mesma linha do juiz federal Sergio Moro, que procura evitar nulidades...

Carvalhosa - O juiz, apesar de jovem, também é um homem extremamente prudente.

Folha - Quais são as medidas que poderão vir do exterior?

Carvalhosa - As medidas que vêm de fora são arrasadoras, as empreiteiras vão receber pesadas multas. Após condenadas, terão os bens e os créditos sequestrados e impedidas de obter financiamento no exterior. A resistência é suicida. Elas vão ser declaradas inidôneas pelo Banco Mundial. Elas não têm a visão da absoluta imprudência que estão cometendo, ao evitarem ser processadas no Brasil pela Lei Anticorrupção, que é uma de efeitos extraterritoriais.

Folha - Como uma punição interna pode evitar a sanção externa?

Carvalhosa - Não se pode condenar duas vezes pelo mesmo crime. Se a empresa é condenada aqui pela Lei Anticorrupção, ela não deve ter a mesma punição lá fora. Os tratados que o Brasil assinou são reproduzidos na Lei Anticorrupção.

Folha - O que a demora pode fazer?

Carvalhosa - Existe um mercado internacional de compra de ativos de empresas corruptas. Já estão comprando ativos de empreiteiras brasileiras. E, assim, elas vão sangrando, porque não querem ficar purgadas pela Lei Anticorrupção. Vão todas para o beleléu.
Herculano
02/03/2015 08:02
CRENÇA, por Fábio Porchat, no jornal O Estado de s. Paulo

Atendente

Boa tarde, posso ajudar?

Cliente

Eu tava querendo uma religião.

Atendente

Ah, bem legal. Tá procurando alguma coisa específica?

Cliente

Não, é mais pra distrair mesmo.

Atendente

Bom, se é para distrair, a gente vai ter uma religião católica aqui que pode ser bem interessante.

Cliente

Será? Não sei. Tô achando meio batida.

Atendente

Bom, a mais da moda é o islamismo mesmo.

Cliente

Mas daí é muito empenho, eu queria uma coisa mais pra usar em casa, uma coisa mais levezinha.

Atendente

Temos o budismo que é bem em conta e tá saindo muito.

Cliente

É uma, hein?

Atendente

É bem relaxante essa.

Cliente

Essa aqui é qual?

Atendente

Essa é a cientologia.

Cliente

Como é que é essa aí?

Atendente

Ah, o espiritismo. Hoje o espiritismo está na promoção, tá? E se você quiser levar um espiritismo, paga apenas 50% em qualquer umbanda dessas daqui. Candomblé também.

Cliente

Aceita cartão?

Atendente

Todas as bandeiras. A evangélica é que tem muita gente usando. Mas daí custa um pouco mais caro.

Cliente

E o judaísmo, hein?

Atendente

Tem que pedir no estoque e ver se eles autorizam.

Cliente

Tá.

Atendente

Se quiser uma coisa um pouco mais radical temos uma mórmon aqui que pode ser a sua pedida. Até a Testemunha de Jeová também é uma opção...

Cliente

Não sei, acho que eu vou dar mais uma olhada.

Atendente

Se você quiser, a gente pode aqui preparar uma mistura pra você com um pouquinho de tudo. Funciona bem também. O brasileiro adora. É um pacotão completo: Você passa a acreditar em Deus, acha que vai pro céu, mas também acende uma velinha, vê espírito, medita, pula sete ondinhas e lê a Bíblia.

Cliente

Ah, gostei dessa.

Atendente

Todo mundo gosta.

Cliente

Mas coloca aí nesse pacote as 70 virgens.

Atendente

Quer que embrulhe?
Herculano
02/03/2015 07:58
OS BRASILEIROS, por Aécio Neves, no jornal Folha de S. Paulo

Após nove meses de ausência provocada pela campanha presidencial, agradeço à Folha o convite para retornar a este que é um dos mais importantes espaços da imprensa brasileira.

Como já fiz antes, recebo esta responsabilidade como uma oportunidade para refletir sobre o Brasil, respeitando as diferenças de pensamento e os princípios democráticos, sem, no entanto, me omitir diante dos graves problemas que dominam o quadro político nacional.

Certo é que, desde a minha última coluna, em junho de 2014, a nossa situação se agravou muito.

Há hoje, dispersa, uma sensação preponderante de que o país vai mal e piora. São visíveis as contradições do governo central e seu crescente distanciamento da realidade.

Fatos consumados, como o aumento do preço da energia, da gasolina, de impostos e dos juros; o flagrante descrédito internacional; a inflação que torna mais custosa a sobrevivência; a precariedade dos serviços públicos, em especial da segurança e do atendimento à saúde, além da tentativa de, sem qualquer diálogo com a sociedade, cortar direitos dos trabalhadores - medida feita justamente pela presidente que disse que jamais o faria - geram forte indignação e tornam o cenário ainda mais delicado.

A esta altura, o governo não tem respostas para suas próprias incoerências e vive grave paralisia diante das múltiplas crises - de gestão, econômica, política e ética. Ao final, são problemas demais e providências de menos, confirmando a ausência de rumo.

A inquietação e o temor pelo futuro se traduzem no risco evidente da perda de conquistas importantes, como a estabilidade econômica e os avanços sociais. Está claro que as grandes causas nacionais foram deixadas pelo caminho.

As oposições no país têm consciência dos seus deveres, enormes e intransferíveis. Sabem que é crucial impedir que se fragilizem as instituições e que se coloquem em risco a democracia, a liberdade e os direitos de cada cidadão.

Nunca as atenções estiveram tão voltadas para o mundo político, mas a verdade é que quem estiver olhando só para ele não terá uma visão completa da realidade.

Um outro protagonista está assumindo, cada dia mais, um papel relevante: o sentimento do povo brasileiro, que começa a transbordar nas conversas em casa, nas ruas, no trabalho.

Ele reflete inquietude, que pode gerar mais participação e responsabilidade coletiva. Sinaliza a existência de um povo se apropriando do que lhe pertence: o seu presente e os rumos do seu futuro.

Neste trecho de história, diante de tudo o que está acontecendo, essa é a melhor notícia.
Herculano
02/03/2015 07:46
A MENINA DOS OLHOS DA CAMPANHA ELEITORAL. GOVERNO AINDA TEM DUAS PARCELAS DO PRONATEC EM ATRASO

O texto é de Fábio Takahashi para o jornal Folha de S. Paulo. Apesar de ter anunciado que os repasses no Pronatec estavam regularizados, o governo federal ainda não pagou duas parcelas às escolas privadas que estão inscritas no programa.

Reportagem da Folha revelou em fevereiro que o governo federal ainda não havia quitado mensalidades referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro.

No programa, a União banca cursos técnicos que são oferecidos pela rede privada a alunos já formados no ensino médio.

Após a publicação da reportagem, a gestão Dilma Rousseff (PT) anunciou que havia liberado um total de R$ 119 milhões. "Esse repasse normaliza outubro, novembro e dezembro", informou a assessoria de imprensa do Ministério da Educação, em nota.

Gestores de escolas afirmaram à Folha que os R$ 119 milhões já foram realmente repassados, mas que esse valor quitou apenas as mensalidades de outubro.

Procurado novamente pela reportagem, o ministério confirmou que há parcelas ainda pendentes.

"A previsão do MEC é liberar o próximo pagamento em março e nos meses subsequentes", informa a nota.

A pasta não explicou por que havia informado anteriormente que a situação já estava regularizada.

As instituições de ensino dizem que foram informadas pelo ministério que em março será pago o valor referente a novembro; em abril, o de dezembro. O correto é que o pagamento seja feito até 45 dias depois do fim do mês a que ele se refere.

Um dos representantes do setor privado afirmou reservadamente que, se a instabilidade do pagamento persistir, muitas instituições devem desistir do programa -hoje são cerca de 500 participantes. "Como você faz planejamento de gastos se não sabe quando vai receber?", disse.

As escolas privadas matricularam 600 mil alunos no Pronatec desde 2013, o equivalente a 7% de todos os alunos no programa.

O Pronatec foi uma das principais bandeiras da presidente Dilma Rousseff (PT) na campanha pela reeleição, no ano passado.

O governo federal passa atualmente por uma situação que combina aumento de gastos nos últimos anos com arrecadação abaixo do previsto em 2014, e tem feito cortes no Orçamento.
Herculano
02/03/2015 07:27
PROJETO DE MERCADANTE É SUCEDER DILMA EM 2018, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, articula para ser o candidato petista à sucessão de Dilma, em 2018, segundo acredita o grupo lulista do PT que abriu guerra contra ele. A pretensão é tão evidente que recentemente, para não cair em desgraça com ele, o ministro Jaques Wagner (Defesa) telefonou-lhe logo cedo, sofregamente, para desmentir notícia de que pretendesse disputar a sucessão de Dilma.

Só pensam naquilo
Jaques Wagner jurou a Mercadante que não quer ser candidato a presidente. Mas, como Mercadante, não pensa em outra coisa.

Ministro de si próprio
Lula e seus liderados dizem que Dilma só perceberá quando for tarde que a prioridade de Mercadante não é o governo, mas ele próprio.

Opção mineira
Responsável pela vitória mais importante do PT, o governador mineiro Fernando Pimentel seria o predileto de Dilma à própria sucessão.

Ex é para sempre
O principal candidato à sucessão de Dilma é o próprio ex-presidente Lula, considerado o único "tiro certo" para o pleito de 2018.

EMPRETEIRA PODERÁ SOFRER INTERVENÇÃO COMO BANCO
O governo cogita mudar a lei para permitir intervenção federal em empresas construtoras, nos moldes das intervenções eventualmente decretadas pelo Banco Central em instituições financeiras. A ideia foi inclusive defendida pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, em conversa com o ministro Luiz Inácio Adams, chefe da Advocacia-Geral da União.

Item do acordo
A intervenção federal pode até ser prevista nos acordos de leniência que estão sendo negociados com empreiteiras enroladas na Lava Jato.

Sob controle
O governo pretende impor nos acordos de leniência a obrigatoriedade da publicação de balanços e auditoria federal permanente por 5 anos.

Dificuldade
Difícil, no acordo de leniência, é convencer a população que "é bom para o País" salvar empresas que fraudam, superfaturam e subornam.

Sem sigilo
Há grande torcida para que o ministro Luís Felipe Salomão, relator da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ), retire o sigilo do caso. Afinal, são agentes públicos acusados de roubar o nosso dinheiro.

Já era
O presidente do Senado, Renan Calheiros, fez chegar a Dilma que dificilmente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, seria aprovado para a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.

Explica aí
O banqueiro André Esteves, do BTG, gasta um tempão explicando os problemas com investimentos na BR Pharma, Sete Brasil, enrolada na Lava Jato, Rede D?Or, empréstimo para Eneva (ex-Eike). "Parou por aqui ou ainda vem mais? Seria bom avisar logo", indagam no mercado.

Dois milhões
No site de petições Avaaz, que no Brasil é controlado por gente ligada ao PT, o pedido de impeachment de Dilma Rousseff continua ganhando apoio. Faltam pouco mais de 60 mil para chegar a 2 milhões de adesões.

Com PEC ou sem PEC
Se for aprovada a PEC da Bengala, que aumenta a idade-limite para pendurar a toga, o ministro Celso de Mello solicitará imediatamente sua aposentadoria. Deve deixar o STF em novembro, quando faz 70 anos.

Holofotes
O deputado estadual paulista Adriano Diogo (PT), que não se reelegeu, tenta prolongar holofotes. Preparou "relatório parcial" na CPI dos trotes violentos, antes do documento oficial do relator, propondo a extinção de sete centros acadêmicos e associações atléticas universitárias.

Mar de rosas
O contribuinte está bancando "flores nobres, tropicais e do campo" para enfeitar a Presidência da República. Os arranjos comprados em uma única licitação vão nos custar mais de R$ 285 mil.

Prioridades
Sem dinheiro para reabastecer hospitais públicos com remédios, o governo de Rodrigo Rollemberg no DF gasta R$ 100 mil para bancar projetos como "Disque amizade; ou a arte do encontro às escondidas".

Pensando bem...
...a relação de enrolados no roubo à Petrobras, fisgados na Operação Lava Jato, até parece lista de chamada da Papuda.
Herculano
02/03/2015 07:17
Da série só o PT e seus sócios podem protestar, ir às ruas e mudar. Quem pensar diferente é infiel. Merece ser degolado para não ter e expor os argumento e para não se tornar um "perigo", antes de agir.

O PAPEL DE LULA CONTRA O GOLPE, por Bepe Damasco

A liderança de Lula contra a sanha golpista é imprescindível, na linha do discurso feito por João Pedro Stédile na ABI : "Lula, retome as caravanas pelo país, nos lidere em defesa do Brasil que nós te seguiremos"

De cara, reproduzo uma conversa presenciada por mim, na manhã tórrida de verão desta quinta-feira (26 de fevereiro) , entre um atendente de uma lanchonete da Zona do Sul do Rio e um típico representante da classe média antipetista e reacionária.

Trabalhador: Oi doutor, tudo bem? Este ano vai ser difícil para todo mundo, não é? Tem um professor da PUC que frequenta aqui que disse que quem tem algum dinheirinho não deve investir em nada. É melhor esperar para ver para aonde vai o país.

Coroa coxinha: É, com tanta roubalheira fica difícil. Os caras não têm limites para roubar. Nunca vi coisa igual. O resultado é que este ano as contas de luz vão disparar de preço.

Trabalhador: Eu sempre gostei e votei no PT, mas estou decepcionado. O partido virou uma quadrilha. Na Rocinha, onde eu moro, o pessoal até encarna em mim, me chamando de petista.

Coroa coxinha: Ainda bem que eu nunca votei.

Trabalhador: Também um partido que tem Palocci, Zé Dirceu e Dilma, tudo ladrão ...

Coroa coxinha: E todos eles nunca trabalharam antes de entrar para a política. Eram vagabundos.

Desisti, por motivos óbvios, de pedir uma água de coco neste estabelecimento e segui adiante na minha caminhada matinal. Impossível não refletir em seguida sobre o estrago causado na imagem do PT, do governo e da esquerda por anos a fio de não enfrentamento do monopólio midiático. O preço de os governos do PT não levarem a discussão da regulação da mídia para a sociedade em termos concretos e objetivos, de continuar financiando os inimigos com verbas publicitárias bilionárias, e de não ter uma política de comunicação organizada e contundente para se contrapor ao PIG, é alto.

A direita está assanhada como há muito não se via, afiando as garras do golpe à luz do dia. O diálogo que reproduzi acima contribui para jogar por terra uma avaliação equivocada muito comum entre os analistas ligados à esquerda : não é verdade que o rombo na imagem do PT e do governo seja um fenômeno político limitado apenas aos estratos médios e abastados da sociedade. Infelizmente, como se viu na campanha eleitoral e agora se agrava, transbordou em direção à classe média baixa e aos pobres.

A crise é grave. Oxalá o grande ato em defesa da Petrobras sirva para alavancar os movimentos social e sindical. Que a manifestação seja apenas a primeira de uma série de mobilizações em defesa da maior empresa brasileira e da democracia. Essa campanha pode dar liga. Contudo, faz parte da cultura do nosso país a personificação da atividade política. No Brasil, não há movimentos vitoriosos sem lideranças fortes.

Por isso, se constitui um trunfo e tanto contar com um líder de massa como Lula, o melhor presidente da história do Brasil, segundo todas as pesquisas feitas desde que saiu do governo, do lado de cá da trincheira. Mas é preciso que o bravo Lula assuma de fato a liderança de um movimento nacional pela democracia. Talvez seja pedir demais para alguém que, aos 68 anos, dedicou uma vida inteira às boas causas do povo brasileiro.Sem falar que ainda tem de cuidar da saúde e se preservar para 2018.

Sem dúvida, é um sacrifício. Contudo, a liderança de Lula contra a sanha golpista é imprescindível, na linha do discurso feito por João Pedro Stédile na ABI : "Lula, retome as caravanas pelo país, nos lidere em defesa do Brasil que nós te seguiremos."

Ficaremos te devendo mais essa, presidente.
Herculano
02/03/2015 07:09
O PT - O QUE SE SUSTENTA NOS GROTÕES E COM OS DESINFORMADOS - FAZ O QUE MAIS SABE FAZER: TEATRO. NO OESTE, UMA DAS POUCAS RESISTÊNCIAS DO PARTIDO EM SANTA CATARINA, LIDERANÇAS PETISTAS ACUADAS ABREM UM "CANAL" DE DIÁLOGO COM O GOVERNO CENTRAL PARA MINAR O MOVIMENTO DOS CAMINHONEIROS E AINDA LEVAR VANTAGENS N O QUE CONSIDERARAM UM AVANÇO.

O conteúdo é do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis. O texto é assinado por Darci Debona. Cerca de 50 representantes dos caminhoneiros e agricultores, que estão mobilizados nas rodovias catarinenses desde o dia 18 de fevereiro, tiveram uma videoconferência com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, na tarde de domingo. A mobilização continua, mas os manifestantes conseguiram abrir um canal de negociação com o governo. O ministro deve abrir um espaço na agenda para receber pessoalmente representantes catarinenses na terça-feira.

Foi a primeira vez que houve um diálogo com as lideranças do movimento de Santa Catarina - disse a deputada Luciane Carminatti, que faz parte da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa. O deputado federal Pedro Uczai, o deputado estadual Dirceu Dresch e o presidente do PT em Santa Catarina, Cláudio Vignatti, também estavam presentes.

A videoconferência ocorreu no bloco G da Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó), por causa do equipamento necessário para a reunião. Lideranças do Partido dos Trabalhadores em Santa Catarina, como o deputado federal Pedro Uczai, estavam tentando criar um canal de negociação para sensibilizar o Governo Federal sobre a situação catarinense.

- Eles nos procuraram - disse o motorista Vilmar Bonora, sobre a articulação da videoconferência que ocorreu por volta das 15 horas de hoje.

Bonora também afirmou que o aceno para um audiência na terça-feira representa um avanço. No entanto há alguns impasses como a reivindicação de baixar o preço do combustível. Rossetto falou que o governo manteve os preços baixos durante seis anos e que a equipe econômica não quer rever esse ponto. O ministro acenou com o parcelamento das dívidas em 12 meses e abertura de negociações para reavaliar questões como preço de frete, embora isso envolva o setor privado.

A deputada Luciane Carminatti avaliou que existem três frentes. Uma é ver o que cabe ao Governo Federal, com a discussão dos valores dos fretes. Outra será tema de uma reunião às 14 horas de segunda-feira, com o governador Raimundo Colombo, para discutir a redução do ICMS sobre os combustíveis, que é de 12%. A terceira é debater a divisão dos lucros das empresas de frete com os transportadores e motoristas que são contratados e até subcontratados.

No entanto, ela reconheceu que a discussão é difícil, pois há divergências sobre a pauta de reivindicações.

- Alguns não abrem mão da redução dos combustíveis ? disse a deputada, que ainda destacou que há mistura de interesses legítimos dos motoristas com algumas pessoas que têm motivação política.

A paralisação

A paralisação dos caminhoneiros começou no dia 18 de fevereiro e ganhou força no dia 20 do mesmo mês. O movimento é independente, liderado por caminhoneiros autônomos da região. Vilmar Bonora, um dos organizadores do protesto, afirma que eles estão dispostos a ficar até 30 dias parados, se for necessário.
Herculano
02/03/2015 06:55
O PAC ACABOU, por Gustavo Patu para o jornal Folha de S.Paulo

A Joaquim Levy não basta o papel de mero capataz de um remendo emergencial nas contas do governo. O ministro, é visível, entende que a recuperação da economia depende de sua credibilidade, e sua credibilidade depende de demonstrar o fim da era de previsões irrealistas, números maquiados e pacotes de muito apelo publicitário e pouca solidez técnica.

O abandono da embromação econômica não se dará sem atritos. Em um pito público, Dilma Rousseff chamou de "infeliz" a declaração do titular da Fazenda segundo a qual o programa de desoneração tributária lançado no primeiro mandato da presidente é "grosseiro".

Quem acompanhou a entrevista de Levy notou que sua preocupação, ao anunciar uma drástica revisão da iniciativa, era fazer crer que, agora, as decisões estão sendo tomadas com critério e conhecimento de causa: tabelas e gráficos apresentados descreveram em minúcias os custos e o impacto das medidas.

Mesmo que o vocabulário empregado tivesse sido mais diplomático, o recado era claro. Muitos rapapés ao tratar da obra do antecessor, aliás, podem dar a impressão de que o ajuste em curso não passa de um recuo inevitável e temporário.

Em seu discurso de posse, Levy atacou o patrimonialismo --a mistura entre interesses públicos e privados que pode descrever grande parte do intervencionismo petista na economia. De lá para cá, chamou de anacrônicas as regras do seguro-desemprego e previu uma retração da economia nacional, tendo de consertar depois as afirmações.

O ministro pode começar a escolher as palavras para anunciar que o PAC (o Programa de Aceleração do Crescimento, de maternidade atribuída a Dilma) acabou. Suas obras de infraestrutura, indicou-se na semana passada, perderam o privilégio de ficar a salvo do corte de despesas - que, espuma marqueteira à parte, era a essência do programa.
Herculano
01/03/2015 20:41
UM PATO QUE ROSNA É O PRIMEIRO SARGENTÃO DA TROPA DE RATOS, por Reynaldo Rocha

Sei de lambe-botas que são capazes de qualquer coisa para agradar ao "chefe". Seria o caso desse Washington Quaquá? Parece que sim. A nova identidade - dada pelos "companheiros", creio eu - já retrata a figura: uma risada que se tornou nome! Quaquá (que coisa ridícula esse apelido!) quer calar-nos com porradas. Conta com quem? Com José Dirceu e sua espingardinha de rolha? Ou com os ratos que infestam os gabinetes de Brasília?

Quaquá acredita mesmo que vá meter medo em alguém? Que vai me impedir de protestar? Não sou criança para cair na armadilha preparada por um imbecil. Não vou desafiá-lo para uma briga no quarteirão das casas de tolerância onde engordam. Quaquá nos fez a gentileza de registrar em cartório a "doutrina" que seu bando tenta esconder.

Vamos sim às ruas no dia 15 de março, porque elas não têm donos. Melhor: pertencem aos brasileiros. E tenho o direito constitucional de expor minhas opiniões e minhas crenças. Não será um Quaquá qualquer que me manterá calado. Nem os gorilas da ditadura conseguiram isso.

A convocação desse Quaquá de circo - a mando do imperador que, como João Figueiredo, o último dos generais da ditadura, promete "colocar a tropa na rua" - é risível. Patética. Cretina. Além de criminosa.

João Figueiredo ameaçava "chamar o Pires" (Walter Pires, então ministro do Exército). Lula ameaça chamar João Pedro Stédile. Ao menos um cretino já se alistou: um quaquá. Seria risível se não fosse coisa de animador de bordeis.

Faça-me um favor, Quaquá: leia! Ameaças de um ser desprezível até pelo nome não amedrontam um povo que há pouco tempo combateu uma ditadura. E venceu.

Procure sua turma, Quaquá. Ela deve entender de patos mancos que rosnam.
Herculano
01/03/2015 20:28
"TIME RESERVA DO PT" ENTRA EM CAMPO NO CONGRESSO

A falta de renovação e as sucessivas baixas por escândalos obrigaram o PT a indicar para postos-chave figuras que sempre estiveram em segundo plano, observam da sucursal de Brasília da Veja, Gabriel Castro e Marcela Mattos.

O Partido dos Trabalhadores é o mais importante do Brasil: comanda a Presidência da República há 12 anos, elegeu a bancada mais numerosa da Câmara dos Deputados e possui o maior número de filiados. Ainda assim, dentre os muitos sinais da decadência recente da sigla estão a falta de renovação de líderes. A cúpula petista na Câmara é o melhor exemplo disso.

Hoje, os três homens mais influentes do Partido dos Trabalhadores na Casa não são figuras respeitadas por sua experiência nem jovens lideranças em ascensão. A elite do PT é composta por nomes oriundos do banco de reservas. O trio é formado por Sibá Machado (AC), o líder do PT, José Guimarães (CE), líder do governo, e Luiz Sérgio (RJ), o relator da CPI da Petrobras.

Sibá chegou à liderança do PT depois de vencer apenas duas eleições na vida. A primeira foi em 2010, também para a Câmara. Até então, ele havia feito carreira em cargos de confiança do partido em seu Estado. Passou uma temporada no Senado durante o governo Lula porque era suplente de Marina Silva, escolhida como ministra do Meio Ambiente. Dentre seus momentos mais marcantes, está sua renúncia à presidência do Conselho de Ética exatamente quando o colegiado se preparava para julgar o pedido de cassação contra Renan Calheiros (PMDB-AL).

Quem passou o bastão para Sibá foi outro nome que, até pouco tempo atrás, fazia parte do segundo time da bancada: Vicentinho (SP). Embora tenha uma carreira mais longa do que dos três acima, o deputado nunca foi um líder entre seus pares. Seu histórico diz tudo. No auge da crise do mensalão, por exemplo, Vicentinho subiu à tribuna para acusar o colega Pauderney Avelino (DEM-AM) de racismo. O deputado amazonense havia usado as expressões "noite negra" e "denegrir". "Não podemos permitir que determinadas palavras desqualifiquem uma raça", argumentou o petista.

Há dez anos, José Guimarães era um deputado estadual quando seu principal assessor foi preso em um aeroporto com dinheiro na cueca. O líder petista tem outra peculiaridade: é irmão de José Genoino, um dos nomes fortes do PT no Congresso que acabou alijado do poder após o mensalão.

Já o fluminense Luiz Sérgio chegou à Câmara há 16 anos, mas ainda não conseguiu ver um de seus projetos aprovado. Uma das poucas virtudes políticas do ex-carregador de malas do mensaleiro José Dirceu é a capacidade de cumprir ordens sem se queixar - é apelidado de "garçom, aquele que só anota pedidos -, o que explica sua passagem malsucedida pela Secretaria de Relações Institucionais, seu rebaixamento para o Ministério da Pesca e, agora, a escolha de seu nome para comandar as investigações na CPI mais temida pelo governo.

A falta de renovação e a ausência de peso político na linha de frente do PT na Câmara tem mais de uma explicação. O natural e constante processo de substituição de lideranças foi prejudicado por casos de corrupção que derrubaram figuras como Antonio Palocci, José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha. Dois nomes que emergiram no período pós-mensalão também caíram em desgraça: Cândido Vacarezza, que foi líder do governo na Câmara, e André Vargas, que chegou a ser vice-presidente da Casa, foram varridos por causa de seu envolvimento com personagens do petrolão.
Herculano
01/03/2015 20:20
Da série: no Brasil o único que possui legitimidade para protestar e se manifestar nas ruas é o PT. Só ele representa o Brasil. Os demais são golpistas. Mais uma do mantra da discriminação. Agora o problema é São Paulo onde nasceu o PT e lá não prospera, além da imprensa investigativa, a que esclarece, é claro.

FHC É GOLPISTA, O PSDB É DERROTADO E A MARÇA DO DIA 15 DE MARÇO É CONTRA O BRASIL, por Davis Sena Filho

Parte 1

O tucano Fernando Henrique Cardoso é ex-presidente da República. Apesar de ser carioca, trata-se de um político do Estado de São Paulo, unidade da Federação conservadora, que historicamente e politicamente sempre foi aliada dos interesses da burguesia bandeirante, da oligarquia rural e da plutocracia internacional.

FHC - o Neoliberal I - reflete o que São Paulo sempre o foi e nunca deixou de sê-lo: a Primeira República, a República Velha ou a Politica do Café com Leite. Este político, que já "bebeu" da literatura de Karl Marx, hoje é a fina flor dos interesses das classes dominantes, do empresariado nacional e internacional e dos governantes das grandes potências do ocidente.

O grão-tucano, na verdade, pertence à corrente de pensamento conservadora, que defende a hegemonia de classe, a privatização do patrimônio público, o estado mínimo e a dependência máxima, porque quer ver o Brasil subordinado aos interesses estrangeiros. Saiu da esquerda para a direita, e hoje, lamentavelmente, apregoa um golpe político contra a presidenta trabalhista Dilma Rousseff, recém-eleita pela maioria dos eleitores brasileiros, em eleições livres, justas e democráticas.

A verdade é que o tucano que governou este País, no papel de caixeiro viajante e jamais como estadista, porque se recusa, tais quais ao PSDB e às "elites", a pensar o Brasil, nunca aceitou o sucesso do ex-presidente Lula na Presidência da República, ao sair o poder com 82% de aprovação popular, bem como requisitado por governos de inúmeros países para visitá-los e ser homenageado, como deve ser tratado um mandatário que mudou o Brasil para melhor, ao desenvolver seu mercado interno, criar mais de dez milhões de empregos e praticamente eliminar a fome e a miséria, além de ter sido o principal articulador do Brics, da Unasul e do Mercosul, a fazer com que o poderoso País sul-americano fosse respeitado em todo o planeta.

Por sua vez, Fernando Henrique Cardoso recusa a se recolher à sua própria insignificância política, porque se não fosse os magnatas bilionários de imprensa e seus feitores aboletados nos covis das redações das grandes mídias meramente de mercado, o PSDB e o Príncipe da Privataria não sairiam dos limites de São Paulo, o Estado conspirador, reacionário ao desenvolvimento do Brasil e de caráter e intenção separatista.

Blindado politicamente pelos barões da imprensa alienígena, FHC, malandramente e sorrateiramente, dá uma de João sem braço, apoia e fomenta o golpe institucional contra Dilma Rousseff, ao tempo em que aconselha aos membros do PSDB que, todavia, tal apoio não deve ser dado aos golpistas de 15 de março - a maioria coxinha udenista de classe média -, de forma oficial, mas, conforme o grão-caixeiro viajante, "Tem que ficar claro que nós apoiamos, mas não somos os promotores".

Da série: no Brasil o único que possui legitimidade para protestar e se manifestar nas ruas é o PT. Só ele representa o Brasil. Os demais são golpistas. Mais uma do mantra da discriminação. Agora o problema é São Paulo onde nasceu o PT e lá não prospera, além da imprensa investigativa, a que esclarece, é claro.
Herculano
01/03/2015 20:20
FHC É GOLPISTA, O PSDB É DERROTADO E A MARÇA DO DIA 15 DE MARÇO É CONTRA O BRASIL, por Davis Sena Filho

Parte 2

FHC muito se parece com o ex-presidente Washington Luís, nascido no Estado do Rio de Janeiro, como o tucano, e igualmente adotado pela burguesia de São Paulo. O último presidente da República Velha foi derrotado pelas forças getulistas, juntamente com seu aliado, Júlio Prestes, que não conseguiu assumir a Presidência da República em 1930, porque o trabalhista gaúcho e líder de revolução, Getúlio Vargas, assumiu o poder, com o apoio da Paraíba e de Minas Gerais. Os mineiros se sentiram traídos por São Paulo, que não cumpriu o acordo de revesamento entre ambos. Na Primeira República, os dois estados eram hegemônicos, no que concerne a controlar o governo central.

Nos dias de hoje, percebe-se claramente que São Paulo e Minas, dos ex-governadores do PSDB, Aécio Neves e Antônio Anastasia, derrotados pelo PT nas eleições para governador em 2014, reviveram a República Velha, como se estivessem em 1932, uma tentativa de golpe de estado da burguesia paulista, depois transformado em marcha comemorativa anual, com a finalidade de relembrar o que a casa grande do estado bandeirante chama de "Revolução Constitucionalista". A resumir: todo ano a burguesia paulista comemora a derrota.

Contudo, a verdade é que tal evento bélico não passou de uma quartelada mais longa, cujo objetivo era retroceder à Era da Política do Café com Leite. A secessão golpista de propósitos elitistas foi sumariamente derrotada por Getúlio Vargas, e, consequentemente, a maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo, até os dias de hoje não tem uma única rua com o nome do estadista gaúcho responsável pelo Brasil moderno, por sua industrialização e pelas leis trabalhistas, que tiraram o trabalhador brasileiro da condição de semi-escravo.

Fernando Henrique - o presidente que entregou o Brasil - continua a velejar por mares bravios e a caminhar por veredas tortuosas, pelo simples fato de não ter quaisquer compromissos com o desenvolvimento deste grande País e muito menos com a emancipação do povo trabalhador brasileiro. Sua convicção de levar o País ao retrocesso é plena, e não deixa margem à dúvida daqueles que combatem suas ideias e preceitos derrotistas, colonizados e entreguistas.

FHC é o caboclo com os punhos de renda e ar pedante. Você pode vê-lo a um quilômetro de distância e sabe, sem conhecê-lo, que se trata de um coxinha de alto calibre social e pouca consciência prática e teórica sobre as questões brasileiras, porque, irrefragavelmente, o tucano, como a maioria dos que frequentam o campo da direita e são inquilinos da casa grande, recusam-se a pensar o Brasil, porque adotaram países estrangeiros como suas referências de sonhos de consumo e exibicionismo barato por se considerarem vips.

O maior traidor da Pátria de todos os tempos, o que vendeu 125 estatais a preço de banana, o que desempregou e não construiu escolas e universidades, o que não prendeu corruptos e corruptores, o que depredou a Petrobras e afundou a plataforma P-36, o que deixou o País às escuras por causa de um apagão de 18 meses, o que mente ser o criador do Real, sendo que o verdadeiro criador da moeda é o ex-presidente Itamar Franco, e o que foi ao FMI três vezes, de joelhos, humilhado, com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes é, sem sombra de dúvidas, o FHC. Ponto.
Herculano
01/03/2015 20:20
Da série: no Brasil o único que possui legitimidade para protestar e se manifestar nas ruas é o PT. Só ele representa o Brasil. Os demais são golpistas. Mais uma do mantra da discriminação. Agora o problema é São Paulo onde nasceu o PT e lá não prospera, além da imprensa investigativa, a que esclarece, é claro.

FHC É GOLPISTA, O PSDB É DERROTADO E A MARÇA DO DIA 15 DE MARÇO É CONTRA O BRASIL, por Davis Sena Filho

Parte 3

Neste momento de crise política, o tucano-mor, que se diz um democrata, junta-se aos golpistas de sempre, a exemplo da imprensa comercial e privada, e dos partidos de direita, dentre outros personagens inconformados com a quarta vitória do PT, para insuflar um golpe institucional, porque, realmente, recorrer aos militares não tem mais sentido e nem razão. Mas, se pudessem, o fariam, porque a direita não se preocupa em defender a democracia, pois sem ela vive muito bem, sente-se confortável, além de se beneficiar e manter, indefinidamente, o status quo, pelo qual eu não tenho o mínimo respeito.

O Príncipe Privata orientou seus "súditos" a estimular o impeachment contra a Dilma Rousseff, porém, sem participar diretamente do movimento golpista e antidemocrático, a ser realizado no dia 15 de março, a ter os coxinhas udenistas de classe média a fazer a claque e a carregar vassouras "janistas", porque eles são contra a corrupção e a "tudo o que está aí". Só não são contrários ao que diz respeito à corrupção dos tucanos do PSDB, do DEM (o pior partido do mundo) e do empresariado que apoia tal campo político-ideológico conservador.

O traidor da Pátria brasileira, que até os recém-nascidos e os idiotas sabem de quem se trata, também ouviu um de seus "súditos", igualmente golpista como ele: "Temos que estabelecer esse limite, ter esse cuidado. Não será iniciativa partidária" - ressaltou Aécio Neves, o tucano duplamente derrotado por Dilma Rousseff, no Brasil, e por Fernando Pimentel, em Minas Gerais.

Então, vamos à pergunta que não quer calar: "Como é que é, cara pálida?" Vamos ver se eu entendi: o Aécio Neves é derrotado, e em seu primeiro pronunciamento no Senado apregoa o golpe e não reconhece a vitória legítima de Dilma Rousseff nas urnas. Depois disso, a imprensa corrupta e de negócios privados faz coro com o tucano derrotado e inconformado, ao ponto de grande parte de seus escribas de opinião pregarem o golpe, de forma direta e também dissimulada.

Depois disso, atores da política se juntaram ao propósito de não deixar Dilma governar e passaram a pedir o impeachment. Álvaro Dias, Ronaldo Caiado, Carlos Sampaio, Aloysio Nunes (este diz que vai ao protesto de direita), Agripino Maia, Rodrigo Maia, José Carlos Aleluia, dentre outros, apostam no impeachment, como forma de a direita chegar ao poder antes das eleições de 2018, até porque Lula pode ser o candidato do PT.

Depois desses fatos e realidades pró-impeachment que a direita criou, essa gente diz, no encontro realizado no iFHC, que tem de "haver limites e não oficializar seu apoio" ao impeachment de Dilma? O que é isto, camarada? Os demotucanos enfiam a mão na cumbuca e depois escondem a mão, porque ficou presa e não conseguem retirá-la. Como sempre em cima do muro, até para assumir a cumplicidade com a tentativa de golpe contra uma mandatária eleita.

Eles esquecem que o vice-presidente é do PMDB, que se diz legalista e constitucionalista, além de se verificar no Brasil que os movimentos sociais urbanos e rurais, as confederações de trabalhadores, os estudantes, grande parte da classe média que vota na esquerda, a OAB, a ABI, as Forças Armadas, dentre outros órgãos, entidades e instituições não vão permitir que um bando de tucanos emplumados dê uma de brucutu golpista e irresponsável.

A verdade é apenas esta: fazer passeata e protestar é permitido. Dar golpe de estado, não. Fernando Henrique - o Neoliberal I - é golpista, o PSDB é derrotado e a marcha de 15 de março é contra os interesses do Brasil. É isso aí.
Herculano
01/03/2015 20:01
O ÓBVIO E SOB PRESSÃO. GOVERNO DEVERIA SE PREOCUPAR COM AS CONSEQUÊNCIAS DA CORRUPÇÃO, DIZ MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

O texto é de Severino Motta, da sucursal de Brasília, para o jornal Folha de S.Paulo. O Ministério Público Federal divulgou uma nota neste domingo (1) dizendo reconhecer a legitimidade da CGU (Controladoria-Geral da União), que é um órgão do Executivo, em celebrar acordos de leniência com empresas envolvidas em caso de mal feitos. Ponderou, no entanto, que o governo deveria estar mais preocupado com as "consequências econômicas e sociais da corrupção" do que em garantir a reabilitação de companhias flagradas pela Operação Lava Jato.

"Embora legítima a preocupação do governo com consequências econômicas e sociais, a maior preocupação deve ser com as consequências econômicas e sociais da corrupção praticada e em desenvolvimento - lembrando que houve práticas corruptas recém descobertas que ocorreram até dezembro de 2014. Conforme a experiência internacional demonstra, quanto menor a corrupção na sociedade, melhores são as condições para o desenvolvimento econômico e social", diz a nota.

As divergências sobre os acordos de leniência, uma espécie de delação premiada para empresas, têm se intensificado nos últimos dias. Por um lado, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, tem defendido tal possibilidade.

O Ministério Público Federal, por sua vez, tem dito que eventuais acordos com a CGU - que podem evitar que as empresas fiquem proibidas de contratar com o poder público - podem ser prejudiciais ao interesse público.

De acordo com a nota, como parte das investigações correm em segredo, os procuradores dizem que a CGU poderia fechar um acordo tendo como base delações das empresas sobre crimes previamente conhecidos pelo MPF, ou seja, que não representariam avanço para as investigações.

Devido a isso um grupo de procuradores chegou a ir ao TCU (Tribunal de Contas da União) na semana passada e pediu que a corte impedisse qualquer tentativa de a CGU fechar eventuais acordos de leniência no caso da Lava Jato.

"Acordos de leniência, assim como os acordos de colaboração, só podem ser celebrados quando estiverem presentes três requisitos cumulativos: reconhecimento de culpa; ressarcimento, ainda que parcial do dano; e indicação de fatos e provas novos. Sendo necessária a comunicação de fatos novos e a entrega de novas provas sobre crimes, e estando a investigação dos fatos criminosos sendo desenvolvida, em parte, sob sigilo, é possível que a CGU tome, como novos, fatos e provas apresentados pela empresa que já estejam informados e comprovados na investigação", diz a nota.

Por fim, o Ministério Público ainda aproveita a nota para rebater críticas de advogados da Lava Jato, que têm reclamado das prisões preventivas de réus alegando que as mesmas servem para pressionar os detidos a fazerem delações premiadas.

"Dos 13 acordos de colaboração celebrados no âmbito da investigação da Lava Jato, 11 foram feitos com pessoas soltas e os dois restantes foram feitos com presos que continuaram presos, de modo que está desconectado da realidade o argumento de que prisões são feitas para forçar pessoas a acordos".
sidnei luis reinert
01/03/2015 16:38
BOLSONARO REPRESENTA CONTRA LULA
Nesta data representei contra o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, junto ao Ministério Público, pela evidente prática de crime contra a segurança nacional, a ordem política e social.
..... ?EU QUERO PAZ E DEMOCRACIA, MAS SE ELES NÃO QUEREM, NÓS SABEMOS BRIGAR TAMBÉM...?
..... ? SOBRETUDO QUANDO JOÃO PEDRO STÉDILE COLOCAR O EXÉRCITO (MST) DELE NO NOSSO LADO...?
A íntegra da representação:
http://www.bolsonaro.com.br/representacao_lula.pdf
Arara Palradora
01/03/2015 14:44
Querido, Blogueiro:

O Zarolha Cerveró disse que não participou da roubalheira da PeTrobras.
O Zarolha Cerveró disse que não roubou a PeTrobras.
O Zarolha Cerveró disse que não tinha contas no exterior.
Então, aonde a Operação Lava Jato achou para bloquear R$106 milhões do Caolha?

Mas o que gostei mesmo, foram as palavras de Vinícius Torres Freire,
postado às 08:13hs.
"Dilma é uma alma penada". E pior, continua ele: "Uma alma penada sem rumo". É a bruxa em pessoa no seu vassourão desgovernado.

Milly Lacombe
@millylacombe: "Todo dia vem um chato me pautar.
Não vais falar dos estudantes mortos na Venezuela?
Não sou a Anistia Internacional e falo sobre o q quizer".

Tens chatos também?
Voeeeiii...!!!
Herculano
01/03/2015 14:22
O PT e seus sócios são os únicos que possuem legitimidade para sair às ruas e protestar.

A MARCHA DOS DERROTADOS TUCANOS E SEUS SABUJOS, por Ricardo Kotscho, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

Parte 1

As "marchadeiras" estão de volta. Foi também num mês de março, 51 anos atrás, que as senhoras da UCF (União Cívica Feminina) e do MAF (Movimento de Arregimentação Feminina) saíram às ruas de São Paulo na "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", a senha para o golpe de 1964 desencadeado apenas 12 dias depois, que jogaria o país numa ditadura militar por longos 21 anos.

Estava no centro da cidade neste dia 19 de março. Vi a elegante multidão, calculada em 500 mil pessoas, que saíra da praça da República, atravessando o Viaduto do Chá e marchando em direção à catedral na praça da Sé, gritando palavras de ordem e empunhando faixas contra a subversão e a corrupção: "Um, dois, três, Brizola no xadrez. Se tiver lugar, vai o Jango também". Jango era João Goulart, o presidente da República, e Leonel Brizola, seu cunhado e governador do Rio Grande do Sul, ambos gaúchos.

O objetivo era um só: derrubar o governo e vingar a derrota imposta aos paulistas em 1932, como registrou no dia seguinte a Folha de S. Paulo: "A disposição de São Paulo e de todos os recantos da pátria para defender a Constituição e os princípios democráticos, dentro do mesmo espírito que ditou a Revolução de 32, originou ontem o maior movimento cívico já observado em nosso Estado".

As mulheres foram na frente, acompanhadas pela criadagem das suas residências e funcionários das empresas dos maridos, dispensados do cartão de ponto naquele dia. Na retaguarda, sem dar as caras na rua, ficaram os mentores da conspiração armada pelo complexo empresarial-midiático-militar, com o apoio dos Estados Unidos, reunidos no Ipes (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) e Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática). O resto é história que hoje pode ser pesquisada no Google.

***

A função de um jornalista é contar o que está acontecendo nos dias atuais, sem brigar com os fatos, gostando ou não deles, mas para entende-los é preciso recuar no tempo e buscar as raízes das crises cíclicas vividas pela nossa jovem República, como esta de agora. É uma das poucas vantagens de se ficar velho nesta profissão.

Naqueles dias de 1964, quando tinha acabado de completar 16 anos, vivíamos o auge da Guerra Fria, com o mundo dividido ao meio entre o capitalismo dos Estados Unidos e o comunismo da União Soviética.

A Guerra Fria acabou junto com a União Soviética, as siglas Ipes, Ibad, UCF e MAF sumiram na poeira, a ditadura morreu de velhice e os militares estão nos quartéis, fora da cena política, cumprindo suas missões constitucionais, não há navios da esquadra americana rondando as costas brasileiras, acabamos de sair da sétima eleição presidencial consecutiva após a redemocratização do país, mas tem gente poderosa, principalmente na burguesia paulista, que ainda vive com o espírito de 1932 e 1964.

Só o que não mudou foram os barões da mídia, que continuam exatamente os mesmos, utilizando os mesmos métodos. Essa gente não esquece, não aprende e não perdoa. Se ontem o inimigo a ser abatido era Getúlio Vargas e, mais tarde, foram os seus herdeiros políticos Jango e Brizola, hoje são Lula e Dilma. Em lugar dos gaúchos, os inimigos são os nordestinos que votam no PT. Para combate-los, os udenistas que levaram Vargas ao suicídio, criaram vários partidos e acabou sobrando só o PSDB.
Herculano
01/03/2015 14:21
O PT e seus sócios são os únicos que possuem legitimidade para sair às ruas e protestar.

A MARCHA DOS DERROTADOS TUCANOS E SEUS SABUJOS, por Ricardo Kotscho, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT.

Parte 2

No ano passado, sentiram que poderiam ganhar as eleições com Aécio Neves e varrer o PT do mapa. Ficaram muito animados, jogaram no tudo ou nada, e acabaram sendo derrotados pela quarta vez seguida. Perderam por pouco mais de três milhões de votos, mas não se conformaram, e logo começaram a falar em impeachment (até pediram um parecer a renomado jurista) e a promover pequenos protestos do "Fora Dilma", que fracassaram em público e renda.

Com o agravamento da crise política, econômica e ética enfrentada pelo governo petista, tendo como epicentro a Petrobras, que eles já combatiam desde a criação da empresa no último governo Vargas, sem que a presidente e o partido mostrem poder de reação, os derrotados de 2014 e seus sabujos resolveram organizar e jogar todas as suas fichas numa nova marcha programada para o próximo dia 15 de março.

Agora, a CUT e vários movimentos sociais resolveram também promover um ato em defesa da Petrobras, diante da sede da empresa em São Paulo, marcada para o dia 13. Só para lembrar: 13 de março de 1964 foi o dia do célebre Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, que marcou a guinada à esquerda de Jango e o início do fim do seu governo.

E adivinhem quem estava lá, ao lado do presidente, defendendo as reformas de base e a indústria nacional? José Serra. Sim, o próprio, que agora está do outro lado, muito animado com o ato do "Fora Dilma" do dia 15.

Como presidente da União Brasileira de Estudantes, o jovem Serra, aos 22 anos, fez um dos discursos mais radicais daquela noite. "A questão básica do meu discurso era a mobilização antigolpe, que tínhamos de nos mobilizar", lembraria ele, 50 anos depois, em entrevista à Folha.

***

Reunidos em São Paulo na sexta-feira, os caciques do PSDB, liderados por Fernando Henrique Cardoso, com a participação do mesmo José Serra, anunciaram que defendem as manifestações pelo impeachment de Dilma, mas sem envolver o partido, e avisaram que não irão ao ato marcado para a avenida Paulista. "Quanto mais populares, mais fortes serão os protestos", justificou Aécio Neves, o presidenciável tucano derrotado.

Assim como os mentores da grande "Marcha da Família", os tucanos preferem ficar na moita e ver tudo da janela, sem suar a camisa. O que vier é lucro. A mobilização deve ficar por conta das lideranças anônimas nas redes sociais e da mídia aliada.

O clima radicalizado e cada vez mais agressivo dos dois lados, na cidade e no país, às vezes me faz lembrar os dias tumultuados que antecederam o golpe de 1964, mas é evidente que tudo mudou no Brasil e no mundo, tornando imprevisíveis o tamanho e as repercussões da marcha dos derrotados inconformados.

Está claro também que o ato mobilizará setores além do tucanato udenista e seus sabujos, dos mais variados partidos e tendências políticas, à esquerda e à direita, inclusive eleitores petistas que votaram em Dilma há apenas quatro meses, e se mostram descontentes com os rumos do governo no segundo mandato.

Basta dizer que hoje apenas um entre cada quatro brasileiros apoia o governo Dilma-2 (23% de ótimo e bom no último Datafolha), que também só tem o apoio garantido de um em cada quatro parlamentares na Câmara comandada pelo seu desafeto Eduardo Cunha.

Aconteça o que acontecer, não se deve esperar coisa boa nos dias seguintes, pois o que realmente move os organizadores deste ato, por tudo que já foi divulgado nas redes sociais, é o ódio ao PT e aos nordestinos, e a vingança contra as vitórias de Lula e Dilma nas últimas eleições presidenciais.

Só espero que a história não se repita, nem como farsa.

Vida que segue.
Herculano
01/03/2015 14:12
O ISOLAMENTO DE DILMA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff chega ao fim do segundo mês de seu novo mandato enfraquecida, desacreditada e, pior, criticada até mesmo por seus companheiros de partido, em razão do isolamento que se impôs ao se afastar das lideranças do PT e do principal partido de sua base de sustentação no Congresso, o PMDB. Ela, exclusivamente, é responsável por tudo isso. Incapaz, desde a confirmação de sua vitória eleitoral no ano passado, de qualquer gesto que apontasse na direção de um entendimento ou aproximação com os diferentes setores da sociedade, inclusive os que a ela se opuseram nas eleições - afinal, ela não é a presidente só de seus eleitores -, desperdiçou inteiramente o período de confiança de que costumam desfrutar governantes em início de mandato.

Por ação ou inação, fez seu prestígio popular despencar para níveis sem precedentes. Mais da metade da população entende que a chefe do governo é "desonesta" e "falsa", de acordo com recente pesquisa do Datafolha. A vertiginosa queda de popularidade da presidente tornou-se assunto internacional. Publicações conceituadas como Time, Financial Times e The Economist estendem-se em críticas acerbas à situação econômica do País e à maneira como ela é conduzida por Dilma. Em sua última edição para a América Latina, The Economist traz na capa a irônica imagem de uma passista de escola de samba que se afunda num lodaçal verde, sob o título Atoleiro do Brasil.

A crise em que o País está mergulhado revela ao mundo o furo n"água que resultou da decisão solitária de Luiz Inácio Lula da Silva de inventar uma sucessora que apresentou aos brasileiros em 2010 como gestora pública eficientíssima, a prodigiosa "mãe do PAC". É o que se observa também na São Paulo administrada por outro "poste" inventado por Lula.

Segundo o discurso orquestrado por Lula, o PT e Dilma são apenas "vítimas" de uma conspiração de direita por meio da qual "eles" se dedicam a "criminalizar" - é o termo da moda no lulopetismo - as conquistas sociais que tiraram a população brasileira da miséria.

Na vida real, porém, Dilma passou os quatro anos do primeiro mandato acumulando erros que compõem o amplo e bizarro panorama do que se pode chamar de "estilo Dilma de governar", caracterizado pela soberba de uma militante sectária que, por acreditar que sabe tudo, não ouve ninguém.

Dilma assumiu a chefia do governo em 2011 sentindo-se toda poderosa e disposta a corrigir as distorções liberais admitidas por seu antecessor. Mas escolheu o pior momento para isso, quando a economia globalizada enfrentava as consequências da crise de 2009 e já não oferecia as mesmas perspectivas favoráveis nas quais Lula surfara tranquilamente. Partindo do princípio de que o governo pode tudo, inclusive gastar o que não tem, Dilma se dedicou a desconstruir os fundamentos da estabilidade econômica herdados do governo Fernando Henrique e mantidos por seu antecessor, para obter importantes conquistas nas áreas social e econômica.

No campo político, Dilma se dispôs à elogiável iniciativa de deixar sua marca de austeridade: promoveu "faxina" no governo, com a demissão de ministros envolvidos em malfeitos de toda natureza. Foi com sede demais ao pote. Lula, que indicara quase todos os demitidos, teve de explicar à pupila que a coisa "não é bem assim" e os "danos políticos", provocados pela incapacidade política da presidente de aliar meios adequados a fins meritórios, foram logo reparados.

Os indícios mais ostensivos da insatisfação popular, não necessariamente com Dilma, mas com a situação do País, surgiram nas manifestações de rua de junho de 2013, que rapidamente se tornaram uma ampla pauta de reivindicações. Assustada, como todos, Dilma reagiu fazendo o mais fácil: promessas. Prometeu de tudo, até um improvável plebiscito para tratar de reformas políticas.

Em 2014, deixou em segundo plano a deteriorada situação econômica para se dedicar ao projeto reeleitoral. E, como de hábito, prometeu o que podia e não podia, inclusive que jamais tocaria nos "direitos dos trabalhadores". Mentiu, como teve de admitir depois, não por palavras, mas por atos.

Poucos meses depois de reeleita com a ajuda de um marketing eleitoral competente, mas inescrupuloso, Dilma corre o risco de transformar-se em um fantasma político. Por sua culpa.
Herculano
01/03/2015 14:10
A MISÉRIA DA POLÍTICA, por Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-professor universitário, ex-senador por São Paulo, ex-ministro da Fazenda e criador do Plano Real, ex-presidente da República pelo PSDB, em artigo publicado neste domingo no jornal O Estado de S. Paulo.

Por que a presidente Dilma se deu ao ridículo de atribuir a mim a culpa do petrolão?

Otimista por temperamento, com os necessários freios que o realismo impõe, raramente me deixo abater pelo desalento. Confesso que hoje, no entanto, quase desanimei: que dizer, que recado dar diante (valham-me os clássicos) de tanto horror perante os céus?

Na procura de alento, pensei em escrever sobre situações de outros países. Passei o carnaval em Cuba, país que visitava pela terceira vez. A primeira, na década de 1980, quando era sena-dor-fui jurado num Prêmio Casa de las Américas. Voltei à ilha como presidente da República. Vi menos do povo e dos costumes do que na vez anterior: o circuito oficial é bom para conhecer outras realidades, não as da sociedade. Agora visitei Cuba como cidadão comum, sem seguranças nem salamaleques oficiais. Fui para descansar e para admirar Havana, antes que o novo momento econômico de relações com os Estado Unidos a modifique muito.

Não fui, portanto, para avaliar a situação política (nem sequer possível em sete dias) ou para me espantar com o já sabido, de bom e de mau, que lá existe. Não caberia, portanto, regressar e fazer críticas ao que não olhei com maior profundidade. Os únicos contatos mais formais que tive foram com Roberto Retamar (poeta e diretor da referida Casa de las Américas) , com o jornalista Ciro Bianchi e com o conhecido romancista Leonardo Padura. Seu livro El Hombre que Amaba a los Petros - sobre a perseguição a Trotski em seu exílio da União Soviética - é uma admirável novela histórica. Rigorosa nos detalhes, aguda nas críticas, pode ser lida como um livro policial, especialidade do autor, que, no caso, reconstitui as desventuras do líder revolucionário e o monstruoso assassinato feito a mando de Stalin.

Jantei com os três cubanos e suas companheiras. Por que ressalto o fato, de resto trivial? Porque, embora ocupando posições distintas no espectro político da ilha, mantiveram uma conversa cordial sobre os temas políticos e sociais que iam surgindo. A diversidade de posições políticas não tornava o diálogo impossível. Eles próprios não se classificavam, suponho, em termos de "nós" e "eles", os bons e os maus. Por outra parte, ainda que o cotidiano dos cubanos seja de restrições econômicas que limitam as possibilidades de bem-estar, em todos os populares com quem conversei senti esperanças de que no futuro estarão melhor: o fim eventual do embargo, o fluxo de turistas, a liberdade maior de ire vir, as remessas aumentadas de dinheiro dos cubanos da diáspora, tudo isso criou um horizonte mais desanuviado.

É certo que nem em todos os contatos mais recentes que tive com pessoas de nossa região senti o mesmo ânimo. Antes de viajar recebi ligação telefônica da mãe de Leopoldo López, oposicionista venezuelano que cumpriu um ano de cadeia no dia 18 de fevereiro. Ponderada e firme, a senhora me pediu que os brasileiros façamos algo para evitar a continuidade do arbítrio. Ainda mantém esperanças de que, ademais dos protestos no Congresso e na mídia, alguém do governo entenda nosso papel histórico e grite pela liberdade e pela democracia.

Na semana passada foi a vez de Henrique Capriles me telefonar para pedir solidariedade diante de novos atos de arbítrio e truculência em seu país: o prefeito Antonio Ledezma, eleito para o governo do Distrito Metropolitano de Caracas pelo voto popular, havia sido preso dias antes em pleno exercício de suas funções. Não bastasse, em seguida houve a invasão de vários diretórios de um partido oposicionista. Note-se, como me disse Capriles, que Ledezma não é um político exaltado, que faz propostas tresloucadas: ele, como muitos, deseja apenas manter viva a chama democrática e mudar pela pressão popular, não pelas armas, o nefasto governo de Nicolás Maduro. Esperamos todos que o desrespeito aos direitos humanos provoque reações de repúdio ao que acontece na Venezuela.

Até mesmo os colombianos, depois de meio século de luta armada, vão construindo veredas para a pacificação. As Farc e o governo vêm há meses, lenta, penosa, mas esperançadamente, abrindo frestas por onde possa passar um futuro melhor. Amanhã, segunda-feira, 2 de março, o presidente Juan Manuel Santos e outras personalidades, entre as quais Felipe González, estarão reunidos em Madri num encontro promovido por El País (ao qual não comparecerei por motivos de força maior) para reafirmar a fé na paz colombiana.

Enquanto isso, nós que estamos longe de sofrer as restrições econômicas que maltratam o povo cubano ou os arbítrios de poder que machucam os venezuelanos, eles também submetidos à escassez de muitos produtos e serviços, nos afogamos em copo d"água.

Por que isso, diante de uma situação infinitamente menos complexa? Porque Lula,em lugar de se erguer ao patamar que a História requer, insiste em esbravejar, como fez ao final de fevereiro, dizendo que colocará nas ruas as hostes do MST (pior, ele falou nos "exércitos"...) para defender o que ninguém ataca, a democracia, e -incrível - para salvar a Petrobrás de uma privatização que tucano algum deseja? Por que a presidente Dilma se deu ao ridículo de fazer declarações atribuindo a mim a culpa do petrolão? Não sabem ambos que quem está arruinando a Petrobrás (espero que passageiramente) é o PT, que no afã de manter o poder criou tubulações entre os cofres da estatal e sua tesouraria? Será que a lógica do marquetismo eleitoral continuará a guiar os passos da presidente e de seu partido? Não percebem que a situação nacional requer novos consensos, que não significam adesão ao governo, mas viabilidade para o Brasil não perder suas oportunidades históricas?

Confesso que tenho dúvidas se o sentimento nacional, o interesse popular serão suficientes para dar maior têmpera e grandeza a tais líderes, mesmo diante das circunstâncias potencialmente dramáticas de que nos aproximamos. Num momento que exigiria grandeza, o que se vê é a miséria da política.
Herculano
01/03/2015 13:59
CRISE DO FIM DO MUNDO, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

O 15 de março vem aí, com péssimas condições de tempo e temperatura, o governo fazendo barbeiragens e a oposição instigando as manifestações, mas desautorizando o "Fora, Dilma". E ironizando o "Foi o FHC".

Na economia, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acerta ao entregar um superávit de R$ 21 bilhões em janeiro, mas erra feio ao criticar e chamar de "brincadeira" as desonerações feitas pela chefe Dilma Rousseff no primeiro mandato. Não se cutuca a onça com vara curta.

E... o aumento de até 150% nos impostos da indústria vem numa hora de pânico do setor produtivo e não é nada promissor para crescimento, inflação e empregos, que já começam a tremelicar.

Na política, as ameaças ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Entraram na casa dele e isso virou justificativa para seu encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um mês depois, justamente às vésperas do anúncio da lista de políticos do PT e do PMDB na Lava Jato. Pior: em 48 horas, o procurador desiste da denúncia de políticos e segue pelo desvio de abrir inquérito. Leia-se: jogar tudo para as calendas.

Janot pode estar enveredando pelo pior dos caminhos: aquele que estanca um basta na corrupção sistêmica, dá na impunidade dos responsáveis pela maior roubalheira descoberta na República e, atenção, pode respingar na sua própria biografia.

Já o ministro da Justiça se encontra com o advogado da UTC, por acaso, ali na porta ao lado do seu gabinete, diz "Oi!, como está você?" e vira as costas. Também recebe a turma da Odebrecht e registra em ata que vai ver direitinho como foi o pedido de dados na Suíça, o que pode resultar em anulação de provas contra as empreiteiras. Depois se reúne com o procurador à noite, numa semana decisiva, para discutir um arrombamento desses que ocorrem às centenas, ou milhares, por dia.

Enquanto a política econômica dá um cavalo de pau, as versões do governo para sua ação na Lava Jato parecem sem pé nem cabeça e a sociedade se move, as investigações do esquemão na Petrobrás avançam. Só não se sabe para onde.

Já eram esperadas as delações premiadas de dois executivos da Camargo Corrêa, o presidente, Dalton Avancini, e o vice, Eduardo Leite (em choque com a própria companhia), que devem reforçar a tese de cartel contra a de esquema político para eternizar o PT no poder.

É o que o governo quer, mas não o que interessa à Odebrecht, onde habitam os maiores amigos de Lula e Dilma no setor. A empresa é a única que não tem nenhum executivo na cadeia e ficou fora da lista que vai pagar multa de R$ 4,5 bilhões, porque seus meandros de financiamento de campanha são muito mais complexos, não se encaixam nas investigações. Mas, se prevalecer a confissão conjunta de "cartel", ela entra na dança.

É mais um choque de interesses, mas o foco continua sendo no grande personagem das investigações: Ricardo Pessoa, o homem bomba da UTC. Tudo depende agora do fator emocional. Digamos que é uma questão de tempo.

Tem-se, assim, que a economia está como está, os ajustes são amargos num momento já de tanta amargura, o PMDB acaba de ir à TV se descolando do governo, cresce a sensação de que o procurador-geral está nas mãos de Dilma e Cardozo e o desfecho da Lava Jato é incerto, depois de tantas revelações escabrosas.

Pois é... e o 15 de março vem aí. Fernando Henrique Cardoso reuniu seus generais na sexta e o recado é: manifestações, sim; incitar o impeachment, não. Lula também reuniu sua tropa e avisou: se necessário, põe nas ruas a "tropa do Stédile" (ou seja, MST e movimentos sociais).

O que talvez os dos dois lados não estejam entendendo é que, desta vez, não se trata de PT versus PSDB. O momento é grave, a situação é complexa e a dinâmica é a de junho de 2013. As manifestações não são de partidos, de governo ou de oposição. São principalmente contra Dilma, mas contra todos eles.
João João Filho João
01/03/2015 13:58
Sr. Herculano:

Sabes se o vereador Hilário Melato já começou a mandar o prefeito
Celso Zuchi: sit, roll, spin, up ...?

Postado às 07:35hs.
O mesmo falatório do João Santana, mas com outros bonecos.
Juju do Gasparinho
01/03/2015 13:42
Prezado Herculano:

Do Blog do Manoel:

"A batata de LuLLa está mais para carvão do que para acepipe de festinha de São João.

Na reunião que o Cafajeste do Palanque teve com a cúpula dos mercenários, até aquelas piadinhas do Salafrário Alcoólatra não despertaram nos presentes os risos de sempre.

Um "cacicão" dos Mercenários foi duro e direto:

Não tem acerto enquanto você não se acertar com aquela senhora.
Este é o motivo que fez com que LuLLa marcasse uma nova reunião com a Anta.

Tem outro e mais importante: LuLLa já sente a quentura do fogo do inferno, que vem das labaredas da Lava-jato, arder em seu fuleco. Executivos da C&C, novos delatores premiados, já deram sinais de que LuLLa e dona Dilma não só sabiam, como participaram em alguns casos, diretamente dos acordos de roubalheira na PTRROUBRÁS.
Ricardo Pessoa é outro que pode fazer com que LuLLa seja assado no fogo do inferno".

Petrobras pagava até prejuizo por dia de chuva para as empreiteiras do
PeTrolão - O Globo.

#cadeiavagabundos
lelo
01/03/2015 11:12
Morte aos infiéis. É isto que se tornou o PT hoje em dia. Como um logo em pele de cordeiro, pedia diálogo para chegar ao poder. Agora no poder, igual o califado do Estado Islâmico, como se pode ver e se aterrorizar no programa da GloboNews, quando em vantagem ou em desvantagem, pede morte os infiéis, que assim qualifica quem não se ajoelha, peça perdão e reze na cartilha do partido, que se resume da incompetência, roubo e corrupção.

A troca de opiniões entre o educado, paciente e moderado Élcio de Souza com o teimoso e radical Antônio Carlos Dalsochio é uma aula do que está por vir. Em Gaspar ninguém, mas ninguém pode ter opinião diversa, que está marcado para morrer. Está ou não há hora de reagir?
Herculano
01/03/2015 08:19
A CAMARGO CORRÊA PODER VIRAR UMA SIEMENS, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo

Depois de ter distribuído dinheiro pelo mundo afora, a empresa alemã virou exemplo de lisura

A decisão do presidente e de um dos vice-presidentes da Camargo Corrêa de colaborar com a Viúva pode significar o início de um novo tempo nas relações de grandes empresas com o Estado. Se a empresa aderir, poderá se transformar numa Siemens.

Nada garante que isso vá acontecer, mas a multinacional alemã foi do inferno ao paraíso em poucos anos. Com 400 mil empregados em 190 países, ela corria o risco de ser declarada inidônea nos Estados Unidos e na Alemanha. Resolveu corrigir-se. Reconheceu que distribuiu US$ 1,4 bilhão em 65 países e abriu uma investigação interna. Foram analisados 127 milhões de documentos e descobertos novos malfeitos. A Siemens contratou Theo Waigel, ex-ministro da Economia da Alemanha, para uma posição de superombudsman. Ele visitou 20 países, reuniu-se com cerca de 1.500 pessoas e ficou com pouco tempo para outras atividades. De seu trabalho resultou que a empresa tem um novo lema: "A Siemens só faz negócios limpos". A faxina foi geral. No primeiro ano, o ombudsman fez mais de 100 recomendações, todas aceitas. No segundo, 40. No terceiro, apenas 10. Criou uma sistema de controle de denúncias. Para garanti-lo, apresentavam-se falsas reclamações, para ver se elas eram varridas para baixo do tapete.

Waigel concluiu seu trabalho garantindo que "não há risco sistêmico" quando se faz uma faxina. No Brasil, por exemplo, a Siemens colabora com as autoridades nas investigações sobre o cartel metroferroviário que operou em governos do tucanato paulista. Infelizmente, as autoridades ainda não colaboraram o suficiente para que o caso desse em alguma coisa.

FRITURA
A doutora Dilma encarregou o ministro Joaquim Levy de negociar com a agência Moody's para que a nota de crédito da Petrobras não fosse rebaixada. Ele tentou durante o Carnaval, quando esteve em Nova York, e novamente na segunda-feira passada. Deu água.

Negociações como essa são comuns. Às vezes dão certo, às vezes fracassam. Valem pelo segredo em que são mantidas, seja qual for o desfecho. Se Levy fosse bem-sucedido, o sigilo evitaria que a Moody's parecesse ter sido pressionada.

Rebaixada a Petrobras, o governo (mas não a Fazenda) revelou a gestão malsucedida.

Pode ter sido pura incompetência, ou um lance de fritura de Levy.

PERIGO
Se fossem poucos os problemas do comissariado, apareceu um novo. A possibilidade de que surjam novos fatos documentados sobre as petrorroubalheiras, vindos dos Estados Unidos, onde pelo menos duas agências investigam a Petrobras.

Se isso acontecer, é certo que renascerá a tese dos "inimigos externos". Será falsa; o governo americano zela pela saúde de seu mercado de ações, onde papéis da empresa são negociadas na Bolsa.

Funcionários da Securities and Exchange Commission já estiveram no Brasil.

Em Pindorama, essa função é da Comissão de Valores Mobiliários, com quem diretores da Petrobras fizeram pelo menos sete acordos. Como diria o comissário Luís Inácio Adams, essa é um "especificidade" do Brasil.

SUGESTÃO
A CPI da Petrobras poderia funcionar em Curitiba.

Lá ela ficaria mais perto das duas pontas da questão: do juiz Sergio Moro e da carceragem.

COTA DO PMDB
Na roda de fogo para segurar a votação da PEC da Bengala, chegou a um comissário do Planalto uma estranha proposta.

Aprovada, a emenda bloquearia a nomeação de cinco ministros do Supremo Tribunal Federal que irão para as vagas dos titulares que completarão 70 anos durante o mandato da doutora. O PMDB seguraria a PEC se ganhasse uma cota, influenciando a escolha de dois dos novos ministros.

O JUIZ DO PORCHE
O juiz Flávio Roberto de Souza foi afastado do caso de Eike Batista.

O Ministério Público bem que poderia sugerir uma medida que desse alegria à cidade. Deveriam obrigá-lo a circular durante uma semana, pela orla, no Porsche do ex-bilionário.

Se bater em cachorro pode levar uma pessoa a correr o risco de ter que limpar canis a pedido da Promotoria, isso não seria absurdo.

URUCUBACA
O repórter Lauro Jardim informa: O doutor Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, tinha seu conforto garantido pelo bloqueio de um elevador do prédio da empresa sempre que fosse usá-lo.

Durante 11 anos ele dirigiu a poderosa subsidiária da Petrobras e caiu na rede das petrorroubalheiras. Ele pode até ser um santo, mas chamou uma urucubaca.

É dura a vida de magnata que bloqueia elevador.

Eike Batista está no chão. Edemar Cid Ferreira, Angelo Calmon de Sá e Theodoro Quartim Barbosa quebraram seus bancos e Richard Fuld destruiu a Lehman Brothers. Paulo Skaf valeu-se do mesmo privilégio como presidente da Fiesp apenas por algum tempo. Tomou uma surra na última eleição para o governo de São Paulo.
Herculano
01/03/2015 08:13
A ALMA PENADA DE DILMA ROUSSEFF, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

O que deve sentir ou pensar a presidente ao ver o enterro de indigente de seus planos econômicos?

"UM NEGÓCIO QUE era muito grosseiro;" "brincadeira que nos custa R$ 25 bilhões por ano". Foi com esse discurso de réquiem que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enterrou o defunto que fora um dos planos mais estimados da primeira encarnação da presidente Dilma Rousseff: a redução de impostos que empresas pagam ao INSS.

O que a presidente sente ou pensa quando assiste à morte ingló- ria e ao enterro infame do seu programa econômico? O que diz a seus botões, durante a noite escura da alma, na solidão esplêndida do Alvorada?

Ela acredita nas fantasias mal escritas de seus discursos, que atribui a ruína que provocou a conjurações dos azares da economia do mundo?

Acredita, tal como algumas seitas de seus adeptos restantes, que foi vítima de conjurações de elites, "mídia" ou outro demônio? Vítima dessas elites a quem o governo paga e pagará juros aberrantes pela dívida que fez a fim de financiar uma fantasia caricata e transitória de progresso social, em vez de ao menos tentar cobrar-lhes mais impostos?

As elites, que tanto amaram o dinheiro de seu governo enquanto durou, que recebiam grana grossa para financiar a criação de oligopólios, ainda engolem meio trilhão de reais a juro quase zero, o "nacional-empresismo", outro programa que morre pelas mãos de tesoura de Levy.

Parece agora claro que Dilma não compreendia as consequências das encrencas enormes que criava, tal como endividar demais e levar à pindaíba o Tesouro Nacional e a Petrobras, para ficar nas mais rudimentares e estarrecedoras. Parecia mesmo convicta da eficácia de aplicar ao país uma versão decrépita, colegial e amadora do que imagina ter sido o desenvolvimentismo original, em si mesmo um "equívoco bem-sucedido", responsável por vários dos nossos horrores, como desigualdade, cidades monstruosas, ignorância de massa e elitismo disfarçado de "nacional e popular".

A presidente teria agora dúvidas? Ou balança a cabeça e tenta afastar a lembrança da lambança, tal como fazemos quando mentimos para nós mesmos a respeito dos nossos pecados? A julgar por biografias, histórias e exemplos vivos de poderosos vistos mais de perto, é provável que as perguntas sejam tão ingênuas quanto as ideias de Dilma.

Um político que chegou ao ápice do poder é quase tão oco quanto o tronco comido por cupins das árvores que desabam nas ventanias de São Paulo. Nesse quase vácuo há menos resistência para torcer seja lá o que tenha restado de ideias ou convicção. Até líderes maiores e melhores foram assim. Roosevelt tomou posse com um programa, começou a governar com outro e ainda mudou de ideia, com o que fez fama e história.

A alma de Dilma decerto não explica este quadriênio de perversões brasileiras, embora a presidente tenha se valido das oportunidades do governo imperial do país como poucos, encarnando a caricatura da Rainha de Copas. Mas o que explica ao menos o movimento dos seus humores? Dilma ora parece se debater furiosa dentro de uma bolha isolada mesmo das versões da realidade menos antipáticas a sua figura e a seu governo. Seria a fúria de alguém inquieta e ansiosa para voltar a sua vida passada, Dilma 1? Ou de uma alma penada sem rumo?
Herculano
01/03/2015 08:11
A TORTURA E O DOUTOR WADIH DAMOUS, por Elio Gasperi para os jornais O globo e Folha de S.Paulo

Têm sido muitas as linhas de defesa do pessoal metido nas petrorroubalheiras. Uma delas revela o tamanho do cartel de mistificações que se pretende construir. Os presos de Curitiba estariam sendo submetidos a um tratamento humilhante e, o que é pior, a uma tortura. Muita gente boa gosta desse argumento. Nas palavras do doutor Wadih Damous, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil:

"Delação premiada não é pau de arara, mas é tortura."

Não é. Primeiro porque a tortura é crime, e a colaboração com a Viúva é um instrumento legal. Aceitando-se a essência retórica do doutor, prender uma pessoa para obter dela uma confissão seria uma forma de torturá-la. Nessa transposição, até o barulho da televisão do vizinho pode ser uma tortura. O uso da palavra com essa conotação adjetiva faria sentido na Suécia. No Brasil, país governado por uma senhora que na juventude passou pela experiência da tortura, a prestidigitação é ofensiva.

Uma observação de Dilma Rousseff a respeito da sua experiência deveria levar o doutor Wadih Damous a refletir:

"A pior coisa que tem na tortura é esperar. Esperar para apanhar."

Palmatórias, socos, pau de arara são sofrimentos terríveis, porém episódicos. Terminado o suplício, o preso volta para a cela e lá ele tem que esperar que o chamem de volta, "esperar para apanhar".

Os presos de Curitiba estão encarcerados e vivem numa situação de constrangimento legal. Chegaram a essa situação porque são acusados, com provas, de terem delinquido. Os que estão colaborando com a Viúva reconhecem isso.

São dois os tipos de pessoas que se incomodam com a colaboração dos acusados. Um grupo, pequeno, é composto por cidadãos que para isso são remunerados. Eles defendem as empreiteiras, todas as suas obras e todas as suas pompas. Outro grupo, bem maior, defende o comissariado petista. Numa trapaça da história, nele estão pessoas que sabem perfeitamente o que é tortura.
Herculano
01/03/2015 08:06
DE QUE ADIANTA VOTAR?, por Clovis Rossi para o jornal Folha de S. Paulo

No Brasil, faz-se estelionato eleitoral; na Grécia, os sócios europeus exigem que se traia rudemente o eleitor

Votar está se tornando inútil como instrumento para determinar que políticas o grupo eleito deverá seguir. É triste, mas abundam exemplos.

O do Brasil é particularmente escandaloso: Dilma Rousseff nem esperou iniciar o segundo mandato para praticar cenas explícitas de estelionato eleitoral.

Pior ainda é o caso da Grécia, em que o desacato ao eleitor foi imposto de fora para dentro.

Recordemos: o Syriza (Coligação de Esquerda Radical) foi eleito com base em uma campanha clara contra o "austericídio" imposto ao país pela chamada "troika" (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu).

O que o eleitorado grego aprovou os interventores externos desaprovaram: sob ameaça de sufocar de uma vez o país já esfrangalhado, exigiram que Alexis Tsipras, o novo primeiro-ministro, pedisse água, na forma de uma prorrogação do esquema de resgate, exatamente aquele que o eleitorado rejeitara.

Ante a fuga de depósitos que ameaçava afundar o sistema bancário grego e, consequentemente, gerar uma depressão apocalíptica, Tsipras cedeu.

Cedeu menos do que parece pela leitura dos jornais e pelas críticas da própria esquerda do Syriza ao acordo, mas cedeu.

O que é ainda mais cruel nessa história é que acabou passando a impressão de que a esquerda vitoriosa é a responsável pela crise grega, uma grossa inverdade.

Seus líderes, antes mesmo de constituírem uma aliança em 2004, sempre criticaram os governos dos partidos conservador e socialista.

Foram esses partidos, com sua irresponsabilidade, política de compadrio, corrupção e relaxamento na cobrança de impostos dos mais ricos, que levaram a Grécia à beira do abismo, o que se tornou evidente quando estourou a crise de 2008.

Foram esses mesmos partidos que, em seguida, empurraram o país para o abismo definitivo, ao aceitarem o "austericídio", que provocou uma contração de 25% da economia grega em cinco anos.

Na carta às "instituições" (nome agora dado à odiada "troika"), o Syriza tratou superficialmente das medidas prometidas na campanha para amenizar a catástrofe social.

E assim mesmo com a garantia de que "a luta contra a crise humanitária não terá efeitos negativos no plano fiscal". Ou seja, garante o sacrossanto superávit primário (receitas menos despesas, excluídos juros da dívida), faltando apenas pôr os números exatos que ele terá.

Mas, na carta, há um dado que até o conservador jornal alemão "Die Zeit" considera esperançoso: "O novo governo quer reconstruir o que foi minado na base: um Estado que funcione realmente".

Ou seja, um Estado que de fato cobre impostos, que modernize o fisco e que, conforme prometido, transforme "a luta contra a corrupção em prioridade nacional".

Reconstruir o Estado é a única maneira de a Grécia de fato se reerguer, o que deveria ser recebido com entusiasmo pela Europa, em vez das críticas que se seguiram.

Depois se queixam de que os eleitores estão dando as costas aos partidos tradicionais.
Herculano
01/03/2015 08:04
SINAL VERMELHO. ESTAMOS NO OLHO DO FURACÃO. AGÊNCIAS DE RISCO VÊM AO BRASIL NESTA SEMANA


O texto é de Natuza Nery, da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo. Depois do rebaixamento da nota da Petrobras pela Moody's, outras agências internacionais de classificação de risco desembarcarão no Brasil a partir desta semana para avaliar a situação da estatal e das medidas adotadas pelo governo para equilibrar as contas públicas.

Segundo a Folha apurou, as avaliadoras internacionais farão um giro pelas dependências econômicas e políticas do Executivo, com destaque para o Banco Central e o Ministério da Fazenda.

A chegada das agências no país ocorre após o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciar nesta sexta-feira (27) um duro reforço nas ações de corte de despesas e recuperação de receita da União com a redução do benefício fiscal sobre a folha de pagamentos e a redução na alíquota do programa Reintegra, que devolve créditos tributários a exportadores.

Integrantes do governo disseram à Folha que a data da divulgação das novas iniciativas foi escolhida pela pasta para ocorrer justamente antes da chegada dos representantes da Fitch e da Standard & Poor's ao Brasil.

Na sexta-feira, Levy sinalizou que o esforço fiscal é para valer e que não poupará esforços para recuperar a credibilidade do governo.
Herculano
01/03/2015 08:01
o Brasil é um país de ricos, pois uma explícita maioria é contra o PT

RICOS NUTREM ÓDIO AO PT, DIZ EX-MINISTRO

Para Bresser-Pereira, defesa que governo faz dos pobres explica sentimento da burguesia em relação à presidente . Em novo livro, ele discute a história e o desenvolvimento do Brasil desde a independência, por Eleonora de Lucena para o jornal Folha de S.Paulo

Parte 1

O pacto nacional-popular articulado pelos governos do PT desmoronou pela falta de crescimento. Surgiu um fenômeno novo: o ódio político, o espírito golpista dos ricos. Para retomar o desenvolvimento, o país precisa de um novo pacto, reunindo empresários, trabalhadores, setores da baixa classe média. Uma união contra rentistas, setor financeiro e estrangeiros.

A visão é do economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, 80, que está lançando "A Construção Política do Brasil", livro que percorre a história do país desde a independência. Ministro nos governos José Sarney e FHC, ele avalia que o ódio da burguesia ao PT decorre do fato de o governo defender os pobres.

Folha - Seu livro trata de coalizões de classe. O sr. diz que atualmente a coalização não é "liberal-dependente", como nos anos 1990, nem "nacional- popular", como no tempo de Getúlio Vargas. Qual é, então?

Bresser-Pereira - Não há. Desde 1930 houve cinco pactos políticos. O nacional-popular de Getúlio, de 1930 a 1960. De 1964 ou 1967 até 1977, há um pacto autoritário, modernizante e concentrador de renda, de Roberto Campos e dos militares.

Depois, há o pacto democrático-popular de 77, que vai promover a transição. Esse chega ao governo, tenta resolver o problema da inflação e fracassa. Com Collor e, especialmente com FHC, há um pacto liberal-dependente, que fracassa novamente.

Aí vem o Lula, que se propõe a formar novamente um pacto nacional-popular, com empresários industriais, trabalhadores, setores da burocracia pública e da classe média baixa. O governo terminou de forma quase triunfal, com crescimento de 7,4%, e prestígio internacional muito grande. Mas esse pacto desmoronou nos dois últimos anos do governo Dilma.

Folha - Por quê?

Bresser-Pereira - O motivo principal foi que o desenvolvimento não veio. De repente, voltamos a crescer 1%. Houve erros nos preços da Petrobras e na energia elétrica. E o mensalão. Aí os economistas liberais começaram a falar forte e bravos novamente, pregar abertura comercial absoluta, dizer que empresários brasileiros são todos incompetentes e altamente protegidos, quando eles têm uma desvantagem competitiva imensa.

É o que explica o desaparecimento de centenas de milhares de empresas. O pacto político nacional-popular... Vupt! Evaporou-se. A burguesia voltou a se unificar.

Folha - E achou que podia ganhar a eleição do ano passado?

Bresser-Pereira - Sim. Aí surgiu um fenômeno que eu nunca tinha visto no Brasil. De repente, vi um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, contra um partido e uma presidente. Não era preocupação ou medo. Era ódio.

Esse ódio decorreu do fato de se ter um governo, pela primeira vez, que é de centro-esquerda e que se conservou de esquerda. Fez compromissos, mas não se entregou. Continua defendendo os pobres contra os ricos. O ódio decorre do fato de que o governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas.
Herculano
01/03/2015 08:00
o Brasil é um país de ricos, pois uma explícita maioria é contra o PT

RICOS NUTREM ÓDIO AO PT, DIZ EX-MINISTRO

Para Bresser-Pereira, defesa que governo faz dos pobres explica sentimento da burguesia em relação à presidente . Em novo livro, ele discute a história e o desenvolvimento do Brasil desde a independência, por Eleonora de Lucena para o jornal Folha de S.Paulo

Parte 2

Folha - Mas os rentistas tiveram bons ganhos com Lula e Dilma, não?

Bresser Pereira - Não. Com Dilma, a taxa de juros tinha caído para 2%. Isso, mais o mau resultado econômico, a inflação e o mensalão, articularam a direita. Nos dois últimos anos da Dilma, a luta de classes voltou com força. Não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia que está infeliz.

Folha - Ao ganhar, Dilma adotou o programa dos conservadores?

Bresser-Pereira - Isso é uma confusão muito grande. Quando se precisa fazer o ajuste fiscal vira ortodoxo? Não faz sentido. Quando Dilma faz ajuste ela não está sendo ortodoxa. Está fazendo o que tem que fazer. Havia abusos nas vantagens da previdência. Subsídios e isenções foram equívocos. Nada mais desenvolvimentista do que tirar isso e reestabelecer as finanças. Em vez de dar incentivo, tem que dar é câmbio. E de forma sustentada.

Dilma chamou [o ministro da Fazenda] Joaquim Levy por uma questão de sobrevivência. Ela tinha perdido o apoio na sociedade, formada por quem tem poder. A divisão que ocorreu nos dois últimos anos foi violenta. Quando os liberais e os ricos perderam a eleição, muito antidemocraticamente não aceitaram isso e continuaram de armas em punho. De repente, voltávamos ao udenismo e ao golpismo. Não há chance de isso funcionar.

Folha - Dilma está na direção certa?

Bresser-Pereira - Claro. Mas não vai se resolver nada enquanto os brasileiros não se derem conta de que há um problema estrutural, a doença holandesa. Enquanto houver política de controle da inflação por meio de câmbio e política de crescimento com poupança externa e âncora cambial, não há santo que faça o país crescer. Juros altos só se justificam pelo poder dos rentistas e do sistema financeiro. Falar em taxa alta para controlar inflação não tem sentido.

Folha - Qual pacto seria necessário?

Bresser-Pereira - Um pacto desenvolvimentista que una trabalhadores, empresários do setor produtivo, burocracia pública e amplos setores da baixa classe média. Contra quem? Os capitalistas rentistas, os financistas que administram seus negócios, os 80% dos economistas pagos pelo setor financeiro e os estrangeiros.

Folha - Um pacto assim não fere interesses consolidados?

Bresser-Pereira - Em primeiro lugar, fere interesses do capitalismo. Não há nada que o capitalismo internacional queira mais em relação aos países em desenvolvimento do que eles apresentem deficit em conta-corrente. Porque esses deficit vão justificar a ocupação do mercado interno nosso pelas multinacionais deles e pelos empréstimos deles. Que não nos interessam em nada. O Brasil está voltando a ser um país primário-exportador. Esse câmbio alto resultou numa desindustrialização brutal.
Herculano
01/03/2015 08:00
o Brasil é um país de ricos, pois uma explícita maioria é contra o PT

RICOS NUTREM ÓDIO AO PT, DIZ EX-MINISTRO

Para Bresser-Pereira, defesa que governo faz dos pobres explica sentimento da burguesia em relação à presidente . Em novo livro, ele discute a história e o desenvolvimento do Brasil desde a independência, por Eleonora de Lucena para o jornal Folha de S.Paulo

Parte 3

Folha - No livro o sr. trata das dubiedades da burguesia. Diz que muitos industriais são hoje quase "maquiladores". Viraram rentistas. Como compor esse pacto com empresários?

Bresser-Pereira - A burguesia tem sido ambígua, contraditória. Em alguns momentos se uniu a trabalhadores e ao governo para uma política de desenvolvimento nacional, como com Vargas e Juscelino. Em outros, não foi nacional, como entre 1960 e 1964. Ali, a burguesia se sentiu ameaçada. No contexto da Guerra Fria e da Revolução Cubana, se uniu e viabilizou o regime militar.

Estamos vendo isso novamente. A burguesia voltou a se a unir sob o comando liberal. Há esse clima de ódio, essa insistência de falar de impeachment.

Mas esse espírito não vai florescer. A democracia está consolidada e todos ganham com ela, ricos e pobres. O Brasil só se desenvolve quando tem uma estratégia nacional de desenvolvimento.

Folha - Como define a burguesia hoje?

Bresser Pereira - É muito mais fraca do que nos anos 1950. Tudo foi comprado pelas multinacionais. O processo de desnacionalização é profundo. Todos que venderam suas empresas viraram rentistas, estão do outro lado. Mas continuam existindo empresários nacionais e jovens com ideias. Mas não há oportunidade de investir com esse câmbio e esse juro. É uma violência que se está fazendo contra o país. Em nome de uma subordinação da nação aos estrangeiros e de uma preferência muito forte pelo consumo imediato.

Os brasileiros se revelam incapazes de formular uma visão de seu desenvolvimento, crítica do imperialismo. Incapazes de fazer a crítica dos deficit em conta-corrente, do processo de entrega de boa parte do nosso excedente para estrangeiros. Tudo vai para o consumo. É o paraíso da não nação.

Folha - Desnacionalização preocupa?

Bresser-Pereira - Profundamente. É uma tragédia. Vejo uma quantidade infinita de áreas dominadas por empresas multinacionais que não estão trazendo nenhuma tecnologia, nada. Simplesmente compram empresas nacionais e estão mandando belos lucros e dividendos para lá. Isso enfraquece profundamente a classe empresarial brasileira e, assim, a nação.

Folha - Então o senhor está pessimista em relação à burguesia?

Bresser-Pereira - A burguesia brasileira está sendo um cordeiro nas mãos do carrasco. O carrasco é o juro alto e o câmbio apreciado. Ela é incapaz de se rebelar. Suas organizações de classe se mostram muito fracas. Como vão defender mudanças no câmbio se têm empresas endividadas em dólar? Líderes ficam manietados. Eles sentem que estão indo para o cadafalso, mas não sabem o que fazer; estão divididos.

Folha - O senhor está pessimista?

Bresser-Pereira - É claro. Não vejo nenhum sinal de que esse problema vá ser enfrentado. Nem da parte do governo, nem das oposições, nem da academia.
Herculano
01/03/2015 07:46
PROCURADORES REAGEM A CRITICA DE CHEFE DA AGU SOBRE ACORDOS

O conteúdo é do jornal Folha de S.Paulo. Em nota, associações acusam Adams de assumir papel a que nem os advogados das empreiteiras se propuseram. Em entrevista, advogado-geral da União havia dito que procuradores usam ameaça de fechar firmas para obter delações

Em mais um capítulo do embate entre o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União, associações de procuradores da República reagiram à crítica feita pelo ministro Luís Inácio Adams sobre a atuação da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Em nota, divulgada na sexta-feira (27), a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) e a Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon) repudiaram acusação do ministro de que os procuradores tentam utilizar os acordos de leniência como instrumento de ameaça para obter confissões.

"Ao externar essas imaginações, fica óbvio que o ministro assume um protagonismo a que nem mesmo os advogados privados das empreiteiras e dos presos na operação se propuseram", criticaram as entidades.

Na nota, as entidades dos procuradores federais ressaltaram que, desde o início das apurações, o Ministério Público Federal foi procurado por investigados e presos e "esclareceu e fixou condições que observam estritamente o que exige a lei".

"As ameaças antevistas são outras: as que buscam violar a Lei Anticorrupção, sem reparação integral do dano, em prejuízo à União", disseram. "A ANPR e a Ampcon reafirmam a total confiança nos procuradores da República que se dedicam à Operação Lava Jato", acrescentaram.

Na quarta-feira (25), procuradores federais que atuam na Operação Lava Jato se reuniram com ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) para defender que os acordos de leniência com empresas investigadas sejam feitos pelo Ministério Público Federal, e não pela CGU (Controladoria Geral da União).

O argumento é de que o órgão do governo federal não tem acesso a informações sigilosas já obtidas no rastro da Operação Lava Jato e, assim, poderia aceitar dados que não são novos.

No dia seguinte, em entrevista publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o ministro avaliou como um "absurdo" que o Ministério Público, com um discurso avaliado por ele como "político" e "ideológico", queira interferir na condução de investigação que cabe à CGU.

Procurado pela Folha, o ministro avaliou as críticas feitas pelas associações como "impróprias" e considerou que a intenção de procuradores federais de bloquear previamente a realização de acordos de leniência é um forma de pressão.

"A minha crítica, e eu a mantenho, é a de eles quererem avançar em competência que é de outros órgãos", observou o ministro.

Ele ressaltou que, em nenhum momento, fez críticas à Operação Lava Jato.
Herculano
01/03/2015 07:43
ARMAI-VOS UNS AOS OUTROS, por Carlos Brickmann

Na lanchonete de um grande hospital, um ex-ministro petista é insultado a gritos e acaba tendo de se retirar. No Rio, onde se realizava um ato governista, um senhor de cabelos brancos, com camiseta pró-impeachment, é agredido a pontapés por manifestantes petistas. E os líderes partidários acirram as tensões.

Palavra de Lula: "Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas". Frase perigosa - no dia 15, estão marcadas manifestações contra Dilma. Será levado para a política o clima das torcidas organizadas, que marcam brigas pela Internet?

Certas coisas ficaram claras com a declaração de Lula: o MST, como sempre disseram seus adversários, não é um movimento autônomo, mas tropa auxiliar do PT; e os sem-terra não são sem-terra, mas soldados do exército de João Pedro Stedile, comandante do MST, que pode ir às ruas a chamado de Lula. Tanto os radicais que agrediram verbalmente um ex-ministro (que sempre se comportou civilizadamente) quanto Lula, é este o futuro que desejam para o Brasil?

E vamos parar de besteiras, cavalheiros, a respeito da força de cada lado. Em 1964, havia Generais do Povo (um deles, o marechal Osvino Alves, era presidente da Petrobras), havia as Ligas Camponesas de Francisco Julião, havia os Grupos dos Onze de Leonel Brizola, havia os marinheiros amotinados, e era tudo fumaça. O Governo caiu sem resistência. Perderam todos, de ambos os lados.

A hora é de calma. Ninguém deve ser Tiradentes com o pescoço dos outros.

O GANHA PERDE
Dos três líderes civis do movimento vitorioso contra Jango, dois foram cassados, Lacerda e Adhemar, e um, Magalhães Pinto, que sonhava ser presidente, teve de contentar-se em ser chanceler (mais tarde, perderia até seu banco). O militar que iniciou a revolta, general Mourão Filho, foi encostado. Do lado do Governo, quem mais pedia luta não chegou a lutar: muitos foram exilados, inúmeros presos, muitos torturados, vários assassinados. O líder dos marinheiros amotinados, Cabo Anselmo, jogou dos dois lados. E nada ganhou de nenhum deles. Vive na clandestinidade, é malvisto, nem fortuna amealhou.

Quem quer o confronto sempre perde. Vence quem não estava na briga.

MAIS LONGE, TÃO PERTO
Alguns dos movimentos de rua mais sanguinários, como os camisas pardas nazistas e os camisas negras fascistas, nasceram do recrutamento de marginais pagos. Depois reuniram oportunistas e prepotentes. Quem os comparar com esse pessoal que recebe 50 reais, sanduíche e tubaína, estará certo. Cuidado com eles.

VALE TRANSPORCHE
Não aposte na permanência do juiz Flávio Roberto de Souza, aquele que foi fotografado dirigindo o Porsche Cayenne de Eike Batista, que mandara apreender, no caso. Não bastasse o ridículo, o Ministério Público pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região que afaste o juiz e anule as decisões já proferidas.
Importante: as decisões do juiz sempre foram favoráveis à acusação.

SIGA O DINHEIRO
O caro leitor ficou feliz com a eleição de Eduardo Cunha para a Presidência da Câmara, por ser uma derrota do Governo? Tudo bem - mas Eduardo Cunha não mudou por causa disso. Uma de suas primeiras medidas foi restabelecer as passagens aéreas para os ilustríssimos cônjuges dos Nobres Deputados. As passagens aéreas, pagas com dinheiro público, se destinam a facilitar idas e vindas de Sua Excelência de Brasília até seu Estado, e eventuais viagens a serviço (bem eventuais, claro).

Caras-metades? Por que têm de receber passagens pagas pelo contribuinte? Alguns deputados garantiram que nessa mordomia não entram. É esperar para ver. Em outras épocas, até namoradas viajavam com as excelências. Namoradas é uma expressão deliberadamente vaga. Hellowwwww! Mas também viajavam, além de esposas e namoradas, agregados diversos e artistas amigos.

MEMÓRIA...
Em 2006, Julyenne Cristine, ex-mulher do deputado Arthur Lira, recebeu a visita do ex-marido. Segundo queixa que apresentou à Polícia, o deputado já entrou dando-lhe socos e chutes. A babá de seus filhos, Elane Melo da Silva, depôs dizendo que ouviu tudo e telefonou para a mãe de Julyenne. A mãe foi ao apartamento e, segundo disse, encontrou o parlamentar sentado em cima da esposa, espancando-a. Júlio César Santos Lins, irmão de Julyenne, conseguiu segurar o ex-cunhado e levou a irmã e a mãe à Delegacia, onde prestaram queixa. O exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal, mostrou oito lesões em Julyenne.

... DE TEMPOS PASSADOS
Mas o tempo passa, o tempo voa. Justo nesse ano, quando o caso deve ser julgado, Arthur Lira espera assumir a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Se o tempo é relativo, como mostrou Einstein, por que os fatos não o seriam? Todo mundo esqueceu a versão anterior dos acontecimentos. Todos, da esposa agredida à mãe dela, do irmão que apartou a briga à babá que chamou gente na hora da briga, ninguém mais lembra da agressão. Dizem agora, aliás, que agressão nunca houve.
E Arthur Lira pode ganhar sua comissão.
Herculano
01/03/2015 07:35
PODER DIÁFANO, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Deterioração do poder da presidente Dilma Rousseff se reflete na sutil coreografia do programa televisivo apresentado pelo PMDB

Com sua popularidade corroída, não apenas por causa dos escândalos na Petrobras, mas também devido aos sinais negativos na economia, a presidente Dilma Rousseff (PT) parece ter optado pela estratégia menos arriscada - que é, igualmente, a menos produtiva.

Praticamente desaparece de cena. Entrega a seu ministro da Fazenda o peso maior da responsabilidade pelos duríssimos ajustes em curso. Quanto à responsabilidade pelas negociatas na estatal petrolífera, Dilma a joga, de modo patético, sobre o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Enquanto isso, assiste, sem reação coerente ou iniciativa clara, a uma sequência de derrotas no Legislativo, que não parece nem perto de interromper a investida.

A atitude produz a sensação de vazio de poder no centro do Executivo; sintoma disso, e nada banal, foi o programa televisivo apresentado pelo PMDB na quinta-feira (26). Era possível identificar nas entrelinhas duas vertentes de significado na bem cuidada apresentação.

"Bem cuidada" porque soube realizar proezas de fotogenia ao enfocar, de modo quase exclusivo, o rosto impávido, o olhar supostamente franco, o sorriso bem dosado dos personagens chamados a depor no horário obrigatório.

Começando pelo vice-presidente da República, Michel Temer, seguiram-se figuras que ocupam cargos ministeriais, além do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

As alocuções se caracterizaram por um ponto comum e por um subtexto contraditório com o que era apresentado à primeira vista.

Houve, inicialmente, preocupação em demonstrar fidelidade ao processo democrático e a Dilma Rousseff. Repetiu-se a ideia de que escolhas foram feitas, cabendo agora ao PMDB pôr em prática seus planos para a pesca, o turismo, a energia ou a agricultura.

Mas o envoltório governista dessa entrada em cena (e não por acaso o cenário do programa imitava um palco de teatro) admitia espaço para interpretações diversas.

O nome da presidente da República jamais foi pronunciado no programa. Mais que isso, Temer e seus correligionários assumiam a atitude de quem se sente no comando do Estado; uma tomada de posse televisiva, por assim dizer, ainda que só nos quadros relativamente modestos dos ministérios.

Consequência natural, e indisfarçável nos sintomas visuais e cênicos do programa, da retirada de protagonismo a que se vem conformando a presidente Dilma Rousseff. Assiste-se à coreografia: o PMDB a desenvolve habilmente, enquanto o Planalto parece, cada vez mais, inseguro do terreno.
Herculano
01/03/2015 07:33
EUA: DILMA IMPEDIU UMA LEI ANTITERROR NO BRASIL, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiro

Embaixador americano em Brasília Clifford Sobel endereçou em 2008 mensagem secreta ao Departamento de Estado dos EUA, "vazado" pelo site WikiLeaks, criticando a lentidão do governo brasileiro na aprovação da lei antiterrorismo. O governo alegava haver risco de enquadrar o Movimento dos Sem-Terra (MST) como grupo terrorista. Sobel não tinha dúvida: Dilma Rousseff foi quem sepultou o projeto.

COMPROMISSO
Adotar legislação antiterror foi compromisso assumido pelo Brasil e uma centena de países, a partir do terrível 11 de setembro de 2001.

PARA INGLÊS VER
No e-mail, especialistas em antiterrorismo dizem que o trabalho do Planalto foi "cortina de fumaça" para fingir que levava o assunto a sério.

SÓ NA PRÁTICA
Sobel citou fonte do governo brasileiro para quem um ataque ao País é "tão improvável" que "o governo é incapaz de dar atenção ao assunto".

ESCALADA
O ex-embaixador americano conclui: os esforços dos EUA para colocar a lei de volta na agenda do Brasil será um caminho "ladeira acima".

ODEBRECHT VIROU DESDOBRAMENTO DA LAVA JATO
O depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que confessou ter recebido da Odebrecht ao menos R$ 59,8 milhões em propina, motivou apuração especial da força-tarefa da Lava Jato contra a empreiteira baiana. E os resultados estariam na iminência de aparecer, segundo se acredita no Congresso, com devassa e prisão dos principais executivos, incluindo seu presidente, Marcelo Odebrecht.

AZEITADO
Segundo Paulo Roberto Costa, a propina rendeu a Odebrecht, em consórcio com a OAS, um contrato de R$1,5 bilhão, em Abreu e Lima.

CAIXA CHEIO
A Odebrecht foi a empreiteira que mais faturou na era Lula-Dilma: cerca de 53% dos R$ 71 bilhões gastos nos governos petistas.

LÁ VEM BOMBA
A eventual prisão de Marcelo Odebrecht preocupa Dilma, que antes o detestava e depois se ligou a ele. É o empreiteiro mais ligado a Lula.

ALÔ
O senador Agripino Maia (DEM-RN), enrolado na Operação Sinal Fechado, ligou para colegas ? da oposição e do governo, à exceção do PT - para dar sua versão sobre a confusão. Negou tudo, claro.

AMIZADES
As facilidades que Val Marchiori teve no Banco do Brasil viraram piada no Congresso: "A perua era amiga íntima de Aldemir Bendine. Assim como Rose Noronha era do ex-presidente Lula", lembra um tucano.

TÁ FEIA A COISA
Só se comentava a aparência de Dilma no lançamento do programa Bem Mais Simples. Nada a ver com a dieta Ravenna, que a fez perder uma dezena de quilos. Parecia ter saído de uma cirurgia.

CONSTRANGIMENTO
O governo da Espanha deixou claro que não se sente confortável com a designação de Antônio Simões para embaixador em Madri: teme que ele represente o elo de ligação entre a semi-ditadura venezuelana com o partido político espanhol Podemos, de inspiração fascista bolivariana.

COMBATE À VIOLÊNCIA
O ministro George Hilton (Esporte) discutiu com o chefe da Autoridade de Controle de Dopagem, Marco Klein, formas de coibir a violência nos estádios de futebol. A ideia é unir estados, Ministério Público e Justiça.

'CONTRAMOBILIZAÇÃO'

No Twitter, internautas alertam para uma "contramobilização" planejada por partidos aliados do governo Dilma para esvaziar a manifestação contra a presidente, marcada para o dia 15. Deve ter confusão.

SOLIDARIEDADE
O presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, explicou que sua posição é de solidariedade aos colegas, que, para ele, têm direito e de procurar qualquer autoridade, no exercício do seu trabalho.

SEM CONTROLE
A Controladoria-Geral da União não atualiza desde dezembro gastos do governo Dilma; despesas com cartões corporativos, Bolsa Família e diárias de servidores e comissionados não são atualizadas há 2 meses.

BIU SE RECUPERA
Após dois picos de pressão baixa, na quinta-feira (26), o senador Benedito de Lira (PP-AL) foi hospitalizado, mas logo se recuperou. Deve receber alta neste domingo.
Buzarello
01/03/2015 01:54
Dr Herculano,

Conheço os dois Elcio's ambos moradores do lado impar da Rua Doralicio Garcia, sao7 amigos entre si e casados duas Schramms Yeda e Silvana.

Pelo que sei não são políticos e defendem o cprreto.
Pedro Paulo
28/02/2015 23:22
Placar do Face
45 do 1º tempo :

Élcio Schumacher 10 X 0 Tonho Barrichello

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Herculano
28/02/2015 22:45
A FALTA DE CONTROLE

Presa nos próprios erros do seu totalitarismo vadio. Dilma Vana Rousseff, PT: "Quando tiver sobrando energia no Uruguai, nós iremos comprá-la". Presidente está no país para acompanhar posse do sucessor de José Mujica, Tabaré Vázquez
Herculano
28/02/2015 22:42
NÓS PAGAMOS A CONTA DA IRRESPONSABILIDADE DO GOVERNO PETISTA DE DILMA VANA ROUSSEFF

Está é a manchete sem retoques. Tarifa de energia elétrica em Santa Catarina ficará 34% mais cara para residências. Reajuste foi anunciado nesta pela Aneel e passa a valer a partir de segunda-feira. Isto sem contar a bandeira vermelha que dobra o preço que pagamos.
Herculano
28/02/2015 22:39
JUSTIÇA CONCORDA COM A FARRA DOS POLÍTICOS COM O DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS. MINISTRO DO SUPREMO MANTÉM PASSAGEM ÁEREA PARA CÔNJUGE DE DEPUTADO.

Conteúdo da revista Veja. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou na noite desta sexta-feira um pedido feito pelo líder da bancada do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio, para barrar a extensão da cota de passagens aéreas para cônjuges de parlamentares. Nesta quarta-feira, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados havia aprovado um pacote de bondades para os parlamentares, que incluía o reajuste na cota destinada para a renumeração de funcionários, manutenção dos gabinetes e auxílio moradia, e o custeio da viagem de maridos e esposas dos deputados para Brasília.

Na liminar, o deputado tucano argumentou que as medidas deveriam ter sido aprovadas em plenário e não por decisão única da cúpula da Casa. Segundo ele, o próprio Regimento Interno da Câmara diz que modificações como essas deveriam ser feitas por meio de resolução, sob consulta dos demais parlamentares. Apesar de negar o pedido, o ministro requisitou mais informações à Mesa Diretora e ainda pode rever a sua decisão.

A liberação das passagens para os cônjuges dos parlamentares foi uma reivindicação feita diretamente ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando ele ainda concorria ao comando da Casa, pelas mulheres dos deputados. Atualmente, apenas deputados e assessores têm direito a viajar com as passagens custeadas pela cota parlamentar, que pode chegar a 44.941 reais mensais para o Estado mais distante de Brasília ? os valores são calculados conforme a distância entre a base do parlamentar e a capital federal. Os parceiros somente vão poder viajar utilizando verba pública no trajeto entre o Estado onde moram e Brasília.
Herculano
28/02/2015 22:30
BRIGA DE CBF COM PATROCINADOR TEM AVIÃO, ACUSAÇÃO DE TRAIÇÃO E R$118 MILHÕES, por Rodrigo Mattos

Uma briga na Justiça entre a CBF e a sua ex-patrocinadora Marfrig [que tinha a marca Seara, antes de vende-la a Friboi, marca que já pertenceu a Ceval, Bunge e Cargill. Ela surgiu com a família Paludo, na cidade do mesmo nome no Vale do Rio Uruguai, no meio Oeste Catarinense]envolve a compra de aviões, acusação de traição e uma cobrança de cerca de R$ 100 milhões. O processo ao qual o blog teve acesso revela como a confederação inclui outros interesses que nada tem a ver com o futebol em acordo de marketing da seleção de 16 anos que deveria beneficiar o desenvolvimento do esporte.

O enredo começou em março de 2010 quando o então presidente da confederação Ricardo Teixeira assinou o contrato com a Marfrig. O valor total era de US$ 160 milhões. Com uma prorrogação assinada, o acordo era válido até 2026.

Só que esse montante não entraria integralmente para os cofres da CBF. No acordo, foi estabelecido que US$ 24 milhões seriam usados para a compra de duas aeronaves para a confederação. "Além do pagamento da remuneração trimetral (?), a Marfrig se obriga, perante a CBF, a adquirir (?) 1 helicóptero da escolha da CBF, bem como uma aeronave também a critério da CBF'', diz uma cláusulas do contrato.

A justificativa era de que as aeronaves, que a confederação poderia escolher, seriam utilizadas no projeto da entidade para a Copa-2014 sem que fosse explicado como isso ocorreria. Teixeira tinha uma verdadeira obsessão por aviões. Já tinha comprado outro para a confederação anteriormente, e incluiu mais um em acordo com a Tam, como publicado em matéria da "Folha de S. Paulo''.

No caso da Marfrig, os veículos nunca foram compradas e agora a CBF cobra da empresa o dinheiro referente a elas, entre outros valores. Mas esse não era o único item bizarro do contrato da confederação.

Além de ingressos de jogos, tamanhos de marca em uniformes, e outros itens comuns a acordos, estava previsto que a empresa tinha direito a organizar um churrasco de "confraternização'' em amistoso da seleção "sempre que for viável e a critério da comissão técnica''. Ou seja, faria festas com jogadores. Nenhuma das partes quis explicar se as comemorações foram, de fato, realizadas.

Certo é que o clima azedou entre a Marfrig e a CBF a partir de 2012 quando começaram a atrasar as parcelas de patrocínio. A confederação notificou a empresa da interrupção de pagamentos. Houve uma negociação de acordo, mas este acabou rescindido e a entidade fechou com a BRF Foods. Aí, as versões dos dois lados são conflitantes.

A CBF afirmou que tentou receber várias vezes e, com a falta de pagamento, deu por rescindido o contrato em maio de 2013. Já a Marfrig alega que fez uma proposta de acordo, que foi aceita pela entidade. Mas, pelas suas costas, a confederação fechou com o rival.

"O fato é que, enquanto discutia com a Marfrig os termos para dar prosseguimento à parceira (?), a CBF negociava novo contrato de patrocínio para substituir o da embargante com um de seus maiores concorrentes, a Brasil Foods (BRF)'', acusa o advogado da Marfrig, que ainda fala em quebra de confidencialidade.

No total, a CBF cobra R$ 88,6 milhões da Marfrig por pagamentos não feitos, aviões não entregues e descumprimento de cláusulas do contrato. A Marfrig reconhece o débito, mas alega que o valor pedido é excessivo e alega ter direito a multa por quebra de confidencialidade.

O parecer do perito judicial é favorável à confederação. Ele estimou em R$ 118 milhões o valor devido pela empresa para a CBF, o que representaria, por exemplo, toda a renda de um ano de um clube como o Botafogo. O perito negou que a confederação tenha quebrado cláusulas de contrato, ou que tenha dito que aceitava proposta de pagamento e negociado pelas costas com a BRF Foods. A empresa contesta o laudo.

Procurada, a assessoria de imprensa da Marfrig informou que a empresa não iria se manifestar. O advogado da confederação, Carlos Eugênio Lopes, também silenciou: "Não quero falar porque esse assunto está em juízo então é melhor não me manifestar'', contou ele.
Herculano
28/02/2015 18:33
no Brasil só quem pode protestar, denunciar e se inconformar são o PT e seus sócios

ATO DO DIA 15 É A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS, por Paulo Moreira Leite do 247, o canal de comunicação do PT, sustentada preferencialmente por patrocínios de empresas (Petrobrás) e bancos (BB, Caixa, BNDES...) estatais.

Parte 1

Como se 54,5 milhões de votos fossem um enfeite na paisagem, derrotados de 2014 promovem um ato desleal perante a democracia

Preve-se que, no dia 15 de março, ocorram manifestações contra o governo Dilma. Seus organizadores, líderes e apoiadores são os derrotados pelas urnas de 26 de outubro de 2014. Este é o fato básico.

A democracia garante a liberdade de expressão e manifestação mas isso não basta para assegurar a legitimidade de um protesto.

Estamos falando de um ato desleal perante a vontade da maioria.
Questionar medidas e decisões do governo é um direito de todos - inclusive dos eleitores de Dilma.

O protesto programado é outra coisa, sabida, diagnosticada: a venezualização do país.

Será um cortejo daqueles que votaram no candidato que perdeu as eleições presidenciais - ficou atrás no primeiro turno e também no segundo - e, como 54,5 milhões de votos fossem pouco mais do que um detalhe na paisagem, procuram um atalho para mudar o resultado.

Não aceitam uma democracia na qual amargaram quatro derrotas consecutivas. Em vez de, humildemente, procurar entender as causas de mais um fracasso nas urnas, comportam-se como privilegiados que decidiram que não querem brincar mais.

Após uma campanha polarizada, que terminou com a vitória política de um dos lados, o PSDB já discute uma proposta de divisão e privatização da Petrobras.

É o retorno dos derrotados, a volta dos mortos-vivos da Petrobrax. Pode?

Simplesmente: não. É um acinte.

Como a palavra "golpe" carrega terríveis recordações, agora falam em impeachment, como se bastasse trocar as palavras para modificar o significado das coisas.

Outro ponto básico: sem fatos concretos, ensina a Constituição, impeachment é conversa e enganação.

Estamos diante de uma tentativa de golpe igual a todos os outros, preparado pela construção artificial de um ambiente político radical e desfavorável.

Quando o cidadão comum perceber, terá sido embrulhado mais uma vez.

O novo governo começou há dois meses e tem um mandato de três anos e dez meses para ser cumprido. Não há um único fato, nem o mais leve indício, sequer um fiapo, capaz de envolver a presidente da República num crime de responsabilidade.
Herculano
28/02/2015 18:33
ATO DO DIA 15 É A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS, por Paulo Moreira Leite do 247, o canal de comunicação do PT, sustentada preferencialmente por patrocínios de empresas (Petrobrás) e bancos (BB, Caixa, BNDES...) estatais.

Parte 2

Estamos na Republica de Sérgio Moro, o Átila.
O plano é um stalinismo às avessas, a desindustrialização forçada, que implica em obrigar o povo, os mais humildes, aqueles que não possuiram nem oportunidades, a pagar duas vezes pelo mesmo crime.
O primeiro pagamento, histórico, foi no momento da contratação das obras, os acertos condenáveis por baixo da mesa ? de certa forma, com JK, teve início a acumulação primitiva de um capitalismo tardio, na periferia, a sombra do Estado. Imagine o que se deixou de fazer e de oferecer por causa disso.
O segundo pagamento será agora: desemprego, salário baixo, recolonização do país.
Roubar de novo?
Além do sobrepreço, do desvio, do desmando, daquela fortuna onde é possível contabilizar muita coisa que não possuímos e muito daquilo que não nos tornamos, vamos quebrar as empresas, destruir a riqueza que pertence aos 200 milhões de brasileiros, para entregar à pilhagem externa, aos piratas de Sua Majestade, que já esfregam as mãos através da imprensa internacional, em publicações que uma elite desnaturada, em dificuldade para elaborar um pensamento próprio, transformou em Bíblia.

Nesse enredo absurdo é hora de considerar o básico, convocar Chico Buarque: "Chame o ladrão, chame o ladrão."

Alguma dúvida?
Nem Barack Obama, aquele que tantos chamam de fraco - o que é merecido, muitas vezes - deixou os donos do cassino de Wall Street assumirem o butim dos derivativos e quebrar o país. Colocou dinheiro do Estado e assumiu o controle de empresas de valor estratégico - como a General Motors. Impediu a quebradeira e arrumou uma saída que interessava ao país.

O que está em construção no Brasil de 2015 é um movimento típico da sociedade do espetáculo e é preciso prestar atenção num ponto essencial. Quem escreve o enredo, escolhe os heróis e os vilões, necessários para dar sentido a uma grande ficção e definir o que se entende por final feliz é, como sempre, quem tem a propriedade dos meios de produção, que são as câmaras, os estúdios, e também paga os artistas, compra os jornais onde se pode ler a crítica, acompanhar o show e fechar as cortinas.

Falsos como galãs de opereta, já estão preocupados em montar histórias embelezadas para esconder suas feiúras mais horrendas. Mentem de dia, à luz dos holofotes, para conspirar a noite. Procuram álibis, argumentos de fachada.

Preocupados com aquilo que os eleitores mais atentos já começam a perceber, preparam uma falsa biografia preventiva.

A coisa chegou a um ponto tal que há quem diga que não se deve apoiar um golpe porque o Brasil não pode ser comparado ao Paraguai. Deve ser a primeira jura de amor à democracia feita a partir de uma visão esnobe, alimentada por pressupostos racistas e preconceituosos. Quanto vale isso?

Quem explica o show, com um conhecimento que faz justiça à própria Justiça, é o juiz Rubem Casara, do Rio de Janeiro:

"O enredo do 'julgamento penal' é uma falsificação da realidade, uma representação social distante da complexidade do fato posto à apreciação do Poder Judiciário. Em apertada síntese, o fato é descontextualizado, redefinido, adquire tons sensacionalistas e passa a ser apresentado, em uma perspectiva maniqueísta, como uma luta entre o bem e o mal, entre os mocinhos e os bandidos. O caso penal passa a ser tratado como uma mercadoria que deve ser atrativa para ser consumida. A consequência mais gritante desse fenômeno passa a ser a vulnerabilidade a que fica sujeito o vilão escolhido para o espetáculo. "

Em cartaz desde abril de 2014, nas manchetes de jornais, revistas e telejornais, em 15 de março o espetáculo deve ganhar a rua, animar pessoas de carne e osso, fingir que se tornou realidade embora continue uma peça de ficção.

Nem o erro mais grave do governo Dilma, nem aquilo que hoje muitos chamam de "sonho desfeito" do PT, pode servir de argumento para punhaladas, provocações ou demais soluções ainda mais sinistras.
Se o palmômetro fosse motivo para interromper mandatos eletivos, imagine o que deveria ser feito com um Príncipe que deixou o Palácio com a popularidade negativa. Pedir nossa parte em PIB?
O que fazer com a moeda que em 1994 valia mais do que o dólar americano e quatro anos depois precisava de favores do tesouro americano para não parar no lixo. O que houve com aquele governo que foi parando, parando, parando ? até que o país ficou às escuras?

Fora da democracia não tem jogo.
Herculano
28/02/2015 18:22
Ao que se diz ser Dedalo

Gaspar tem vários Élcio's. Dois deles pensam e agem diametralmente opostos: Élcio Carlos de Oliveira, ex PSDB e hoje ferrenho petista, na presidência do Samae, por proteção do vereador Antônio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi. E Élcio de Souza, outro gasparense da gema, consultor de empresa e que neste post do facebook é o que sustenta um embate inglório com o Tonho.
Herculano
28/02/2015 18:18
OS RICOS QUE TINHAM DINHEIRO ESCONDIDO NA SUIÇA.

Os nomes foram publicados pelas revistas Isto É Dinheiro e Época. Os 15 mencionados pelas revistas são: Jacob Barata, Mário Manela, Lírio Albino Parisotto (um dos investidores da Celesc), Generoso Martins das Neves, Dario Messer, Luiz Carlos Nalin Reis, Jacks Rabinovich, Samuel Chadrycki, José Roberto Cury, Jean Marc Schwartzenberg, Ricardo Steinbruch, Arnaldo José Cavalcanti Marques, Conceição Aparecida Paciulli Abrahao, Renato Plass e Elie Hamoui. Às revistas, todos negaram irregularidades.
Dedalo
28/02/2015 18:14
Herculano,

O Elcio, que conheço é do PT se entre eles há estas divergências - logo, logo perde o cargo do Samae e entra Amarildo Rampelotti.
Sem esperança
28/02/2015 18:13
Misericórdia senhor, não consigo crer em nenhuma outra solução que não seja clamar por ti! Pois já não tenho mais esperança nesse governo, muito menos nos q os defende. Fui a missa de cinzas, e era no dia da novena q atrai muitos fiéis a igreja nas quartas-feiras, para minha surpresa encontrei uma cidadã q defende o governo... Ela estava lá, qdo a vi até saí de ré e me benzi é claro.
Herculano
28/02/2015 18:03
INFELIZ QUANDO É VERDADE? MAS QUEM CRIOU ESTA INFELICIDADE, A REALIDADE, QUE SE QUER ESCONDER. DILMA DIZ QUE FALA DE LEVY SOBRE A DESONERAÇÃO DA FOLHA FOI INFELIZ

O conteúdo é do jornal O Estado de S.Paulo. A presidente Dilma Rousseff classificou neste sábado como "infeliz" a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre o modelo de desoneração da folha de pagamento promovido desde 2011 pelo governo federal. Na sexta-feira, ao falar a respeito da recomposição das alíquotas de imposto sobre a folha, Levy afirmou que o modelo vigente até então custava muito para a União ? e que a política era "grosseira". Para Dilma, a desoneração da folha é "importantíssima e continua sendo".

Levy anunciou nesta sexta um pacote de aumento de impostos e redução de benefícios a empresas. Durante o evento, o ministro fez críticas ao programa de desoneração. "A troca entre a folha e o faturamento não era muito vantajosa", disse. Segundo ele, a "brincadeira" custou 25 bilhões de reais aos cofres públicos. "O governo está gastando para manter um emprego que não vale a pena", afirmou. "É por isso que estamos reduzindo esse tipo de desoneração, pelo tipo de ineficiência dela", afirmou. Levy classificou como "boa" a intenção do governo ao adotar a medida, mas que o resultado não foi o esperado.

"Se não fosse importante, já teríamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo", comentou Dilma a jornalistas, pouco antes de participar da inauguração do Parque Eólico Artilleros, em Tarariras, no Uruguai. "O ministro e todos os setores estão comprometidos com a melhoria das condições fiscais do país. A desoneração da folha de pagamento é uma realidade e nós garantimos que haja um reajuste nas condições", declarou Dilma. De acordo com a presidente, a desoneração da folha não é "simplesmente um instrumento de ajuste fiscal". "É um instrumento que vai permanecer. Agora, em certas conjunturas, temos de reajustá-los, ou para cima, ou para baixo", apontou.

Questionada se o ajuste fiscal seria um reconhecimento do erros de gestão do primeiro mandato, Dilma respondeu: "Meu querido, quando a realidade muda, a gente muda". Citou o exemplo da tarifa da energia elétrica, que vai subir em média, 23%, a partir da próxima segunda-feira. "A tarifa da energia decorre da chuva. Quando aumenta a chuva, diminui a tarifa, porque entra a energia hidrelétrica. Quando diminui a chuva, diminui a hidrelétrica e aí tem de contratar a térmica, e térmica é mais cara", disse a presidente.

Crise ? Na avaliação da presidente, o Brasil vai sair da crise "mais forte". "O Brasil tem fundamentos sólidos. Passamos dificuldades conjunturais e isso garantirá que o Brasil saia em outro patamar, podendo continuar a crescer, garantindo empregos que nós criamos e garantindo renda que nós conquistamos".
Carlos Eduardo da Costa
28/02/2015 17:00
"Vocês perguntam: 'Qual é a nossa meta?' Posso responder numa única palavra: 'Vitória!' Vitória a todo custo, vitória apesar de todo o terror, vitória por mais longo e difícil que o caminho possa ser, pois sem vitória não há sobrevivência."

Winston Churchill
Carlos Eduardo da Costa
28/02/2015 16:41
BRIGA DO FECEBOOK

"Antonio Carlos Dalsochio - Mudar significa muito. Não havia segurança. Não havia competência, E o povo decidiu não arriscar."

Então o petista admite que à competência, admite que não à insegurança, e o povo decidiu não arriscar (O bolsa família).

Ou seja, ela foi incompetente por 4 anos, mas vamos deixar ela ser incompetente por mais 4 anos. Vamos morrer tudo abraçados, já que estamos no mesmo barco. O barco é o mesmo mas abraçar vagabundo e bandido eu não quero.

15/03 - TODOS NA RUA. - VIVA A BANDEIRA DO BRASIL
Coloque a Bandeira Nacional em Sua Casa, Coloque um Pano Branco na Frente de Sua Casa, do seu comércio.

Saia de Casa. Vá em parque publico, vá na praça. Divirta-se...

Viva nosso País, pois apesar de tudo, ele ainda é seu, e tome conta daquilo que é seu.

EU AMO MEU BRASIL. (Só odeio os políticos)
Herculano
28/02/2015 16:12
CADA VEZ MAIS O JEITINHO GANHA OUTRA FORMA

Começará a valer a partir deste domingo, primeiro de março as novas regras para prestação de contas das diárias utilizadas por servidores e parlamentares da Assembleia Legislativa. A novidade é que, além do comprovante do deslocamento, passa a ser exigida a apresentação de nota fiscal de hospedagem para o caso de diária inteira, ou de nota fiscal de alimentação, para o caso de meia diária. Também serão criados limites mensais para concessão de diárias.

A expectativa é de que as novas regras deem fim à possibilidade de que parlamentares recebam diárias quando viajam para suas próprias bases eleitorais.
vlad
28/02/2015 15:41
Do Largado.

O grande problema é que neste momento o povo vai ter que lutar sozinho. Não pode contar com as instituições, pois estão todas aparelhadas para defender os petralhas, e nem mesmo com os políticos. A própria oposição, que uma hora pede o impeachment, em seguida diz que é contra. Estão todos em cima do muro esperando para ver que vantagem podem tirar das manifestações populares. O Brasil não possui nenhum grande político, nenhum estadista capaz de reunir o povo em torno de um projeto. Pobre Brasil!
Carlos Eduardo da Costa
28/02/2015 15:29
Sobre a briga no fecebook...


"Antonio Carlos Dalsochio - Elcio, facista pelo discurso fácil.
Vc é inteligente, sabe dos Meandros e das complexidades. Ela precisava continuar. Ruptura nesse momento mergulharia o país numa crise sem precedentes, sobretudo economicamente.
Então, os fins justificaram os meios."

Imaginem esta frase sendo dita por algum aliado de Adolf Hitler..... em que mundo viveríamos?

Herculano
28/02/2015 15:11
QUANDO O DIÁLOGO SÓ TEM RESPEITO DE UM LADO

No facebook, travam-se de vez em quando algumas disputadas esclarecedoras. Para este sábado, entre muitas que internautas mandam para mim, selecionei esta, entre o consultor Élcio de Souza e o vereador Antônio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi. Assustadora a diferença.

Elcio de Souza - Collor também ganhou as eleições democraticamente, Dalsochio, mas nem por isso deixou de sofrer impeachment. Não defendo o mesmo para Dilma, porque entendo que não há evidências, pelo menos não ainda. Agora, defendo as manifestações e protestos. Dona Dilma prometeu uma coisa na campanha, enganou grande parte do eleitorado dizendo que a situação era uma e agora está retrocedendo em tudo o que fez no primeiro mandato: aumento de impostos, aumento absurdo da energia, aumento dos combustíveis, cartilha neoliberal, etc., etc., etc. É evidente que os ajustes são necessários, mas ficam legítimos quando o governante reconhece isso. Dilma não reconhece que pisou feio na bola no primeiro mandato (e nem seus apoiadores) e agora está colocando o país num arrocho geral. Se estava tudo muito bem, por que este arrocho? É evidente que mentiu muito na campanha. Além disso, é preciso protestar também contra os desmandos do Congresso que, apesar das duras medidas que Dilma está imponto, continua (o Congresso) a viver como se estivesse escorrendo ouro pelo Brasil inteiro, aprovando medidas extremamente impopulares e desrespeitosas para com o sufoco que os brasileiros estão passando e vão passar ainda mais, pelo menos até que as medidas tenham efeito, o que normalmente demora um ano, mais ou menos, se forem levadas a sério. Também é preciso protestar contra essa roubalheira todas nas empresas estatais, seja pelo escândalo atual, seja pelo passado, não importa. Qualquer que seja o governo tem sempre um escândalo. Parece que há uma competição de quem consegue roubar mais, de quem consegue corromper mais. E a cada mandado a coisa se aperfeiçoa e ganha uma dimensão nunca antes vista na história deste país.

Antonio Carlos Dalsochio - Elcio, discurso facistazinho este teu.
Qualquer um que tivesse ganho a eleição estaria fazendo o mesmo. O mundo vive uma crise desde 2008 e nós não somos uma 'ilha', sobretudo oq temos relação comercial com todos os continentes.
E pergunto, se Aébrio cheirador tivesse ganho e fazendo estes ajustes necessários, vc Tb estaria pedindo impedimento?

Elcio de Souza - Fascista, eu, Dalsochio? É claro que qualquer um faria o mesmo. A diferença é que uns sabiam que fariam, mas mentiram para ganhar as eleições. Outros já diziam que a coisa estava feita e que precisava fazer ajustes. O resultado? Você sabe: quem mentiu, ganhou e quem falou a verdade, perdeu. O pedido de impeachment não é pelas medidas duras, mas sim por permitir a roubalheira durante os 4 anos em que foi presidente e no período em que foi presidente do Conselho da Petrobras. Reforço o que já disse: não acho que seja o caso de fazer protestos pedindo impeachment, porque não há base legal nem evidências de envolvimento com a roubalheira (pelo menos por enquanto) mas sim fazer por outras razões que já mencionei.

Elcio de Souza - Ah, Dalsochio, só para lembrar o que é o fascismo: "Fascismo é uma forma de radicalismo político autoritário nacionalista que ganhou destaque no início do século XX na Europa. Os fascistas procuravam unificar sua nação através de um Estado totalitário, que promovia a vigilância sobre os cidadãos, forte, que mobilizava em massa a comunidade nacional, fazendo-a confiar em um partido de vanguarda que iniciasse uma revolução e organizasse a nação em princípios fascistas. Era hostil à democracia liberal, ao socialismo e ao comunismo, apesar de possuir semelhanças com os últimos dois. Defende a exclusiva autossuficiência do Estado e suas razões, que são superiores ao direito e à moral, fazendo uso recorrente a forças social-revolucionárias." O termo fascista vem de fascismo, e acho que se parece mais com você do que comigo.

Antonio Carlos Dalsochio - Elcio, facista pelo discurso fácil.
Vc é inteligente, sabe dos Meandros e das complexidades. Ela precisava continuar. Ruptura nesse momento mergulharia o país numa crise sem precedentes, sobretudo economicamente.
Então, os fins justificaram os meios.

Elcio de Souza - Discordo quando você diz que ela precisava continuar. Quando o governo não está bem, muda-se.

Antonio Carlos Dalsochio - Mudar significa muito. Não havia segurança. Não havia competência, E o povo decidiu não arriscar.
Herculano
28/02/2015 11:12
ESPERANDO JANOT, por Alberto Dines

No país da piada pronta, angústias e aflições são crimes de lesa-pátria, daí as gozações em torno do suspense armado antes da divulgação da lista de parlamentares e políticos citados na Operação Lava Jato e prometida há semanas por Rodrigo Janot, procurador-geral da República.

Paráfrase óbvia, quase obrigatória e quase homônima, relaciona-se com o título da peça Esperando Godot (1952), do irlandês francófono Samuel Beckett, marco do teatro do absurdo que poucos viram, menos ainda entenderam e todos usam abundantemente.

Godot promete e não chega, a espera é, em si, o não evento central, acionador de contrassensos, ilógica e disparates. Janot, ao contrário, está sempre presente, atento, figura de proa na arquitetura republicana, cargo máximo do Ministério Público, hoje considerado em muitas partes do mundo como o verdadeiro Quarto Poder.

Justifica-se a demora: denota cuidado, zelo, senso de responsabilidade. A lista é transcendental mesmo antes de conhecidos os nomes que a integram, todos aptos a serem denunciados e depois julgados pelo STF. As pressões são enormes; apesar do segredo que envolve a seleção dos implicados nos processos investigados pela Polícia Federal, alguns nomes escaparam para o noticiário.

A nominata é naturalmente explosiva: pode alterar a composição do governo, seu esquema de apoio, a escolha dos candidatos à sucessão presidencial e, sobretudo, inúmeras biografias. Algumas armazenadas em sites de busca, outras já publicadas.

A residência de Janot foi arrombada em janeiro, o governo preocupa-se com a sua segurança e a tensão da campanha eleitoral, longe de arrefecer com a posse dos eleitos, aumentou assustadoramente. Sucedem-se brigas entre militantes, o jogo sujo oriundo das torcidas organizadas começa a comprometer o sagrado direito de expressão, a convivência entre contrários e a paz social.

Em represália a um estúpido ato de hostilidade contra o ex-ministro Guido Mantega no lobby de um hospital paulistano onde a sua mulher se trata de um câncer, o ex-presidente Lula convocou a militância a reagir às provocações: pretendia baixar a fervura, só a aumentou. Essa fervura não baixará com veemências dirigidas a ativistas políticos; o momento pede atos de estadistas voltados para sossegar uma sociedade ressentida e perplexa.

A espera por Janot serve para desativar animosidades num ambiente perigosamente volátil, onde tudo funciona como pretexto para radicalizações. Mas serve igualmente para exacerbá-las. Não foi prudente a ideia de convocar um grandioso ato público em defesa da Petrobras para a sexta-feira, 13 de março - exatos 51 anos depois do comício na Central do Brasil, fatídico gatilho para a quartelada que empurrou o país para a trágica ditadura militar.

A estatal brasileira não está ameaçada pelos trustes internacionais nem pelo imperialismo ianque; seus algozes são gente nossa, partidos e prepostos brasileiros que "tascaram" (para usar a linguagem de João Pedro Stédile) um patrimônio nacional que conseguiu sobreviver e prosperar ao longo de 63 anos a despeito das drásticas mudanças de governo.

Esperando Godot é uma vivência pessimista sobre impasses, dolorosas expectativas, desesperança, filha dos horrores da 2.ª Guerra Mundial e da pérfida Guerra Fria que a sucedeu.

Esperando Janot pode ser uma aposta no aperfeiçoamento das instituições democráticas. Sobretudo, na nossa capacidade de julgar e punir com isenção.
Juju do Gasparinho
28/02/2015 11:08
Prezado Herculano:

Postado às 06:20hs.
Como é que é ? Um ladrão entra na casa do Janot e sai com um controle remoto? E o Ministro da Esgotosfera do Mundo dá respaldo a essa história chocante, degradante, humilhante.
Não vi graça na piada.

às 07:26hs.
Estou desconfiada que o Joaquim Levy - PSDB, aceitou ser Ministro da agora Pelancuda, para fazer "brincadeirinha" com o PT.
É que pelas entrevistas que tem dado aos jornalistas, só tem irritado o partido.

às 06:37hs.
Te cuida Lulla!
Sabia que cedo ou um pouquinho mais cedo a tua hora ia chegar.
E falando em cafajeste, elle nos vendeu a imagem de uma "dôtora que é jênio", e que faz tempo que perdeu o oxigênio.

às 06:49.
"O PP gaúcho afirma ser de oposição".
É que o PP de lá (como a família Amin), tem estirpe.

Carlos Eduardo da Costa - acatei a sua ideia.
A partir de agora a Bandeira Nacional Brasileira já decora a sacada da minha casa.


Herculano
28/02/2015 11:07
OBSERVAÇÃO TARDIA. OS LEITORES E LEITORAS DA MINHA COLUNA JÁ SABIAM DISSO FAZ TEMPO. É SÓ OLHAR O PERFIL DE QUEM DIZ SER O REFORMADOR E COMO ELE SE EQUILIBRA COM GENTE QUE NUNCA QUIS REFORMA, PARA ASSIM SE CONTINUAR GOVERNO

Sem reforma, anuncia Moacir Pereira

A propagada reforma administrativa do governo [Raimundo] Colombo [PSD] está indo para o espaço. O governador anunciou a extinção da Secretaria de Assuntos Internacionais. O senador Luiz Henrique [da Silveira, PMDB, ex-governador que criou esta fantasia toda e dá a governabilidade a Colombo] reagiu e defendeu sua manutenção. A pasta não apenas foi mantida. Como o secretário - o advogado Carlos Adauto Virmond Vieria - foi indicado pelo senador. Há, também, fortes reações na base governista sobre outras mudanças.
Herculano
28/02/2015 11:03
MALUFAR JÁ FOI CRIME, Plácido Fernandes Vieira para o jornal Correio Braziliense

O verbo malufar está definitivamente desmoralizado. Foi reduzido a pó. Perto do megaesquema de corrupção montado para roubar a Petrobras, as maracutaias atribuídas ao neocompanheiro, e que deram origem ao termo, parecem hoje café pequeno. Nunca antes na história deste país, políticos inescrupulosos zombaram tanto da inteligência alheia.

Imagine o ladrão cara de pau que rouba o leite das crianças e depois convoca a própria quadrilha para uma manifestação em defesa da creche assaltada? Ou o cinismo do bandido que, uma vez descoberto, invoca, em defesa própria, a existência da corrupção no Brasil desde o descobrimento? "Ora, a elite já rouba faz mais de 500 anos", argumenta.

Logo, a saída não pode ser a prisão dos "guerreiros do povo brasileiro". Pôr na cadeia a turma "que rouba, mas distribui" é coisa da "mídia golpista". Como a "esquerda" de Dilma, Lula, Temer, Renan e Maluf tem maioria no Congresso, a ordem é investigar tudo desde a chegada das caravelas e passar o Brasil a limpo. Igual ao que o PT pregava (e nunca fez) antes de chegar ao poder. Bons tempos aqueles em que malufar ainda era crime.

Hoje, crime é ser contra a sangria da companheirada aos cofres públicos. Afinal, na literatura que faz a cabeça dos "progressistas" reza que, para alcançar a "revolução" redentora, "os fins justificam os meios". Não à toa, boa parte dessa gente idolatra o obscurantismo jihadista do Estado Islâmico. Principalmente quando fuzila, incinera ou corta cabeças de defensores da tal liberdade de expressão, esse mi-mi-mi "pequeno burguês" que é um dos pilares da democracia.
Herculano
28/02/2015 07:32
O QUE OS ESCLARECIDOS E OS QUE CONSEGUEM EXPRESSAR AS SUAS OPINIÕES PENSAM SOBRE O PETROLÃO. ESTAS CARTAS FORAM PUBLICADAS H OJE NO JORNAL FOLHA DE S. PAULO

Muito intrigante esse encontro entre o ministro Cardozo e o procurador Janot ("Procurador omite encontros com vice e ministro da Justiça", "Poder", 27/2). Se o tema da conversa foi uma suposta ameaça à integridade do procurador-geral da República, por que vem sendo tratado tão sigilosamente? Não seria de interesse dos cidadãos saber da existência dessa ameaça, com total transparência? Qual "órgão de informação" a detectou? Quando? A sociedade aguarda respostas ansiosamente. Rogério Medeiros Garcia de Lima, desembargador (Belo Horizonte, MG)

O PT passou anos acusando Geraldo Brindeiro de ser o "engavetador-geral da República". Agora este governo tem um procurador-geral para chamar de seu. É vergonhoso que Rodrigo Janot se encontre às escondidas com o ministro da Justiça e com o vice-presidente da República a poucos dias de apresentar a lista de políticos suspeitos de envolvimento na Operação Lava Jato. Jéssica Mariane Soares da Silva (Itapevi, SP)

Tinha razão Joaquim Barbosa quando sugeriu a demissão do ministro da Justiça devido ao seu pronunciamento em favor dos ora processados incursos na Lava Jato. O ministro mais uma vez se vê em palpos de aranha quando estranhamente alega que o procurador-geral está em risco. Eber Soares de Souza (Niterói, RJ)

A nova CPI da Petrobras é uma piada. Grande parte de seus membros recebeu doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato, cujo dinheiro é proveniente de corrupção ("Escolhidos para CPI receberam doações de empresas investigadas", "Poder", 25/2). Para virar circo, só falta convocarem o grande deputado Tiririca para cantar. Antonio Augusto de Castro Oliveira (Osasco, SP)

A possível queda do "rating" do Brasil é fruto, entre outras coisas, do "estelionato contábil" oculto sob o nome de "contabilidade criativa", por meio do qual o governo Dilma 1 tentava maquiar os resultados da contabilidade oficial. Isso nos trouxe agora a um ajuste duríssimo. Depois houve um estelionato eleitoral, seguido de uma tentativa de esconder o petrolão, e muito mais. Ulf Hermann Mondl (Florianópolis, SC)
Herculano
28/02/2015 07:26
ENTREVISTA DE LEVY PROVOCA IRRITAÇÃO NO PLANALTO, por Josias de Souza

Ao utilizar vocábulos como "grosseiro" e "brincadeira" para se referir à desoneração da folha de pagamento, o ministro Joaquim Levy causou irritação no Palácio do Planalto. Um auxiliar de Dilma Rousseff definiu a entrevista do titular da Fazenda com outras duas palavras tóxicas: "desnecessária" e "desastrosa".

Ao anunciar aos jornalistas que o governo decidira elevar a contribuição previdenciária das empresas, revendo parcialmente a política de desoneração adotada desde 2011 pelo antecessor Guido Mantega, Levy disse coisas assim:

"Você aplicou um negócio que era muito grosseiro. O problema é que essa brincadeira nos custa 25 bilhões por ano e [?] não tem protegido emprego. [?] O momento que a gente vive, a gente tem que pegar as coisas que são pouco menos eficientes e reduzir",

As mudanças elevarão o custo do empregado em 59 setores da economia a partir de junho. Com isso, o governo espera voltar a arrecadar algo como R$ 13 bilhões por ano. Como a coleta será retomada somente a partir de junho, a cifra a ser amealhada em 2015 será de R$ 5,3 bilhões.

O modo como Levy anunciou a má notícia não aborreceu apenas o staff de Dilma. Parlamentares que integram partidos governistas também saltaram da cadeira. "Nós aprovamos a desoneração no Congresso porque imaginávamos que era coisa séria", disse, por exemplo, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). "Os empresários também se reprogramaram imaginando que a coisa era séria. De repente, descobrem que não há segurança jurídica no país.''

"Quando enviar novas propostas ao Legislativo, a presidente Dilma precisa informar se é brincadeira ou se devemos levar a sério", acrescentou Vieira Lima. "A cúpula do PMDB será recebida pela presidente num jantar marcado para segunda-feira. A primeira coisa que o partido precisa perguntar para a Dilma é se a conversa será séria ou se é mais uma brincadeirinha."
Herculano
28/02/2015 06:58
A HORA E A HISTÓRIA, por Demétrio Magnoli para o jornal Folha de S. Paulo

A história não é a hora. Dilma vai passar, cedo ou tarde. Ela não vale o preço da redução do Brasil a um Paraguai

O governo Dilma 2 acabou antes de começar. Batida pelo turbilhão da crise que ela mesma engendrou, a presidente perdeu, de fato, o poder, que é exercido por dois primeiros-ministros informais: Joaquim Levy comanda a economia; Eduardo Cunha controla as rédeas da política. Na oposição, entre setores da base aliada e, sobretudo, nas ruas, a palavra impeachment elevou-se, de murmúrio, à condição de grito ainda abafado. É melhor pensar de novo, para não transformar o Brasil num imenso Paraguai.

Nos sistemas parlamentares, um voto de desconfiança do Parlamento derruba o gabinete, provocando eleições antecipadas. No presidencialismo paraguaio, regras vagas de impeachment conferem aos congressistas a prerrogativa de depor um chefe de Estado que não enfrenta acusações criminais. Um parecer de Ives Gandra Martins sustenta a hipótese de impedimento presidencial por improbidade administrativa, mesmo sem dolo. Na prática, equivale a sugerir que Dilma poderia ser apeada com a facilidade com que se abreviou o mandato de Fernando Lugo. A adesão a essa tese faria o Brasil retroceder do estatuto de moderna democracia de massas ao de uma democracia oligárquica latino-americana.

Não são golpistas os cidadãos que fazem circular o grito abafado. Dilma Rousseff tornou-se um fardo pesado demais. Lula deu o beijo da morte no segundo mandato da presidente ao lançar sua candidatura para 2018 antes ainda da posse. No ato farsesco de "defesa da Petrobras", o criador da criatura emitiu sinais evidentes de que, em nome de sua campanha plurianual, prepara-se para assumir o papel um tanto ridículo de crítico do governo. Diante de uma presidente envolta na mortalha da solidão, os partidos oposicionistas parecem aguardar uma decisão das ruas. Fariam melhor oferecendo um rumo político para a indignação popular.

Antes de tudo, seria preciso dizer que, na nossa democracia, a hipótese de impeachment só se aplica quando há culpa e dolo. O complemento honesto da sentença é a explicação de que, salvo novas, dramáticas, informações da Lava Jato, inexiste uma base política e jurídica sólida para abrir um processo de impedimento da presidente. Contudo, só isso não basta, pois o país não suportará mais quatro anos de "dilmismo", essa mistura exótica de arrogância ideológica, incompetência e inoperância.

"Governe para todos - ou renuncie!". No atual estágio de deterioração de seu governo, a saída realista para Dilma é extrair as consequências do fracasso, desligando-se do lulopetismo e convidando a parcela responsável do Congresso a compor um governo transitório de união nacional. O Brasil precisa enfrentar a crise econômica, definir a moldura de regras para um novo ciclo de investimentos, restaurar a credibilidade da Petrobras, resgatar a administração pública das quadrilhas político-empresariais que a sequestraram. É um programa e tanto, mas também a plataforma de um consenso possível.

"Governe para todos - ou renuncie!". O repto é um exercício de pedagogia política, não uma aventura no reino encantado da ingenuidade. As probabilidades de Dilma romper com o lulopetismo são menores que as de despoluição da baía da Guanabara até a Olimpíada. Isso, porém, não forma uma justificativa suficiente para flertar com o atalho do impeachment. Se a presidente, cega e surda, prefere persistir no erro, resta apontar-lhe, e a seu vice, a alternativa da renúncia, o que abriria as portas à antecipação das eleições.

Dilma diz que a culpa é de FHC. Lula diz que é da imprensa, enquanto reúne-se com o cartel das empreiteiras. A inflação fará o ajuste fiscal. Por aqui, os camisas negras usam camisas vermelhas. A justa indignação da hora faz do impeachment uma solução sedutora. Mas a história não é a hora. Dilma vai passar, cedo ou tarde. Ela não vale o preço da redução do Brasil a um Paraguai.
Herculano
28/02/2015 06:49
ENCONTRANDO UM CULPADO, por Lauro Jardim, de Veja

Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo pediram ao deputado Elvino Bohn Gass, do PT gaúcho, que apelasse ao colega Jeronimo Goergen, do PP do Rio Grande do Sul, para que ele pare de insuflar o movimento grevista dos caminhoneiros, ainda forte no Rio Grande do Sul.

Um ministro já havia dito a ruralistas que Goergen vinha incentivando os protestos.

Goergen nega e provoca:

- Essa crise interessa ao governo, porque tira o foco da operação Lava-Jato. O governo deveria negociar.

A propósito, o PP gaúcho rompeu formalmente no começo da semana com o restante do governo. Agora, afirmam ser de oposição.
Herculano
28/02/2015 06:48
o mesmo discurso de sempre na proteção da corrupção e roubalheira

A PREPARAÇÃO DO GOLPE, Ribamar Fonseca

Não podemos nem devemos permitir que interesses externos, defendidos por maus brasileiros preocupados apenas com os seus próprios interesses políticos e econômicos, destruam os avanços já conquistados.

O Brasil parece estar vivendo hoje um clima semelhante ao registrado às vésperas do golpe militar de 31 de março de 1964. E a manifestação que vem sendo convocada para o dia 15, a exemplo da Marcha com Deus pela Liberdade realizada naquele ano, pretende coroar esse clima, colocando o impeachment na marca do pênalte. Só ficará faltando mesmo o chute a gol, a cargo do Congresso Nacional, com o incentivo escandaloso da mídia oposicionista que, com a sua sistemática campanha contra o governo, acredita já ter preparado o espírito do povo para o golpe. E vai pressionar o atual presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, para aceitar o pedido.

Existem, no entanto, três diferenças entre o golpe passado e o que se encontra em andamento: primeiro, os comunistas, que assombravam os americanos e serviram de pretexto para a derrubada do governo João Goulart, foram substituídos pelos petistas; segundo, o golpe em marcha hoje não tem a participação dos militares; e, terceiro, o seu principal objetivo, que antes era impedir o alinhamento do Brasil à União Soviética, hoje é entregar o poder à direita, agora representada pelos tucanos, para colocar o nosso país a reboque dos Estados Unidos. Em comum entre a situação de 64 e a atual a possível orquestração americana e a efetiva participação da mesma mídia entreguista que apoiou o golpe daquele ano e que, hoje, escancarou-se como partido político.

O panorama atual, no entanto, criado pela mídia oposicionista como preparação para o golpe - inconformada com a derrota do seu candidato tucano nas últimas eleições - revela-se muito mais grave na medida em que, paralelamente à derrubada da Presidenta, prega o ódio entre classes, que se reflete no comportamento agressivo de pessoas que se deixaram influenciar pelo noticiário tendencioso. As vergonhosas agressões verbais ao ex-ministro Guido Mantega no Hospital Albert Einstein - hospital da elite brasileira - são apenas uma pequena mostra do enorme perigo a que está exposta a sociedade, onde ninguém mais tem segurança, sobretudo os que defendem o respeito ao regime democrático e não compactuam com nenhum movimento golpista.

Depois desse episódio envolvendo o ex-ministro da Fazenda e do confronto entre ativistas pro e contra a Petrobrás, ninguém pode prever do que são capazes as pessoas que se deixaram contaminar por esse absurdo sentimento de ódio, disseminado também nas redes sociais, onde já houve até quem sugerisse um holocausto dos nordestinos por terem garantido a vitória de Dilma nas últimas eleições. Não será exagero, portanto, diante desse quadro, prever-se para breve linchamentos físicos nas ruas, a exemplo dos linchamentos morais que se tornaram rotina, com o retorno do dedurismo que marcou o período da ditadura.

Diante da estranha inércia da presidenta Dilma Roussef e do PT ante o massacre midiático, sem uma reação vigorosa capaz de se contrapor ao noticiário manipulado que vem fazendo a cabeça da população, homens de bem deste país, intelectuais de renome, decidiram reunir-se para um alerta sobre a ameaça que paira sobre o Brasil. E lançaram um manifesto, ignorado por essa mesma mídia, em que lembram que "o Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania."

Na verdade, por trás de tudo isso está a cobiça estrangeira pelo nosso petróleo. A nossa mais importante empresa estatal, a Petrobrás, que só não foi entregue ao capital estrangeiro no governo de Fernando Henrique porque acabou o seu mandato - ainda assim ele quebrou o monopólio do petróleo - será a primeira a ser sacrificada caso os golpistas tenham sucesso em sua empreitada. Só um cego não vê que a campanha de desmoralização e desvalorização da estatal tem justamente o objetivo de privatizá-la. Em seu manifesto, os intelectuais advertem: "Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados".

Os brasileiros anestesiados por esse noticiário tendencioso, que estão servindo ingenuamente a interesses antinacionais compartilhando informações falsas nas redes sociais, portanto, devem acordar para o fato de que estão sendo manipulados pelos que desejam tomar o poder que lhes foi negado nas urnas. Muitos agem de boa fé, imaginando que estão prestando um serviço ao Brasil - nas notas falsas que compartilham o patriotismo é inteligentemente explorado pelos mentores - mas na realidade estão dando a sua contribuição para o retrocesso do país e a perda de um de seus maiores patrimônios - a Petrobrás. Todos queremos o saneamento da empresa, com o expurgo e punição dos que a roubaram, mas ela não pode ser penalizada pela ação isolada de funcionários corruptos.

Não podemos nem devemos permitir que interesses externos, defendidos por maus brasileiros preocupados apenas com os seus próprios interesses políticos e econômicos, destruam os avanços já conquistados, levando o nosso país de volta à condição de colônia. E ninguém pode prever como terminará qualquer ação que contrarie a vontade popular manifestada nas urnas em novembro passado. Quem contribuir para um retrocesso, por menor que seja a sua participação, responderá pelos seus atos, em última análise, perante o tribunal da sua consciência, onde não existem joaquins nem sergios. Como sentenciou Jesus: "A semeadura é livre, mas a colheita obrigatória".
Herculano
28/02/2015 06:43
UMA LONGA QUARESMA, por Igor Gielow para o jornal Folha de S.Paulo

Nos tempos de outrora, católicos observavam a Quaresma na qual estamos com sentido de penitência pelos pecados cometidos, visando a redenção na Páscoa.

Hoje o governo Dilma passa por algo semelhante, coincidentemente no mesmo período de vigília religiosa. Tenta purgar seu pecados, mais ou menos admitidos em forma de um arrocho fiscal, embora sempre haja na praça um bufão de um Carnaval que teima em não acabar.

Hoje esta figura atende pelo nome de Lula, ao incitar as células dormentes do MST e da CUT a ir às ruas contra a "elite golpista" que, claro, inventou o formidável esquema de drenagem financeira da Petrobras em favor de partidos e empreiteiros.

Tudo o que o governo não precisa agora é disso. Se é do jogo e algo vazio ver a presidente criticar a mesma agência de classificação de risco que antes causava sorrisos ao conceder graus de investimento, a cada vociferação de Lula sobre o "exército do Stédile" ou para "irmos à guerra" o Planalto é pressionado ainda mais sobre o fio de uma lâmina.

Doze anos de guerra cultural promovida pelo petismo cobram um preço. Os espectros aparecem de lado a lado, como o ruinoso Guido Mantega percebeu no triste episódio em que foi hostilizado em um hospital.

Em princípio, os protestos contra Dilma em 15 de março se mostravam mais como um espasmo da rejeição ao PT em São Paulo e outros centros. A greve de caminhoneiros e a crise tucana no Paraná mostram, porém, que talvez haja um germe em desenvolvimento nas tais "ruas".

A conjuntura econômica tenebrosa, com o aumento do desemprego minando o último bastião do governo na área, insinua fermento para uma reação em cadeia que ainda não foi detectada - com um cenário institucional desfavorável, vide o Congresso sob o PMDB. Neste caso, a Quaresma que o governo espera ver superada em 2016 ou 2017 poderá mostrar-se ainda mais prolongada.
Herculano
28/02/2015 06:39
CONTRAMANIFESTAÇÃO PETISTA, por Lauro Jardim, de Veja

O PT prepara uma manifestação - ou melhor, uma espécie de contramanifestação - para o dia 13 de março, dois dias antes do movimento que promete ir às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff. Por enquanto o partido programa passeatas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mas outras cidades também poderão entrar nos planos dos petistas

Pelo menos oficialmente, o governo Dilma quer distância dessa manifestação.
Herculano
28/02/2015 06:37
TUDO O QUE O PT, PMDB E PP TEMIAM, PODE SOBRAR PARA DILMA E LULA. EXECUTIVO DA CAMARGO VIRAM DELATORES

Procuradores acertam acordo com presidente e vice da empresa, que terão de relatar crimes da empreiteira. Acerto prevê multa de R$ 10 mi e revelação de irregularidades além da Petrobras, como na usina de Belo Monte, por Mário César Carvalho para o jornal Folha de S.Paulo.

Dois executivos da cúpula da empreiteira Camargo Corrêa fecharam na noite desta sexta-feira (27) um acordo de delação premiada com procuradores e policiais federais da Operação Lava Jato.

Eles são os primeiros integrantes de uma empreiteira de grande porte que decidem relatar crimes e irregularidades em obras da Petrobras para tentar obter pena menor.

Os procuradores, no entanto, recusaram o acordo com João Auler, presidente do conselho de administração da empreiteira.

Segundo a Folha apurou, eles julgaram que o executivo não contara tudo o que sabia sobre as irregularidades em que a empreiteira está supostamente envolvida.

A dupla que fez o acordo é formada pelo presidente da empreiteira, Dalton Avancini, e pelo vice Eduardo Leite. Com eles, a Operação Lava Jato passa a ter 15 delatores.

A multa a ser paga pelos dois executivos deve ultrapassar R$ 10 milhões.

O trio está preso desde o meio de novembro na sede da Polícia Federal em Curitiba. A dupla que fez o acordo deve sair nos próximos dias.

Eles são réus na Justiça Federal, acusados de ter pago cerca de R$ 40 milhões em propina para obter contratos como o da construção da refinaria Abreu e Lima (PE), e o da modernização da refinaria Presidente Vargas (PR).

A expectativa dos procuradores é que os executivos revelem, além dos problemas na Petrobras, irregularidades na construção da usina de Belo Monte, por exemplo.

AMIGOS DE DOLEIRO
A Camargo Corrêa tinha uma espécie de conta corrente com Alberto Youssef, na qual ele adiantava dinheiro à empresa, segundo o doleiro.

Em conversa gravada pela Polícia Federal, Youssef reclama: "Tô com um pepinão aqui na Camargo que você nem imagina. Cara me deve 12 paus [R$ 12 milhões], não paga. Pior que diretor é amigo, vice-presidente é amigo".

A empreiteira havia tentado fechar um acordo de leniência com procuradores, mas abandonou as negociações afirmando que a multa proposta, de R$ 1,5 bilhão, quebraria a empresa. Acordo de leniência é similar ao acordo de delação para empresas.

O primeiro valor estipulado pelos procuradores foi de R$ 2 bilhões, superior ao valor de mercado da empreiteira antes da Lava Jato, de R$ 1,7 bilhão - na avaliação de um banco, de acordo com um executivo da empresa ouvido pela Folha. A Camargo topava pagar até R$ 500 milhões.

Em 2013, a empresa teve receita de R$ 5,9 bilhões e tinha 28 mil funcionários, segundo relatório anual do grupo.

A Camargo Corrêa perdeu valor após as investigações porque terá de pagar multas milionárias impostas pela Justiça e vai perder negócios futuros da Petrobras, que a colocou no final de 2014 numa lista de 23 empresas proibidas de assinar novos contratos com a estatal.

Só numa ação de improbidade apresentada na semana passada, os procuradores pedem que a Camargo pague uma multa de R$ 844 milhões ao lado da Sanko Sider, empresa acusada de ter sido usada para o repasse de suborno pago pela empreiteira.

O grupo do qual a Camargo faz parte alcançou uma receita de R$ 25,8 bilhões em 2013, último dado disponível.

O advogado da empresa, Celso Vilardi, disse que não havia sido informado "oficialmente" da conclusão da negociação. Ele disse que renunciará à defesa de Dalton Avancini, que fez o acordo, mas continuará no caso de João Auler, que não fez.

Vilardi não quis comentar o acordo porque afirma não conhecer o texto pactuado.
Herculano
28/02/2015 06:31
SÓ AUMENTO DE IMPOSTOS PARA COBRIR OS BURACOS DA MÁ GESTÃO. TRIBUTO COBRADO DE EMPRESAS SOBE ATÉ 150%

Governo eleva, de 1% para 2,5% e de 2% para 4,5%, alíquotas de setores beneficiados pela desoneração da folha. Ministro da Fazenda diz que medida era ineficiente e que pode haver novos cortes de gastos e alta de receitas, informam Gustavo Patu, Eduardo Cucolo e Sofia Fernandes da sucursal de Brasília para o jornal Folha de S.Paulo

Numa medida mais drástica que o esperado, o governo Dilma Rousseff desidratou o programa de desoneração tributária da folha de pagamentos das empresas, sua principal iniciativa para a geração e preservação de empregos.

Por meio de medida provisória, foi promovida elevação geral da taxação dos empregadores hoje beneficiados, o que deverá levar a maior parte deles a deixar o programa.

As novas regras afetam setores como o de construção civil, indústria automotiva, vestuário e empresas jornalísticas. Empresários dizem que haverá demissões.

O ministro Joaquim Levy (Fazenda) estima que o pacote vai reduzir o custo da desoneração de R$ 25,2 bilhões para R$ 12,4 bilhões ao ano.

Em 2015, a vantagem para os cofres federais será menor, de cerca de R$ 5,4 bilhões, porque a alta só começa a vigorar em junho.

O número de empresas contempladas, hoje de 126,9 mil, cairá, nas estimativas oficiais, para 56,3 mil - o total de empregadores para os quais o programa continuaria vantajoso. Em número de empregos, a queda é de 14,4 milhões para 7,9 milhões.

Lançada em 2011 para ajudar produtores com dificuldades na competição com estrangeiros, a desoneração substituiu a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre as folhas de pagamento por taxação, de 1% ou 2%, sobre o faturamento total.

'EXTREMAMENTE CARO'
A reviravolta na estratégia, porém, não foi justificada apenas pela necessidade de reforçar o Tesouro Nacional e cumprir a poupança prometida para restabelecer a confiança do mercado credor.

Levy atacou a própria concepção do programa, que considerou "extremamente caro" e de "relativa ineficiência", entre outros termos pouco abonadores.

"Você aplicou um negócio que era muito grosseiro [mal planejado]. Essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano, e estudos mostram que ela não tem criado nem protegido empregos."

Levy não detalhou os estudos a que se referia, mas, graças à desoneração ou não, os dados do emprego, ao menos até 2014, resistiam aos efeitos da deterioração da economia.

A taxa de desemprego fechou 2014 em 4,3%, nos menores patamares medidos pela metodologia iniciada em 2001. Em janeiro, a taxa subiu para 5,3%, acima dos 4,8% de janeiro de 2014. E empregar agora ficará mais caro.

O cenário recessivo, com crise na indústria e encolhimento do comércio, prejudica a arrecadação, que caiu nos últimos quatro meses, e pode dificultar o reequilíbrio do Orçamento.

Levy preocupou-se em mostrar disposição para cumprir a meta de poupar R$ 66,3 bilhões neste ano para o abatimento da dívida pública, apesar dos sacrifícios impostos à atividade econômica - que também terão, obviamente, custos sociais.

O ministro disse que o governo pode anunciar novas medidas de cortes de gastos ou aumento de receitas, sem rever o objetivo fixado. "Temos todas as condições de alcançar a meta."
Herculano
28/02/2015 06:26
A VERDADE DÓI. AINDA MAIS QUANDO NÃO DÁ PARA ESCONDER A REALIDADE. AS MEDIDAS DURAS DE AGORA SÃO REFLEXO DO DESGOVERNO DOS PRIMEIROS QUATRO ANOS DE DILMA VANA ROUSSEFF PARA SE REELEGER E O PT PARA CONTINUAR NO PODER A CUSTA DE DEMAGOGIA PARA ANALFABETOS E DESINFORMADOS, GASTANÇA DO NOSSO DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS E MUITA CORRUPÇÃO.


Para Planalto, fala de Levy foi dura demais. Pegou mal no governo o tom adotado pelo ministro Joaquim Levy na entrevista em que detalhou medidas do ajuste fiscal.

Havia uma orientação interna para evitar apontar erros passados. Mas o ministro carregou nas tintas ao chamar as desonerações de "grosseiras" e de "brincadeira", dizem assessores presidenciais. Petistas também reclamaram. A mentira e a enganação têm sido a marca do PT na sua franquia nacional de sacanagens
Herculano
28/02/2015 06:20
PODE TER SIDO "PLANTADA" ESCUTA NA CASA DE JANOT, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O arrombamento da casa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgado ontem no site DiáriodoPoder.com.br, pode ter sido obra de espiões para "plantar" escutas ambientais ilegais. A suspeita surgiu após a constatação de que os invasores nada levaram, nem mesmo uma pistola do dono da casa, com três pentes de bala. Apenas foi levado, estranhamente, o controle remoto do portão da garagem.

Tempo suficiente
O arrombamento foi há um mês. Janot estava com a filha na Disney. A invasão durou 8 minutos, suficientes para ocultar micro escutas.

Arapongagem
No começo, o procurador atribuiu o arrombamento a bandidos comuns, mas agora há a suspeita de ação ligada a investigados da Lava Jato.

Agentes privados
Suspeita-se que tanto as supostas ameaças quanto a invasão da casa de Janot são obra de "agentes privados" interessados na investigação.

Novo patamar
Rodrigo Janot foi desaconselhado a usar aviões de carreira, e ontem, já sob forte proteção, viajou ara Minas em um jatinho da FAB.

MULTA POR BLOQUEIO PODE SER APLICÁVEL AO MST
O Ministério da Justiça abre a possibilidade de ser estendido a outros casos de obstrução de rodovias, como aqueles patrocinados pelo MST e entidades do gênero, as pesadas multas de até R$ 10 mil aplicadas por hora nos caminhoneiros que há dias protestam contra o governo. O ministério lembra, no entanto, que o caso dos motoristas de caminhão é específico e que a multa aplicada decorre de decisões judiciais.

Leis existem
A legislação penal e o código de trânsito preveem outras punições que podem ser aplicadas pela polícia, em caso de obstrução de estradas.

Nem me fale
Dilma continua reagindo com irritação sempre que alguém menciona o desejo do ex-deputado Henrique Eduardo Alves de virar ministro.

Santo Eduardo
O presidente da câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fascina tanto os políticos de Brasília que os fez esquecer, digamos, sua folha corrida.

Só na primeira instância
O assédio para que Joaquim Barbosa assumisse a defesa de empreiteiros rolados no roubo à Petrobras, não ignorava a quarentena a que ele está submetido, sem poder atuar junto do Supremo Tribunal Federal. Eles o queriam atuando em juizados de primeira instância.

Reforma no Senado
Enquanto a reforma politica não vem, outra ampla e movimentada reforma começou, nesta sexta, no gabinete de Renan Calheiros na presidência do Senado: a de móveis, cadeiras, portas e armários.

Pisou na bola
Deve se complicar na Lava Jato a situação do deputado Paulinho da Força (SD-SP), após ter sido arrolado como testemunha de defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e coordenador do esquema.

Fatura
O Palácio do Planalto pressiona líderes aliados para aprovação das medidas provisórias 664 e 665, que alteram benefícios previdenciários. Quer que os textos sejam aprovados sem alteração.

Ministros a postos
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-SP), garantiu que todos os ministros vão comparecer à Casa para dar explicações nas audiências provocadas pelo presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Só encrenca
A cúpula do PMDB não gostou de saber que Leonardo Picciani (RJ) teria feito acordo para apoiar Leonardo Quintão (MG) à sua sucessão na liderança, em 2016. O mineiro é malvisto no Planalto.

Cara Autoridade
O general Fernando Azevedo e Silva, presidente da Autoridade Pública Olímpica, subjugada à Presidência, recebe por mês pouco mais de R$ 21 mil. Mas nos meses de dezembro ganha mais de R$ 36 mil.

Consumidor que se dane
A Claro enxuga pessoal e não avisa: após 22h, cliente que pede socorro só ouve musiquinha irritante para qualquer serviço digitado. Já o Credicard nem atende mais depois desse horário.

Olho que tudo vê
Quem digitar no Google "o maior mentiroso do mundo" vê Lula no topo dos resultados. E a busca por "olho baixo" aponta Nestor Cerveró.
Herculano
28/02/2015 06:12
PODE TER SIDO "PLANTADA" ESCUTA NA CASA DE JANOT

O arrombamento da casa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgado ontem no site DiáriodoPoder.com.br, pode ter sido obra de espiões para "plantar" escutas ambientais ilegais. A suspeita surgiu após a constatação de que os invasores nada levaram, nem mesmo uma pistola do dono da casa, com três pentes de bala. Apenas foi levado, estranhamente, o controle remoto do portão da garagem.

Tempo suficiente
O arrombamento foi há um mês. Janot estava com a filha na Disney. A invasão durou 8 minutos, suficientes para ocultar micro escutas.

Arapongagem
No começo, o procurador atribuiu o arrombamento a bandidos comuns, mas agora há a suspeita de ação ligada a investigados da Lava Jato.

Agentes privados
Suspeita-se que tanto as supostas ameaças quanto a invasão da casa de Janot são obra de "agentes privados" interessados na investigação.

Novo patamar
Rodrigo Janot foi desaconselhado a usar aviões de carreira, e ontem, já sob forte proteção, viajou ara Minas em um jatinho da FAB.

MULTA POR BLOQUEIO PODE SER APLICÁVEL AO MST
O Ministério da Justiça abre a possibilidade de ser estendido a outros casos de obstrução de rodovias, como aqueles patrocinados pelo MST e entidades do gênero, as pesadas multas de até R$ 10 mil aplicadas por hora nos caminhoneiros que há dias protestam contra o governo. O ministério lembra, no entanto, que o caso dos motoristas de caminhão é específico e que a multa aplicada decorre de decisões judiciais.

Leis existem
A legislação penal e o código de trânsito preveem outras punições que podem ser aplicadas pela polícia, em caso de obstrução de estradas.

Nem me fale
Dilma continua reagindo com irritação sempre que alguém menciona o desejo do ex-deputado Henrique Eduardo Alves de virar ministro.

Santo Eduardo
O presidente da câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fascina tanto os políticos de Brasília que os fez esquecer, digamos, sua folha corrida.

Só na primeira instância
O assédio para que Joaquim Barbosa assumisse a defesa de empreiteiros rolados no roubo à Petrobras, não ignorava a quarentena a que ele está submetido, sem poder atuar junto do Supremo Tribunal Federal. Eles o queriam atuando em juizados de primeira instância.

Reforma no Senado
Enquanto a reforma politica não vem, outra ampla e movimentada reforma começou, nesta sexta, no gabinete de Renan Calheiros na presidência do Senado: a de móveis, cadeiras, portas e armários.

Pisou na bola
Deve se complicar na Lava Jato a situação do deputado Paulinho da Força (SD-SP), após ter sido arrolado como testemunha de defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e coordenador do esquema.

Fatura
O Palácio do Planalto pressiona líderes aliados para aprovação das medidas provisórias 664 e 665, que alteram benefícios previdenciários. Quer que os textos sejam aprovados sem alteração.

Ministros a postos
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-SP), garantiu que todos os ministros vão comparecer à Casa para dar explicações nas audiências provocadas pelo presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Só encrenca
A cúpula do PMDB não gostou de saber que Leonardo Picciani (RJ) teria feito acordo para apoiar Leonardo Quintão (MG) à sua sucessão na liderança, em 2016. O mineiro é malvisto no Planalto.

Cara Autoridade
O general Fernando Azevedo e Silva, presidente da Autoridade Pública Olímpica, subjugada à Presidência, recebe por mês pouco mais de R$ 21 mil. Mas nos meses de dezembro ganha mais de R$ 36 mil.

Consumidor que se dane
A Claro enxuga pessoal e não avisa: após 22h, cliente que pede socorro só ouve musiquinha irritante para qualquer serviço digitado. Já o Credicard nem atende mais depois desse horário.

Olho que tudo vê
Quem digitar no Google "o maior mentiroso do mundo" vê Lula no topo dos resultados. E a busca por "olho baixo" aponta Nestor Cerveró.
Herculano
28/02/2015 05:47
NÃO TEM JEITO. QUANTO MAIS SE INVESTIGA, PIOR FICA. PROCURADORES ACHAM NOVAS PROVAS CONTRA EMPREITEIRAS

Consultor preso em Curitiba recebeu R$ 40 milhões de empresas sob suspeita. Andrade Gutierrez, UTC e Odebrecht usaram consultoria para pagar propina, diz Ministério Público, por Flávio Ferreira, enviado especial e Estelita Hass Carazzai, de Curitiba, em colaboração com Mário César Carvalho e Paula Reverbel, de São Paulo para o jornal Folha de S.Paulo.

Documentos encontrados pela Polícia Federal na casa e nos escritórios do empresário Mario Goes, preso em Curitiba e apontado como operador do esquema de corrupção na Petrobras, oferecem novos indícios de que empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato pagaram propina para fazer negócios na estatal.

Contratos e notas fiscais emitidas por Goes mostram que ele recebeu R$ 39,6 milhões de seis empresas e consórcios dos quais elas participam, incluindo as construtoras Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht e UTC. Os pagamentos foram feitos de 2006 a 2014.

Os documentos são os primeiros apontados pelo Ministério Público como evidência de que a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, duas das maiores empreiteiras do país, também participaram do esquema de corrupção. As duas negam ter pago propina para obter contratos na Petrobras.

Outras empresas que fizeram negócios com Mario Goes, como a Mendes Júnior, a OAS e a UTC, já são alvo de ações judiciais propostas pelo Ministério Público Federal.

Segundo os procuradores, duas empresas de Goes, a Riomarine Oil e Gas e a Mago Consultoria, firmaram contratos fictícios de serviços de consultoria para justificar os pagamentos feitos pelas empreiteiras. Para o Ministério Público, os pagamentos são propina destinada a políticos e funcionários da Petrobras.

O nome de Goes veio à tona nas investigações depois de ser mencionado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que fez acordo para colaborar com as investigações e afirmou ter recebido US$ 97 milhões em propina, incluindo US$ 7,5 milhões repassados pelo próprio Goes.

Segundo Barusco, o consultor foi o principal responsável pelo repasse de recursos destinados pelo esquema a ele e ao ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque, ligado ao PT.

Goes teve pelo menos dois contratos com a empreiteira Andrade Gutierrez, assinados com a Riomarine em maio de 2007 e maio de 2008, com valores de R$ 875 mil e R$ 4,4 milhões, respectivamente.

Ambos registram como finalidade a "prestação de serviços de consultoria técnica e comercial especializada relativa à indústria de Petróleo e Gás Natural". A PF encontrou 31 notas fiscais emitidas pela Riomarine em favor da Andrade Gutierrez, no valor total de R$ 5,3 milhões. Algumas dessas notas são sequenciais, o que levantou suspeitas de que são fraudulentas.

A Riomarine também firmou contrato com o consórcio PRA-1 Móodulos, formado pelas construtoras UTC e Odebrecht, no valor de R$ 1,6 milhão. Com data de 1º de julho de 2004, o documento, encontrado pelos policiais, também aponta a prestação de "serviços de consultoria técnica e comercial especializada relativa à indústria de Petróleo e Gás Natural".

A UTC, por sua vez, firmou outros cinco contratos com a Riomarine, em 2005 e 2013, no valor total de R$ 7,2 milhões. As notas fiscais emitidas em favor da empresa somam R$ 9,7 milhões, incluindo pagamentos feitos em julho e setembro de 2014, quando as investigações da Lava Jato estavam em andamento.

Notas em nome da OAS somam R$ 10,2 milhões. Um consórcio em que a Mendes Júnior é sócia da MPE e da Setal firmou dois contratos com a Riomarine, em 2007 e 2010, no valor total de R$ 4 milhões. As notas fiscais encontradas em nome do consórcio somam R$ 5,13 milhões.

Em petição à Justiça Federal, o Ministério Público diz que as evidências indicam, "de forma contundente", que Goes utilizava a empresa Riomarine para viabilizar o repasse de propina: "Nenhuma das provas obtidas no curso da Lava Jato indicam a possibilidade de que a Riomarine efetivamente desempenhe ou mesmo tenha capacidade para desempenhar os serviços de consultoria e assessoria".
Herculano
28/02/2015 05:41
DOSE ERRADA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Pecando pelo exagero, medidas anunciadas pela equipe econômica estrangulam ainda mais empresários e trabalhadores

A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou mais contenções de despesas e aumentos de impostos para mostrar que o governo cumprirá a meta de redução de seu deficit, sejam quais forem os meios necessários.

O caráter vago e brutal da sucessão de medidas causa, porém, insegurança que pode ter efeitos contraproducentes, um abalo adicional na já escassa confiança de empresários e consumidores.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento pretenderam atenuar dúvidas crescentes sobre a viabilidade do ajuste nas contas públicas e, assim, evitar o aumento do descrédito das finanças federais e mais degradação econômica.

Mas não há estimativa realista de receita e despesa que oriente os cortes de gastos e aumentos de impostos. É por demais escassa a informação disponível para debater a dosagem do ajuste e dos meios mais eficientes e justos de implementá-lo. É incerta a distribuição de sacrifícios pela sociedade.

Compreende-se que a equipe econômica esteja sobrecarregada. Ainda tenta dar conta das despesas deixadas pelo primeiro governo Dilma. Não sabe quão frustrante será a arrecadação deste ano.

Vislumbra, além disso, as dificuldades políticas de aprovar as medidas de arrocho no Congresso e, agora, dentro do próprio governo, pois o ministério da Fazenda decretou limitação draconiana, talvez inédita, de despesas.

A equipe econômica ainda terá de lidar com a oposição de diversos setores sociais às medidas de ajuste. Entre as mais controversas, haverá corte de certos benefícios trabalhistas e será cancelada ao menos metade das desonerações da folha de pagamento concedidas a empresas, o que terá efeitos negativos no emprego e nos preços.

Ministrado nas doses exageradas ora propostas, o remédio adotado pelo governo estrangulará ainda mais o setor produtivo do país, com consequências que se farão sentir pelo conjunto da sociedade --um típico caso em que se mata o doente para curar a doença.

Fazenda e Planejamento precisam ser mais transparentes, de modo a permitir soluções pactuadas, mais eficientes e socialmente justas. Foi por obscurecer a real situação das contas públicas que Dilma Rousseff, em seu primeiro mandato, conduziu o país à lamentável situação que enfrenta agora.

Não será possível corrigir um erro - a ruína das contas públicas - insistindo em outros. A imprevisibilidade e a insegurança criada pelos decretos fiscais podem produzir efeitos daninhos nos ânimos econômicos, suscitar demasiado conflito social e político e até minar a confiança em um programa que parece promissor.
Herculano
27/02/2015 22:39
DILMA, A ENERGIA E O VENTO: ELA NÃO APRENDE NADA NEM ESQUECE NADA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

No dia em que se anuncia um reajuste médio na energia de 23,4% - 60% em um ano -, a presidente Dilma afirmou, durante a inauguração do Parque Eólico de Geribatu, que o aumento da tarifa é necessário, mas passageiro. E - ela nem aprende nada nem esquece nada - aproveitou para atacar o? governo FHC.

Afirmou:
"Quando a água falta no Brasil, e todo mundo tem que saber disso, aumenta o preço da energia sim, porque você passa a pagar por aquilo que não pagava, que é a água e o vento. Qualquer outra forma de energia tem que pagar. Ela funciona como uma espécie de reserva, que você só vai usar quando precisar. Nós estamos precisando. Então, eu quero explicar a vocês que os aumentos de preços da energia são passageiros. Eles estão em função do fato de que o país enfrenta a maior falta de água dos últimos cem anos. Isso não significa que nós vamos ter qualquer problema sério ou mais sério na área de energia elétrica. Não iremos ter porque temos todo um sistema de segurança. Mas isso também não significa que vamos sair por aí jogando energia pela janela e não consumindo de forma racional".

Ah, bom! Ao menos a governanta assumiu que pode haver alguns probleminhas, né? Fez alusão ao racionamento de 2001, afirmando que, naquele caso, faltavam redes de transmissão. É verdade. Hoje, falta é energia mesmo. Dilma prefere ignorar que, quando veio o apagão de 2001, o país vinha de um crescimento de 4,2% em 2000. Mesmo com o apagão, cresceu 1,4% em 2001 e 2,7% em 2002, ano em que o PSDB perdeu a eleição. Se a economia brasileira estivesse crescendo 1,4% hoje, a energia já teria ido para o pau.

Dilma afirmou ainda que o país enfrenta a pior seca em 100 anos. Na campanha eleitoral de há quatro meses, ela afirmou que o PSDB atribuir a crise hídrica em São Paulo à falta de chuva era conversa mole. Segundo a soberana, o que falta a seus adversários era planejamento.

De resto, não vamos nos esquecer jamais de sua aparição na TV no dia 6 de setembro de 2012, quando disse coisas como esta:

"Na próxima terça-feira (?) vou ter o prazer de anunciar a mais forte redução de que se tem notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica das indústrias e dos consumidores domésticos. A medida vai entrar em vigor no início de 2013. A partir daí todos os consumidores terão sua tarifa de energia elétrica reduzida, ou seja, sua conta de luz vai ficar mais barata. Os consumidores residenciais terão uma redução média de 16,2%. A redução para o setor produtivo vai chegar a 28%, porque neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta tensão. Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo. Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços para o consumidor brasileiro como para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país. A redução da tarifa de energia elétrica vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em dificuldades, evitando as demissões de empregados."
Carlos Eduardo da Costa
27/02/2015 22:37
GREVE DOS CAMINHONEIROS.

Vou tentar explicar.

Existe um leve equilibro entre a oferta e procura do transporte brasileiro. Por séculos nosso transporte foi patrocinado por interesses econômicos, para que tudo fosse transportado através de caminhões.

Isso vem deste a época de nosso presidente Juscelino, quando o Brasil foi aberto para o mundo. De la para cá, as estrada de ferro foram jogas fora, para dar lugar ao asfalto. Aqui se vendiam caminhões, pneus, asfalto, lubrificantes, e muito mais.

Não era a forma correta de transportar nossa produção, mas o Brasil consegui se adequar a esse método, e foi assim até o PT TOMAR DE ASSALTO NOSSO PAÍS.

Com a entrada de Lula em nosso governo, o pais passou por uma fase revolucionária. Cada brasileiro podia ter seu carro. Cada motorista de caminhão podia ter seu próprio caminhão. Pois o governo dava crédito parcelado através do BNDES e Banco do Brasil com taxa de juros muito baixas. Com isso o governo aumentou sua arrecadação de imposto sobre a venda de veículos que só aumentava, arrecadou mais dinheiro com o IOF, que é cobrado pelo financiamento desse veículos.

Mas não investiu nas estradas, nas rodovias, onde esse veículos iriam passar.

QUANTAS RODOVIAS FORAM ABERTAS EM GASPAR NESSE ÚLTIMOS?ANOS?

Voltando, a greve dos caminhoneiros.

Antes o governo disse assim: Comprem caminhões pois o juros está baixo; troce seu caminhão velho por um novo e parcele em até 60 x.

Mas existe um equilibio entre a oferta e a procura.

O Brasil de hoje tem POUCA CARGA, para muito caminhão, ou seja, muita oferta para pouca procura. Com isso o preço do frete cai, vai lá em baixo, quase não paga o custo do caminhão. Porem o motorista é obrigado a aceitar o valor do frete, pois ele tem a prestação do caminhão para pagar e outras contas como pneu, troca de óleo, manutenção, IPVA (disso o governo gosta).

Esse caminhões que estão parados nas rodovias, estão ganhando mais dinheiro, do que se estivessem rodando. Isso mesmo eles ganhão mais parados (pois não tem despesas) do que se tivessem rodando.

O governo incentivou a compra de caminhões, pensando apenas no imposto que iria arrecadar (ou desviar), mas não pensou em uma politica de preços para o Diesel, uma politica de preços para os pedágios, uma politica para o FRETE MINIMO, para o descanso dos caminhoneiros, em nada disso o governo pensou.

15/03 - TODOS NA RUA. - VIVA A BANDEIRA DO BRASIL
Coloque a Bandeira Nacional em Sua Casa, Coloque um Pano Branco na Frente de Sua Casa, do seu comércio.

Saia de Casa. Vá em parque publico, vá na praça. Divirta-se...

Viva nosso País, pois apesar de tudo, ele ainda é seu, e tome conta daquilo que é seu.

EU AMO MEU BRASIL. (Só odeio os políticos)
Luis Cesar Hening
27/02/2015 22:29
Pois é, o prefeito de Gaspar estará no dia 18 de março, aniversário do município inaugurando muitas obras, legal não faz mais que a obrigação, agora qual delas esta regular? pois bem a policlínica, que de policlínica pouca coisa tem, vai ser inaugurada irregular, e pasmem, alem de irregular só o prédio que custou uma verdadeira fortuna, muito mais que o que vale, é que é novo, os moveis, como não se tem recursos vai ser os velhos do posto de saúde. portanto uma vergonha, a população gasparense merecia algo melhor e mais seguro, pois se nem alvara do bombeiro tem. esta mais do que na hora do Ministério público fazer sua parte, e a Câmara de Vereadores também, pois existe uma lei que , se uma obra não estiver concluída , não poderá ser inaugurada. Pois bem, para a obra estar concluída, tem que ter todas as licenças, o que as obras inauguradas dia 18 de março não tem
Herculano
27/02/2015 22:09
SIM. NÓS TEMOS UM CALIFADO E QUE DEGOLA O DIÁLOGO E A CONSTITUIÇÃO, EXATAMENTE POR FALTA DE UMA LEI QUE LIDA COM O TERRORISMO. LULA DIZ QUE É HORA DO PT COMBATER OS ADVERSÁRIOS COM O EXÉRCITO DO MST. SE FOI PARA PROVOCAR O ÚNICO EXÉRCITO QUE TEMOS NO PAÍS, CONSEGUIU. ESTA É A NOTA DO CLUBE MILITAR E ISTO NÃO É BOM PARA NINGUÉM

O BRASIL SÓ TEM UM EXÉRCITO: O DE CAXIAS!

Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o "direito" da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de "Fora Dilma".

Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: " ..também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas". Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.

O que há mais por trás disso?

Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?

Algum recado?

O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.
Herculano
27/02/2015 22:01
A MANCHETE DE UM DESGOVERNO. QUEM PAGA? NÓS E PRINCIPALMENTE OS MAIS POBRES DE QUEM O PT PREFERENCIALMENTE ENGANA E OBTÉM VOTOS

Agência reguladora aprova novas taxas, e conta de luz vai subir 23,4% em média no país. Haverá alta para 58 distribuidoras de eletricidade do país
Herculano
27/02/2015 21:58
O MINISTRO DA FAZENDA DE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, DIZ QUE ELA FOI IRRESPONSÁVEL NOS PRIMEIROS QUATRO ANOS. ASSIM, NA LATA. COMO NEGAR?

"Você aplicou um negócio que era muito grosseiro. Essa brincadeira nos custa R$ 25 bilhões por ano, e estudos mostram que ela não tem criado nem protegido empregos". O ministro diz que o governo gasta R$ 100 mil para manter cada emprego e que isso "não vale a pena". E emenda: "É por isso que a gente está reduzindo, pela relativa ineficiência dela [dessa política]. Ela não tem alcançado os objetivos para que foi desenhada. É saber ajustar quando uma coisa não está dando resultado. A intenção era boa, a execução foi a melhor possível, mas temos de pegar as coisas que são menos eficientes e reduzir".

Quem disse isto hoje? Joaquim Levi.
Carlos Eduardo da Costa
27/02/2015 21:40
Simples: Marco Antonio Villa

"Ou o Brasil Acaba com o PT, ou o PT acaba com o Brasil"

Fora Politico de Carreira.

Fora 39 ministérios.

Fora 35 partidos políticos.

Fora Secretarias Regionais.

Fora Hipocrisia Politica.

Fora os Sindicatos Corruptos.

Fora Reeleição.

Viva a Iniciativa Privada.

Viva a Desburrocratização.

Viva a Privatização.

Viva ao Simples Mandato Politico (4 anos basta).

Viva a Meritocracia para o Funcionário Publico.

Viva o BRASIL!!!!

15/03 - TODOS NA RUA. - VIVA A BANDEIRA DO BRASIL
Coloque a Bandeira Nacional em Sua Casa, Coloque um Pano Branco na Frente de Sua Casa, do seu comércio.

Saia de Casa. Vá em parque publico, vá na praça. Divirta-se...

Viva nosso País, pois apesar de tudo, ele ainda é seu, e tome conta daquilo que é seu.

EU AMO MEU BRASIL. (Só odeio os políticos)
Herculano
27/02/2015 21:07
ANTES DE JUNTAR-SE À FRENTE PRÓ-LADROAGEM CHEFIADA POR LULA, O VETERANO DA GUERRA FRIA APOIOU O PARAGUAI NA BATALHA DE ITAIPU, por Augusto Nunes

Lula não foi o primeiro revolucionário bolivariano a enxergar em João Pedro Stédile a sumidade militar capaz de induzir um Winston Churchill à rendição sem luta com meia dúzia de rosnados (e um olhar feroz durante a pausa entre a ameaça medonha e o ultimato). Sete anos antes da beligerância de picadeiro na ABI, também o presidente paraguaio Fernando Lugo vislumbrou por trás do bando aquartelado em barracas de lona preta uma força combatente de meter medo no mais temerário marine americano.

Em janeiro de 2009, o bispo que virou reprodutor de batina escapou por pouco de cair no conto do marechal dos campos. Ainda em êxtase com a chegada ao poder do companheiro Lugo, ocorrida quatro meses antes, e já excitado com os festejos pelo 25º aniversário do MST, programados para quatro meses depois, Stédile lembrou que em dezembro o início da Guerra do Paraguai completaria 145 anos. É muita coincidência para ser apenas muita coincidência, desconfiou o veterano da Guerra Fria.

E se fosse uma mensagem psicografada por Stalin, avisando que um ano daqueles merecia muito mais que as selvagerias de rotina?, intrigou-se. A dúvida acabou parindo a ideia de acrescentar às invasões de fazendas produtivas e aos ataques a laboratórios de pesquisas agrícolas o retumbante recomeço da guerra que se estendeu de 1864 a 1870 - com a novidade que mudaria o desfecho do confronto: desta vez, a Tríplice Aliança não enfrentaria uma nação sem parceiros.

Na maior revanche do terceiro milênio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai teriam de enfrentar o exército que, no tiroteio retórico que agitou o saloon da ABI, coube em três falácias agrupadas pelo palanque ambulante. "Quero paz e democracia", mentiu Lula. "Mas também sabemos brigar", reincidiu na bazófia. "Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas", sucumbiu ao delírio.

Convém esperar sentado pela tropa pronta para matar e morrer se assim ordenar o camponês de araque que, como constata o post reproduzido na seção Vale Reprise, só conhece foice de bandeira e imagina que pá é coisa que dá em parreira. Já na segunda semana de 2009, ainda tentando descobrir a diferença entre gatilho e culatra, Stédile comunicou a Lugo que era iminente a execução de duas operações concebidas para inaugurar a troca de chumbo: a tomada das instalações da hidrelétrica de Itaipue e a expulsão dos agricultores brasileiros que vivem e trabalham no Paraguai.

"Nada é mais nacionalista do que defender a soberania de um povo sobre os seus recursos naturais", explicou o comandante. "Defendemos a soberania de todos os países. Somos contra o imperialismo dos Estados Unidos sobre o Brasil e do Brasil sobre qualquer país da América do Sul". No século 19, o exército imperial precisou aliar-se a dois vizinhos e lutar durante cinco anos para derrotar um solitário Solano Lopes. Conseguiria a República sobreviver à ofensiva conjunta de paraguaios com trabuco e brasileiros sem terra?

Nunca se saberá. As divisões de Stédile preferiram o sossego das barracas aos perigos e carências das trincheiras que, além do mais, estão fora do circuito abrangido por cestas básicas e mesadas que o governo distribui graças ao dinheiro extorquido dos pagadores de impostos. Nem por isso o marechal perdeu a pose, informa o besteirol protagonizado na ABI pela Frente Pró-Ladroagem. Ele não foi à luta nem mesmo quando Lugo foi liberado pelo impeachment para conviver com a filharada. Mas promete colocar a turma nas ruas se a Polícia Federal e o Judiciário insistirem em cumprir a lei.

Até agora, as organizações criminosas a serviço do lulopetismo contavam com as milícias comandadas por José Dirceu, que só conseguem matar de rir. As tropas do MST são mais perigosas - para os recrutas que as compõem. Se tentar transformar em armas os facões e foices jamais usados em colheitas e semeaduras, o exército de Stédile vai exibir, depois de uma semana de adestramento, a maior multidão de mutilados de guerra vista neste mundo desde o primeiro confronto entre tribos das cavernas.
sidnei luis reinert
27/02/2015 19:09
Mito mentiroso do MST



Um investidor do mercado financeiro soltou ontem para suas listas o que chama de cálculo para desmistificar a força do MST - invocada pelo Comandante Lula em seu recente discurso de guerra:

"Afinal, qual é a ?força? do ?exército? de Stédile? Quantos homens ele teria? Temos noção do tamanho do movimento MST? Só de curiosidade. Vamos logo acabar com esse mito petista! Essa intimidação barata do Lula! Cerca de 350 mil famílias, do site do MST. Pegando metade disso para apenas os homens e metade disso novamente para eliminar velhos e crianças...Talvez aí uns 90mil ?combatentes?? Não é um exército, mas chega a ser uma bela milícia. Suficiente para recriar o caos da Venezuela. Cuba, Venezuela e Rússia fornecendo as armas".
sidnei luis reinert
27/02/2015 19:07
Golpe na Lava Jato: Tática é culpar dirigentes de empreiteiras, para poupar políticos que chefiavam roubos


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O desgoverno Dilma Rousseff fechou uma tática padrão para impedir que os processos da Operação Lava Jato atinjam o núcleo da organização política criminosa que, efetivamente, usou o esquema de corrupção com as empreiteiras, na Petrobras e outras estatais ainda não reveladas, para financiar um projeto espúrio de perpetuação no poder.

A ordem que vem sendo transmitida, a partir do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, a advogados de empreiteiras é que seus dirigentes não celebrem, de jeito nenhum, acordos de "colaboração premiada" com o Ministério Público e a Justiça Federal. Em contrapartida, as empresas acusadas serão aliviadas nos futuros acordos de leniência a serem firmados entre a administração pública e as pessoas jurídicas que se admitirem "infratoras".

Essa é a Piada Expressa descaradamente montada para secar a fonte de terror político da Lava Jato. O mafioso esquema de politicagem tupiniquim prepara mais uma dose cavalar de impunidade, fazendo toda a roubalheira ter compensado, com a riqueza inexplicável e injustificável de políticos corruptos que vão se perpetuando no poder. E pode contar com o apoio do PMDB - partido eternamente governista.

Se depender do desgoverno e seus comparsas, as punições da Lava Jato vão se limitar às condenações que devem ser impostas, com mão de ferro, pelo juiz Sérgio Fernando Moro, na 13a Vara Federal de Curitiba. Tudo que for julgável na segunda turma do Superior Tribunal Federal ou no âmbito do Superior Tribunal de Justiça vai gerar uma impunidade pelo longo e previsível trâmite. Veremos um repeteco do Mensalão, no qual a maioria esmagadora dos políticos está tecnicamente solta, no regime de "prisão domiciliar" para brasileiro ver. Os golpes (supremo ou superior) na Lava Jato são previsíveis, e já estão programados. Os honestos e éticos que morram de tanto chorar...

A mais recente piada produzida pelos nazicomunopetralhas de Bruzundanga é a suposta ameaça de morte contra o Procurador-Geral de Justiça, Rodrigo Janot. Realmente, tal "ameaça" é de matar de rir. Mais engraçado é que se divulgou que Janot foi informado da ameaça em uma reunião sigilosa com o ministro da Justiça, aquele mesmo José Eduardo Cardozo que, também para nos assassinar de rir, promoveu reuniões, nada sigilosas, com advogados de empreiteiros. Fica no ar a constatação de que o blindadíssimo Chefão Lula, antes de soltar o exército do Stédile contra nós, resolveu comandar um invencível exército de humoristas para transformar a versão jornalística dos fatos em uma piada totalmente sem graça - e desgraçada. O Palhasso do Planalto é canalha por 13 x 13!



A piada foi tão cavalar que nem jumento consegue rir dela. A máquina de desinformação nazicomunopetralha teve a coragem jogar no ar a piada de que Cardozo se reuniu com Janot, fora da agenda prevista, para uma reunião em que o Procurador-Geral convidou o Ministro da Justiça " para discutir um projeto de lei que cria um órgão para facilitar o combate à corrupção, com a participação do Executivo". Para nos matar de vez de tanto rir, ainda fomos obrigados a ouvir o Cardozo encenar um argumento que ficaria justo e perfeito na boca do Imortal Mussum: "Isso se encaixa exatamente com a orientação da presidente Dilma Rousseff".

A Piada está pronta no País da Piada Pronta (royalties para o José Simão). Não importa mais que político Janot vai denunciar. O desgoverno e sua tropa de choque do PMDB mantém o casamento de fachada e vão trabalhar pela contenção máxima dos efeitos colaterais. A tática defensiva já está manjadíssima, e só cai nela quem for otário: joga-se toda a culpa nos dirigentes das empreiteiras, aplicam-se multas, mantêm-se os negócios, refundam-se construtoras e, acima de tudo, poupam-se os verdadeiros responsáveis pelo projeto que usava e abusava da corrupção institucionalizada para financiar um projeto político de perpetuação no poder, ao mesmo tempo em que enriquece, ilicitamente, políticos, seus familiares e "laranjas" que a impunidade sistêmica no Brasil impede de serem alcançados pelo bracinho esquálido do judiciário tupiniquim.



A reunião do poderoso Eduardo Cunha com um diretor da Odebrecht no Hotel George V, em Paris, durante o carnaval, divulgada ontem com exclusividade pelo Alerta Total, é um sinal de que o desgoverno, a base aliada e suas principais fontes de financiamento estão se acertando direitinho para evitar qualquer "juízo final". Eles fingem que se matam, teatralizam que se odeiam, de vez em quando promovem traições entre si, mas, no final das contas, sempre mamam na mesma teta de ouro: a da vaca gorda estatal capimunista.

Assim, a previsão mais concreta é: Dilma Rousseff só cai se morrer ou pedir para sair (o que não fará, porque seu chefão Lula não deixará). Lula, idem, continuará blindado como sempre, rindo da cara de todos... Este quadro crítico só se altera por acidente histórico. A ironia é que Lula, o grande líder que sabia de tudo do Petrolão, do Mensalão e de outros "ões", já é um prisioneiro dele mesmo. Um mito em decadência e desconstrução que "desmoraliza a honradez" (roubemos a expressão que o imortal Millôr Fernandes atribuiu ao José Sarney).

PT, saudações! Abram alas para o eterno carnaval do Palhasso do Planalto. O crime compensa e nós, os otários cidadãos-eleitores-contribuintes, como sempre, vamos arcar com a conta da sacanagem contra uma Nação sem vergonha.

Repita-se por 13 x 13: se não mudarmos nosso modelo estatal, político e tributário, apenas para começar realmente as transformações, rumo a um verdadeiro aprimoramento institucional, tudo continuará do mesmo jeito no Brasil da Impunidade e da Roubalheira!
Peregrino Percival Pereira PPP
27/02/2015 18:25
O sr Adilson criou o Samusa, largou nas costas da autarquia a responsabilidade do lixo, onde o reciclavel de R$ 12.000 mes passou para R$ 26 000 mes, um problema serio hoje e deficitario segundo alguns. E o esgoto? No refere ao esgoto o que o Adilson e Zuchi fizeram? Criem vergonha na cara voces dois. Ah ta o Adilson calçou 17 rua e Zuchi 32 um compro o terreno da ponte e outro nao consegue acabar. Gaspar merece gente seria e competente no poder e estamos longe disto acontecer. Sai fora Lovidio, Brick e o encabidado Klber Wandalen. 3 incompetentes.
Herculano
27/02/2015 16:33
GREVE DOS CAMIONEIROS AFETOU A PRODUÇÃO, ESTOQUE E A LOGÍSTICA DOS FRIGORÍFICOS

A informação é de Moacir Pereira. O presidente da Aurora, Mário Lanznaster, revelou durante a reunião mensal da Fiesc que todos os frigoríficos da maior cooperativa de Santa Catarina estão parados, sem nenhuma atividade, em função da greve dos caminhoneiros. A situação é crítica e aproxima-se da calamidade.

Somente a Aurora tem hoje 30 milhões de aves entre os cooperativados no meio rural, sem condições de abate. Há, além disso, 1 milhão de suínos na mesma situação.

Mário Lanznaster fez outra advertência grave sobre os problemas inéditos vividos hoje no Oeste: os riscos de perda da sanidade animal.
Herculano
27/02/2015 16:27
O BRASIL ESTÁ EM ATOLEIRO DIZ A BRITÃNICA "THE ECONOMIST" EM MANCHETE DE CAPA. VERGONHA PARA TODOS NÓS. O GOVERNO DIZ QUE ISTO É COISA DO IMPERIALISMO QUE QUER DESTRUIR O PAÍS.

Para a revista, "a economia do Brasil está em uma bagunça, com problemas muito maiores do que o governo admite ou investidores parecem perceber"

O conteúdo é do jornal O Globo. A revista The Economist traz novamente esta semana uma capa sobre o Brasil. Na edição latino-americana que chega às bancas, uma passista de escola de samba está em um pântano coberta de gosma verde com o título "O atoleiro do Brasil". Em editorial, a revista diz que a primeira estrela da América Latina "está na maior bagunça desde o começo dos anos 1990".

O país já tinha sido capa da revista em 2009, com a imagem do Cristo Redentor decolando. Quatro anos depois, o mesmo Cristo aparecia em queda livre. No ano passado, a Economist defendeu a eleição de Aécio Neves.

A capa da edição da Economist para o restante do mundo não tem o país como tema principal e dá destaque a outro assunto: o avanço dos telefones celulares.

A Economist diz em editorial que, durante a campanha à reeleição, Dilma Rousseff descreveu a situação do país como positiva, afirmando que o pleno emprego, o aumento dos salários e benefícios sociais estavam ameaçados apenas pelos planos neoliberais de seus opositores. "Após dois meses no cargo, os brasileiros estão percebendo que o que lhes foi vendido era um falso prospecto", diz a revista.

O texto diz que "a economia do Brasil está numa bagunça, com problemas bem maiores do que o governo admite ou que os investidores parecem perceber". Entre os problemas estão a economia estagnada, a inflação, a diminuição dos investimentos, o escândalo de corrupção da Petrobras que teve como efeito colateral a paralisação de empreiteiras, e a desvalorização do real. A revista também cita a queda de popularidade da presidente.

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"Escapar desse atoleiro seria difícil mesmo para uma grande liderança política. Dilma, no entanto, é fraca. Ela ganhou a eleição por pequena margem e sua base política está se desintegrando", diz a revista.

A Economist afirma que boa parte dos problemas brasileiros foram gerados pelo próprio governo que adotou uma estratégia de "capitalismo de Estado" no primeiro mandato. Isso gerou fracos resultados nas contas públicas e minou a política industrial e a competitividade, diz o editorial.

Por outro lado, a publicação parece ter gostado da nomeação de Levy para a Fazenda. "Para dar o devido crédito, a sra. Rousseff pelo menos reconheceu que o Brasil precisa de políticas mais favoráveis aos negócios se quiser manter seu grau de investimento e voltar a crescer. Esse entendimento é personificado pelo novo ministro da Fazenda,Joaquim Levy, um economista de Chicago e banqueiro e um um dos poucos economistas liberais do país".

As reformas anunciadas por Levy, porém, enfrentam o risco de serem anuladas por uma recessão ou menor arrecadação. É o maior teste que o país enfrentam desde os anos 1990, afirma a Economist. "Se o Brasil tiver uma repetição dos protestos de 2013 contra a corrupção e serviços precários, a sra. Rousseff pode estar fadada ao fracasso".

Entre as medidas para que o Brasil retome o caminho do crescimento sustentado, a revista diz que "pode ser muito esperar uma reforma das arcaicas leis trabalhistas". "Mas ela deve pelo menos tentar simplificar os impostos e reduzir a burocracia sem sentido", diz o texto, ao citar que há sinais de que o Brasil pode se abrir mais ao comércio exterior.

O texto termina com a lembrança de que o Brasil não é o único dos BRICS que enfrenta problemas. "Mesmo com todos os seus problemas, o Brasil não está em uma confusão tão grande como a Rússia. O Brasil tem um grande e diversificado setor privado e instituições democráticas robustas. Mas seus problemas podem ir mais fundo do que muitos imaginam. O tempo para reagir é agora".
Herculano
27/02/2015 16:21
TODOS PERDERAM A VERGONHA NA CARA. DA PRISÃO POR SUSPEITA DE RECEBIMENTO DE PROPINA E JÁ SE TEM PLANOS PARA VOLTAR À CADEIRA DE PREFEITO

Salvo modificação da decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o prefeito de Lages, Elizeu Mattos, PMDB, afastado temporariamente por seis meses, reassume suas funções no próximo dia cinco de junho. foi isto que os mais próximo do prefeito afastado estão plantando na imprensa lageana.

"Essa decisão é passível de modificação, mas a princípio Elizeu está apto a reassumir a prefeitura assim que se encerre esse prazo. Essa foi resposta obtida pelo Portal dada por advogados que participam do processo instaurado na 3ª Câmara Criminal do TJ, na tarde de quinta-feira, quando acatou denúncia do Ministério Público de Santa Catarina".
Herculano
27/02/2015 16:16
UMA MANCHETE DA PREOCUPAÇÃO

Secretaria de Saúde confirma caso de dengue em Gaspar. A Secretaria de Saúde recebeu a confirmação de um caso de dengue em Gaspar de uma pessoa que veio contaminada de outro estado. O paciente já recebeu o tratamento adequado. Além disso, há outras duas pessoas suspeitas de terem a doença no município que estão sob investigação e três casos que foram descartados.

Um caso foi importado. Mas, os outros, se confirmados, não.
Herculano
27/02/2015 16:11
NO ESGOTO

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, ao ver a manchete do jornal Cruzeiro do Vale, e que mostra a preocupação do Ministério Público pela não implantação do saneamento básico na cidade.

"A única coisa que fizeram em seis anos foi mudar o nome de SAMUSA para SAMAE, pois ainda continua ligando o "ESGOTO" na rede de água pluvial?".

O Ministério Público ameaça cumprir o acordo e multa o município em R$500 reais por dia de atraso. O buraco vai ser grande.
Miguel José Teixeira
27/02/2015 14:07
Herculano,

"os petistas também sabem brigar sobretudo quando o (João Pedro) Stédile (líder do MST) colocar o exército dele nas ruas". . .

Esta não podemos deixar passar em branco, pois, talvez, muitos dos leitores do seu blog e do CV, não tiveram acesso:

O Clube Militar publicou em seu site nota em que critica duramente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por seu discurso durante ato em defesa da Petrobrás, na terça-feira, 24, no Rio.

O texto chama Lula de "agitador" e o acusa de incitar a discórdia. "É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação", diz a nota.

A associação, composta por oficiais da reserva, se queixa da fala do ex-presidente, quando disse que os petistas também sabem brigar "sobretudo quando o (João Pedro) Stédile (líder do MST) colocar o exército dele nas ruas". A declaração foi feita durante discurso a militantes que participavam do ato, cujo objetivo era defender a estatal em razão dos desgastes provocados pelas investigações de irregularidades. Stédile era um dos presentes no ato.

A fala gerou resposta dos militares. "Neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas", afirma o texto, repudiando a declaração do ex-presidente.

O texto questiona ainda a real intenção da manifestação de Lula e sugere que o petista teme as investigações em curso na Operação Lava Jato. "O que há mais por trás disso? Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?".

Os petistas que protestaram no centro do Rio são criticados por mostrarem "despreparo com as lides democráticas" e acusados de reagirem fisicamente aos que gritavam 'fora, Dilma'. "Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o "direito" da crítica aos atos de governo".

Abaixo, a íntegra da nota:

"O Brasil só tem um Exército: o de Caxias!

Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o "direito" da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de "Fora Dilma".

Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: " ..também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas". Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.

O que há mais por trás disso?

Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?

Algum recado?

O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas." (AE)
Herculano
27/02/2015 09:28
PROCURADOR OMITE ENCONTROS COM VICE E MINISTRO DA JUSTIÇA

Às vésperas de ações contra políticos, Janot se reúne com Temer e Cardozo. Assunto foi segurança pessoal do chefe do Ministério Público, e não investigação sobre Petrobras, diz governo, por Vera Magalhães editora da Coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, em colaboração com Bruno Boghossian, da sucursal de Brasília

A poucos dias de apresentar a lista de políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, manteve nesta semana encontros reservados com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o vice-presidente da República, Michel Temer.

As duas reuniões não foram registradas em nenhuma agenda oficial.

Janot encontrou Cardozo na noite desta quarta-feira (25) e Temer na manhã de quinta-feira (26).

O procurador deverá apontar na próxima semana os nomes dos políticos que serão alvo de inquéritos. Deputados e senadores só podem ser investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal.

Principal interlocutor de Janot no governo, Cardozo teve nas últimas semanas encontros reservados com advogados de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. A Polícia Federal, responsável pelas investigações, é subordinada ao ministro.

Janot e Cardozo deram versões coincidentes para o seu encontro, revelado pela Folha, mas mudaram suas versões ao longo desta quinta.

Primeiramente, o procurador-geral disse que a reunião tinha sido para discutir a apresentação de um projeto de lei de iniciativa conjunta do Ministério Público Federal e do Ministério da Justiça.

Cerca de 20 minutos depois, Cardozo respondeu nos mesmos termos. "Estive discutindo com o procurador-geral medidas legislativas para encaminhamento ao Congresso em áreas de atribuição comum entre o Poder Executivo e o Ministério Público Federal", afirmou o ministro.

Por volta do meio-dia, foi divulgada nova versão, simultaneamente pelos dois lados. Cardozo teria avisado a Janot de que a área de inteligência do governo detectou um aumento do risco à segurança do procurador e sugeriu que ele reforçasse sua segurança.

A assessoria da Procuradoria-Geral da República informou que medidas para incrementar o aparato de segurança foram adotadas já nesta quinta, mas não as detalhou.

Cardozo não teria detalhado, na reunião, esses riscos, nem a quais órgãos de inteligência se referia, mas disse ao procurador que haveria "radicais se avolumando em vários segmentos", de acordo com relatos feitos à Folha.

A explicação para o encontro com Michel Temer, que é também presidente do PMDB, foi outra. A conversa ocorreu na residência oficial de Temer, o Palácio do Jaburu.

Segundo a assessoria da Procuradoria, Janot foi pedir a Temer a garantia de que os recursos para reajustes salariais no Ministério Público serão mantidos no Orçamento.

Ainda de acordo com assessores, Janot e Temer não trataram dos políticos que serão alvo da Operação Lava Jato. A expectativa é que o PMDB, partido do vice-presidente, tenha alguns de seus expoentes incluídos na lista.

A Comissão de Ética da Presidência da República pediu nesta semana a Cardozo explicações sobre os encontros que ele teve com advogados de empreiteiras. O ministro afirma que é seu dever receber os advogados e que só tratou da Operação Lava Jato em um desses encontros, que foi registrado em sua agenda.
Herculano
27/02/2015 09:04
DESENVOLTURA DE LULA TORNA DILMA SUBPRESIDENTE, por Josias de Souza

Nas últimas 72 horas, Lula substituiu Aécio Neves no papel de líder da oposição. Fez três aparições, uma no Rio e duas em Brasília. Em todas elas apontou para os calcanhares de vidro de Dilma Rousseff. Com isso, diminuiu um governo que já havia começado por baixo. E converteu a inquilina do Planalto numa espécie de subpresidente da República.

Numa noite, no Rio de Janeiro, Lula enfiou dentro de um discurso em "defesa" da Petrobras, uma crítica ao acanhamento de sua afilhada: "A Dilma tem de levantar a cabeça e dizer: 'Eu ganhei as eleições'.'' Na noite seguinte, em Brasília, queixou-se aos senadores do PT da incapacidade do governo de explicar à plateia os objetivos das medidas econômicas que enviou ao Congresso.

Na manhã subsequente, ainda na Capital federal, reclamou da desarticulação política do Planalto num café da manhã com as raposas do PMDB do Senado. E tomou as dores do vice-presidente Michel Temer, excluído por Dilma do grupo de conselheiros da República, o G6, hoje 100% feito de ministros do PT.

Os políticos governistas vêem a volta de Lula à Presidência da República com grande otimismo, como se as coisas finalmente retornassem ao seu devido lugar, ainda que temporariamente. Embora sem trono, o rei do petismo exerce o poder de fato no Brasil.

Em verdade, o trono é o último lugar em que Lula deseja ser visto. Como eminência parda, ele maneja os fios de sua marionete e usufrui de todos os privilégios que o poder propicia. Com a vantagem de não ter de dar expediente no Palácio do Planalto.

Admita-se, para efeito de raciocínio, que o objetivo de Lula fosse o de socorrer Dilma. Para ficar no mais óbvio, poderia reconhecer que foi ele, não a madame, quem loteou as diretorias da Petrobras, entregando-as a prepostos corruptos de partidos com fins lucrativos.

Ao silenciar as próprias culpas, o presidente acidental deixa a impressão de que opera freneticamente para ajudar a si mesmo, escondendo suas pegadas embaixo de um discurso em que os ataques à ex-supergerente se misturam a declarações de guerra à oposição elitista e estocadas na mídia golpista. São ingredientes que não ornam com um plano de resgate da pupila. Combinam mais com uma plataforma pessoal para 2018. Como se não bastasse criticar a criatura, o criador antecipa o debate sucessório.
Herculano
27/02/2015 09:00
A CPI DAS EMPREITEIRAS, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

O que esperar de investigadores bancados pelos investigados? Esse é o perfil dos deputados que comandarão a CPI da Petrobras, instalada nesta quinta-feira e condenada a apurar pouco, ou quase nada, sobre a corrupção na estatal.

O presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), teve 60% de sua campanha financiada pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht, ambas citadas no escândalo.

O relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), recebeu 40% de seus recursos das construtoras OAS, Queiroz Galvão, UTC e Toyo Setal. As três primeiras estão com executivos na cadeia. A quarta era dirigida por um réu confesso do esquema, que já prometeu devolver R$ 40 milhões desviados.

O conflito de interesses é evidente, mas os dois deputados dizem não ver nada de errado. Alegam que as doações foram registradas na Justiça Eleitoral, como determina a lei. O argumento foi endossado por integrantes da oposição, que também receberam ajuda das empreiteiras.

"Você não pode ser punido por aquilo que a lei prevê. A doação não é sinônimo de propina, de corrupção", disse Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Não é disso que se trata, e sim dos interesses por trás de deputados que deveriam investigar com independência. "Quem contrata a orquestra escolhe a música", resumiu Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos poucos a protestar contra a escalação da CPI.

A escolha de Luiz Sérgio ainda afronta o Código de Ética da Câmara, que proíbe os deputados de relatar assuntos "de interesse específico de pessoa física ou jurídica que tenha contribuído para o financiamento de sua campanha eleitoral".

A boa notícia é que o corpo mole dos políticos deve ser insuficiente para atrapalhar as investigações de verdade, conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.

Os deputados encenarão um teatro na CPI, mas terão que enfrentar a pressão das ruas no Conselho de Ética, por onde passarão os inevitáveis processos de cassação de mandatos.
Herculano
27/02/2015 08:57
COMO FUNCIONA. AFINADO, USADO OU INTERESSADO?

O que apareceu na terça-feira na pauta da Câmara de Gaspar? A Indicação 87/2015 do vereador Geovânio Borges, PSD, morador do bairro Bela Vista.

O que ela pedia? "a implantação de faixas elevadas na Rua Anfilóquio Nunes Pires, ponto de referência: entre o Paraíso dos Pôneis até o Residencial Bela Vista, no bairro Bela Vista".

O que apareceu na quarta-feira na imprensa, inclusive neste portal, o mais acessado e de maior credibilidade? "Durante esta terça-feira, dia 24, foram instaladas na rua Anfilóquio Nunes Pires, no bairro Bela Vista, três travessias elevadas". Elas foram feitas por empresas particulares com autorização da prefeitura e da Ditran.

E elas foram implantadas no que era o Paraíso dos Pôneis, e não para exatamente ajudar na travessia de pedestres, mas para facilitar a travessias de caminhões que vão aterrar àquela área e que finalmente vai servir para uso mais nobre.

1. Por que o vereador pede e não explica a razão do seu pedido? O vereador é o mesmo que queria que a empreiteira Ramos fizesse o serviço de drenagem do Bela Vista de graça das verbas que não chegaram das emendas do deputado Décio Neri de Lima.

2. Por que quando se comunica se implantou as lombadas físicas naquela área não se justificou a verdadeira razão da ação?
Herculano
27/02/2015 08:40
TOBOGÃ DO ZUCHI

Aquele viaduto que em dias de chuvas vira um piscinão, que não possui altura suficiente para passar determinados caminhões por debaixo dele, na parte de cima, éum atentado e mais se parece uma rampa de lançamento de foguetes.

Isto está na cara de todos. Mas, poucos se atrevem a questionar, até que sejam vítimas da armadilha.

Por conta disso, no ano passado três jovens, em alta velocidade no carro que estavam, ressalte-se, foram arremessados ao Ribeirão Gaspar Grande e morreram.

Na semana passada, um outro acidente, com o mesmo viés, por pouco não faz o mesmo estrago A imprensa se limitou ao registro, e não as causas.
O caminhão baú era era conduzido por Dinor Pellim, de 59 anos, vindo de Brusque em direção a Indaial, sede da empresa. Ele perdeu o controle da direção ao descer o viaduto da Avenida das Comunidades na direção de Blumenau e colidiu contra a ponte. E por que? Porque percebeu que o trânsito a sua frente estava parado.

"Eu segurei para não bater atrás da fila e, com isso, o caminhão deslizou. Para evitar uma colisão com os veículos que seguiam no sentido contrário eu puxei a direção para o outro lado e acabei batendo na ponte", disse.

Resumindo: isto dá um questionamento e uma indenização na Justiça.
Miguel José Teixeira
27/02/2015 08:31
Senhores,

"Contrariamente ao que costuma dizer, os inimigos do PT não estão nas elites ou na mídia dita golpista."

Segue o texto de hoje da Coluna Ari Cunha, Correio Braziliense:

ialética petista

Acuado com a pressão de mais uma avalanche de fatos negativos, o Partido dos Trabalhadores adotou o velho estratagema de atirar para todos os lados para melhor se defender. Não é segredo para ninguém, muito menos para os muitos dissidentes desiludidos, que por debaixo da fantasia vermelha se esconde uma legenda cujo matiz ideológico se resume apenas ao que pensa o criador e dono. Vale para o partido o que é do gosto e do humor do chefe.

A história mostra que o grande problema de partidos monocráticos é que a duração política efetiva da sigla está condicionada e limitada à atuação ativa do proprietário. Enquanto Lula se mantiver de pé nos palanques, o partido, mesmo cambaleante, segue. Depois acaba ou se transforma numa gosma disforme. Guardadas as devidas proporções, é o mesmo que ocorre com a Cuba dos Castros. Com a saída de cena dos irmãos, os cubanos vão correndo atrás do tempo perdido e a Ilha, que, depois da inércia, toma outro rumo.

Nada do que é humano escapa ao prazo de validade. Até o futuro. Se ele não chega, é posto de lado e esquecido. A imposição do nome de Dilma, como candidata da legenda, mostra que o PT não tem e nunca se preocupou em formar lideranças próprias afinadas com os novos tempos. O fato se explica, em parte, pela limitação teórica do patrono e pelo efeito da foice da Justiça que decapitou algumas lideranças no nascedouro. Contrariamente ao que costuma dizer, os inimigos do PT não estão nas elites ou na mídia dita golpista. Na verdade, o verdadeiro adversário controla o partido com mão de ferro. O PT dorme com o inimigo. Ele está dentro da legenda. São companheiros que ainda não perderam a sensibilidade aos princípios da ética e não aceitam facilmente que os escândalos de corrupção sejam males necessários ao processo de tomada do poder. Pela lei natural da perpetuação das espécies, em algum momento, eles vão aflorar por dentro.
Herculano
27/02/2015 08:23
ARROCHO, MESMO QUE A VACA TUSSA, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S.Paulo

Governo decreta nova e pesada limitação de despesas e deve aumentar imposto sobre empresas

CRESCIA NOS últimos dias o burburinho sobre o risco de os economistas de Dilma 2 não cumprirem a meta de contenção de despesas. Ontem, fizeram questão de demonstrar que vão cortar despesas mesmo que a vaca tussa. Se não for o bastante, insinuam que vão fazer o bovino uivar com um aumento de impostos que vai provocar desemprego.

Ontem parecia quase decidido que o governo vai aumentar a alíquota da contribuição para o INSS cobrada sobre o faturamento das empresas, inovação de Dilma 1 que deixou um buraco nas contas públicas. Nessa desoneração, a contribuição patronal de 20% sobre a folha de salários fora substituída por um imposto de até 2% sobre o faturamento. A coisa agora vai dar para trás, se passar pela área política do governo. De resto, não se imagina como tal coisa poderia valer para este ano.

Haverá choro e ranger de dentes e, provavelmente, desemprego na veia caso sobrevenha tal aumento de imposto. Até por isso, não está decidido se o ajuste da alíquota será horizontal (igual para todos os setores, como querem os economistas), nem o tamanho da paulada, do aumento da alíquota.

O desemprego de janeiro já foi preocupante, ao menos nos dados relativos às seis maiores regiões metropolitanas, as que constam da pesquisa mensal do IBGE. De dezembro para janeiro de 2015 houve o terceiro maior salto na taxa de desemprego desde o início da série, faz 13 anos, sendo que um desses pulos ocorreu no grande pânico de 2008-09.

No que diz respeito à contenção de gastos, o governo decretou uma limitação de despesas para o primeiro quadrimestre que, estendida para o resto do ano, parece implicar um talho de cerca de um quarto do investimento federal. Foram limitadas as despesas com gastos ditos discricionários, aqueles que não estão vinculados a isto ou aquilo ou não são compulsórios. Isto é, gastos de custeio e investimento.

Ficaram reservados cerca de R$ 15 bilhões para obras do PAC no quadrimestre e uns R$ 60 bilhões para outros gastos de investimento e custeio (manutenção do funcionamento da máquina). Para o ano inteiro, dá cerca de R$ 225,5 bilhões, R$ 65,6 bilhões a menos do que o previsto no Orçamento fantasia da União para 2015.

Uma olhada nos gastos de custeio e capital de 2014 indica que os ministérios dificilmente teriam como gastar algo mais em investimento além desses valores agora reservados para o PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. Como os investimentos em 2014 foram de pouco mais de R$ 60 bilhões, um gasto de R$ 45 bilhões redundaria em redução de um quarto. A conta é ainda mais imprecisa porque não se sabe muito bem de quanto vai ser o nível de despesas obrigatórias (gastos com o INSS dependem, por exemplo, do número de benefícios requeridos e concedidos de aposentadorias, auxílio para acidentados etc.).

Juntando os dinheiros do novo corte, extrapolado para o ano inteiro, com os aumentos de impostos já previstos e com cortes de despesas sociais e de subsídios, a poupança (excluídos gastos com juros) iria para além de R$ 110 bilhões, para uma meta federal de superavit de R$ 55 bilhões. Para que uma boca tão grande? Para compensar a perda de arrecadação deste ano e pagar umas caveirinhas deixadas pelo governo Dilma 1.
Herculano
27/02/2015 08:20
EMPREITEIRO QUERIAM JOAQUIM COMO ADVOGADO, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ousadia dos empreiteiros envolvidos na Operação Lava Jato chegou ao ponto de pretenderem contratar para sua defesa o ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. Agora advogado atuante e palestrante, Barbosa no entanto reagiu à consulta prévia com um indignado "não!", muito embora reconheça que quaisquer acusados têm direito pleno de defesa.
?
O céu era o limite
Os empreiteiros pagariam a Joaquim Barbosa o que ele pedisse, para vê-lo atuando em sua defesa, mas o ministro aposentado recusou.

Mercado aquecido
O falecido ex-ministro e criminalista Márcio Thomaz Bastou cobrou R$ 18 milhões na defesa do bicheiro Cachoeira, na operação Monte Carlo.

Reservado
Quando conversa com amigos sobre essa sondagem dos empreiteiros, Joaquim Barbosa não menciona as empresas, nem valores oferecidos.

Grife valiosa
A "grife" de Joaquim Barbosa, mais que o saber jurídico, consolidou-se na relatoria do mensalão, primeiro caso de corrupção do governo Lula.

JANOT TIRA O SONO DOS ENROLADO NA LAVA JATO
Perde o sono quem recebe pedidos de reunião do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. É que ele decidiu comunicar pessoalmente a algumas autoridades que elas estão na lista de indiciados da Operação Lava Jato. "Não quero que o senhor(a) saiba pela imprensa ou por qualquer outro meio", diz ele, ao iniciar a difícil conversa. A denúncia será enviada na próxima terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal.

Flagrante
Janot foi visto ontem saindo do Alvorada, onde Dilma mora, no banco dianteiro, ao lado do motorista. Ele jura que só foi no Palácio Jaburu.

A versão
O Jaburu é a residência do vice-presidente Michel Temer. Mas, e o que Janot foi fazer lá? "Discutir orçamento", disse ele. Ninguém acreditou.

Inside information
O encontro - igualmente secreto - de Janot com o ministro da Justiça terá sido para informar José Eduardo Cardozo sobre os indiciamentos.

Perdendo o encanto
A cada balanço, o BTG perde o encanto. Analistas notaram dois fatos negativos em seu balanço, ontem: retorno abaixo da concorrência e a qualidade duvidosa do crédito. Reservas contra calotes subiram 307%, para R$ 907 milhões, pela recuperação judicial da Eneva, ex-Eike.

Pepe sobe no telhado
No café da manhã de ontem com Lula, a cúpula do PMDB fez o ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) subir no telhado: os caciques reclamaram muito da articulação política do governo Dilma.

Rebimboca da parafuseta
Dilma não recebe políticos e os presidente da Câmara e do Senado não recebem o ministro Pepe Vargas. Lula prometeu se empenhar na "reengenharia do funcionamento" dessa, seja lá o que isso signifique.

Esquema cancelado
O velho esquema na Câmara melou. Eduardo Cunha garantiu ontem que não adianta os partidos entrarem em obstrução toda quinta-feira: vai registrar falta de deputado que se mandar para o aeroporto.

Prioridade
Eduardo Cunha ouvia o chororô de um ex-deputado, batalhando por boquinha no governo Dilma, quando presidente da Câmara foi direto: sua prioridade é acomodar o ex-deputado Henrique Eduardo Alves.

'Bancada' do Rio
Políticos do Rio querem um carioca na vaga de Joaquim Barbosa. Não deveriam se preocupar: a "bancada" carioca no STF tem o presidente, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Luiz Fux e Luis Roberto Barroso.

Apêndices, não
O PSB e o PV, que adotaram independência em relação ao governo Dilma, pressionam pela saída do PSDB do bloco na Câmara. Os dois partidos temem virar apêndice do tucanato, que lidera a oposição.

Rei da Inglaterra
Empresários reclamam ao PMDB de falta de comando do ministro Edinho Araújo (Portos). Ele tem sido "atropelado" pelo secretário-executivo Guilherme Penin, que é ligado a Aloizio Mercadante (PT).

Dois pesos e duas medidas?
Após ameaçar caminhoneiros com multas de R$ 10 mil por hora de bloqueio nas estradas, o ministro da Justiça deveria informar o valor da multa a ser aplicada nos porraloucas do MST, pela mesma razão.
Herculano
27/02/2015 08:01
O ESCUDO DO PT PARA CONTINUAR COM A SUA GALINHA DOS OVOS DE OURO E SE PERPETUAR NUM PODER PODRE. AS EMPRESAS QUE O GOVERNO, O PARTIDO E OS ALIADOS USARAM PARA ROUBAR E CORROMPER NÃO PODEM SER CULPADAS E DEVEM CONTINUAR VIVAS PARA NÃO "PARAR" A ECONOMIA E NÃO GERAR DESEMPREGOS. OU SEJA, ROUBAR E CORROMPER É ALGO NECESSÁRIO PARA A SOBREVIVÊNCIA DO PAÍS.

O conteúdo é jornal Valor Econômico. O texto é do 247, o canal de comunicação do PT feito de patrocínio de empresas (Petrobrás) e bancos (Caixa, BB, BNDEs...) estatais. O advogado-geral da União (AGU), ministro Luís Inácio Adams, criticou a ação do Ministério Público de tentar ampliar o número de delações na operação Lava Jato por meio do "estrangulamento das empresas".

"O foco deles é o penal, e nesse sentido, subordinar o processo administrativo ao penal. Isso está errado, legalmente e conceitualmente. Quando você faz isso, você força o estrangulamento da empresa como instrumento de produção de confissões", disse em entrevista ao Valor.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou cinco ações de improbidade administrativa cobrando a devolução aos cofres públicos de R$ 4,47 bilhões das empreiteiras Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Engevix e dos executivos dessas empresas. Para o coordenador da Força-Tarefa Lava Jato do MPF, procurador da República Deltan Dallagnol, a punição aplicada às empresas e aos executivos investigados pela Lava Jato deve ser "exemplar" para que a corrupção deixe de ser vista como caminho mais vantajoso.

"Não estamos falando de um sócio da empresa ou de um diretor, mas de milhares de funcionários e milhares de fornecedores que não têm nada a ver com o assunto", rebate Adams. Ele defende os acordos de leniência: "Ao antecipar-se à investigação, ela coloca à disposição de quem investiga - MP, CGU ou TCU, todos os elementos que ela tenha à disposição para esse trabalho. Outra coisa: a necessidade do acordo está associada às condições econômicas da empresa. Vai esperar a empresa fechar para fazer o acordo de leniência?", questionou.
Herculano
27/02/2015 07:53
JÁ DÁ PARA OUVIR O 15 DE MARÇO, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S.Paulo

A pantomima petista chegou ao fim. O custo é imenso. E vai cobrar a fatura de gerações, podem escrever

"Soc, poft, pow! Coxinha. Golpista!"

Eis o som presente do mar futuro de gente nas ruas no próximo dia 15. Ali vão as onomatopeias e vitupérios produzidos pelos milicianos petistas contra pessoas comuns, que pagam impostos e estão cansadas de ser roubadas. Pois é... Os companheiros acham que chegou a hora de nos pegar na porrada.

Na segunda, enquanto Lula e seus "tontons macoute" faziam um ato "em defesa da Petrobras", no Rio - o que supõe distribuir sopapos didáticos para ensinar a essa brasileirada o valor do patriotismo -, a Moody's anunciava o rebaixamento da nota da estatal. Bastava que caísse um degrau para passar do azul para o vermelho, do grau de investimento para o especulativo. Mas a agência empurrou a empresa escada abaixo: a queda foi logo de dois - e ainda com viés negativo.

A presidente Dilma Rousseff, com a clarividência habitual, atribuiu a decisão "à falta de conhecimento". É verdade. A agência, o mercado e todo mundo desconhecem, por exemplo, o balanço da empresa. O que se dá como certo é que o governo indicou uma diretoria para o exercício da contabilidade criativa, com Aldemir "Hellôôô" Bendine à frente. A crise, no Brasil, também é brega.

A realidade ganhava, assim, traços de caricatura, de narrativa barata, de roteiro de filme de segunda linha. Enquanto Lula, o grande sacerdote do modelo que levou a Petrobras ao desastre, oficiava na ABI mais uma de suas missas macabras, disparando contra elites imaginárias, a empresa passava a arcar com mais um custo das forças malignas que ele conjurava. Havia pouco, Paulo Okamotto, o sócio do Babalorixá de Banânia, explicara em entrevista como o partido lida com as empreiteiras: "Funciona assim: 'Você está ganhando dinheiro? Estou. Você pode dar um pouquinho do seu lucro para o PT? Posso, não posso.'"

Das expressões ou palavras que criei para definir esses seres exóticos, "petralha" é a mais popular, mas não é a de que mais me orgulho. Gosto mesmo é de "burguesia do capital alheio", que é como chamo os companheiros desde meados da década de 90, antes ainda de sua ascensão, quando fingiam ares de resistência.

Sempre me impressionou a facilidade com que se insinuavam nas estruturas do Estado e das empresas privadas e passavam a ser beneficiários do esforço de terceiros. Voltem lá a Okamotto. Jamais lhe ocorreria indagar se os empresários podem dar um pouco do seu risco ao PT. O partido se apropria é de uma parte do lucro. A expressão que criei serve para designar o petismo, mas poderia definir a máfia.

O modelo entrou em colapso. Se Dilma será ou não impichada, não sei. Como escrevi nesta Folha, golpe é rasgar a lei e a Constituição democraticamente pactuadas. O que dá para saber, e isto é certo, é que a pantomima petista chegou ao fim. O custo é imenso. E vai cobrar a fatura de gerações, podem escrever. As ruas vêm aí, e Lula, o irresponsável da segunda-feira, com seus milicianos, nada pode fazer pela governanta. Ao contrário: é ele, hoje, quem a desestabiliza.

A presidente tem de se escorar no braço de Eduardo Cunha e repetir Blanche DuBois, a doidona de "Um Bonde Chamado Desejo", quando decide seguir pacificamente para o hospício, em companhia de um alienista: "Seja você quem for, eu sempre dependi da boa vontade de estranhos".
Herculano
27/02/2015 07:38
TUDO AJUSTADO.

Sabem quantos itens constituem a pauta de negociação do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Gaspar, o Sintraspug? Treze. Isto mesmo. O mesmo número do partido que ele vai negociar: o dos Trabalhadores. No ano passado, o presidente Jovino Masson foi bem enrolado por Pedro Celso Zuchi, Maicon Michael Zimmermann, Doraci Vanz e José Amarildo Rampelotti. Teve até que demitir a equipe jurídica e foi salvo pela imprensa e parte dos vereadores de oposição ao PT.

Quais são os 13 pontos?

Pauta de reivindicação

1) Reposição salarial com o repasse da inflação dos últimos 12 meses com base no INPC, que equivale a 7,13%;

2) Aumento real de 4%;

3) Correção do valor do vale-alimentação, passando para R$ 450 mensais (hoje o valor é de R$ 365)

4) Aumentar o percentual pago a título de regência de classe, de 5% para 15%;

5) Regulamentação do banco de horas, com a opção para que o servidor escolha se prefere que o trabalho extra seja lançado no banco de horas ou recebe como hora extra, bem como a regulamentação da atividade e da quantidade de horas realizadas aos sábados e domingos para fins de banco de horas (quanto vale a hora realizada no sábado e domingo);

6) Criação de um grupo de trabalho que garanta a participação do Sintraspug na discussão de elaboração do Regime de Previdência Própria dos Servidores Públicos de Gaspar;

7) Criação de um plano de saúde subsidiado para o servidor;

8) Criação de um setor responsável pelo apoio e acompanhamento da saúde ocupacional do servidor;

9) Reposição de uniformes de qualidade/durabilidade a todos os servidores que a função exige;

10) Distribuição de protetor solar em quantidade suficiente para todos os servidores que trabalhem em exposição ao sol;

11) Garantir a participação do Sintraspug na discussão e elaboração dos projetos de lei que envolvam a alteração da legislação municipal em questões ligadas aos servidores públicos;

12) Mesa de Negociação Permanente: criar um canal de comunicação institucional permanente entre o Sintraspug e a Prefeitura;

13) A retirada da Câmara de Vereadores dos projetos de lei que dão aumentos pontuais apenas para algumas categorias.
Herculano
27/02/2015 07:30
E ESTE TIPO DE CRIME CONTINUA NA REGIÃO

A Polícia Militar de Brusque recuperou, no final da manhã de quarta-feira (25), um caminhão Scania que tinha sido roubado. O veículo tem placas IHO 8138, de Itajaí. O crime, segundo informações repassadas pela PM, ocorreu na noite de terça-feira (24), na Estrada Geral do São Roque, em Itajaí, por volta das 22h. Dele foi roubado quase 30 mil quilos de fios para tecelagem. Algumas caixas ainda estavam nele.
Luis Cesar Hening
27/02/2015 07:19
Lendo a coluna do Jornal Cruzeiro hoje, mostra como a administração pública não cumpre seu papel, não fiscaliza e nem faz cumprir a lei, principalmente no que tange a pessoa com necessidades especias e de locomoção. Isso reflete também nas calçadas espalhadas pelo município, na própria reurbanização que demorou quase dois anos na rua São José, onde o acesso ao deficiente físico é alto e desproporcional, basta ver que a própria Câmara de Vereadores, esta irregular a anos e não tem acesso a pessoas com deficiência física, e olha que a lei que prevê isso é do ano 2000.
Na prefeitura de Gaspar, tudo pode, principalmente quando a obra é feita por ela própria. Pode se inaugurar obras irregulares como vão fazer agora no aniversário da cidade, pode manter aberto locais sem nenhuma estrutura sanitária, desde que o mesmo seja da prefeitura, agora vai o empresário tentar abrir sua empresa sem os devidos alvarás.
Herculano
27/02/2015 06:59
COMO FUNCIONA. RELATOR REVELA TRECHOS DA DELAÇÃO PREMIADA QUE INCRIMINA PREFEITO AFASTADO DE LAGES E EX-DEPUTADO ESTADUAL, ELIZEU MATTOS, PMDB

O conteúdo é de Upiara Boschi, para o Diário Catarinense, RBS Florianópolis. Durante a leitura de seu relatório, o desembargador Ernani Guetten de Almeida apresentou trechos das delações dos empresários Arnaldo e Julian Sherer, da Viaplan, que detalhariam como se dava o esquema de propina que seria supostamente comandado pelo prefeito afastado Elizeu Mattos.

De acordo com Arnaldo Scherer, o peemedebista teria procurado por ele após a eleição de 2012, ainda antes de assumir o cargo de prefeito. Na Assembleia Legislativa, onde era deputado estadual, Elizeu dito que trocaria a empresa que operava o sistema de água e esgoto e oferecido a função à Viaplan. Em 9 de janeiro de 2013 foi assinado o contrato com dispensa de licitação.

Os pedidos de propina teriam começado em maio de 2013, após uma conversa entre o prefeito e Arnaldo. Os valores começaram na faixa de R$ 10 mil e os pagamentos seriam feitos por Julian a Antonio Simas, o Toninho, motorista do prefeito. O valores teriam subido com decorrer do tempo, chegando a R$ 165 mil mensais a partir de 2014. Esse foi o valor apreendido com Toninho em novembro, quando foi preso em flagrante durante a deflagração da Operação Águas Limpas.

As propinas somariam R$ 3.624.136, envolvendo outros agentes públicos. A parte de Elizeu chegaria a R$ 2.877.136. Os valores eram sempre pagos a Toninho. O MP-SC e os delatores não souberam precisar a parte que caberia ao motorista, mas Julian, em seu depoimento, afirmou que o pagamento de R$ 6 mil de uma das parcelas foi feito com a quitação de uma dívida de Toninho em uma loja de materiais de construção.

A Viaplan também teria ficado responsável por pagar R$ 20 mil por mês a Vilson Rodrigues da Silva, então secretário Municipal de Águas, além do empréstimo de um automóvel. Segundo Arnaldo, foi a forma encontrada para Vilson ir para Lages assumir a secretaria - complementando o salário de secretário.

Os empresários também admitiram que o prefeito e seus assessores estariam envolvidos no direcionamento da licitação para contratação definitiva da empresa para gerir o sistema de água e saneamento. Elizeu teria demonstrado preocupação sobre as chances de a Viaplan vencer a licitação. Questionado por ele, Arnaldo teria solicitado que o edital fosse "mais fechado".

Um decreto teria sido assinado criando regras que, não prática, serviam para impedir a participação de uma das concorrentes da licitação.

O advogado Rui Espíndola, que faz parte da defesa de Elizeu, afirmou que as acusações feitas nas delações premiadas serão rebatidas "no momento oportuno". Durante o julgamento da denúncia, a defesa do prefeito afastado não abordou os depoimentos dos empresários da Viaplan.

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