Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

20/02/2015

BOCA NO TROMBONE I
Uma simples dona de casa decidiu terminar com o longo carnaval do PT de Gaspar. E logo na Quarta-Feira de Cinzas. Foi na Câmara. A sessão ameaçava ser morna. Ela botou fogo e queimou a farsa dos políticos, do prefeito Pedro Celso Zuchi e dos seus prepostos nos legislativos municipal, estadual e federal. Elizete Souza D?Ávila ocupou a Tribuna Livre. Articulada, contou o seu drama e de seus vizinhos. Falou sobre as repetidas enchentes nas ruas do bairro Bela Vista. Elizete colocou o dedo na ferida feita de deboche na propaganda enganosa dos políticos. Ela desmentiu e tirou o presidente do PT, José Amarildo Rampelotti, do sério. Pego de surpresa, estava tonto, desorientado com a situação. Deve ter se lembrado de que esta coluna não inventa nada. Retrata. E ele só gosta de escolher os retratos. 

BOCA NO TROMBONE II
Voltando. Elizete não aguentou tanto descaso, amplamente já relatado aqui e quase esquecido na maior parte da imprensa. Ela até recorreu a quem diz ter a solução, a deputada estadual Ana Paula Lima, PT, esposa do deputado Décio Neri, autor da emenda parlamentar que dará o dinheiro para a obra, mas cujos recursos federais ? do governo de Dilma Vana Rousseff, PT -, não chegaram. Fez o contato via o blog da deputada. Ana Paula entrou em contato com Elizete. Conheceu a angústia. Pediu também para ela entrar em contato com o vereador Amarildo. Elizete fez isso. Não o encontrou. Deixou recado. E nada também. Relatou tudo isso na cara de todos. Desconcertados, ficaram fulos, mas contidos. Havia uma dura realidade: o povo na Tribuna Livre. 

BOCA NO TROMBONE III
Amarildo se comprometeu ir ontem a casa da Dona Elizete para ?conversar? melhor sobre o assunto. Vereador: o que ela quer é solução para o povo de lá e não blá, blá, blá. As eleições já passaram. Cega de promessas. Antes, Amarildo, segundo ele, iria passar na casa do vereador Giovano Borges, PSD, o amigão. Ele ficou quietinho. Giovano é aquele que defende o PT neste caso; que já fez o povo de lá comprar uma motobomba, e nada resolveu; que já pediu para ligar os dois sistemas de drenagem, e nada resolveu; que culpou a empreiteira Ramos pela paralisação, como se ela fosse obrigada a trabalhar de graça, ficar com dívidas e falir para salvar a pele dos políticos. Gaspar precisa de mais Elizetes. Acorda, Gaspar!

 DESCASO
Decididamente, Quarta-Feira de Cinzas não é um bom dia para os petistas na Câmara. O vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, levou mais de 200 fotos mostrando o descaso da administração de Pedro Celso Zuchi, PT, no bairro Sete. Estarrecedor. A vereadora (e professora) Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, mostrou outra dezena de fotos sobre os problemas do CDI Fátima Regina. 

O FEDOR DO LIXO
Na coluna de terça-feira cantei o resultado do julgamento. E não deu outra. A Say Muller ? a empresa inventada pela administração petista - venceu concorrência do Samae para a coleta do lixo reciclável em Gaspar. A intrusa Tira Entulhos, que tinha um preço mais baixo para esse serviço, perdeu a licitação por documentação insuficiente. Agora a Say Muller vai coletar por R$ 389,01 a tonelada e Reciclar, de Arnaldo Muller, da mesma cepa da Say Muller, e que sozinha participou da outra concorrência no apagar das luzes do ano passado para comprar esse material do Samae, vai pagar R$ 20,00 a tonelada. Vai revendê-lo no mercado. Tudo em casa. 

unnamedGG.jpgO PT do Vale veio comemorar os 35 anos do partido aqui em Gaspar, a referência. Na foto os que tutelam o PT daqui, os donos do PT local, e os que o fazem funcionar como poder, sendo filiado ou não. 

TRAPICHE

Na Câmara de Gaspar, o servidor pode pedir antecipação de 13º e gratificações no primeiro mês do ano. Nenhuma empresa oferece isso. A maioria só pode, repito, só pode pagá-lo (não pela legalidade, mas por disponibilidade de caixa) nos últimos dias de dezembro. Nada é ilegal. Os vereadores aprovaram isso. O dinheiro não é deles... 

Quer mais? As férias são contadas por dias úteis e não corridos como todo mundo. Tem gente que fraciona e fazem feriadões várias vezes por ano: sábado, domingo e o feriado não contam. Querem mais? As férias dos vereadores que os assessores gozam não contam para as suas: é recesso.  Ou seja. Além dos 45 dias parados por ano, os assessores tiram férias normais depois dessas paradas. E ainda eliminam sábados, domingos e feriados. Está tudo ?regulamentado? e autorizado pela mesa diretora. Quem paga esses privilégios? O povo com os pesados impostos. Mesmo na crise. Uma festa. 

Uma ideia simples e que vale uma vida numa emergência. A vereadora, que é professora licenciada, Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, sugeriu que o pessoal das creches faça o curso de primeiros socorros com o Corpo de Bombeiros. Por que não? 

Ilhota em Chamas. Para refrescar. Decreto publicado no dia 29 de dezembro de 2014, o prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, revogou o decreto de 29 de janeiro de 2013, que estipulava valores para diárias aos servidores do Executivo, de autarquias e fundações que se deslocassem a outros municípios a serviço. Perdeu a batalha para o Ministério Público que cuida da Moralidade Pública. Falta esclarecer como ficaram as diárias pagas nesse lapso de tempo. Foram devolvidas as diferenças?

Lenha na fogueira. A vereadora (e professora) Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, fez um requerimento pedindo que a Câmara envie um ofício ao prefeito Pedro Celso Zuchi e à secretaria de Educação, Marlene de Almeida, para que apontem o valor pago ao palestrante da abertura do ano letivo de 2015 de Gaspar e que ministrou a palestra aos profissionais da educação do município. Para muitos não foi palestra, mas um comício do PT, pago com dinheiro público.

Registro. Hamilton Graff, PT, assumiu parte dos trabalhos da Câmara na Quarta-feira. Sentiu gosto. Para ir adiante precisa fazer um curso de leitura. 

Mais um projeto de lei cala-boca. Depois daquele que deu aumento diferenciado para motoristas de caminhões na secretaria de Obras (e foi aprovado), agora chegou a vez dos motoristas de ambulâncias. É o PL 002/2015. 

Acesse, assine e faça a sua parte

 http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=ContornoGaspar

 

 

Edição 1663

Comentários

gasparensepagadordeimpostos
23/02/2015 21:35
Boa noite Herculano e demais leitores .
A Vaca Tossiu ...
A vaca vai tossir muitas vezes,quantas nem saberemos,mas de uma coisa é certeira,vai é tossir um zoológico inteiro,pois tem tolos que nos acham animais,e tem animais que nos acham tolos,e adivinhem? todos políticos,ou que se acham ou se julgam políticos.
E se não for tomar no c´... será mais fácil a vaca ir pro brejo porque na merda ela já tá faz tempo. E nós também ...
Fui...
Herculano
23/02/2015 19:50
A MÃE DO PETROLÃO, análise do Instituto Teotônio Vilela, PSDB.

Dilma Rousseff finalmente deixou de lado um silêncio que já durava dois meses. Diante do que falou na última sexta-feira, porém, melhor teria feito se tivesse continuado calada. Se ainda havia dúvidas, a presidente da República mostrou não estar à altura do cargo que ocupa e dos desafios que precisa vencer. Mais parece uma marionete, num momento em que o país clama por um líder.

Depois de seu mutismo, esperava-se que Dilma reaparecesse para dar ao país sua visão sobre os rumos que pretende imprimir ao governo para superar as enormes dificuldades que ela mesma criou para os brasileiros. Mas não; o que se viu foi uma presidente se comportando como animadora de auditório, líder de torcida, chefe de facção.

Afirmar que o problema da roubalheira da Petrobras repousa no que supostamente aconteceu na empresa quase duas décadas atrás é afrontar a inteligência dos brasileiros, desrespeitar a nação e zombar das instituições. Mais que isso, desnuda a inaptidão de Dilma para estar na função que exerce. Dilma não está à altura do Brasil.

Culpar o passado é a saída mais óbvia de quem está mergulhado num presente de apuros. Como presidente do conselho de administração da Petrobras por quase oito anos, Dilma foi uma espécie de mãe do petrolão. Cabe a ela e ao PT responder pelos 12 anos de assalto do partido à empresa, durante os quais, segundo revelações da Operação Lava Jato, meio bilhão de reais foram desviados para os cofres petistas.

O PT teve três mandatos para apurar o que supostamente teria acontecido de errado no Brasil antes da chegada do partido ao poder, em especial na Petrobras. Se não o fez, das duas uma: ou não encontrou nada errado, o que é mais provável, ou não quis investigar e punir eventuais culpados, o que constitui crime de prevaricação. O óbvio: os problemas não estão no passado; estão no presente, vivíssimos.

A tática do "pega, ladrão", tão bem caracterizada pelo presidente Fernando Henrique, é usual no petismo. Sempre que flagrados com a boca na botija, o que tem sido cada vez mais comum, os partidários do mensalão e do petrolão dão um jeito de acusar seus acusadores e de culpar os mensageiros pelo teor ingrato das mensagens. Não cola.

O banditismo petista há muito deixou de ser novidade. O estarrecedor é a inépcia que a presidente da República demonstra para desempenhar suas funções e defender o interesse público. "Se não entendeu a dimensão e a natureza do ataque à Petrobras, como poderá sanear e proteger a empresa?", sintetizou Miriam Leitão no domingo.

Dilma cumpre papel num script que lhe foi ditado pelo marketing e pelo seu tutor. Definitivamente não sabe o que fazer diante da roubalheira sistêmica que se espalhou no aparato estatal como cancro, sob seu nariz e com o seu beneplácito, institucionalizada pelo PT. Revela-se espectadora e não protagonista de seu governo.
Juju do Gasparinho
23/02/2015 19:14
Prezado Herculano:

Postado às 07:11hs. do Blog do Coronel:
"Não fiquem surpresos se o novo presidente da Petrobrás inaugurará um navio chamado Val Marchiori".
O gaúcho
23/02/2015 13:48
Blogueiro do Olhando a Maré:

Buenas, tchê!
A carroça governamental está totalmente desgovernada.
Eixos entortados, sem freios, cem varais partidos... um horror, barbaridade. Mas a búlgara destrambelhada com o capão coludo agora arriado, segue, altiva, segurando o arreio desconectado do cavalo.
Vai se estatelar ribanceira abaixo.

#jávaitarde

Saudações do Extremo Sul!
Juju do Gasparinho
23/02/2015 13:42
Prezado Herculano:

Postado às 12:51hs. por Sidnei Luis Reinert, veja o que achei no Blog do Manoel sobre isto:

"Ricardo Pessoa está no xilindró. Se não pode ler jornais, internet então nem se fala. Mas começo a crer que alguém à ele ligado, nos lê.

Ricardo Pessoa está acertando delação premiada com os promotores da Lava-jato, para desespero de LuLla e sua Quadrilha de assaltantes de grana alheia, da dona Dilma que verá os motivos para seu impeachment ressurgirem como Phoenix das cinzas e para o Partido-Quadrilha que, FINALMENTE, verá motivos de sobra para a cassação de seu registro partidário.

Isso mesmo, Pessoa. Não seja burro como Marcos Valério. O Partido-Quadrilha de LuLLa e eLLe próprio não são confiáveis. Assim que você fizer o que eLLe quer, eLLe enfia você em cana.

Aí, como no caso de Valério, será tarde demais.

FALA, PESSOA! FALA TUDO!"

Kidó do rato sampaio parente do camundongo hilário, vão ficar sem
saco pra puxar ou seria lamber?
Herculano
23/02/2015 13:01
ANÃO DIPLOMÁTICO, por Ricardo Noblat para o jornal O Globo

Que alma corajosa se oferece para aconselhar a presidente Dilma a renovar seu vocabulário, começando por descartar lugares comuns do tipo "Não ficará pedra sobre pedra" e "Doa em quem doer"? Lugares comuns arranham os ouvidos. E com frequência se voltam contra os que gostam de usá-los. Um exemplo? "Não ficará pedra sobre pedra" da política externa brasileira depois da passagem de Dilma pelo poder.

FORCEI A BARRA? Tentarei ser mais justo: não ficará pedra sobre pedra da política externa brasileira depois da passagem de Lula e Dilma pelo poder. Este gigante econômico e cultural, chamado de "anão diplomático" em julho do ano passado pelo portavoz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, sempre contou com uma das diplomacias mais respeitadas e bem-sucedidas do mundo.

HÁ FARTO conhecimento adquirido com aplicação e afinco. Relativa grandeza. E coerência política secular. Tamanho patrimônio, infelizmente, repousa, hoje, quase esquecido nos subterrâneos do Itamaraty. O retrato de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, ainda enfeita paredes de gabinetes acarpetados. Mas como dói observá-lo.

NA SEMANA passada, com muitos quilos a menos, mas sem ter perdido um grama de arrogância, Dilma emergiu do carnaval disposta a ocupar por todos os meios o espaço que a mídia costuma lhe oferecer com generosidade. E assim foi. Sem pejo, remeteu ao governo Fernando Henrique Cardoso a origem da roubalheira na Petrobras, que só se tornou sistêmica a partir de 2003.

E COMO SE não bastasse tal agressão à verdade, resolveu brigar com um país situado do outro lado do mundo - a República da Indonésia, um arquipélago com mais de 17 mil ilhas. No momento, a Indonésia deveria ser o último país com quem o Brasil almejasse arranjar briga. Ali, em 17 de janeiro último, o brasileiro Marcos Archer, um traficante de drogas, foi executado a tiros.

ARCHER HAVIA sido preso há 10 anos, julgado e condenado à morte. A legislação da Indonésia contra a droga é uma mais rígidas do mundo. Dilma empenhou-se em salvar a vida de Archer. Reagiu à sua morte chamando de volta o embaixador do Brasil por lá. Era tudo o que não deveria ter feito - afinal, há outro brasileiro na Indonésia condenado à morte por tráfico de droga.

SE HAVIA uma tênue esperança de que à diplomacia fosse possível evitar um segundo fuzilamento, ela se dissipou com outra decisão desastrosa tomada por Dilma na última sexta-feira. Novos embaixadores de outros países estavam reunidos no Palácio do Planalto para apresentar suas credenciais a Dilma. Por ordem, o primeiro deles seria o embaixador da Indonésia.

UMA VEZ cumprido o rito, o embaixador desceria a rampa do palácio, entraria no seu carro e iria embora. Não foi o que aconteceu. O ministro das Relações Exteriores do Brasil chamou o embaixador para uma conversa a sós. Comunicou que Dilma não receberia mais suas credenciais. O embaixador saiu humilhado pelos fundos. A Indonésia é quem foi humilhada na figura dele. E para quê?

SACA O ESTADO Islâmico - aqueles loucos que degolam e incineram pessoas? Dilma já recomendou que se dialogasse com eles. A Venezuela deixou de ser uma democracia. Mas Dilma faz de conta que ali ainda existe uma. Os interesses superiores do país deixaram de orientar nossa política externa. Cederam a vez à ideologia pessoal do governante da ocasião. Pobre barão do Rio Branco. Pobres de nós.
sidnei luis reinert
23/02/2015 12:51
Do respeitável filósofo brasileiro Olavo de Carvalho:

Repito: O PT tem de ser FECHADO, e todos os seus membros, desde seus diretores até o último dos militantes, devem ter os seus direitos políticos CASSADOS EM CARÁTER VITALÍCIO.

sidnei luis reinert
23/02/2015 12:34

De Ronaldo Caiado:

Para se ter noção da falta de responsabilidade com os brasileiros, no primeiro mandato, Dilma liberou R$ 818 milhões em emendas para a sua base (em valores atualizados) e criou 12.170 cargos e funções comissionadas na folha de pagamento do governo federal, o que representa um aumento de 14% no período. Austeridade, no caso de Dilma, só com o bolso do trabalhador, que paga a farra do governo e ainda vê seus direitos trabalhistas ameaçados. Mas não vamos permitir a aprovação dessas medidas provisórias contra os trabalhadores! Dilma teria que dar exemplo cortando a gordura do governo. Mas ela prefere tirar de você!

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2015/02/22/internas_polbraeco,472176/para-manter-base-aliada-dilma-liberou-r-818-mi-em-emendas-e-criou-ca.shtml
Herculano
23/02/2015 11:57
AS REDES SOCIAIS JÁ NÃO PERDOAM

A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, diz que perdeu 13 quilos (13?).
Então ela está devidamente vestida e entra agora na fase tomara que caia (impeachment)
Miguel José Teixeira
23/02/2015 11:37
Senhores,

Normose política versus reforma política.

Assim pensa o Advogado e Escritor LUÍS MAXIMILIANO TELESCA, que já foi diretor e presidente do Tribunal de Ética da OAB-DF, conforme publicado hoje no Correio Braziliense:

?Talvez essa seja a hora de sairmos da anestesia geral da nação e jogar o jogo institucional, forçando o Congresso a votar não a sua reforma política, mas a reforma da sociedade que cada vez ele menos representa.?

Nos primeiros anos da década passada, em visita ao Rio, saímos na Zona Sul, um grande amigo, advogado criminalista e professor de direito penal, e eu, para um chope. Antes de sair do apartamento em Copacabana, o colega separou o dinheiro em três partes: uma para o bolso de trás da calça, outra para o bolso da frente e uma terceira dentro de um dos calçados. A mais polpuda, nos pés, era para as despesas, umas das outras duas, não lembro qual, era para o ladrão.

Esse exemplo, quase infantil atualmente, é uma demonstração de como o comportamento humano habitua-se criativamente ao ambiente hostil. Driblando a dificuldade, o instinto de sobrevivência acostuma-se à patologia social e segue adiante, adaptando-se ao contexto doentio, em lugar de enfrentá-lo. A consequência desse comportamento no longo prazo é o adoecimento, o sofrimento e até a morte do ser que sofre de normose, a doença da normalidade.

O conceito de normose, que pode ser coletiva e foi objeto de reportagem do Correio (7/2), desenvolveu-se na psicologia transpessoal de forma simultânea pelo pensador francês Jean-Yves Leloup e pelo psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema, e é, de forma resumida, o adoecimento do ser em função da entronização de comportamentos tidos por normais, mas em realidade nefastos.

No Brasil de 2015, a sociedade urbana vive o aprofundamento normótico no trânsito letal, na violência urbana e na corrupção política. Acostumamo-nos a conviver anualmente com 45 mil mortos no trânsito, 56 mil homicídios ou com o dado que aponta que entre 2009 e 2013, a polícia brasileira matou seis pessoas por dia nas ruas do país, 11.197, segundo o IBGE, mais do que a violenta polícia norte-americana em 30 anos (11.090).

É normal? Sim, doentiamente tornou-se, pois estamos habituados a assistir corpos nas ruas, assim como, décadas atrás, nos acostumamos a ver moradores de ruas, trombadinhas, arrastões, da mesma forma como hoje é natural um motociclista morrer por dia na cidade de São Paulo e ser status possuir carro blindado, algo desenvolvido para a guerra.

Desde que foi descoberto o Brasil tem graves problemas de corrupção e o assunto é demasiado conhecido. Não pretendo escrever uma crítica aos políticos malfeitores, um pueril eufemismo para a palavra correta que é corrupção. A questão a ser levantada e que trato, em forma de fábula, no livro Lisarb, é a normalização da conduta, sua institucionalização e sua aceitação, como se deu nos fenômenos da violência urbana e do trânsito, e sua transformação numa normose política.

Todos os países têm problemas com corrupção, inclusive os ditos de ?primeiro mundo?. É uma característica humana. A nossa diferença com estes é que, normalmente, limitamo-nos ao ?que absurdo!?; uma indignação inútil.

No entanto, como nos problemas do trânsito e da violência urbana, já achamos normal o fatiamento do executivo em feudos partidários que se servem da máquina estatal para fazer negócios, aos milhares de cargos em comissão usados para empregar apadrinhados, não nos assustamos mais com a política clientelista praticada abertamente, com empresas fazendo doações milionárias às campanhas e como se isto não favorecesse retornos ilícitos posteriores, trocas de favores nada republicanos entre executivo e parlamento, Ministros do Judiciário tendo suas passagens e hospedagens pagas por empresas privadas em congressos jurídicos, bilhões de superfaturamento nos estádios da Copa, petrolões, mensalinhos, mensalões etc.

A sociedade brasileira demora para sair da normose, mas de vez em quando sai. Os episódios são muito espaçados, como nas Diretas Já, no impeachment de Collor e em julho de 2013, quando tivemos uma erupção nas grandes cidades e os jovens brasileiros foram às ruas gritar contra tudo que está aí, saindo do estado letárgico.

A contragosto, Dilma parece ter feito um bem ao país ao presentear o povo um parlamento independente vez primeira em décadas, ainda que motivado por interesses próprios e não propriamente coletivos. Ouriçados como o elefante circense que desconhecia a própria força, os deputados ? não me perguntem suas intenções ? parecem colocar em pauta para valer a reforma política.

Talvez essa seja a hora de sairmos da anestesia geral da nação e jogar o jogo institucional, forçando o Congresso a votar não a sua reforma política, mas a reforma da sociedade que cada vez ele menos representa.
Herculano
23/02/2015 09:20
É PREVISÃO. FALTA ENTÃO CONFIRMÁ-LA. TEMPESTADE PERFEITA AMEAÇA O GOVERNO DILMA, DIZ CIENTISTA POLÍTICO
Parte 1

A entrevista foi a Fernando Canzian, para o jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira. "Tempestade política perfeita" é como o cientista político Marcus Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco, define o atual momento para o governo Dilma Rousseff (PT).

Os ingredientes são políticas de austeridade que devem gerar desemprego, os grandes escândalos envolvendo o PT e, daqui para frente, manifestações de rua.

"Estamos falando de um enfraquecimento do Poder Executivo como nunca se viu no Brasil", afirma. Melo também é co-autor de livro sobre o multipartidarismo no Brasil e seu funcionamento no sistema presidencialista.

Leia trechos da entrevista.

Folha - Temos um cenário de inflação elevada e a iminência de um retrocesso econômico importante, com um grande descontentamento popular com o governo Dilma, agora cercado de casos de corrupção. Como o sr. vê o impacto disso na governabilidade?

Marcus Melo - O cenário é esse mesmo. De tendência progressiva de desgaste ainda maior, pois os efeitos mais importantes desta crise ainda estão por vir. Os aumentos nas tarifas vão se manifestar na prática apenas nos próximos meses, assim como o efeito no bolso do aumento da taxa de juros.

Mas o mais importante é a área do emprego, onde ainda temos um paradoxo. Ainda é comum as pessoas repetirem que o desemprego é baixo. Mas o que se espera é que a partir de meados do ano esse único indicador positivo entre em parafuso. Pela escala dos problemas, principalmente fiscal, é possível esperar uma reversão somente a partir de 2017.

Folha -O PT e a presidente estão identificados com o atual cenário de deterioração econômica e escândalos de corrupção. Qual o desdobramento disso, com a expectativa de piora nos dois campos?

Marcus Mello - Essa conjunção de economia em queda e escândalo é explosiva. E há três elementos fundamentais em curso: políticas de austeridade, as pessoas indignadas com escândalos e um possível desdobramento disso nas ruas, como nas manifestações pró impeachment marcadas para o próximo dia 15 pelo país.

No caso de Dilma, isso deve se manifestar de forma muito intensa. Vai haver um descontentamento difuso colossal, mas sem um espaço institucional, as eleições, para a demonstração desse descontentamento. Mas existem as ruas.

Haverá manifestações, e se elas podem ou não levar ao impeachment, isso vai depender de surgir evidências mais duras de implicação pessoal da presidente nos escândalos. Devem ocorrer manifestações das mais diversas. E a opinião pública será fundamental para dar respaldo e suporte ao Judiciário nessa tarefa de investigação que está em curso.
Herculano
23/02/2015 09:20
É PREVISÃO. FALTA ENTÃO CONFIRMÁ-LA. TEMPESTADE PERFEITA AMEAÇA O GOVERNO DILMA, DIZ CIENTISTA POLÍTICO
Parte 2

Folha - Como assim?

Marcus Mello - Não é apenas o envolvimento de atores políticos muito poderosos o que está em jogo, mas também de uma parcela importante da elite econômica brasileira, com implicações macroeconômicas brutais. Só o setor de óleo e gás representa cerca de 13% do PIB, e algo entre 10% a 15% dos investimentos totais do país. A escala do problema é um desafio muito importante para o Judiciário, e a opinião pública poderá estar ancorando esse trabalho.

Folha - Como o sr. vê os desdobramentos políticos disso?

É um cenário de tempestade política perfeita, com políticas de austeridade ceifando empregos, escândalos enormes e gente na rua.

Em cima disso, agora o governo perdeu o controle político das duas casas no Congresso, na Câmara e no Senado. O partido de sustentação do governo, o PMDB, agora é quase um adversário.

Para construir maiorias estáveis, os presidentes têm de alocar ministérios aos seus parceiros da coalizão e atender interesses parlamentares individuais, frequentemente corruptos, mas democráticos, por meio de emendas. Isso é moeda de troca. O terceiro elemento são cargos na burocracia, dividindo o governo. Esses três elementos garantiram estabilidade ao governo FHC (1995-2002).

Já o governo Lula (2003-2010) tinha 25% das cadeiras da coalização e 60% dos ministérios. Essa proporção no governo FHC era de 25% dos assentos e só 25% dos ministérios. Obviamente, o governo do PT teve de compensar essa não partilha de poder de forma heterodoxa, e o mensalão foi nada mais nada menos do que isso. Uma transferência de recursos a parlamentares mais ideologicamente afastados do governo.

Folha - O governo Dilma seguiu o mesmo padrão, certo?

Marcus Mello - Sim, Dilma continuou com essa prática, que é monopolista. Mas isso chegou ao extremo no caso da presidente, pois individualmente ela também não opera a sua coalizão. E tem dificuldades em partilhar e delegar decisões. E o governo estimulou a criação de novos partidos, fragmentando ainda mais o sistema partidário. O objetivo de tentar substituir o PMDB como sustentáculo deu com os burros n'água, pois o PMDB é muito mais disciplinado.

Na situação atual, o governo Dilma não tem mais o poder de agenda. Não controla Câmara e Senado e, com o orçamento impositivo, perdeu também uma importante moeda de troca que tinha com os parlamentares. Isso tudo mina muito do poder presidencial. Some-se a isso um nível histórico de popularidade em baixa. Estamos falando de um enfraquecimento do Poder Executivo como nunca ocorreu no Brasil.

Folha - Isso com menos de dois meses do início do segundo mandato.

Marcus Mello - Exato, e o que preocupa é que o PMDB agora tem muito poder de agenda, mas ele não internaliza para si os custos de um desequilíbrio fiscal, por exemplo. O cidadão comum não sabe nem que é Eduardo Cunha (PMDB-RJ, presidente da Câmara). A individualização da responsabilidade política na cultura brasileira é do presidente.

O PMDB é um ator que não acabará sendo responsabilizado. E, do ponto de vista fiscal, isso é importante. O partido pode simplesmente agora não aprovar nenhuma das medidas provisórias do ministro Joaquim Levy (Fazenda). O que o PMDB perde com isso, se for instaurado o caos fiscal? Ele perde um pouco, pois é parceiro, mas quem perde mesmo é a presidente da República e o seu partido.

Folha - O ajuste está ameaçado?

Marcus Mello - O risco agora é esse problema fiscal não ser considerado pelos deputados. Isso deixa a presidente da República completamente refém de lideranças que não podem ser responsabilizadas politicamente, e que não têm incentivo para se comportar de maneira disciplinada, a despeito do custo que isso trará para o país como um todo.

Do ponto de vista da política econômica, creio que essa seja a maior preocupação. Temos uma presidente da República, que é quem fundamentalmente está interessada no ajuste, refém desse Congresso dominado por outras forças políticas que não serão necessariamente responsabilizadas se o ajuste não for feito. A culpa recairá sobre a presidente.

Por outro lado, não existe a menor hipótese de acontecer qualquer tipo de reforma macro ou microeconômica. Haverá simplesmente a gestão da austeridade, algo politicamente conturbado.

Esta é uma recessão que veio para ficar, em um cenário de muita insatisfação. Nesse contexto, Dilma pode abdicar de seu poder presidencial. Pendura as chuteiras e faz uma política econômica de ajustes aqui e ali, se mantendo em uma espécie de pântano.
Herculano
23/02/2015 07:57
SEM INTERMEDIÁRIOS, por Renato Andrade, para o jornal Folha de S. Paulo

Joaquim Levy resolveu colocar o pé na estrada para negociar seu pacote de medidas que precisa ser aprovado para reduzir as despesas do governo neste ano.

Na noite desta segunda-feira, o ministro da Fazenda vai discutir os apertos propostos para o acesso a benefícios trabalhistas com o comando do PMDB, principal aliado do governo da presidente Dilma Rousseff.

É salutar ver o chefe da equipe econômica com disposição para conversar diretamente, sem intermediários, com lideranças políticas. As medidas precisam passar pelo Congresso. Sem diálogo, as chances do pacote ser destroçado por deputados e senadores são consideráveis.

Mas o movimento reforça um problema identificado nos primeiros dias do ano dentro da cozinha do Palácio do Planalto cuja solução não está no horizonte de curto prazo.

A interlocução dos ministros que operam no entorno da presidente Dilma com as lideranças dos partidos da base no Congresso é sofrível.

A vitória inconteste de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na disputa pela presidência da Câmara, no início do mês, é o exemplo mais claro disso.

De lá para cá, muita saliva foi gasta, reuniões foram realizadas, mas nenhum resultado prático foi obtido para resolver o problema. A taxa de rejeição dos articuladores de Dilma segue em alta, assim como a desaprovação do governo da petista.

O Planalto precisa dessas medidas. Elas respondem por cerca de 27% do ajuste prometido para 2015.

Levy também precisa ver o pacote aprovado. Entregar a economia de gastos anunciada ainda no final do ano passado é fundamental para a manutenção de sua credibilidade como comandante da Fazenda.

Mesmo garantindo esse corte, o caminho até o cumprimento da meta estabelecida para o ano será árduo.

O risco da economia brasileira encolher neste ano não é desprezível. Sem os cortes pensados por Levy na concessão de benefícios trabalhistas, a tesoura vai atingir outras áreas.
Herculano
23/02/2015 07:22
QUE AGONIA, por Vinicius Motta, para o jornal Folha de S. Paulo

Ao final da longa purgação que apenas se inicia, a Petrobras e todo o complexo político-empresarial ao seu redor terão sido desidratados. Do devaneio fáustico vivido nos últimos dez anos restará um vulto apequenado, para o bem da democracia brasileira.

As viúvas do sonho grande estão por toda parte. Um punhado de militantes e intelectuais fanáticos por estatais monopolistas acaba de publicar um manifesto que exala agonia.

O léxico já denota a filiação dos autores. A roubalheira na Petrobras são apenas "malfeitos". O texto nem bem começa e alerta para a "soberania" ameaçada, mais à frente sabe-se que por "interesses geopolíticos dominantes", mancomunados, claro, com "certa mídia", em busca de seus objetivos "antinacionais".

Que agenda depuradora essa turma teria condição de implantar se controlasse a máquina repressiva do Estado. Conspiradores antipatrióticos poderiam ser encarcerados, seus veículos de comunicação, asfixiados, e suas empresas, estatizadas para abrigar a companheirada.

Que espectro de PDVSA, o portento estatal total que fatura o equivalente a 60% do PIB na Venezuela, poderia surgir no Brasil. O Congresso conservador, o Orçamento limitado e vigiado, o Judiciário indócil, o Ministério Público indômito e a Polícia Federal autônoma seriam afogados pela força diluviana dessa empresa-Estado.

Felizmente o Brasil é muito maior que o petróleo que produz e pode vir a produzir. A Petrobras, mesmo agigantada após anos de política monopolista perdulária, fatura pouco mais de 5% do valor do PIB.

Quanto maior é o peso de empresas estatais na economia, mais amplos são os meios para o autoritarismo. Imagine se o governo ainda tivesse em mãos a Vale, a Embraer e as telefônicas para fazer política. Quais seriam os valores da corrupção, se é que sobrariam instituições independentes o bastante para apurá-los?
Herculano
23/02/2015 07:18
FRAUDE: DEPUTADOS TIRAM LICENÇA DE SEUS MANDATOS, MAS LEVAM CARGOS E VERBAS, por Josias de Souza

Não é incomum que o diâmetro do cérebro do político seja inferior ao do seu bolso. Mas às vezes exagera-se no contraste. Deputados que se licenciam dos mandatos para exercer cargos nos governos estaduais ou no federal encontraram uma forma pouco sutil de manter vínculos com a Câmara: exigem dos suplentes que lhes entreguem parte dos cargos e das verbas a que cada gabinete tem direito.

Os deputados dispõem de cerca de R$ 78 mil mensais para contratar até 25 assessores. Usufruem também de uma cota anual de R$ 16 milhões em emendas orçamentárias. O blog apurou que a fraude atinge essas duas rubricas. Antes de tomar posse, os substitutos têm de assumir o compromisso de entregar aos titulares entre 20% e 50% da folha salarial e das emendas.

Como ocorre em desvios do gênero, os acertos deveriam ser sigilosos. Mas disseminaram-se de tal modo que viraram segredos de polichinelo. Todos sabem que a transgressão existe. Mas fingem não ver. Os deputados licenciados contratam apaniguados nos Estados. E os suplentes atestam-lhes a "presença'' como se estivessem a serviço do gabinete. Os titulares destinam verbas federais para seus redutos eleitorais. E os suplentes assinam as respectivas emendas ao Orçamento como se fossem os autores. Um acinte.

No momento, há na Câmara 25 suplentes no exercício dos mandatos. Se quisesse, a administração da Casa não teria dificuldades para rastrear os fraudadores e estancar os desvios. Mas vigoram na Casa duas máximas. No setor de controle, o negócio é ouvidos moucos, boca fechada e olho vivo. Nos gabinetes, como receitava o Barão de Itararé, o negócio é viver às claras, aproveitando as gemas e sem desprezar as cascas.
Herculano
23/02/2015 07:11
TREINADOS PARA RESISTIR E MENTIR, SEMPRE. QUEM ASSISTIU A ENTREVISTA NO JORNAL NACIONAL DO NOVO PRESIDENTE DA PETROBRÁS SABE AGORA A RAZÃO PELA QUAL A PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF E O PT O NOMEARAM PARA LÁ. É DO TIME. A MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO É UM ATESTADO INEQUÍVOCO DO QUE TODOS JÁ SABIAM E ERAM LUDIBRIADOS POR RESPOSTAS PROFISSIONAIS. BENDINE LEVOU AMIGA EM MISSÃO DO BANCO DO BRASIL, DIZ EXECUTIVO.


Desafeto contradiz versão de presidente da Petrobras para viagem de
Socialite Val Marchiori conseguiu empréstimo do banco três anos após viagem a Buenos Aires em jato com executivos, resume o repórter Leonardo Souza, da sucursal carioca.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, deu carona para a socialite Val Marchiori e mais dois amigos num jato a serviço do Banco do Brasil na época em que era o presidente do banco, segundo o depoimento de um ex-vice-presidente do BB ao Ministério Público Federal.

Bendine e o então vice-presidente da área internacional do banco, Allan Toledo, viajaram para Buenos Aires em missão oficial em 20 de abril de 2010, para concluir a aquisição do Banco da Patagonia.

"Val Marchiori acompanhava Aldemir Bendine, sendo que se tratava de avião pequeno. Neste voo foi um casal de amigos de Bendine ou de Marchiori, além do próprio depoente e dois pilotos", disse Toledo em seu depoimento, prestado em novembro.

Três anos depois dessa viagem, Marchiori obteve um empréstimo de R$ 2,7 milhões do Banco do Brasil para sua empresa, numa operação que contrariou normas internas do banco e se tornou alvo de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.

Na viagem a Buenos Aires, Bendine e Marchiori ficaram hospedados no mesmo hotel, o Alvear, um dos mais caros da capital argentina. No ano passado, questionado pela Folha se o Banco do Brasil havia custeado a estadia da amiga, Bendine negou que os dois tivessem viajado juntos e disse que sua presença no mesmo hotel foi coincidência.

Toledo não deixou claro no depoimento em qual trecho da viagem Marchiori foi no avião com os executivos. Três ex-dirigentes do BB que pediram para não ser identificados disseram à Folha que Marchiori e seus amigos estavam no voo de volta ao Brasil.

A assessoria do Banco do Brasil negou na quinta-feira (19) que Marchiori tenha voado no avião usado por Bendine. O jato pertencia ao Banco da Patagonia e foi emprestado para o Banco do Brasil, que controla quase 60% do capital do banco argentino.

DINHEIRO VIVO
O inquérito em que Toledo foi ouvido foi aberto pelo Ministério Público para investigar denúncias do motorista Sebastião Ferreira da Silva, que trabalhou para Bendine por quase seis anos e diz ter transportado dinheiro vivo para ele em várias ocasiões.

Ferreira mencionou Toledo e a viagem a Buenos Aires em um depoimento, e por isso os procuradores intimaram o ex-vice-presidente do banco para que fosse ouvido na condição de testemunha.

Um dos principais objetivos da investigação é apurar se a amizade entre Bendine e Marchiori resultou em mau uso dos recursos do banco, o que caracterizaria crime de improbidade administrativa. Bendine afirma que não participou da liberação do empréstimo do BB para a socialite.

O motorista disse ao Ministério Público que, a pedido de Bendine, levou Marchiori a diversos endereços em São Paulo, em carros oficiais do banco, na época em que trabalhou para ele, até 2013.

Uma semana após a viagem a Buenos Aires, Bendine e a socialite se hospedaram no Copacabana Palace, no Rio. Dois ex-dirigentes do BB disseram à Folha que o banco pagou a estadia de Marchiori. Bendine e o BB negam.

O advogado de Toledo, José Roberto Batochio, afirmou que seu cliente não daria entrevista por tratar-se de assunto em segredo de Justiça.

Desafeto de Bendine, Toledo foi afastado do BB em 2011, quando um depósito milionário em sua conta o tornou alvo de suspeitas. Toledo justificou o depósito mais tarde e decidiu processar o banco na Justiça, acusando-o de quebrar seu sigilo bancário.
Herculano
23/02/2015 07:02
A VACA TOSSIU MAIS UMA VEZ. GOVERNO DO PT QUER MEXER NA APOSENTADORIA. ESTA É A PRINCIPAL CHAMADA DE CAPA DESTA SEGUNDA-FEIRA DO JORNAL O ESTADO DE S.PAULO

O governo estuda aplicar mudanças na fórmula de aposentadoria. É o que revela o ministro da Previdência Social, Carlos Gabas: "O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base partida. As centrais concordam com isso", disse ele em entrevista ao 'Estado de S. Paulo'. O esquema proposto soma a idade do tempo de serviço - 85 para mulheres e 95 para homens.

Ele afirma que o sistema precisa acompanhar a dinâmica da sociedade: "Nos últimos dez anos, a expectativa de vida no Brasil subiu 4,6 anos. Em média, a expectativa de vida chega a 84 anos e a idade média da aposentadoria por tempo de contribuição é de 54 anos. Então, o cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente".

Dentro do pacote de ajustes anunciados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governo já anunciou medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença, que custou à União R$ 120 bilhões em 2014.
Herculano
23/02/2015 06:56
PSB DEVE VIABILIZAR CRIAÇÃO DA CPMI DO PETROLÃO

Sob pressão do presidente do PSB, Carlos Siqueira, os seis senadores socialistas deverão apoiar, por unanimidade, a criação de CPMI para investigar esquema de corrupção na Petrobras. A decisão do PSB, que será oficializada em reunião nesta terça-feira (24), viabilizará a criação da comissão, cujo requerimento - articulado pelo líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) - já tem 24 assinaturas das 27 necessárias.

Numa paulada só
Além da CPMI da Petrobras, o líder do PSB, João Capiberibe (AP), deve levar para a bancada a discussão de apoiar a CPMI do BNDES.

Caixa preta
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) diz que só faltam os votos do PSB para criar CPI que investigará a caixa preta do BNDES.

Joaquim quem?
Empossado há dois meses, Joaquim Levy ainda não foi listado pela CGU, no Portal de Transparência, como ministro da Fazenda.

Ninguém merece
O efetivo da Polícia Civil do Distrito Federal é menor que há 22 anos, quando a havia 1 milhão de habitantes. Hoje, são quase 3 milhões.

TRÁFICO É QUE NÃO DEIXA EXPLODIR CAIXAS NO RIO
A explosão de caixas eletrônicos, cada vez mais comum no País, e particularmente grave em São Paulo, não é sequer um problema para a polícia do Rio de Janeiro. A Febraban, federação dos bancos, trabalha com a informação de inteligência segundo a qual os bandidos não explodem caixas no Rio porque são impedidos pelos chefes do tráfico de drogas, e não pela ação das forças de segurança pública do Estado.

História
No Rio, são conhecidos acordos "históricos" entre governos e traficantes estabelecendo áreas de "atuação" desses bandidos.

Pacote de medidas
Em São Paulo, o pacote de medidas contra explosão de caixas inclui a inutilização de cédulas, por incineração ou tinta, e emissão de fumaça.

Proibição inútil
A Febraban pretende que a fabricação de dinamite seja proibida. Bobagem: o Brasil também não fabrica os fuzis usados pelos bandidos.

À beira de um ataque
O PT prevê reunião difícil de sua Executiva, quinta (26), dia em que a CPI da Petrobras será instalada. Os petistas andam nervosos desde a revelação de que empreiteiros envolvidos no roubo à Petrobras pediram interferência de Lula para assegurar impunidade para eles.

Maldade
Nos corredores do Palácio do Planalto chamam maldosamente de "PCC" o trio que representa o poder em ascensão no PMDB: (Luiz Fernando, o governador) Pezão, (Eduardo) Cunha e (Sérgio) Cabral.

Royalties na pauta
O PMDB do Rio tenta influenciar na escolha do substituto de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. É que os ministros do STF vão julgar ainda este ano a redefinição dos royalties do petróleo.

Discussão inútil
O PT quer discutir na reunião de sua executiva, dia 26, o fato de o seu tesoureiro João Vaccari ter sido levado coercitivamente para depor na PF. Tolice. A verdade é que saiu barato para Vacari: ele não foi preso, não foi algemado, nem andou na parte de trás de um camburão.

Governo trapalhão
O insulto de Dilma à Indonésia complica a situação do traficante que está no corredor da morte, e também atrapalha o diplomata Rubem Barbosa, indicado para assumir a embaixada do Brasil em Jacarta.

Palpites caros
Só um funcionário que produz "análise de comunicação" recebeu da estatal EBC exatos R$ 53.487,60 em dezembro de 2014. E não é o único nessa tarefa extenuante. São os palpites mais caros do mundo.

Ônus da prova
Para o ministro Oreste Dalazen, do TST, não é violação ilegal do sigilo bancário monitorar contas de empregados de instituição financeira. O ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous reagiu: "A decisão expressa os tempos que vivemos: todos são criminosos até prova em contrário".

Prêmio de consolação
O PDT se reúne nesta terça (24) para acomodar deputados que ficaram de fora da CPI da Petrobras. Foram escolhidos Félix Mendonça (BA) como membro titular e Weverton Rocha (MA) como suplente.

Culpando o mordomo
Braço sindical do PT, a CUT protestará em março, "em defesa da Petrobras", contra a oposição e, claro, a imprensa que denuncia falcatruas petistas.
Herculano
23/02/2015 06:47
DINHEIRO DO TRABALHADOR SOB GRANDE RISCO. FUNDO DO FGTS TEM NAS EMPRESAS IMPLICADAS COM A OPERAÇÃO LAVA JATO MAIS DE R$ 11 BILHÕES

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O fundo FI-FGTS, que utiliza uma fatia de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) do conjunto de trabalhadores, tem mais de R$ 11 bilhões aplicados em empresas citadas na operação Lava Jato.

É mais de um terço do total de R$ 32 bilhões de recursos do fundo, que foi criado para investir em projetos de infraestrutura.

"A maioria das empresas desse setor [infraestrutura] estão na operação Lava Jato; é natural que seus projetos façam parte de um fundo com foco em infraestrutura", disse Marcos Vasconcellos, vice-presidente da Caixa. O banco é responsável pela gestão do FGTS e do FI-FGTS.

O maior investimento é em R$ 2,378 bilhões em debêntures (títulos de dívida de longo prazo) da Sete Brasil, fornecedora de navios plataformas e sondas para exploração da Petrobras no pré-sal.

O fundo também têm R$ 2,379 bilhões em ações da Odebrecht TransPort, e outro R$ 1,079 bilhão na Odebrecht Ambiental, ambas empresas de capital fechado do grupo Odebrecht.

O investimento mais arriscado até o momento é na OAS Óleo e Gás, em que o FI-FGTS tem R$ 800 milhões. O grupo atrasou pagamentos e deve pedir recuperação judicial nas próximas semanas.

Segundo Vasconcellos, o escândalo ainda não trouxe perdas ao fundo, que rendeu 7,71% em 2014.

O executivo afirmou que o FI-FGTS têm mais de R$ 10 bilhões em caixa para investir em projetos de infraestrutura. No entanto, teve de reduzir o apetite devido ao risco crescente das empreiteiras.

"Estamos esperando que novos players [empresas] voltem a participar da infraestrutura", disse.

O governo e a CVM estudam abrir o FI-FGTS para que os trabalhadores apliquem seu dinheiro como fizeram com ações da Vale e da Petrobras.
Herculano
22/02/2015 22:04
O POVO DE SACO CHEIO E ESCLARECIDO

Moacir Pereira, postou este comentário neste domingo: "Obras na Ponte do Vale, em Gaspar, estão paradas há um ano". Nenhuma novidade o título e a nota. Os leitores e leitoras desta coluna estão cansados de saber disto, apesar das reiteradas entrevistas do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, que tudo isto se trata de perseguição deste colunista. Tem gente que por uma verbinha, este tipo de notícia, não é publicada. Publica-se assuntos de Brasília. Não os que esta coluna tem relatado, de que tudo se enrola e se mente.

Escreveu Moacir: "Santa Catarina continua vivendo o estigma das pontes. Em Gaspar, a Ponte do Vale, que ligará a Rodovia Jorge Lacerda à BR-470, vai completar na próxima semana um ano com as obras paralisadas. A construtora contratada Aterpa abandonou os serviços por falta de pagamento do governo federal. Verbas prometidas até hoje não chegaram". Nenhuma novidade.

Então qual a novidade? Os comentários dos leitores de Moacir Pereira e que ele autorizou a publicação. Aqui em Gaspar, a patrulha, organizada e agressiva, constrange quem faz emite opinião na internet e redes sociais. Será que fará com os que tiveram a óbvia necessidade de se manifestar diante da realidade?

Sérgio Murilo Garcia diz
Deve estar no projeto para terminar, O Governo já comeram o dinheiro todo e agora querem mais. Tem que tirar o PT do poder, porque p país está afundando.

Klein Stuart diz:
Será que os PTralhas do Vale desviaram os recursos da Ponte ?

Sebastião Sardo diz:
Daqui a dois anos a Dilma manda mais uns trocados, voltam a prometer e o povo vota para eleger Lula, vão fazer o mesmo com a duplicação da BR 470 que está paralisada, vale lembrar que a duplicação da BR 101 sul eles estão tocando tem 12 anos, e vai demorar para concluir, a BR 101 norte o ex-presidente FHC fez em 4 anos.

Glauber Tocha diz:
Bota estigma nisso !!!
Antigamente a gente tinha a expressão "cemitério das três pontes" para outra coisa aqui na ilha.
Hoje em dia este carma atinge toda a Santa Catarina e bota o governador de quatro diante do oráculo destas efígies?
E as bruxas ocultas vigias das cabeças de cavalos e de burros enterradas aos pés dos santuários, sibilinas, sibilantes, só mais o assustam com aquelas vozes? uuuuuuuuuuuuuuuu DECIFRA-NOS OU TE DEVORAMOS!
uuuuuuuuuuuuuuuu ventu suli ????..zuuuuuuuuuuuuuuuuuummmmm

marcos diz:
CONTINUEM VOTANDO NA "DILMA" E SEUS PETRALHAS E NO COLOMBO E VOCÊS VERÃO QUANTAS OBRAS AINDA FICARÃO PARADAS. MAS COM CERTEZA ESTA CONSTRUTORA NÃO PARTICIPOU DO ESQUEMA DAS PROPINAS, POR ISSO NÃO RECEBEU?..
LUIZ ORLANDO POLI
22/02/2015 21:14
Toda essa instabilidade econômica, social e politica que o país está mergulhado é absolutamente preocupante. A volta da inflação (o pior dos impostos para os mais pobres) os escândalos na PTbras (aquela que eles diziam que se o FHC privatizasse iriam ate o STF) o aparelhamento do estado nos seus mais diversos setores colocam em risco o estado democratico de direito. Esse populismo que tomou conta do continente latinoamericano começa a inviabliza-lo economicamente e socialmente. Esses lideres populistas entendem que um estado forte é aquele que é tutor da sociedade como um todo. Isso tem nome DITADURA disfarçada de democracia. Controle da imprensa e redes sociais ? controle ? Ora um dos maiores pilares de uma democracia é uma imprensa livre, claro que deve ser imparcial, isenta, ter responsabilidade no que publica ou fala, agora amordaça-la ? Um partido que hoje comprovadamente não tinha e não nunca teve projeto de governo e sim de poder está levando um país potencialmente rico ao atraso. Todas as conquistas do plano de estabilização econômica com o advento do real esta em perigo. Ou setores produtivos reagem ou teremos tempos difíceis. Segundo analistas econômicos 2015 e 2016 serão anos perdidos, devido ao comprometimento que esse governo fez com a gastança sem limites para se manter no poder.
João João Filho de João
22/02/2015 21:04
Carlos Roberto Sampaio, vá de retro satanás!
Juju do Gasparinho
22/02/2015 21:02
Prezado Herculano:

É impressionante ser permitido um partido comunista no Brasil, que nasceu, viveu e morrerá exaltando ditaduras comunistas, que são na verdade um assalto total dos bens dos cidadãos de qualquer país onde já esteve no poder para os cofres dos chefões do partido, que vivem como marajás com o dinheiro e o suor alheio.

Fora, rato Sampaio corruPTo e incomPeTente!
Anônimo disse:
22/02/2015 20:55
Herculano, sobre a inauguração da escola Angélica, é assim mesmo.
Comunista gosta é do dinheiro dos outros.
Fazer filantropia com recurso alheio é com elles mesmo.
São os verdadeiros canalhas e, no mínimo, coniventes com essa roubalheira.

Ah! e falando em canalha, não é que o rato sampaio parente do camundongo hilário, veio aqui encher a bola do Adilson?
O coitado do rato veio lá da esgotosfera imunda para colocar o fucinho pelado aqui, e vomitar toda a sua raivinha, colocando o Adilson em
evidência.

#teenxergaPiToco
Adilson Luis Schmitt
22/02/2015 20:53
Mais uma vez nós somos motivo de chacota em SC!!!

Blog do Moacir Pereira no Clic RBS

Obras na Ponte do Vale, em Gaspar, estão paradas há um ano

22 de fevereiro de 2015


Santa Catarina continua vivendo o estigma das pontes. Em Gaspar, a Ponte do Vale, que ligará a Rodovia Jorge Lacerda à BR-470, vai completar na próxima semana um ano com as obras paralisadas. A construtora contratada Aterpa abandonou os serviços por falta de pagamento do governo federal. Verbas prometidas até hoje não chegaram.

http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2015/02/22/obras-na-ponte-do-vale-em-gaspar-estao-paradas-ha-um-ano/?topo=67,2,18,,,77
Arara Palradora
22/02/2015 20:43
Querido, Blogueiro:

Postado às 06:31hs.
Se na foto aparecer a Sra. Elizete de Souza D'Avila, terei o maior prazer em admirá-la. Mas os dois papa morcego, Rampeloti e Giovânio é de vomitar deitado.

Voeeeiii...!!!
Pernilongo Irritante
22/02/2015 20:29
Para Lauro Jardim, porque o Lula, vagabundo, ladrão máximo do Brasil
não paga a conta?
Juju do Gasparinho
22/02/2015 20:27
Prezado Herculano:

Hoje não me dirigirei à você, e sim ao Adilson:

Beijinho no ombro que o recalque (petista) passa longe.
Herculano
22/02/2015 17:14
ATÉ QUE ENFIM, O PT ESTÁ UNINDO O BRASIL! CONTRA O PT! OU: O QUILO DO MÚSCULO A R$23! OU: ATÉ EU VIREI UM MEME, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

O que faço conduzindo um táxi, no Rio? Explico. Houve um tempo em que a desculpa dos petistas para todas as bobagens que eles próprios faziam colava. Ao menor sinal de contratempo, lá vinha uma dessas frases: "Foi o FHC que começou!"; "No governo FHC era pior"; "É herança maldita do FHC". [em Gaspar é o Adilson...]

Pois é? O tempo passou na janela, como diria o petista Chico Buarque, e só as Carolinas Vermelhas, e com os bolsos cheios de dinheiro roubado, não viram. Essa última parte, é certo, o Chico não diria. Não deu tempo de ler o noticiário lá em Paris.

Na primeira e desastrada entrevista que concedeu depois de um adorável silêncio de 60 dias, Dilma não teve dúvida: segundo disse - e é mentira! -, a corrupção na Petrobras começou no governo FHC. A ela, coitadinha!, teria cabido a tarefa de combater a roubalheira.

Não colou!

Não só não colou como a coisa caiu no ridículo. A Internet, especialmente as redes sociais, foi invadida por uma avalanche de memes ironizando a bobagem dita pela governanta. Há o do cachorrinho que faz lambança na casa, segurando na boca uma plaquinha: "Foi o FHC". É a resposta que um garotinho dá ao pai ao levar uma bronca por ter feito xixi no tapete. Em outro, um tiranossauro rex lamenta, ao perceber que um meteoro gigante atingiu a Terra: "Porra, FHC!". O mesmo FHC é detectado por um satélite russo pulando de paraquedas pouco antes de o segundo avião atingir as Torres Gêmeas.

Eis aí. Acabou a condescendência. Ninguém mais tem saco para aguentar os petistas e suas desculpas. A reputação do partido se esfarelou. Há um fastio crescente nas ruas, que não distingue mais classes sociais.

Comentava a questão ontem com a minha mulher, que disparou uma frase que me parece sintetizar admiravelmente o momento: "Pois é? Uma coisa era esse papo furado no auge daquele modelo que incentivava o consumo, outra, bem diferente, é tentar essa desculpa quando o quilo do músculo está a R$ 23". Na mosca!

E olhem que sedizentes intelectuais como Marilena Chaui (que ocaso triste vive esta senhora!), Emir Sader e Leonardo Boff (o pensador que escreve livros sobre galinhas?) se esforçam: resolveram lançar em manifesto em defesa da Petrobras, como se a empresa estivesse sob ameaça. Quer dizer: está! Mas quem corrói seu patrimônio e sua reputação é a companheirada petista. Nada mais dá certo! Se o PT passar a defender a Lei da Gravidade, haverá uma onda de desconfiança sobre a efetividade da dita-cuja.

Até este que vos escreve virou meme. No Rio, em São Paulo e em toda parte, é você entrar no táxi, e o motorista senta a pua no PT, na Dilma, na companheirada? Aí um gaiato brincou: "Acho que o Reinaldo Azevedo anda a fazer a cabeça dos motoristas de táxi?". E eu, quem nem dirijo, apareço conduzindo um bólido, hehe?

É bem verdade que este blog e também o programa "Os Pingos nos Is", que ancoro na Jovem Pan, fazem um sucesso danado entre os motoristas, os porteiros, os operários, os intelectuais de verdade (não entre as bruxas e suas vassouras teóricas), os empresários? O PT, finalmente, cumpre aquele que era um de seus anunciados propósitos: unir o Brasil! Os petistas estão unindo o Brasil contra o PT!
Herculano
22/02/2015 16:46
CARTOLA FURADA, por Lauro Jardim, de Veja

Quase cinco meses após o fim do primeiro turno das eleições de 2014, quando Alexandre Padilha e Lindbergh Farias foram derrotados, o PT de São Paulo e o PT do Rio de Janeiro ainda não conseguiram desatar o nós das dívidas das duas campanhas.

O diretório de São Paulo ainda deve 25 milhões de reais na praça e o do Rio, 12 milhões de reais.

A expectativa de Padilha e Lindbergh era que o cofre do PT nacional e o mágico João Vaccari Neto fizessem o dinheiro aparecer, mas está praticamente impossível arrecadar em tempos de Lava-Jato.

E da cartola de Vaccari hoje é mais fácil sair um par de algemas do que moedas.
Herculano
22/02/2015 16:43
PARA OS SEGUIDORES DA IDEOLOGIA QUE MATA PARAVIVER, TODO OPOSITOR QUE SE OPÕE É GOLPISTA, por Valentina de Botas

Em cima do guarda-chuva tem a chuva à espera da manhã tão bonita em que o Brasil estará livre de tantos canalhas, enquanto eles jamais se livrarão de si mesmos, presos entre a consciência do que são e a farsa como se impõem ao país. Não sei se haverá impeachment ou se a súcia será derrotada nas urnas. Só sei que virá a tão demorada aurora como um céu atrás do arranha-céu. E os vigaristas que a adiaram, ainda que se livrem da cadeia, não escapam da própria mentalidade miserável, cela estreita que só abre por fora.

Você reconhece um ditador quando ele manda capangas encapuzados prender um opositor acusado de se opor, afinal oposição na patologia bolivariana é golpismo. Reconhece outra quando ela acusa um promotor de ser assassinado só para incriminá-la. Paulo Betti acha, "por exemplo, a Suíça tão imoral quanto a Guiné Equatorial", incorrendo na ética da cela exígua onde cabem folgadas as consciências dos seguidores da ideologia que mata para viver.

Exemplos? Que tal Venezuela, Argentina ou Irã que assassinam dissidentes? Neste cinismo crônico que planifica diferenças, o regime lulopetista se promove do mais corrupto para o que mais investiga. Por exemplo, ensaiar uma CPI com os investigados, o jeca assediar Gilmar Mendes, Cardozo debochar da república no encontro clandestino com Renault, o déficit moral e/ou técnico dos novos ministros do STF, a norma obscura enxertada no TCU por Adams, o cerco a Sergio Moro.

A imoralidade sabotadora da fronteira entre o certo e o errado não está apenas no financiamento espúrio do Carnaval, da contravenção inzoneira à grana arrancada de uma nação miserável por um homenzinho repugnante; em a Beija-Flor aceitar o dinheiro e na vitória infame da escola: o desfile de indignidades tem o clímax na justificação cínica delas. Porém, saibam os lulopetistas e os habitantes do território hostil à dignidade, há resposta ao cinismo visceral deles.

Para Betti, se a Suíça - a Suíça! que paira entre os cinco primeiros países na classificação da Transparência Internacional, a Suíça dos chocolates, dos relógios, do lago Zurich e do Roger Federer - é imoral, a escória que ele enaltece pode torrar uma Petrobras inteira para se arrumar no vidão e prevenir o golpe da alternância no poder. Da cela obscura, as bestas quadradas espertalhonas bradam que é tudo igual, tramando naturalizar espantos. Reagir a isso é golpismo, sentencia outro manifesto dos intelectuais de pensamento enjaulado tanto para defender os vigaristas quanto para nos convencer da nossa solidão porque seríamos poucos os indignados.

Ora, no meio da couve-flor tem a flor e tem sabor: sim, nossos heróis morreram de overdose e nossos porta-vozes institucionais estão mudos frequentemente; mas somos muitos e nossa solidão resulta de sermos livres para sermos diferentes, andarmos solitários (e não em manadas) por entre as gentes e constatarmos a diferença entre FHC e um jeca, Moro e um cardozo, Juca de Oliveira e um paulobetti, d. Ruth e uma dilma, Augusto Nunes e um pha, a Suíça e a Guiné Equatorial.

As primeiras pessoas de cada par não são nossos heróis, apenas admirados por quem distingue a decência - somos todos os heróis, cada indignado é herói de si mesmo por um dia, todos os dias, na sobrevivência físical e moral ao país em tudo, mas não todo, sucateado. Com a arte de segurar o porta-estandarte até que façamos aquela manhã.
Herculano
22/02/2015 16:31
A vergonha. E contra os brasileiros que pagam pesados impostos que serve à corrupção e incompetência do governo do PT, PMDB, PP...

PARA SOCORRER DILMA, RENAN RETIRA O IR DA PAUTA, por Josias de Souza

Reza a Constituição que os Poderes da República são independentes e harmônicos entre si. Sempre firme no seu propósito de presidir o Legislativo com independência, Renan Calheiros já demonstrou que é a favor de tudo e absolutamente contra qualquer outra coisa. Desde que esteja em perfeita harmonia com o Executivo.

Para socorrer Dilma Rousseff novamente, Renan empurrou com a barriga a votação do veto presidencial ao texto que havia reajustado a tabela do Imposto de Renda em 6,5%.

Deputados e senadores esperavam deliberar sobre a matéria em sessão marcada para terça-feira (24). Como presidente do Congresso, Renan é o responsável pela elaboração da pauta. Relacionou quatro vetos presidenciais. Nenhum deles trata do Imposto de Renda. A exclusão ocorre num instante em que até um pedaço PMDB, partido de Renan, tramava juntar-se à oposição para ajudar a derrubar o veto de Dilma.

Às voltas com a herança que deixou para si mesma, Dilma faz por pressão o ajuste fiscal que não fez por opção. E afirma que não há dinheiro no Orçamento da União para cobrir o custo de um reajuste de 6,5% na tabela do IR. Coisa de R$ 7 bilhões. Ela oferece 4,5%, um percentual bem abaixo da inflação, que fechou 2014 em 6,41%. Com o gesto de Renan, o Planalto ganhou tempo para seduzir seus aliados mais fiei$.

A partir de 8 de março, o veto do IR passa a "trancar'' a pauta do plenário do Congresso, que reúne deputados e senadores em sessões unicamerais. Significa dizer que nada poderá ser votado antes que os congressistas decidam se vão manter ou derrubar o veto de Dilma.

Autor da emenda dos 6,5%, o deputado pernambucano Mendonça Filho, líder do DEM, disse que protocolará na Mesa do Congresso um requerimento para que o veto do IR seja incluído na pauta desta terça. "Não há razão nenhuma para esperar mais tempo. Os trabalhadores estão sendo penalizados. A presidente diz concordar com o reajuste de 4,5%, mas não fez nada para assegurar nem mesmo esse percentual. Já se passaram quase dois meses de 2015 com correção zero. Agora, querem impor o terceiro mês sem reajuste."

Mendonça acrescenta: "Não é aceitável que o Planalto exerça seu poder de pressão sobre o presidente do Congresso para impedir a apreciação de um veto que prejudica os trabalhadores, impondo um aumento de imposto disfarçado. Faremos o possível para evitar."
Herculano
22/02/2015 16:25
O PT E OS ATOS DE VINGANÇA

1. Deixou o novo embaixador da Indonésia ir até o Palácio do Planalto, e só lá, na hora do protocolo, como num ato de vingança e humilhação perante todos, disse que não teria as suas credencias recebidas pela presidente Dilma Vana Rousseff, PT, para se criar um factoide. E para que? Para mandar recado? Não para encobrir tirar o foco sobre a corrupção, roubalheiras do partido e do governo, economia em frangalhos...

2. O governo e o partido tratam todos os que divergem como infiéis, que devem ser degolados, humilhados ou desmoralizados. E faz questão de fazer isto em praça pública para lançar medo a todos. Parece que que isto expõe e solidifica a verdade de quem se trata e como perigosamente age contra a ética, a moral, a lei e inocentes.
Roberto Basei
22/02/2015 15:32

COMO É FÁCIL GOVERNAR ESSE PAÍS!

Primeiro é só falar mal do Michel Temer! O difícil é ter ele como vice, os presidentes do Senado e da Câmara do mesmo partido.
O legado das politicas sociais. Ex: Da bolsa família foi prostituído! Só porque essa Pseud. esquerda quis se perpetuar no poder! FHC criou e o MULA só mudou o nome, a rosa continuaria a cheirar bem se tivesse outro nome, não é mesmo?
Ha 15 anos no poder dando continuidade ao roubo! E sair gritando pega ladrão! Se passando por inocente!!!!
Aplica a segregação racial!
Depois diferencia a mesma classe!
Distribui benesses aos amigos!
Guarda 30 mil em casa!
Diz que classe média ganha R$1.000,00
E que ladrão é o Governo Anterior!
E que falir a maior estatal é uma conspiração para derrubar o Governo!
Apoia traficantes presos!
É contra preso politico que defende o povo nos países vizinhos!
E por último é só mentir que investe em educação!
Herculano
22/02/2015 11:30
Isto está virando uma unanimidade. O que é perigoso pois é burra. Onde é que este pessoal se meteu e não admite que está todo emlameado, o que é muito perigo também pois se aproxima do califado onde só a versão dele tem valor.

A CORRUPÇÃO E O PT, por Paulo Alceu

Indiscutivelmente uma das bandeiras mais fortes que empurrou o PT para o poder foi o combate incessante à corrupção. A intolerância ao mau uso do dinheiro público tornou-se um dos pilares que alçou Lula em 2003 ao Planalto. Mas não durou um ano para aparecer o primeiro escândalo envolvendo um assessor do todo poderoso José Dirceu. Waldomiro Diniz foi filmado pedindo propina ao bicheiro Carlos Cachoeira.

partir daí o governo do 13 esteve sempre direta ou indiretamente envolvido em casos rumorosos próximos a sala do presidente Lula e agora da presidente Dilma. A partir daí, só para aguçar a memória, outros episódios preencheram o currículo da corrupção. Em 2005 com o mensalão. 2010 surge a ministra Erenice Guerra, ligada a presidente Dilma, favorecendo empresários em troca de taxa de sucesso. 2013 teve também o caso da ex-secretária Rosemary Noronha, traficando informações, direto do gabinete da presidência em São Paulo.

E agora, em 2014, a Petrobrás, com o Lava Jato. Mas nessa caminhada tiveram também casos como dos aloprados comprando dossiês falsos para atingir tucanos, o uso indevido de cartão corporativo para benefícios próprios, dinheiro na cueca, em aviões, em hotéis e assim por diante. Mas vale registrar que diante de tantas barbaridades em 2011 seis ministros, que carregavam na bagagem instrumentos de corrupção, foram demitidos. Naquele momento a presidente Dilma passava a ocupar um lugar de destaque e respeito, pois demonstrava que estava cortando na própria carne e repelindo atitudes de ilegalidade. Não durou muito. Em alguns casos menos de um ano. A maioria voltou para debaixo do guarda-chuva do poder em nome da reeleição, mostrando, na verdade, a real identidade do PT e da presidente.

Isso são fatos, que não retiram do contexto outras agremiações que também transitam impunes nesse mesmo trilho de repugnante safadeza. Ao mesmo tempo em que Lula e Dilma afirmam que impulsionaram essas investigações determinando as operações que alcançaram suspeitos de corrupção, corruptos e corruptores, declaram que nada sabiam. Não sabendo nada, como pedir para investigar...
Herculano
22/02/2015 11:24
SAY MULLER

Quem foi o padrinho da gasparense inventada pelo PT daqui para lidar com o lixo, Say Muller, em Bombinhas?

Coisa montada no escurinho e os vereadores de lá estão de olho. O Ministério Público também. A contratação emergencial foi por dispensa e aberta dia 30 de dezembro as 13:00 horas e só teve a Say Muller como participante. O mais estranho ainda é que somente abriram um novo processo dia 05 de janeiro, mas que foi adiado.

Herculano
22/02/2015 11:15
O CABIDE

O ex-secretário de Estado e ex-deputado estadual e que teve que correr da reeleição por problemas na Justiça Eleitoral, Gilmar Knaesel, PSDB, arrumou uma boquinha. Ele - como outros três candidatos a deputado que não conseguirem se eleger - assumir um cargo na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Servidor de carreira do Executivo na fiscalização, ele será cedido ao Legislativo. Ainda não sabe se trabalhará junto ao gabinete do presidente Gelson Merisio,PSD, ou na bancada tucana, mas está com a boquinha garantida. O ato sairá nos próximos dias.
Herculano
22/02/2015 11:10
DE MÃOS ATADAS, por Dora Kramer para o jornal O Estado de S.Paulo

Alvo da vez no meio do intenso tiroteio de denúncias, suspeições, informações e contra informações decorrentes da Operação Lava Jato, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reivindica um minuto de atenção para que se reflita sobre duas questões.

Primeira: "Alguém em sã consciência consegue acreditar que eu possa telefonar para o Teori Zavascki,ministro do supremo tribunal Federal) pedindo que ele aceite os habeas corpus dos advogados em favor dos clientes presos?"

Segunda: "Posso, por acaso, ligar para o juiz Sérgio Moro e pedir que ele conduza o processo desta ou daquela maneira, de modo a favorecer a quem quer que seja?"

Ele mesmo responde: "Nem se quisesse poderia fazer nada, pois estaria me arriscando a ser preso". Com isso, o ministro José Eduardo Cardozo quer dizer que há mais conjectura fantasiosa (ou esperançosa) que objetividade na suposição de que o governo possa de fato interferir nos procedimentos de modo a evitar o avanço das investigações ou de alguma forma anular o que foi feito até agora.

Não que isso não possa ocorrer, mas é algo a ser tentado pelos advogados no âmbito judicial. Olhando por esse ângulo, o ministro realmente tem razão. Conforme noticiou o Estado na sexta-feira, emissários das empreiteiras envolvidas têm procurado o ex-presidente Luiz Inácio da Silva em busca de interferência política.

Mais fácil de falar que de fazer. Se quando estava no auge, governo poderoso com apoio político sólido, Lula nada conseguiu para salvar os envolvidos no processo do mensalão - um caso até insignificante se comparado com o atual -, não seria agora que teria espaço para atuações de bastidor para lá de arriscadas.

Pelo seguinte: as investigações sobre a Petrobrás estão sendo feitas também por órgãos internacionais; a Justiça brasileira-inclusive os tribunais superiores, STJ e STF - não dá sinais de condescendência com os acusados e tem apoiado as decisões de Sérgio Moro; há toda uma atmosfera de alerta contra a possibilidade de interferência política; e, mais importante, o governo está fraco. Mal pode com as próprias pernas. O que dirá com as dos outros.

O ministro da Justiça apresenta sua versão sobre o encontro com os advogados Sigmaringa Seixas e Sérgio Renault, negando que teriam conversado sobre a hipótese de uma "operação salva-vidas". Segundo ele, houve apenas uma troca de cumprimentos na antessala do gabinete.

Afirma também que recebeu advogados da Odebrecht para tratar de dois assuntos administrativos da Polícia Federal: reclamação sobre vazamentos ilegais de informações e questionamento da legalidade de provas obtidas pelo Ministério Público na Suíça.

Ainda que, por hipótese, não tenha sido só isso, a confusão gerada por esses encontros serviu de alerta para a impossibilidade prática de se prosseguir por caminhos heterodoxos, fora do campo judicial. A interferência, se mudar alguma coisa, é para pior.

Lula nessa seara já tem problemas demais.

Discurso da rainha.
Sim, a presidente Dilma Rousseff tem razão: se o esquema de corrupção na Petrobrás tivesse sido investigado antes, as coisas não tinham chegado ao ponto em que chegaram.

Ela referiu-se ao governo Fernando Henrique Cardoso, ao qual seu partido sucedeu, em 2003. Teve, portanto, 11 anos para pedir a abertura de investigações ao Ministério Público, à Polícia Federal e demais órgãos de controle.

O que se viu, no entanto, foi a quadrilha aprofundando e estendendo seus tentáculos debaixo dos narizes dos presidentes petistas e a presidente até meados do ano passado negando peremptoriamente que houvesse qualquer irregularidade na companhia.
Herculano
22/02/2015 10:59
ILHOTA EM CHAMAS. TRIBUNAL RECOMENDA À CÂMARA A APROVAÇÃO DE CONTAS DE 2013 DO PREFEITO DANIEL CHRISTIAN BOSI, PSD. MAS AS IRREGULARIDADES QUE PRECISAM SER CORRIGIDAS É LONGA. COMO ELE TEM DIFICULDADES DE MAIORIA NA CÂMARA, O ASSUNTO PODERÁ RENDER E GERAR DESGASTES

EMITE PARECER recomendando à Egrégia Câmara Municipal de Ilhota a APROVAÇÃO das contas anuais do exercício de 2013 do Prefeito daquele Município à época, com a seguinte ressalva: 6.1.1. Ressalva ao Poder Executivo Municipal de Ilhota com fulcro no art. 90, § 1°, do Regimento Interno do Tribunal de Contas de Santa Catarina (Resolução n. TC-06/2001), sob pena de em caso de eventual descumprimento dos mandamentos legais pertinentes, a aplicação de futura sanção administrativa prevista no art. 70 da Lei Complementar (estadual) n. 202/2000 (Lei Orgânica deste Tribunal), a adoção de providências para correção da restrição a seguir apontada:

6.1.1.1. Balanço Consolidado não demonstrando adequadamente a situação financeira, orçamentária e patrimonial do Município em 31 de dezembro de 2013, em virtude das inconsistências contábeis apuradas, contrariando os princípios fundamentais de contabilidade aplicados à administração pública, bem como os artigos 101 a 105 da Lei n. 4.320/64 e o artigo 53 da Lei Complementar n. 202/2000 - Lei Orgânica do TCE/SC (itens 8.1.4, 8.1.5, 8.1.6, 8.1.7 e 8.1.9). 6.1.2. Recomenda ao Poder Executivo Municipal de Ilhota com fulcro no art. 90, § 1°, do Regimento Interno do Tribunal de Contas de Santa Catarina (Resolução n. TC-06/2001), sob pena de em caso de eventual descumprimento dos mandamentos legais pertinentes, a aplicação de futura sanção administrativa prevista no art. 70 da Lei Complementar (estadual) n. 202/2000 (Lei Orgânica deste Tribunal), a adoção de providências para correção das restrições a seguir apontadas:

6.1.2.1. Déficit de execução orçamentária do Município (Consolidado) da ordem de R$ 925.566,61, representando 3,66% da receita arrecadada do Município no exercício em exame, aumentado em 751,53% pela exclusão do superávit orçamentário do Instituto de Previdência, em desacordo ao artigo 48, ?b? da Lei n. 4.320/64 e artigo 1º, § 1º, da Lei Complementar n. 101/2000 (LRF), parcialmente absorvido pelo superávit financeiro do exercício anterior - R$ 223.408,50, ressalvando-se o registro de Restos a Pagar no montante de R$ 1.497.925,97, pendentes de pagamento em função de recursos de convênios que não ingressaram nos cofres públicos no exercício em análise. (itens 1.2.1.1 e 3.1).

6.1.2.2. Déficit financeiro do Município (Consolidado) da ordem de R$ 820.536,91, resultante do déficit orçamentário ocorrido no exercício em exame, correspondendo a 3,24% da Receita Arrecadada do Município no exercício em exame (R$ 25.316.280,92), em desacordo ao artigo 48, "b" da Lei n. 4.320/64 e artigo 1º da Lei Complementar n. 101/2000 ? LRF, ressalvando-se o registro de Restos a Pagar no montante de R$ 1.497.925,97, pendentes de pagamento em função de recursos de convênios que não ingressaram nos cofres públicos no exercício em análise. (itens 1.2.1.2 e 4.2).

6.1.2.3. Ausência de realização de despesas, no primeiro trimestre de 2013, com os recursos do FUNDEB remanescentes do exercício anterior no valor de R$ 2.939,15, mediante a abertura de crédito adicional, em descumprimento ao estabelecido no § 2º do artigo 21 da Lei n. 11.494/2007 (itens 1.2.1.4 e 5.2.2, limite 3).

6.1.2.4. Ausência de disponibilização em meios eletrônicos de acesso público, no prazo estabelecido, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, de modo a garantir a transparência da gestão fiscal com os requisitos mínimos necessários, em descumprimento ao estabelecido no artigo 48-A, II da Lei Complementar n° 101/2000 alterada pela Lei Complementar n. 131/2009 c/c os artigos 2°, § 2°, II, 4°, II e 7°, II do Decreto Federal n. 7.185/2010 (item 1.2.1.9 e Capítulo 7 e item 1.2.1.9).
6.1.2.5. Ausência de encaminhamento do Parecer do Conselho Municipal de Saúde, em desatendimento ao que dispõe o art. 1º,§ 2º, "a", da Resolução TC n. 77/2013 (itens 1.2.2.1 e 6.2 ).
6.1.2.6. Ausência de encaminhamento do Parecer do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, em desatendimento ao que dispõe o art. 1º,§ 2º, "b", da Resolução TC n. 77/2013 (itens 1.2.2.2 e 6.3).

6.1.2.7. Ausência de encaminhamento do Parecer do Conselho Municipal de Assistência Social em desatendimento ao que dispõe o art. 1º,§ 2º, "c", da Resolução TC n. 77/2013 (itens 1.2.2.3 e 6.4).
6.1.2.8. Ausência de encaminhamento do Parecer do Conselho Municipal do Idoso em desatendimento ao que dispõe o art. 1º,§ 2º, "e", da Resolução TC n. 77/2013 (itens 1.2.2.4 e 6.6).
6.1.2.9. A adoção de providências imediatas quanto às irregularidades mencionadas no Capítulo 6 ? Do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.

6.2. Determina a formação de autos apartados (processo RLI - Inspeção referente a Registros Contábeis e Execução Orçamentária para fins de exame da matéria referente ao Balanço Consolidado não demonstrando adequadamente a situação financeira, orçamentária e patrimonial do Município em 31 de dezembro de 2013, em virtude das inconsistências contábeis apuradas, contrariando os princípios fundamentais de contabilidade aplicados à administração pública, bem como os arts 101 a 105 da Lei n. 4.320/64 e o art. 53 da Lei Complementar n. 202/2000 - Lei Orgânica do TCE/SC (item 8.1.10 (8.1.4, 8.1.5, 8.1.6, 8.1.7 e 8.1.9 do Relatório DMU).

Uma pergunta final. Se o próprio Tribunal diz que claramente há consistências contábeis, contrariando os princípios fundamentais de contabilidade aplicados à administração pública, e ainda assim recomenda a sua aprovação, não é ser solidário com o erro e o resultado que isto causa?
Herculano
22/02/2015 10:50
A GOVERNABILIDADE CONSPIRA CONTRA A REFORMA ADMINISTRATIVA DE RAIMUNDO COLOMBO, PSD.

O governador Raimundo Colombo, PSD, é um péssimo exemplo de tomada de decisão. E esta dita reforma administrativa é outro exemplo. A pressão é grande e o que se desenho, vai ficar pior do que se quer. E quem vai pagar o preço é o contribuinte catarinense e o futuro do estado.

A reforma administrativa do governo estadual deve mesmo ser encaminhada para a Assembleia Legislativa nesta semana. Antes de viajar para os Estados Unidos ? em missão oficial e alguns dias de férias -, o governador recebeu o grupo de secretários que comanda as alterações na máquina estadual para ver o resultados das discussões internas. Sugeriu alterações, o que fez a proposta voltar para a mesa de técnicos e advogados que costuram a redação final do projeto.
Herculano
22/02/2015 10:34
DEVO, NÃO NEGO...por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S.Paulo

Perdendo financiamentos, negócios e credibilidade, as empreiteiras entram em desespero

Depois de doar (ou emprestar?) R$ 21,7 milhões às campanhas do PT em 2014, sendo R$ 7,5 milhões para a reeleição de Dilma Rousseff, nada mais natural que a empreiteira UTC bata à porta do partido e do governo pedindo socorro e ameaçando neste, digamos, momento de dificuldades. A questão é saber como Lula, Dilma e o PT querem, e podem, pagar essa dívida.

A UTC é apontada como coordenadora do esquema da Petrobrás e seu dono, Ricardo Pessoa, é o homem-bomba da vez, mas ela nem é a empreiteira prioritária na agenda, nas relações e nas viagens do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que, depois de descer a rampa do Planalto, cruzou céus e mares abordo de jatinhos e de interesses principalmente da OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht.

Mas isso é um detalhe. O fato é que, com seus executivos trancafiados há meses e perdendo financiamentos, negócios e credibilidade, todas as grandes empreiteiras entraram em desespero. E correram para quem? Até onde se saiba,para o amigão Lula, como revelaram as repórteres Débora Bergamasco e Andreza Matais, do Estado, e para o ministro justamente da Justiça, José Eduardo Cardozo, que não faz outra coisa senão tentar se explicar.

Em política e em comunicação, nada pior do que ter de se explicar dia e noite, ainda mais num ambiente hostil. Quando as coisas vão bem para o PT e para o governo, as versões colam. Quando as coisas vão mal na economia, na política e na área ética, tudo muda de figura. Os ouvidos se fecham, a boa vontade escasseia.

E há um problema teológico e outro "técnico": Lula não pode tudo, e o governo inteiro promete o que quiser, fala em reviravolta da Lava Jato, ajuda a criar obstáculos jurídicos, mas é preciso combinar com os adversários. Executivo é Executivo, Judiciário é Judiciário. Sem falar que o juiz Sérgio Moro vestiu uma armadura à prova de pressões.

Então, que Ricardo Pessoa ameace e que os empreiteiros façam fila no Instituto Lula, no Ministério da Justiça, quiçá no Planalto, mas o que Lula, Dilma e Cardozo podem fazer? Tirar Moro do processo, cercear o trabalho dos procuradores, dar ordem de comando para os policiais federais?

Até agora, há dois fatores a favor dos empreiteiros, de seus executivos e advogados (que, aliás, andam num assanhamento juvenil diante desse mar de oportunidades). Um é o habeas corpus concedido pelo supremo tribunal Federal para Renato Duque, o homem do PT no esquema da Petrobrás. É claro que anima os demais presos.

Outro fator é a formalidade na obtenção de provas no exterior. Os procuradores se precipitaram e correram atrás delas antes de acionado o tratado entre Brasil e Suíça? Caso afirmativo, as provas perdem o valor? Bem, isso é lá com os advogados e seus clientes, mas, do ponto de vista policial, político e de comunicação, não mexe uma palha nesse palheiro Enquanto isso, Dilma, publicamente, e Lula, nos bastidores, tocam num ponto sensível: o poder real (não só eleitoral) das empreiteiras, que geram renda e milhões de empregos. Uma quebradeira do setor teria efeito em cascata sobre toda a economia.

O preço, porém, pode valer a pena. Jogar a poeira, a roubalheira e os bilhões roubados debaixo do tapete, em nome da estabilidade da economia, seria muito mais danoso ao Brasil do que abrir essa caixa-preta para defender o interesse nacional de hoje e do futuro. É um bom começo para a turma política, empresarial e executiva botar as barbas de molho e ir mais devagar com o andor da roubalheira.

A ilha
Concluída a equipe econômica, está confirmado que Joaquim Levy é uma ilha no governo. Além de Nelson Barbosa (Planejamento), também Aldemir Bendini (Petrobrás), Luciano Coutinho (BNDES), Miriam Belchior (CEF) e Alexandre Abreu (BB) são leais súditos do império petista. Se a coisa não aprumar, adivinha quem será o mordomo da história...
Herculano
22/02/2015 10:21
QUEM PARIU MATEUS... Ferreira Gullar para o jornal Folha de S. Paulo

Posto assim contra a parede, o PT recorre à prática de sempre: apresenta-se como vítima de uma conspiração

Nas últimas eleições para a presidência da República, votei em Aécio e estava certo de que Dilma Rousseff seria derrotada. Mas ela ganhou. Meu consolo foi verificar que ganhou por pouco mais de 3% dos votos.

De qualquer modo, seria melhor que ela tivesse perdido, pensava comigo mesmo, até que me dei conta de que a coisa não era tão simples assim. Ao considerar a quantidade de problemas que ela teria de enfrentar, avaliei melhor a situação - conforme escrevi aqui - e concluí que ela havia deixado, para si mesma, uma verdadeira herança maldita.

E é o que está se vendo. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que ela nomeou para tentar evitar que o barco afundasse, pensa o contrário dela e considera um erro a política econômica por ela imposta ao país.

Por isso mesmo, preparou uma medida provisória, enviada ao Congresso, que atinge algumas conquistas dos trabalhadores --como o salário desemprego, pensão e auxílio-doença. Mal a proposta chegou à Câmara de Deputados e as centrais sindicais se mobilizaram para impedir sua aprovação. E não só elas - que representam grande parte do eleitorado petista - mas também parlamentares da base do governo e até do PT.

Já pensou no que vai dar isso? Se medidas dessa natureza não contam com o apoio dos trabalhadores e da base parlamentar governista, a situação econômica do país caminhará para um ponto crítico, cujas consequências políticas para o governo serão inevitáveis.

Isso sem falar na Operação Lava Jato, cujas denúncias se multiplicam, envolvendo gente da cúpula petista, como é o caso de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, que teria recebido, das mãos do denunciante, milhões de dólares em propina.

Trata-se de um fato tão grave que o próprio Lula se viu obrigado, na festa de aniversário do partido, a elogiá-lo e aplaudi-lo. Uma farsa, claro, mas também a única alternativa, pois se ficasse calado estaria admitindo como verdadeira a acusação, o que não se pode esperar de nenhum petista, muito menos de Lula, que aprendeu com o mensalão.

Tomado de surpresa, ao saber da denúncia, se disse traído para, depois, afirmar que o julgamento do Supremo Tribunal Federal foi 80% político, muito embora ele e Dilma tivessem nomeado nove dos 11 ministros que julgaram o processo.

Sucede que a situação, agora, é outra, não só porque os escândalos se multiplicam como suas consequências atingem a Petrobras, comprometendo seus investimentos e suas obras, de tal modo que a desmoralizaram, como empresa, no âmbito internacional.

É impossível avaliar em que vai dar tudo isso mas, certamente, em boa coisa não será. Para piorar, os trabalhadores de diferentes setores da estatal começam a manifestar publicamente seu descontentamento com os escândalos e o atraso de seus salários.

Certamente, devem se lembrar dos discursos de Lula e Dilma, afirmando que defendiam a Petrobras de seus inimigos, os tucanos, que queriam privatizá-la. Na verdade, quem a "privatizou" foram eles, que a usaram para enriquecer seu partido e se manter no poder.

Postos assim contra a parede, recorrem à prática de sempre: apresentam-se como vítimas de uma conspiração. Rui Falcão, presidente do PT, não teve a coragem de afirmar que a convocação de Vaccari pela comissão que apura os crimes da Lava Jato foi resultado de uma manobra para estragar a festa de aniversário do PT?! Como se alguém estivesse preocupado com semelhante efeméride!

Mas essa é a tática de sempre: quando alguém mostra que o PT pisou na bola, o faz porque está a serviço da elite, inimiga do partido defensor dos pobres e, assim, o petista corrupto passa a ser herói nacional, como José Dirceu e Genoino.

Enquanto isso, Lula e Dilma abrem os cofres do BNDES para dar dinheiro público aos empresários amigos e entregam a Petrobras à sanha das empreiteiras.

É razão suficiente para Aécio dizer: "Ainda bem que perdi as eleições." Com toda a razão. Já imaginou a campanha que Lula e sua turma estariam fazendo contra ele, quando tomasse as medidas que teria de tomar para recuperar a economia que Dilma afundou?

Melhor que ela arque com as consequências de seus equívocos. Quem pariu Mateus que o embale.
Herculano
22/02/2015 10:18
ME ENGANA QUE EU GOSTO, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Digamos que sim, a presidente Dilma Rousseff tem razão. Se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tivesse mandado investigar a Petrobras em 1996, 1997, poderia ter descoberto o esquema de corrupção que o gerente Pedro Barusco montara. E talvez outros gerentes também tivessem seus esquemas.

Mais ainda. Se a denúncia de Paulo Francis, de que diretores da Petrobras tinham contas secretas na Suíça, tivesse sido investigada, talvez se tivesse descoberto antes as roubalheiras na Petrobras. Não houve nenhuma denúncia na época contra Barusco, e Francis não tinha nenhuma prova sobre as contas secretas, mas, vá lá, o governo poderia ter descoberto coisas 20 anos antes do petrolão.

Por esse raciocínio, porém, também o governo petista poderia ter investigado, a partir de 2003, todos esses malfeitos anteriores que o governo tucano havia negligenciado.

Nesse caso, sabemos exatamente o que aconteceria se o governo petista, ao assumir a Presidência da República, tivesse feito uma devassa na Petrobras: não teria sido montado o esquema que hoje conhecemos por petrolão, e que, segundo os depoimentos dos empreiteiros e ex-diretores da Petrobras envolvidos, começou a funcionar no mesmo ano em que o PT chegou lá.

O problema do PT e de seus governantes é que eles falam muito e fazem pouco do que cobram dos adversários. "Fazer concessões no pré-sal é privatizar, é dar a empresas privadas um bilhete premiado", acusou a presidente Dilma diversas vezes, afirmando que a campanha atual visa entregar nossas riquezas aos estrangeiros. É o mesmo mote da CUT na convocação para um protesto a favor da Petrobras, e também a base do documento de alguns intelectuais petistas lançado por esses dias. Só que o governo Lula licitou, utilizando o sistema de concessão, vários blocos do pré-sal sem que houvesse necessidade de fazê-lo. Estava privatizando nossas riquezas? Com relação à privatização da Vale, que os petistas acusam de ter sido vendida a preço de banana, o governo petista teve uma ocasião perfeita para revertê-la em 2007, quando o deputado Ivan Valente, do PSOL, apresentou um projeto nesse sentido que foi analisado na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.

Já contei essa história aqui antes, mas vale a pena repeti-la. O relator do projeto foi o deputado José Guimarães, hoje líder do PT, irmão de José Genoino, aquele mesmo cujo assessor fora apanhado com dólares na cueca num aeroporto na época do mensalão.

O relator petista votou pela rejeição ao Projeto de Lei, alegando que "não há como negar que a mudança das características societárias da Companhia Vale do Rio Doce foi passo fundamental para estabelecer uma estrutura de governança afinada com as exigências do mercado internacional, que possibilitou extraordinária expansão dos negócios e o acesso a meios gerenciais e mecanismos de financiamento que em muito contribuíram para este desempenho e o alcance dessa condição concorrencial privilegiada de hoje".

Segundo o petista, "a privatização levou a Vale a efetuar investimentos numa escala nunca antes atingida pela empresa, (.) o que, naturalmente, se refletiu em elevação da competitividade da empresa no cenário internacional". José Guimarães assinalou que com a privatização a Vale fez seu lucro anual subir de cerca de US$ 500 milhões em 1996 para aproximadamente US$ 12 bilhões em 2006. E o número de empregos gerados pela companhia também aumentou desde a privatização - em 1996 eram 13 mil e em 2006 já superavam mais de 41 mil.

Também a arrecadação tributária da empresa cresceu substancialmente: em 2005, a estatal pagou R$ 2 bilhões em impostos no Brasil, cerca de US$ 800 milhões ao câmbio da época, valor superior em dólares ao próprio lucro da empresa antes da privatização. Todos esses fatos mostram que o que o PT sabe fazer mesmo é luta política, sem se importar com a veracidade do que é dito, nem com as consequências de suas palavras.
Herculano
22/02/2015 10:15
MOREEU O FUNDADOS DA IGREJA PENTECOSTAL "DEUS É AMOR"
Morre fundador da igreja pentecostal Deus é Amor

O missionário David Martins Miranda, fundador da Igreja Pentecostal Deus é Amor, morreu aos 79 anos no final da noite de sábado (21). Ele sofreu um infarto. A informação foi divulgada oficialmente na rede de rádios mantida pela igreja.

A Deus é Amor foi fundada em junho de 1962 e hoje possui mais de onze mil templos espalhados pelo Brasil e outros 136 países.

Em 2004, a igreja chamou a atenção por causa da inauguração do gigantesco Templo da Glória de Deus, na avenida do Estado, em São Paulo, com capacidade para 60 mil pessoas.

Uma das filhas do missionário, Débora Miranda, diretora da igreja, lamentou a morte do pai numa postagem no Facebook.

"Um homem guerreiro, lutador, foi recolhido ao paraíso de Deus. Descansa no Senhor. Meu paizinho, te amarei para sempre", escreveu.

Centenas de frequentadores da igreja também usaram as redes sociais durante a madrugada para lamentar a morte de David.

O fundador da Deus é Amor será velado a partir das 8h no templo localizado na avenida do Estado, na cidade de São Paulo
Herculano
22/02/2015 10:12
A HORA DA SOLIDÃO, por Carlos Brickmann

O presidente da Câmara é do PMDB, que apoia Dilma e tem meia dúzia de ministros. E ninguém se surpreenderá se der andamento privilegiado aos pedidos de impeachment que a oposição promete fazer. Marta Suplicy é de seu partido, o PT, foi ministra de seu Governo. Tem falado muito sobre Dilma, nunca para elogiá-la. A oposição, óbvio, é contra Dilma; e, mesmo que não seja muito oposicionista, gosta de falar mal dela. Lula, que a criou, ensurdece o país com seu silêncio, enquanto ela é massacrada. Até José Dirceu, o mais petista dos petistas, dos que acham que nem Lula é ortodoxo como deveria, abre fogo contra Dilma.

Em seu blog - ou seja, por escrito, e assinado, para ninguém ter dúvidas - o Guerreiro do Povo Brasileiro diz que aquela a quem chamava de "companheira de armas" sustenta uma política econômica que coloca o Brasil "na contramão do mundo desenvolvido". É exatamente o que pensa a oposição, embora faça a mesma crítica pelo motivo oposto. Dilma está sozinha, no olho do furacão.

Aliás, Dilma não está sozinha: sozinha estaria melhor. Tem a seu lado Aloízio Mercadante, Pepe Vargas, Miguel Rosseto, mais aquele senhor generoso que arranjou crédito subsidiado, dos bons, para Val Marchiori. E não foi este colunista, nem o caro leitor, que nomeou e mantém José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça. Quem gosta de sapato apertado não pode queixar-se dos calos.

Dilma tem a força política dos recém-eleitos. Mas é preciso lembrar que Collor não caiu por seus (inúmeros, e graves) defeitos.

Caiu por estar sozinho.

A CRISE QUE NOS RODEIA
Este colunista não é pessimista nem otimista: é jornalista. Considera-se realista. Se todos os setores políticos se afastam de quem tem ainda quatro anos de mandato e dispõe de mais de cem mil cargos sem concurso para preencher como quiser, algum motivo têm. No Brasil, já houve quem visse onça confraternizar com leitão, mas esta deve ser a primeira vez em que alguém vê o PMDB se afastar de quem tem nomeações a oferecer. E a crise continua: fora as denúncias contra políticos acusados de envolvimento no Petrolão, que vêm sendo adiadas há meses, há as demissões - tanto as causadas pela paralisia econômica quanto as promovidas pelas empresas acusadas no caso.

Há ainda o fantasma do HSBC, em que oito mil brasileiros foram identificados como proprietários de algo como 8,5 bilhões de dólares- alguns, legalmente; outros, não. A lista completa está em poder de um repórter brasileiro, que não a divulga por não conseguir distinguir os legais dos ilegais. Mas na hora em que conseguir separá-los, quem estará lá?

AH, AS TEORIAS
O problema das teorias conspiratórias é que eventualmente se confirmam. Uma das teorias conspiratórias a respeito da não-divulgação dos nomes de brasileiros na lista do HSBC tem algo a ver com o Petrolão: se a lista não é divulgada, qualquer nome pode ser citado, sem que haja a possibilidade de desmentido (nem de confirmação, mas esse já é outro problema).

Com isso, embola-se o meio de campo e se tumultua a divulgação da lista de políticos eventualmente envolvidos no Mensalão, cujo caso será da competência do Supremo.

CUSTE O QUE CUSTAR
Esta será uma semana difícil para a presidente. O PMDB quer votar a proposta de emenda constitucional que eleva de 70 para 75 anos a idade máxima de aposentadoria para o ministro do Supremo (PEC da Bengala), o que impedirá Dilma de nomear cinco futuros ministros. Discute-se o veto à correção plena da isenção de Imposto de Renda para assalariados (Dilma gostaria de corrigir a isenção abaixo da inflação, para aumentar a receita do Governo). São derrotas possíveis - e boa parte dos deputados pendulares já avalia o valor de seu voto.

LIVRE PENSAR...

Carnaval fora de época chama-se "micareta". No Congresso, que parou no dia 11 e só volta no dia 23 (na verdade, 24, quando o PMDB se reúne em Brasília, porque na segunda ninguém aparece), será que se pode falar, lembrando o imortal discurso de Lula, de "300 Micaretas"?

Enfim, o custo do Carnaval ampliado no Congresso, diz o portal Contas Abertas, é de R$ 300 milhões.

...É SÓ PENSAR
Se bem que político ausente nem sempre represente um gasto extra. O governador mineiro Hélio Garcia, quando era criticado por ficar mais na fazenda do que no palácio, dizia que cada vez que faltava ao trabalho Minas fazia economia.

SÃO PAULO, BRASIL
Há coisas que, contando, não dá para acreditar. É preciso ver as fotos; e várias fotos, publicadas em lugares diferentes. As fotos mostram o nível da maior represa do sistema Cantareira, que abastece São Paulo, no dia em que esteve mais baixo e depois de alguns dias de chuva. O ponto de referência é a carcaça de um carro sabe-se lá há quanto tempo desovado nas águas.

Traduzindo: a represa secou, a carcaça do carro ficou exposta, e ninguém se deu ao trabalho de removê-la. Quando a represa estiver cheia, ninguém vai remover o carro porque estará submerso. E, claro, a carcaça do carro não é o único entulho existente por lá. Alguém poderia explicar por que não se aproveitou a seca para limpar a represa?
Carlos Roberto Sampaio
22/02/2015 09:12
Adilson Luiz Schmitt

Caro Sr. Adilson, seu mandato pelo que me consta terminou dia 31/12/2008. O Sr. demonstra desta forma estar ainda com muita dor de cotovelo, por que não fez as coisas que prega neste blog quando exerceu seu mandato de prefeito? O Sr. se lembra de tudo o que fez durante o seu mandato? Será que precisa desenhar?
A Pedra de Genesis
22/02/2015 08:45
Por fora Bela Viola , Por dentro Pão Bolorento Angélica Costa
Sim é isso mesmo que vai acontecer amanha na inauguração da escola, pois durante esta semana máquinas roncaram no loteamento, para deixar todo paisagismo e a entrada da escola bonita para inauguração, mas durante todo este mês que as crianças começaram a estudar, sem o mínimo necessário , falta ar condicionado, e nem mesmo um ventilador se viu ali, crianças pequenas dormindo no chão, sim no chão por falta de colchões. Além do que vão inaugurar mais uma obra sem ao menos terem obtido licença do Corpo de Bombeiros novamente para funcionamento. Bom é assim que funciona a corja dos Ptralias, só propaganda para inglês ver. A escola construiu e em tempo recorde, mas a responsabilidade da prefeitura como sempre demora e não estão nem ai para a comodidade e o bem estar e segurança das crianças e funcionários querem apenas mais uma propaganda e fazer os mesmo discursos baratos de sempre
Herculano
22/02/2015 07:20
A RECEITA PARA QUEBRAR O BRASIL, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Dois exemplos do que se faz, sem muito barulho, para destruir as contas públicas, arruinando o país

Em novembro a doutora Dilma sancionou um projeto refinanciando as dívidas de Estados e municípios. Coisa de R$ 500 bilhões, que deveriam ser pagos até 2039. Governadores e prefeitos que herdaram o espeto mexeram-se para mudar as condições de pagamento. No carro-chefe ficou o comissário de São Paulo Fernando Haddad. Argumentava que a cidade tinha perdido a capacidade de investimento. Mudando-se o sistema, sua dívida cairia de R$ 62 bilhões para R$ 36 bilhões. Como dinheiro não nasce em árvore, a Viúva perderá receita. Neste ano, seria uma mixórdia, apenas R$ 1 bilhão. Quem pagou tudo direitinho ferrou-se.

Esse assunto não tinha personagens satanizáveis nem podia ser tratado como um escândalo. Teve até o apoio do PSDB. Virou uma coisa boa.

Quatro anos antes, o mesmo Fernando Haddad estava no ministério da Educação e mudou as regras do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, o Fies. Vivendo na ponta que distribui dinheiro, baixou os juros para 3,4% ao ano, ampliou os prazos de pagamento para três vezes o tempo de duração do curso e relaxou as exigências para os fiadores. Criou-se a fiança solidária, bastando juntar três colegas da faculdade. De onde sairá o dinheiro emprestado a juros subsidiados e em condições imprevisíveis de retorno? Um palpite: da bolsa da Viúva.

Aquilo que poderia ser uma boa iniciativa virou uma estatização do risco do financiamento das universidades privadas. Esse tipo de crédito é socialmente necessário, desde que seja matematicamente sustentável. Faculdades estimularam seus alunos a migrar para o Fies e, com isso, o número de bolsistas passou de 150 mil em 2010 para 4,4 milhões em 2014. Os financiamentos pularam de R$ 1,1 bilhão para R$ 13,4 bilhões. Há faculdades onde os alunos que pagam as mensalidades tornaram-se uma raridade. Formaram-se conglomerados universitários, com ações na Bolsa. O repórter José Roberto Toledo mostrou que, entre 2012 e novembro de 2014, enquanto o Ibovespa caiu 18%, as ações do grupo Kroton, com um milhão da alunos, valorizaram-se em 500%. (Em 2014 o grupo recebeu R$ 2 bilhões do Fies, cifra inédita até para a Odebrecht.)

O ministro Cid Gomes quis colocar método na maluquice, exigindo padrões de desempenho acadêmico às escolas, notas melhores dos alunos para o acesso ao programa e associou parte do desembolso à formatura do jovem. Prenunciou-se uma catástrofe. Ou, nas palavras de Gabriel Mario Rodrigues, presidente da guilda da escolas privadas, "o governo fez uma cagada, o ministro não é do ramo e fala demais". Com toda razão, ele diz que "não podemos confiar no governo". Nem eles nem a torcida do Flamengo. Com a ajuda de parlamentares e de "gente trabalhando nas altas esferas" (em quem confiam), as empresas se articulam para desossar as medidas.

Ganha um fim de semana na Guiné Equatorial quem acredita que esses financiamentos dados com critérios frouxos e fianças capengas fecharão a conta na bolsa da Viúva. Vem por aí outro rombo. Como aconteceu com a dívida dos Estados e municípios, certamente será renegociado, noutros governos. É assim que se quebra um país.

CPI
Será instalada nesta semana a terceira CPI para investigar roubalheiras na Petrobras.

Na melhor das hipóteses, vai dar em nada, como as demais. Na pior, vai dar em tenebrosas transações, como aconteceu com suas antecessoras que investigaram as tramoias de Carlinhos Cachoeira e aquelas praticadas no Banestado.

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e está preocupado com a composição do Supremo Tribunal Federal em 2021. Seis anos depois de ter sido deflagrada a Operação Castelo de Areia, o ministro Luís Roberto Barroso sepultou-a. Ela investigava roubalheiras de empreiteiros. O cretino teme que aconteça a mesma coisa com a Lava Jato.

Em todos os casos, essas investigações atolam porque descobre-se que foram alavancadas por ações ilegais. Contaram-lhe que esse respeito ao que parecem ser pequenos detalhes foi estabelecido nos Estados Unidos em 1966, no caso de Ernesto Miranda, um cidadão acusado de ter matado uma menina. Ele confessou o crime, mas a polícia não lhe disse que tinha o direito de ficar calado. Miranda recorreu à Corte Suprema numa folha de papel almaço, ganhou e foi libertado. Daí em diante, tornou-se sinônimo do direito dos presos.

Eremildo foi atrás desse caso: O processo foi reaberto na primeira instância, Miranda foi a um novo julgamento e tomou uma cana de vinte anos. Libertado condicionalmente em 1972, morreu numa briga de bar.

Eremildo concluiu que, quando a Justiça quer, funciona.

FESTA
Marta Suplicy comemorará seu aniversário com uma festa no dia 20 de março.

Mais uma dor de cabeça para os petistas que pensam em apagar seu verbete da enciclopédia soviética.

DE SOBRAL.PINTO@EDU PARA JUIZ.MORO.JUS
Meritíssimo juiz Sergio Moro,

Quando eu estava aí, minhas cartas eram longas. Esta será curta. O senhor disse que o encontro dos advogados das empreiteiras com o ministro da Justiça é "intolerável". Não é. Falta o senhor provar que eles trataram de assuntos impróprios. Fui de um tempo em que advogados iam para a cadeia porque defendiam comunistas. Na minha conta devem ter sido uma dezena, alguns deles sequestrados. Meteram-me numa enxovia em Goiás. Veja só: nós sabíamos que nossos clientes eram comunistas, mas nosso papel era defendê-los. Eu nada cobrava a eles. Como magistrado, o senhor tem duas obrigações: encarcerar os delinquentes e assegurar-lhes a defesa.

Acredite, jovem, mas até hoje o general Ernesto Geisel fecha a cara quando passa por mim. Não faz isso porque eu defendia subversivos durante a ditadura, mas porque em 1924, aos 31 anos, durante o governo de Artur Bernardes, eu era procurador criminal e tinha sob a minha exclusiva responsabilidade a direção da repressão legal aos criminosos políticos civis e militares que haviam atentado contra a ordem constitucional. Processei conspiradores e fui o iniciador no país da campanha eficiente contra o comunismo. Geisel fecha a cara porque entre os presos da época estavam os famosos "tenentes" que, como ele, viriam a ser os corifeus da ditadura de 1964. Como procurador, processei sediciosos e comunistas. Como advogado, defendi sediciosos e comunistas. Servi sempre ao direito. Não gosto de falar de colegas, mas guardo lembranças amargas de magistrados que se encantaram com o poder dos palácios ou com as vozes da rua.

Até hoje não vi na vossa conduta sinais de arbitrariedade. Não posso dizer se as prisões que o senhor decretou alongam-se em demasia, mas como procurador eu também não gostava de soltar presos.

Respeitosamente

Heráclito Sobral Pinto, advogado
Herculano
22/02/2015 07:14
NA CELA ESCURA, por Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de s. Paulo

Parte 1
Executivos presos na Operação Lava Jato passam o dia em cubículos onde dividem a mesma latrina e às vezes são obrigados a comer com as mãos; Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, cantava para espantar a tristeza

Assim que chegaram à custódia da Polícia Federal de Curitiba (PR), na manhã de 14 de novembro de 2014, uma sexta-feira, 23 empresários e executivos presos na sétima fase da Operação Lava-Jato foram acomodados em um auditório.

O dia já tinha começado da pior maneira possível. Capturados em suas casas logo cedo, eles haviam embarcado em um avião que deu pane na viagem rumo ao Paraná, onde seriam enclausurados.

Ainda perplexos com a situação, os executivos foram sendo chamados, em grupos de três, para se identificarem.

Pacientemente, alguns dos maiores empreiteiros do país, como Leo Pinheiro, presidente da OAS, Ricardo Pessoa, presidente da UTC, Sergio Mendes, vice-presidente da Mendes Junior, Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa, e Ildefonso Colares Filho, presidente da Queiroz Galvão, entregaram a carteira de identidade aos policiais.

Suas malas, com as roupas que conseguiram empacotar às pressas antes de sair de casa, eram abertas e reviradas.

Nomes anotados, bagagens revistadas, todos receberam um kit com apenas um cotonete, xampu e sabonete.

E então ultrapassaram as grades de ferro do cárcere, encaminhando-se à ala em que seriam abrigados - e onde, três meses depois, a maioria ainda permanece.
Herculano
22/02/2015 07:14
NA CELA ESCURA, por Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de s. Paulo

Parte 2

BANHEIRO PÚBLICO

A ala é formada por três celas de paredes brancas, unidas por uma sala comum. Com um beliche, uma mesa e banco de concreto, cada uma delas está preparada para receber duas pessoas. Naquela manhã, acolheram um número quatro vezes maior.

Espremidos nos cubículos, os empresários começaram a tratar das coisas práticas. Os mais velhos dormiriam nas camas. Os demais, em colchonetes espalhados pelo chão.

Cada cela tem um vaso sanitário de aço pregado no chão e uma pia.

Um dos investigados presos naquele dia, e que agora está em liberdade, relatou à Folha: "Nada separa a latrina do restante do espaço. A pessoa tem que ir ao banheiro na frente de todos os outros que estão presos ali. Nós então colocamos um colchão entre a privada e as camas. Quando alguém estava usando, colocava uma toalha sobre ele. Assim os outros não se aproximavam".

O sanitário de uma das celas "era usado para o 'número um' [xixi]. O outro, em outra cela, para o 'número dois'[fezes]".

Nos primeiros dias, o sanitário entupiu. Coube a Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão, solucionar o problema. "Depois desse evento, providenciamos um saco e não jogamos mais papel na latrina", relata o ex-preso.
Herculano
22/02/2015 07:13
NA CELA ESCURA, por Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de s. Paulo

Parte 3

CANTORIA

A pressão de Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, que é cardiopata e bipolar, foi a 23 por 12. Ele e José Ricardo Breghirolli, da OAS, só choravam.

Leo Pinheiro, da OAS, e Sérgio Mendes, da Mendes Junior, ficavam calados. Erton, da Galvão, não saía da cela. Agenor Medeiros, diretor da OAS, estava agitado. A ponto de aborrecer os carcereiros.

Os demais conseguiam demonstrar alguma normalidade. Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras que conseguiu ser solto, até cantava para alegrar os colegas. "Ele tem um vozeirão", diz um ex-preso. O repertório incluía bossa-nova e MPB.

Com medo de escutas ambientais, evitavam puxar assunto sobre as acusações que os levaram até ali. Chegavam a conversar baixinho e com a mão na boca para evitar leitura labial. O tempo parecia não passar. E relógios estavam proibidos nas celas.

"A marcação do tempo para quem está encarcerado em um cubículo é muito importante", diz um advogado. "Aqui fora, temos distrações que nos fazem esquecer da hora. Mas, para quem está sem fazer absolutamente nada, não ter noção do tempo que passa é muito cruel."

Obcecado, Agenor Ribeiro deu um jeito de amenizar a aflição: criou um relógio de sol, marcando riscos na parede quando a hora era informada a ele pelos carcereiros.

A PF acabou autorizando a instalação de um relógio de parede em um dos cubículos.
Herculano
22/02/2015 07:13
NA CELA ESCURA, por Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de s. Paulo

Parte 4

FAXINA

É proibido fumar. Ricardo Pessoa, da UTC, é abastecido por seus advogados com caixas de adesivos de nicotina para tolerar a abstinência.

Os presos até hoje só têm direito a duas horas de sol. É quando aproveitam para lavar meias e cuecas.

Outras roupas, e também lençóis, travesseiros e fronhas, são entregues a eles por advogados e familiares, e trocados semanalmente. Não há uniforme. Os detentos usam agasalho, bermuda de ginástica e calça de sarja.

Na hora do banho, os empreiteiros e executivos têm que fazer fila pois só há dois chuveiros. A água é quente.

A limpeza das celas também é feita por eles. Um dos advogados relata que leva "produtos de limpeza como Pinho Sol e Veja", usados para limpar o chão e o sanitário.

Os empresários despejam tantos produtos no chão, e o cheiro é tão forte, que carcereiros às vezes brincam: "Vocês estão bebendo cândida?".

As famílias levam ainda bolachas, frutas e água mineral --caso contrário, eles teriam que beber da torneira.

A hora da refeição é também de algum suplício: quando as marmitas são entregues, os presos têm que ficar voltados para a parede, de costas para os carcereiros.

A comida servida é "puro sal", segundo os relatos de quem esteve na custódia. "Todos os dias eles servem arroz, uns quatro caroços de feijão, macarrão por cima. E frango, peixe ou carne."

Os talheres são de plástico. A faca não corta nada. Os empresários têm que pegar a carne com as mãos.
Herculano
22/02/2015 07:12
NA CELA ESCURA, por Mônica Bergamo, colunista do jornal Folha de s. Paulo

Parte 5

NO ESCURO

As celas, com lâmpadas queimadas, são escuras. Recentemente, os presos foram autorizados pela PF a usar luminárias de led para leitura.

Com acesso dificultado a revistas e jornais e sem TV, eles se esforçam para escutar o som dos telejornais que chega das salas dos carcereiros. É assim que se atualizam sobre a Operação Lava Jato.

A maioria dos ainda detidos (onze já foram libertados) recebe a visita de advogados quase diariamente - e de familiares às quartas-feiras. Da cela ao parlatório, eles têm que caminhar com as mãos para trás e a cabeça baixa, por medida de segurança.

Há relatos de esgotamento emocional de alguns presos, que imaginavam que passariam pouco tempo na cadeia.

A tensão, nestes momentos, às vezes é quebrada com a passagem da fisioterapeuta de Alberto Youssef (o doleiro fica numa ala vizinha). Ela é considerada uma mulher muito bonita.

Não há visita íntima na custódia da PF. Os empreiteiros ficam separados da mulher e dos filhos por uma parede de vidro. Às vezes, os carcereiros abrem exceção. E permitem que os detentos abracem os seus familiares.
Herculano
22/02/2015 07:08
EDUARDO CUNHA TERÁ SUA TROPA DE CHOQUE NA CPI, por Claudio Humberto na coluna que publica hoje nos jornais brasileiros

Eleito presidente da Câmara dos Deputados à revelia do Planalto, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) montou uma tropa de choque pessoal para integrar a CPI da Petrobras, que será instalada na próxima quinta-feira (26). Serão indicados pelo PMDB os deputados Hugo Motta (PB), que vai assumir a presidência da comissão, além de Edio Lopes (RR), Celso Pansera (RJ), Darcísio Perondi (RS) e Lelo Coimbra (ES).

Dupla dinâmica
Eduardo Cunha acertou a bancada do PMDB na CPI com o líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), em cuja escolha foi decisivo.

Fie da balança
Considerados de "baixo clero", os indicados para a CPI podem tanto ajudar Dilma quanto aprovar requerimentos espinhosos ao governo.

Piza na mesa
O PT quer fazer do relator da CPMI da Petrobras, pizzaiolo Marco Maia (RS), o relator da CPI na Câmara. O deputado finge que resiste.

Novos pizzaiolos
Além de Marco Maia, são cotados para a relatoria da CPI do Petrolão na Câmara os petistas Paulo Teixeira (SP) e Vicente Cândido (SP).

MONTADORAS ATRAEM CLIENTES COM AÇÃO ENGANOSA
Órgãos de defesa do consumidor colecionam ofertas de automóveis novos, em jornais e revistas, que desrespeitam a lei e a inteligência do cliente. As promoções desta semanas são exemplos da enganação: nas letras miúdas do rodapé, legíveis com lupa, verificam-se que estão incluídas na promoção poucas unidades para todo o País: 3 da Toyota, 5 da Ford etc, para veículos fabricados em 2014, em alguns casos.

Caiu na rede...
Vendedores experientes afirmam que o objetivo desse tipo de anúncio é atrair o consumidor à loja, onde o interessado vira presa fácil.

Assim é, se lhe parece
Além de fazer propaganda enganosa, a indústria oferece "carroças" de tecnologia atrasada e mal acabadas, o que explica a queda nas vendas.

Denunciar é preciso
O Procon considera a atitude da indústria automobilística propaganda enganosa. E recomenda registro da queixa, que pode ser feita no site.

Rica boquinha
Durante o desfalque bilionário na Petrobras, a presidência do conselho de administração da Petrobras no governo Lula foi exercida por Dilma Rousseff. No governo dela, por Guido Mantega - que, aliás, continua no cargo e recebendo generosos jetons que chegam a R$19,7 mil.

Descurtir
Políticos estão em baixa no Facebook. As curtidas nas páginas de Aécio e Dilma caíram, na sequência, 82,2% e 51,3%. Aécio tem mais seguidores: quase 4,7 milhões. Mais que Lula e Dilma somados.

Fantasma Top-Top
No Itamaraty, a grosseria de Dilma contra a Indonésia chegou a ser atribuída à influência sempre desastrosa do aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia. Ele de fato defendeu a ideia de jerico, depois adotada para produzir uma cortina de fumaça sobre o escândalo do Petrolão.

Diplomacia
Tratado a pontapés por Dilma, o Itamaraty faz seu trabalho, às vezes anônimo. É o caso da reabertura da embaixada do Togo em Brasília, após o trabalho notável do ex-embaixador brasileiro Miguel Torres.

O escolhido
O PMDB apostará na continuação do tema "Escolhas" para o programa nacional de rádio e TV, que vai ao ar em 26 de fevereiro. Nesta edição, Eduardo Cunha aparecerá como um "grande escolhido".

Boquinhas perdidas
O PMDB de Minas, que já chefiou Ministério da Agricultura, anda falando mal da ministra Kátia Abreu, que faz o tipo temperamental. É acusada de promover mudanças no segundo escalão sem avisar.

Toma lá, dá cá
Em troca dos sete votos mineiros para se eleger líder do PMDB na Câmara, o deputado Leonardo Picciani convidou Newton Cardoso para vice-líder e prometeu a presidência de comissão de mérito à bancada.

Corrida contra o tempo
O deputado Ricardo Izar (PSD-SP) entregou mais de 50 mil assinaturas para a criação do Partido Liberal, articulada pelo ministro Gilberto Kassab (Cidades) com Dilma para esvaziar e até substituir o PMDB.

Pergunta na CPI
Após o factóide do insulto à Indonésia, Dilma vai xingar a mãe de Aécio Neves só para lançar cortina de fumaça no escândalo do Petrolão?
Herculano
22/02/2015 07:00
Para esta gente investigar é golpe; dar publicidade as sacanagens é golpe; punir é golpe; roubar dinheiro público para se manter no poder e ficar rico entre poucos é aceitável, mas se for de algum adversário ai sim é crime, e hediondo...

GOLPISTAS QUEREM INCENDIAR O PAÍS, por Chico Vigilante, Francisco domingos dos Santos, maranhense que veio para Brasília, virou vigilante, sindicalista, fundador do PT, membro diretivo da CUT, foi deputado Federal e Distrital.

parte 1

Independente da convocação da direção petista, os eleitores de Dilma podem não querer assistir à tentativa de golpe, inertes dentro de casa

O PT não vai cair na armadilha dos golpistas de marcar manifestações para a mesma data prevista por setores da direita que insuflam a população pelas redes sociais para sair as ruas pedindo o impeachment da presidenta Dilma, no próximo mês.

E não é por estar acuado como querem fazer supor os tresloucados defensores da volta das manifestações de rua, desta vez com o intuito de dar ao golpe um caráter popular.

O PT não fará isso por ter a compreensão de que a paz e a democracia correm perigo e colocar lenha na fogueira só vai acender a chama de um conflito que não sabemos que proporções podem alcançar.

Ou alguém duvida de que se o ex-presidente Lula conclamasse a população e os movimentos sociais organizados deste país para sair às ruas em defesa da manutenção da presidenta Dilma no poder, centenas de milhares de homens e mulheres do campo e da cidade, lotariam as ruas das cidades brasileiras com este intuito?

Recente pesquisa da Data Folha apurou que 56% do público considerou Lula como o melhor presidente da história do Brasil.

Eu estou seguro que responderiam ao chamado e viriam com a consciência de que precisam manter e ampliar as conquistas dos últimos 12 anos de governo do PT. Marchariam contra o impeachment de Dilma.

Estariam nas ruas apoiando Dilma todos aqueles que perceberam a diminuição da desigualdade como um todo, que sentiram melhores condições de vida para suas famílias com maiores oportunidades de emprego, acesso a escolas técnicas, universidades, condições facilitadas de compra da casa própria e financiamentos para sua propriedade rural, por exemplo.

Muitos daqueles que nunca haviam andado de avião na vida antes dos governos petistas e que fazem parte das estatísticas de aumento de venda de passagens aéreas que pulou de 30 milhões para 150 milhões, nos últimos 12 anos, com certeza, lotariam praças a favor de Dilma.

Com certeza tanto os movimentos de trabalhadores sem terra, assim como os agricultores familiares deste país- responsáveis por 60% do alimento que chega hoje à mesa do brasileiro - estariam nas ruas para defender os avanços ocorridos nos últimos anos. Estes que trabalham de sol a sol não querem retrocesso. E sabem o porquê.

O governador do Acre, Jorge Vianna, um dos primeiros a quem Lula informou sobre sua pretensão de ser presidente do Brasil em 2018, disse uma frase que resume bem a situação: "O país atolado numa crise é terreno fértil para 'salvadores da pátria'".

Tenho dito e volto a repetir: é necessário que a sociedade aprenda a ler nas entrelinhas o que querem na verdade os que pregam o impeachment de Dilma, eleita democraticamente e contra quem não existe absolutamente nada que comprove o envolvimento com a corrupção.

Suas contas de campanha foram aprovadas por mais que tentassem o contrário o ministro Gilmar Mendes e suas artimanhas e as investidas na Justiça contra ela por tucanos de alta plumagem.
Herculano
22/02/2015 06:59
Para esta gente investigar é golpe; dar publicidade as sacanagens é golpe; punir é golpe; roubar dinheiro público para se manter no poder e ficar rico entre poucos é aceitável, mas se for de algum adversário ai sim é crime, e hediondo...

GOLPISTAS QUEREM INCENDIAR O PAÍS, por Chico Vigilante, Francisco domingos dos Santos, maranhense que veio para Brasília, virou vigilante, sindicalista, fundador do PT, membro diretivo da CUT, foi deputado Federal e Distrital.

parte 1

Independente da convocação da direção petista, os eleitores de Dilma podem não querer assistir à tentativa de golpe, inertes dentro de casa

O PT não vai cair na armadilha dos golpistas de marcar manifestações para a mesma data prevista por setores da direita que insuflam a população pelas redes sociais para sair as ruas pedindo o impeachment da presidenta Dilma, no próximo mês.

E não é por estar acuado como querem fazer supor os tresloucados defensores da volta das manifestações de rua, desta vez com o intuito de dar ao golpe um caráter popular.

O PT não fará isso por ter a compreensão de que a paz e a democracia correm perigo e colocar lenha na fogueira só vai acender a chama de um conflito que não sabemos que proporções podem alcançar.

Ou alguém duvida de que se o ex-presidente Lula conclamasse a população e os movimentos sociais organizados deste país para sair às ruas em defesa da manutenção da presidenta Dilma no poder, centenas de milhares de homens e mulheres do campo e da cidade, lotariam as ruas das cidades brasileiras com este intuito?

Recente pesquisa da Data Folha apurou que 56% do público considerou Lula como o melhor presidente da história do Brasil.

Eu estou seguro que responderiam ao chamado e viriam com a consciência de que precisam manter e ampliar as conquistas dos últimos 12 anos de governo do PT. Marchariam contra o impeachment de Dilma.

Estariam nas ruas apoiando Dilma todos aqueles que perceberam a diminuição da desigualdade como um todo, que sentiram melhores condições de vida para suas famílias com maiores oportunidades de emprego, acesso a escolas técnicas, universidades, condições facilitadas de compra da casa própria e financiamentos para sua propriedade rural, por exemplo.

Muitos daqueles que nunca haviam andado de avião na vida antes dos governos petistas e que fazem parte das estatísticas de aumento de venda de passagens aéreas que pulou de 30 milhões para 150 milhões, nos últimos 12 anos, com certeza, lotariam praças a favor de Dilma.

Com certeza tanto os movimentos de trabalhadores sem terra, assim como os agricultores familiares deste país- responsáveis por 60% do alimento que chega hoje à mesa do brasileiro - estariam nas ruas para defender os avanços ocorridos nos últimos anos. Estes que trabalham de sol a sol não querem retrocesso. E sabem o porquê.

O governador do Acre, Jorge Vianna, um dos primeiros a quem Lula informou sobre sua pretensão de ser presidente do Brasil em 2018, disse uma frase que resume bem a situação: "O país atolado numa crise é terreno fértil para 'salvadores da pátria'".

Tenho dito e volto a repetir: é necessário que a sociedade aprenda a ler nas entrelinhas o que querem na verdade os que pregam o impeachment de Dilma, eleita democraticamente e contra quem não existe absolutamente nada que comprove o envolvimento com a corrupção.

Suas contas de campanha foram aprovadas por mais que tentassem o contrário o ministro Gilmar Mendes e suas artimanhas e as investidas na Justiça contra ela por tucanos de alta plumagem.
Herculano
22/02/2015 06:59
Para esta gente investigar é golpe; dar publicidade as sacanagens é golpe; punir é golpe; roubar dinheiro público para se manter no poder e ficar rico entre poucos é aceitável, mas se for de algum adversário ai sim é crime, e hediondo...

GOLPISTAS QUEREM INCENDIAR O PAÍS, por Chico Vigilante, Francisco domingos dos Santos, maranhense que veio para Brasília, virou vigilante, sindicalista, fundador do PT, membro diretivo da CUT, foi deputado Federal e Distrital.

parte 1

A tentativa de criar um embasamento jurídico para seu impeachment, em parecer do líder da Opus Dei no Brasil, Yves Gandra, encomendado pelo Instituto de FHC, caiu por terra. Juristas de renome, entre eles Dalmo Dallari, desqualificaram o documento considerando-o inconsistente e sem fundamentos legais.

Não encontra eco na sociedade o discurso pífio do líder tucano no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), um político que não passa incólume se for submetido a Lei da Ficha Limpa.

Sua campanha suja de ataques à presidenta Dilma Rousseff, ao novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, e ao ministro da Justiça, Eduardo Cardozo é claramente parte da mesma estratégia: conectar Dilma e seu governo com a corrupção.

Que moral tem Cunha Lima para atacar Dilma? O ex-governador da Paraíba teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) sob a acusação de ter distribuído 35 mil cheques a cidadãos carentes durante a campanha eleitoral de 2006, por meio de programa assistencial da Fundação Ação Comunitária (FAC), vinculada ao governo estadual. Segundo a denúncia, os cheques totalizam cerca de R$ 4 milhões.

No STF , o relator do processo, ministro Eros Grau, negou na ocasião o recurso de Cunha Lima, sugerindo a cassação do diploma do governador, alegando que "houve marcante descontrole na distribuição de valores financeiros na proximidade do pleito, com exemplos expressivos nos autos. Todos os demais ministros da Corte seguiram o voto do relator.

Ou seja, Cunha Lima, como muitos dos brasileiros, senta no rabo e aponta o dedo. Uma boa pergunta a ser feita aos cidadãos que estão defendendo o impeachment de Dilma pela internet e se mobilizando para ir as ruas é se eles nunca cometeram atos de corrupção.

Um dos melhores depoimentos a respeito da corrupção no Brasil foi o do jornalista Bob Fernandes, entrevistado para o documentário "O Mercado da Notícia", de Jorge Furtado.

Ele afirma que no Brasil as pessoas tratam os casos de corrupção, principalmente o de políticos, como se fossem cometidos por seres vindos de Marte e não como problema intrínseco de todos nós, cidadãos com a cultura da corrupção na cabeça e que, eventualmente, estão exercendo o mandato de deputados, senadores, ministros, etc.

Ele afirmou: No Brasil ninguém é corrupto, só o vizinho. Se escolhermos 30 amigos e perguntarmos quem usa o programa da internet que mostra onde tem blitz para não ser pego dirigindo depois de ingerir álcool, e quem prefere pagar uma cerveja para o policial do que a multa estipulada para isso, com certeza a maioria vai dizer sem nenhum constrangimento que comete este ato de corrupção.

O jornalista cita no documentário parte de uma entrevista do ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, segundo o qual a dívida inscrita na União, líquida e certa, dos brasileiros que não pagaram seus impostos é superior a R$ 1. 000.000.000.000 ( um trilhão ). O que é isso ? Isso é corrupção.

O que falta a todos nós é parar com a farsa de que existe um lado dos que não perfeitos e limpos e o lado dos que são bandidos e corruptos. É necessário combater a corrupção e os corruptores. Não apenas julgar e colocar na cadeia mas exigir que devolvam aos cofres públicos o que roubaram.

Esta medida, no entanto, deve começar dentro de casa. Agir individualmente, em família e no grupo de amigos contra a corrupção nas ações simples do dia a dia. A melhor mudança que podemos oferecer ao mundo é mudarmos a nós mesmos em primeiro lugar.

Ir para a rua pedir o impeachment da presidenta Dilma, eleita pela maioria dos eleitores brasileiros, só vai colaborar para colocar em risco o processo de radicalização da democracia no Brasil.

Por uma simples razão: os que votaram nela, independente da convocação da direção petista, podem não querer assistir a esta tentativa de golpe, inertes dentro de casa.
Herculano
22/02/2015 06:47
MOTOCICLISTAS FAZEM MANIFESTAÇÕES EM APOIO A POLÍCIA FEDERAL NO PARANÁ

Um grupo de cerca de 30 motociclistas promoveu uma manifestação de apoio à Polícia Federal no sábado (21) na frente da superintendência da PF em Curitiba (PR), onde estão presos os executivos de empreiteiras e outros investigados pela Operação Lava Jato.

Os motociclistas, parte do clube "Bodes do Asfalto", de Curitiba, cantaram o Hino Nacional. Também houve gritos de "Fora, Cardozo", em referência ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que se reuniu neste mês, em Brasília, com advogados e representantes de empreiteiras.
Herculano
22/02/2015 06:43
O EXEMPLO DA CHEFE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Como diz um experiente observador da cena política, Brasília é uma cidade pequena e de muros baixos. Por isso se estranha que o ministro da Justiça tenha tentado negar à revista "Veja" que recebeu o defensor de uma empreiteira acusada de envolvimento no petrolão.

A mudança de versões não ajudou José Eduardo Cardozo, que depois confirmaria esse e outros encontros com representantes das construtoras investigadas na Operação Lava Jato.

A alegação de que é seu dever receber advogados também não resolveu a questão. A Polícia Federal prendeu mais de 20 mil pessoas desde 2003, e a grande maioria não teve o privilégio de reclamar com o ministro.

Cardozo ainda precisou explicar por que sua agenda omitiu compromissos em 80 dias úteis desde o início do escândalo, como revelou o repórter Gabriel Mascarenhas. Questionado, atribuiu o fato a uma mera "falha no sistema de registro".

Como não se saberá tudo o que o ministro conversou com os visitantes, o que interessa agora é usar o episódio para exigir mais transparência das autoridades federais.

A lei 11.813, sancionada em 2013, obriga ministros, dirigentes de estatais e assessores mais graduados a divulgarem suas agendas diariamente na internet. Uma cartilha da Controladoria-Geral da República acrescenta que as agendas devem informar participantes, assuntos, objetivos e resultados de cada reunião.

Se as regras são ignoradas sistematicamente na Esplanada, cabe lembrar que o mau exemplo vem do Planalto. Desde que tomou posse, a presidente Dilma Rousseff trata sua agenda como peça de ficção, como se ainda vivesse na clandestinidade.

A prática de omitir compromissos oficiais está tão banalizada que leva a situações absurdas. Uma delas ocorreu no último dia 5, quando Dilma recebeu os presidentes da Câmara e do Senado em seu gabinete. A assessoria do palácio divulgou fotos do encontro, mas até hoje não o registrou na agenda de Dilma.
Herculano
22/02/2015 06:37
PENSANDO BEM, FALTA ÉTICA NESTE TÍTULO

Este é o título do press release da prefeitura de Gaspar: Prefeitura inaugura nova sede da Escola Angélica de Souza Costa nessa segunda-feira

1. Ela vai inaugurar o que não construiu. foi a Bunge.
2. Ela vai inaugurar o que demorou cinco anos para indicar o local da construção.
3. Ela vai inaugurar algo que já diz ter inaugurado no ano passado.
4. Ela vai inaugurar uma escola que tem problemas que dependiam só da prefeitura solucionar e não solucionou, como relatei em post abaixo.
5. O título correto deveria ser este: Bunge e prefeitura inauguram... ou, prefeitura inaugura escola que a Bunge construiu... ou existe outro? Sempre se apropriando. É uma sina. É parte da franquia nacional de sacanagens. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/02/2015 06:31
A FOTO

Ela está guarda. E vai ser usada em hora apropriada. O vereador e presidente do PT, José Amarildo Rampelottti, depois de levar uma surra de Elizete de Souza D'Ávila na Tribuna Livre da Câmara de Gaspar (tema da coluna impressa e acima), foi à casa dela, como o prometido. E levou a tiracolo como anunciou, o vereador do bairro Bela Vista, Giovânio Borges, PSD. A foto registrou o clima: ela feliz pelo gol e eles, de cara amarrada,

Estranho o silêncio da imprensa local sobre este assunto. Muitos preferiram falar de Blumenau, de Florianópolis e até de Brasília. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/02/2015 06:26
50 TONS DE VERMELHO, por Paulo Castelo Branco

O PT de antigamente perdeu duas das suas mais importantes conquistas: a luta pelos direitos dos trabalhadores e a ética na política. O vermelho vibrante deu lugar ao cinza que é o que restou do velho discurso.

Recentemente, o ministro Almir Pazzianotto, profundo conhecedor da origem do Partido dos Trabalhadores, escreveu e publicou no Correio Braziliense texto intitulado "Gangsterização do Petismo". Pazzianotto foi advogado do sindicato nascedouro do PT e descreve com riqueza de detalhes a ascensão e queda do pretensioso reich que deseja nos submeter a longo período de domínio, tal qual governos que guilhotinam o povo de alguns dos nossos vizinhos.

Diz o experiente escriba: "É cruel acompanhar a catástrofe petista que, como tragédia grega, já se sabe como acabará, mas não há com o evitá-la. Aos 35 anos de vida, em plena maturidade, o partido que um dia se arvorou ser imaculado vive o drama da desmoralização provocada por escândalos e desmandos em série, cujos protagonistas estão entre fundadores e dirigentes".

"Quem se recorda dos primeiros anos da legenda, quando atraia o interesse de intelectuais, jornalistas, estudantes, e desiludidos de outras agremiações, com propostas de moralização, justiça social, erradicação da pobreza, não compreende o que aconteceu com pessoas antes respeitadas, hoje condenadas ou alvos de investigações e ações criminais por crimes infamantes."

Depoimentos como este, diariamente, são publicados na imprensa e nas redes sociais e são contestados por articulistas remunerados com dinheiro desviado, sabe-se lá de onde.

São partícipes da fundação do até então partido dos sonhos de qualquer nação que saem a público, desmitificando os líderes para apontá-los como responsáveis pelo maior roubo do erário nunca visto antes em qualquer país civilizado.

O vermelho vibrante se transformou em verde e amarelo para, depois, com a descoberta da ponta do iceberg apelidada de "Mensalão", se transformar no cinza que hoje predomina nos seus governos. A incapacidade administrativa dos companheiros e a sede em transformar tudo em ouro - mesmo o negro do petróleo - os levou a causar a ruína da nossa maior empresa, além de desvios ainda não apurados em outras empresas públicas.

Os brasileiros e brasileiras, ainda tolerantes com o assalto ao dinheiro público, neste Carnaval, saíram às ruas, pacificamente, para desmoralizar o governo central e os outros que seguem o pior exemplo. Nos blocos, a alegria de voltar a se divertir sem ajuda oficial serviu de válvula de escape para colocar pra fora a frustração de ganhar e perder.

Agora, as cores do partido estão mais para o preto e branco dos uniformes listrados usados pelos presidiários de antigamente. A impressão que se tem é que os administradores das penitenciárias usam a cor "laranja" em homenagem aos intermediários das falcatruas, por falta de coragem de usarem o "vermelho".

O mais simbólico fato desses dias momescos é a projeção do filme "50 tons de cinza" que chegou às salas de cinema com perspectivas de recorde de público. O filme, segundo as notícias, é a historia de um psicopata milionário que seduz uma jovem e, com o consentimento dela, a submete à prática de sadomasoquismo; mais ou menos como estamos nós , brasileirinhos e brasileirinhas, pois foi com o consentimento de escassa maioria, que temos os olhos cobertos, somos algemados e submetidos a todo tipo de sofrimento.

Não assisti ao filme e não sei o final, mas pego a frase de Pazzianotto para concluir sobre a nossa tragicomédia: "É cruel acompanhar a catástrofe petista que, como tragédia grega, já se sabe como acabará, mas não há como evitá-la."
Herculano
22/02/2015 06:21
O PT DE GASPAR PROPÕE: É TEMPO DE MUDAR PARA FICAR

O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, apareceu aqui para criar polêmica. E mais uma vez parece ter razão. O governo petista de Pedro Celso Zuchi quer por que quer urgência na tal reforma administrativa. Não quer discussão. Quer do seu jeito, o que por si só é de desconfiar.

Outra. Todo governo faz uma reforma quando inicia. Zuchi, assumiu no lugar de Adilson e não fez esta reforma a não ser voltar ao nome de Samae ao que se reformou com Adilson para se chamar Samusa.

Ora, se Zuchi levou seis anos e dois meses para descobrir que precisa fazer uma reforma administrativa, e urgente, é porque acaba de assinar um atestado de incompetência, de lentidão (marca do seu governo), ou está armando, como quer nos alertar Adilson. E para, segundo ele, arma para dar emprego e fazer campanha para se manter no poder, arrumando espaços para cabos e lideranças.

Reforma administrativa deve ser aceita, mas discutida com a sociedade e principalmente da sociedade com os vereadores, os representantes desta sociedade. É por esta e outras que o PT não tolera o ex-prefeito. O PMDB também. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/02/2015 06:13
DO SILÊNCIO AO VAZIO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Declarações da presidente sobre o caso Petrobras preocupam pela fraqueza argumentativa e pelo descompasso com a realidade

Poderiam ter sido apenas patéticas, mas são preocupantes as declarações da presidente Dilma Rousseff (PT), após várias semanas de silêncio, sobre o caso Petrobras.

Repetiram-se, na sua entrevista de sexta-feira (20) - a primeira desde que começou seu novo mandato -, considerações já conhecidas de quem se recorda dos debates travados na campanha eleitoral.

Dilma voltou a insistir na tecla de que os casos de corrupção agora são investigados com mais rigor, dada a independência do Ministério Público e da Polícia Federal.

Ao reproduzir essa tática argumentativa na atual conjuntura, todavia, a presidente agrava a impressão de que nunca teve nada de efetivo para apresentar à sociedade diante da crise na Petrobras; nada, a não ser a quase envergonhada demissão de Graça Foster e a indicação de Aldemir Bendine para o comando da estatal.

Nessa troca de nomes, feita como que a contragosto, sem nenhuma afirmação verbal de liderança, sem nenhum sinal de que tomasse a condução política dos fatos, Dilma colocara-se como espectadora, reagindo diante do inevitável.

Esse seria o lado patético de sua entrevista: a falta de outro discurso além daquele, pífio, proposto pelos publicitários nas últimas eleições e a permanência de uma atitude inerte, passiva, diante do episódio.

O lado preocupante, todavia, chama mais a atenção. Transparece, na entrevista de Dilma, a expectativa de que ainda possa estar convencendo alguém quando projeta para 1996 ou 1997 a raiz da atual crise na Petrobras (talvez nem mesmo nos ambientes do petismo a tese ganhe credibilidade).

Se houvesse investigações sobre corrupção naquela época, "nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [atuando no esquema]", disse a presidente.

Como se, depois de transcorrida a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), não tivesse havido o primeiro e o segundo mandatos de Lula, seguidos dos anos de governo da própria Dilma.

Pode-se, sem dúvida, discutir quando começou a corrupção na Petrobras. Mas o espantoso no raciocínio presidencial está em sugerir que Lula, Dilma e toda a camarilha são vítimas de irregularidades cometidas 20 anos atrás. Assim, PT, PMDB e PP, partidos que delatores apontaram como beneficiários de bilhões desviados, seriam meros bodes expiatórios.

Levando adiante o que sustentou a presidente, se Lula tivesse ganho as eleições em 1994, levando Dilma ao conselho da Petrobras, a rapinagem nunca teria chegado ao ponto a que chegou.

O cinismo, às vezes, confunde-se com a estultice; entre a falta de sensibilidade política, a fraqueza argumentativa e o desgaste de sua liderança, a presidente Dilma Rousseff rompe o silêncio para criar somente uma sensação de vazio ainda maior à sua volta.
Herculano
22/02/2015 06:11
CONTRA A ROUBALHEIRA PROGRESSISTA QUE ASSOLA O PAÍS E COMANDADA PELO PT, NADA. CADA UMA! ATO CONTRA A ELEIÇÃO DE EDUARDO CUNHA REÚNE MENOS DE CEM ALIENADOS EM SÃO PAULO. DEVIANDO A ATENÇÃO DO PRINCIPAL PROBLEMA, ESCONDEM O SOL COM A PENEIRA.

Uma "Comissão Extraordinária de Direitos Humanos" foi convocada no sábado (21) na praça do Patriarca, no centro de São Paulo, em reação à eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara.

Composta por ativistas e organizações de direitos humanos, além de poucos deputados, a manifestação queria alertar para a escalada conservadora no Congresso, segundo os organizadores.

No ato, que reuniu pouco mais de cem pessoas e foi prejudicado por falhas no som, o deputado foi escorraçado como adversário dos direitos humanos e das minorias.

O cartunista Laerte Coutinho, dirigiu o ato, que teve entre os oradores ativistas LGBT, do movimento negro, e religiosos. Também participaram os deputados federais Érica Kokay (PT-DF), Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP).

"Eduardo Cunha é esperto, conseguiu uma aliança suprapartidária que ameaça os direitos individuais e das minorias", disse Jean Wyllys. O presidente da Câmara assumiu o posto neste mês e já se pronunciou contra o debate de temas como o aborto.
Herculano
22/02/2015 06:03
DILMA ENTROU NO JOGO, por Paulo Vinícius Coelho para o jornal Folha de S. Paulo

O texto da Medida Provisória de refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes está pronto e é duro

A Medida Provisória que permitirá o refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes esteve nas mãos do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no meio da semana passada. O texto está pronto e é duro. Nada a ver com o que queriam os dirigentes em janeiro.

Os clubes terão seus débitos refinanciados, mas não para agraciar cartolas. Será para fazer o futebol ter benefícios e compromissos iguais aos de qualquer outro setor da economia.

O futebol tem de pagar imposto e gerar emprego. Fará isso em muito maior escala se o desempenho de sua atividade econômica funcionar na medida de seu potencial.

Para não beneficiar os cartolas e perder a chance de promover a revolução, a presidenta Dilma vetou a lei em janeiro.

Com a nova MP redigida e mais severa, exigindo contrapartidas de clubes e dirigentes, e para criar o compromisso do mundo do futebol de fazê-lo ser indústria como na Inglaterra e na Espanha, Dilma vai assiná-la na primeira quinzena de março.

Entre as mudanças, a nova MP traz a exigência de períodos máximos de mandatos em entidades esportivas - clubes ou federações - independentemente de receberem ou não verba pública. A partir da publicação da MP, os clubes terão tempo exíguo para aderir.

Uma vez refinanciada a dívida, não tem volta. Tem de pagar o imposto novo e o imposto velho. Sonegação é crime no setor automobilístico e naval, na indústria, no comércio... No futebol, também, como ficou claro com o processo contra Andres Sanchez, Roberto de Andrade, André Luiz de Oliveira e Raul Corrêa da Silva por não pagarem tributos do Corinthians.

A questão não é beneficiar o futebol. É dar dinheiro ao país. Assim como já aconteceu com universidades, bancos e até os governos estaduais, dar fôlego para pagar dívidas passadas significa fazer o Brasil arrecadar mais. Você paga e eu também!

Se o futebol funcionar, se tiver estádios lotados e turistas chegando para assistir a Fla-Flu, Corinthians x Palmeiras, Gre-Nal ou Atlético x Cruzeiro, mais dinheiro o futebol vai produzir, mais empregos vai gerar, mais tributos vai pagar. Você já foi ou conhece alguém que viajou para ver o Real Madrid ou o Barcelona.

Na última quinta-feira (19), um dia depois de Corinthians x São Paulo, com recorde de público no estádio, apesar da expectativa de violência, um senhor me abordou num shopping center. Disse não aceitar que o Metrô funcione meia hora a mais apenas por causa de um jogo.

Apenas?

Eram 40 mil pessoas! O Metrô abriu 40 minutos mais cedo no fim do Carnaval para atender quem voltava de viagem! Alguém reclamou?

Passou da hora de entender que o futebol não é só mais um joguinho aí. É indústria. No nosso velho país do futebol, é possível produzir tanto dinheiro quanto na Espanha. O governo começou a acreditar nisso.
Adilson Luis Schmitt
21/02/2015 21:56
Desculpas esfarrapadas II

Desta forma chegamos a seguinte conclusão:

- os que estão administrando, desejam repartir as nomeações para permanecerem no poder;
-enquanto os que estão fora querem repartir antes mesmo de chegarem ao poder.

No fim das contas que irá pagar tudo isto, será o bolso do contribuinte que deseja e cobra serviços públicos eficientes, que atendam as necessidades de Gaspar, Cidade Coração do Vale!!!
Adilson Luis Schmitt
21/02/2015 20:26

Desculpas esfarrapadas!!!

Nós enquanto cidadãos e contribuintes, precisamos fazer força para tentar entender que após passados 6 anos, os atuais mandatários querem porque querem, aprovar os Projetos de Leis Complementares PLCs 13 e 14 referente a REFORMA ADMINISTRATIVA. Pois já como já estão indo para a metade final do mandato, estes PLCs tem mais cara para "ACOMODAÇÃO ADMINISTRATIVA" para seus bajuladores. Com a palavra o Vereador Giovano Borges e o Sintraspug Sindicato, bem como os demais Edis!!!!

Adilson Luis Schmitt
Ex-Prefeito de Gaspar
Herculano
21/02/2015 20:21
COM SEIS ANOS DE ATRASO, A PREFEITURA DE GASPAR VAI INAUGURAR MAIS UMA VEZ O NOVO PRÉDIO DA ESCOLA ANGÉLICA DE SOUZA COSTA NESTA SEGUNDA FEIRA. O PRÉDIO FOI CONSTRUÍDO EM TEMPO RECORD, SEIS MESES PELA BUNGE DEPOIS ELA ESPERAR CINCO ANOS PARA A PREFEITURA INDICAR O LOCAL ONDE CONSTUI-LA. NAQUILO QUE COMPETIA A PREFEITURA ELA CONTINUA INCOMPETA

O press release é da Assessoria de Comunicação. A Prefeitura de Gaspar, por meio da Secretaria de Educação, inaugura nessa segunda-feira (23) a nova sede da Escola Professora Angélica de Souza Costa. A cerimônia acontecerá às 9h30, no próprio educandário, no bairro Margem Esquerda [isto já aconteceu, a meia boca no ano passado].

Desde novembro de 2014 os alunos já estão tendo aulas no novo prédio [ e sob improviso: faltam instalar os aparelhos de ar condicionados entre outros]. A antiga sede do educandário foi destruída na catástrofe de 2008. Durante o período em que a nova sede não estava concluída, os alunos do 1º ao 5º do Ensino Fundamental estudavam na Escola Norma Mônica Sabel e as crianças da Educação Infantil, no salão comunitário São Sebastião, no bairro Margem Esquerda.

Ao todo, a escola atende 238 alunos, entre quatro e 11 anos. Desses, 45 crianças da Educação Infantil e 110 alunos do Ensino Fundamental estudam em período integral [faltavam até a semana que se encerrou, professores para este período integral e falta planejamento]. No contraturno escolar são desenvolvidas atividades de complemento pedagógico, em que os alunos recebem auxílio para fazer as tarefas escolares. Também são realizadas oficinas de leitura, letramento e texto, jogos e recreação, dança, teatro, música, xadrez, artesanato e informática.

Além disso, os alunos do Ensino Fundamental que estudam em período integral realizam atividades fora da escola uma vez por semana. As crianças são levadas para o Centro Integrado de Eventos Prefeito João dos Santos, no bairro Poço Grande, e após a inauguração do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), no bairro Gaspar Mirim, as atividades acontecerão também nesse local.

Sobre a nova sede
A nova sede da Escola Angélica Costa, construída pela Fundação Bunge, conta com aproximadamente 1,5 mil m² e teve investimento de aproximadamente R$3,5 milhões [da Bunge]. O espaço possui nove salas de aula, sala de informática, espaço de leitura, pátio externo, playground, horta, pomar, bicicletário e estacionamento.

Em contrapartida, a Prefeitura de Gaspar investiu aproximadamente R$225 mil na infraestrutura do espaço. Para a terraplanagem do local foi cerca de R$75 mil com mão de obra, maquinário e saibro. Já para a implantação de aproximadamente 2,5 km de rede de água em todo o Loteamento onde está localizado o novo prédio, a Prefeitura, por meio do Samae, investiu cerca de R$35mil.

A Prefeitura também investiu R$25.553,00 na aquisição de condicionadores de ar tipo Split [mas que não tinham sido instalados]; R$19.500,00 em carteiras e cadeiras [que tem as cores vermelhas do PT e que segundo os técnicos, não é cor apropriada para ambiente escolar]; R$9.328,90 em livros e brinquedos; R$5.443,00 em nove quadros de vidro; R$2.500,00 em bancada para computadores; R$1.670,00 em dois bebedouros; R$1.597,00 em utensílios para cozinha [faltavam merendeiras e mantimentos]; R$1.500,00 em mesa com cadeiras; R$1.332,00 em equipamentos eletrônicos como DVD e televisão e R$1.196,00 em material pedagógico. Foi investido ainda R$45 mil na cozinha do educandário - valor já incluso no R$225 mil.
Herculano
21/02/2015 20:10
TRÊS LETRAS QUE INCOMODAM O PT, por Raimundo Cazé, cordelista

Que nunca faltem três letras
Nas lamúrias do PT
Embora haja vinte e seis
Pra quem aprendeu a ler.
Refiro-me concretamente
A apenas três: FHC.

São três letras que abreviam
Fernando Henrique Cardoso.
É o pesadelo de Lula,
Um político mafioso
Que usa o adversário
No sofrimento e no gozo.
Herculano
21/02/2015 20:06
Gaspar não está no roteiro. Uma pena. Também: nada de duplicação da BR 470, nada de ponte do Vale, nada de Arena Multiuso, nada de urbanização das casinhas de plástico, nada de drenagem da rua Amazonas, nada de Policlínica, nada de Hospital, o conjunto Milano do Minha Casa Minha Vida com problemas, o único CDI que ela construiu dos seis mil que prometeu no Brasil e não os fez, também com problemas. A única coisa que ficou pronto e poderia ser inaugurado é aquele muro milionário de capim do Samae.

NOS BRAÇOS DO POVO, por Lauro Jardim, de Veja
Dilma Rousseff começa na quarta-feira o seu périplo pelo Brasil. Vai entregar 1 000 casas do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana (BA). É a primeira das cidades que Dilma visitará inaugurando obras, falando para a imprensa regional e nacional e tentando sair das cordas.

Inicialmente, irá a municípios de Minas Gerais e do Nordeste, tidas pelo governo como fortalezas petistas.
Herculano
21/02/2015 19:56
EU VIM PARA SERVIR

Este é o tema da Campanha da Fraternidade e que a Igreja Católica de Roma no Brasil começou a exercer nesta Quaresma, onde contam os evangelhos, Jesus Cristo passou 40 dias no deserto, sob provação e tentação de Satanás. Para a Igreja Católica no Brasil, a Campanha da Fraternidade é um tempo de reflexão.

Nos tempos mais duros o PT era um nanico. Quase um braço político da Igreja via as Eclesiais de Base, incluindo a Pastoral Operária na década de 1970. Eram os tempos da Teologia da Libertação e a cabeça feita dos fracos, fiéis e desinformados nos grotões. Se de um lado combatia o poder vigente, a Igreja Católica se enfraqueceu e permitiu com a politização, o avanço extraordinário das novas Igreja Pentecostais, que se tornaram braços de trocas (e não de ideologia ou teologia) e vantagens do poder exercido pelo PT.

Na última campanha eleitoral à presidência, a Igreja Católica tentou mostrar que era crítica e independente. O PT a condenou por este distanciamento critico. A própria orientação da Igreja Católica mudou: voltou com o viés discurso evangelizador, missionário, para segurar o rebanho que se perdia na quantidade e qualidade. Nesta Campanha de Fraternidade, o encerramento do hino que criaram para ela tem a última estrofe que pode ser um recado: "Deus Ama o pequeno e despreza o poder".

É tempo de reflexão. É tempo de Satanás também. Não é ele que nas escrituras sagrado é sempre mostrado como um mentiroso, um dissimulado contumaz?

Hino da Campanha
Em meio as angústias, vitórias e lidas
no palco do mundo, onde a história se faz,
sonhei uma igreja a serviço da vida.
Eu fiz do meu povo os atores da paz

Quero uma Igreja solidária,
servidora e missionária,
que anuncia e saiba ouvir.
A lutar por dignidade,
por Justiça e igualdade,
pois "Eu vim para servir".

Os grandes oprimem, exploram o povo,
mas entre vocês bem diverso há de ser.
Quem quer ser grande se faça servo:
Deus ama o pequeno e despreza o poder
Herculano
21/02/2015 17:33
ACABOU A FANTASIA; AGORA, PREPARAM-SE PARA A GUERRA, por Ricardo Kotscho, ex-repórter do jornal Folha de S.Paulo, ex-assessor do presidência no mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é amigo pessoal

Não vai ter refresco nem para curar a ressaca do Carnaval. Em plena Sexta-feira de Cinzas, Dilma e Aécio reapareceram em público, ao mesmo tempo, em Brasília, para dar uma amostra do clima de guerra que nos aguarda neste ano de 2015.

Dilma, mais magra e falante, atacou primeiro:

"Se, em 1996 ou 1997 (primeiro governo FHC), tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante 20 anos atuando em esquema de corrupção".

FHC reagiu, logo em seguida, divulgando uma nota em que acusa a presidente de agir com a tática do batedor de carteira "que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando 'pega ladrão'".

Aécio, já sem barba, veio atrás, fazendo coro:

"Depois de um silêncio que durou dois meses, certamente para se distanciar das medidas econômicas tomadas por seu governo, a presidente reaparece parecendo zombar da inteligência dos brasileiros."

Ninguém saiu em defesa de Dilma, cada vez mais isolada e perdida nas suas decisões. Lula se mantém em obsequioso silêncio. No mesmo dia, lideres da oposição já falaram em convocar Dilma e Lula para depor na CPI da Petrobras, que está para ser instalada.

Enquanto isto, o Congresso Nacional respira fundo e se mantem em suspense, aguardando a divulgação da "Lista do Janot", quando, finalmente, o procurador-geral da República deverá apresentar os nomes dos políticos envolvidos na Operação Lava-Jato.

No front econômico, o "aliado" PMDB, agora sob o comando de Eduardo Cunha, deve se juntar à oposição e até a setores do PT para derrubar o pacote do ajuste fiscal encomendado por Dilma ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que é combatido por todas as centrais sindicais.

No front jurídico, o Ministério Público Federal abriu ações cobrando R$ 4,5 bilhões de seis empreiteiras denunciadas na Operação Lava-Jato, colocando em risco os mais de 500 mil empregos do setor de construção civil, que já entrou em crise profunda, com os atrasos nos pagamentos e os cortes nos investimentos da Petrobras anunciados para este ano.

Nas redes sociais, o clima está conflagrado, mais ainda do que na campanha eleitoral, com a convocação do protesto nacional do "Fora Dilma", marcado para o próximo dia 15 de março.

A principal sequela deixada pela disputa presidencial foi o ressurgimento de uma direita organizada e radical, gerada no bojo do antipetismo militante, que se alastrou pelo país durante a campanha numa grande aliança partidária, midiática, judicial e financeira.

Sinal destes novos tempos: em pleno começo de Quaresma, Ronaldo Caiado, um dos principais líderes desta aliança, fundador da UDR e senador pelo DEM de Goiás, já lançou seu nome para disputar as eleições presidenciais de 2018. Aécio que se cuide, pois a concorrência na oposição pode aumentar.

Mesmo aqueles que não se animaram a pedir votos para os candidatos de oposição em 2014, limitando-se a atacar o PT, agora não se contentam em pedir as cabeças de Dilma e Lula, mas procuram também criminalizar seus eleitores, responsabilizando-os pela crise ampla, geral e irrestrita, que está só começando.

Vida que segue.
Herculano
21/02/2015 17:27
POR UM BRASIL MAIS LIMPO, editorial do jornal Zero Hora, de Porto Alegre.

As evidências de interferência política na Operação Lava-Jato, antes mesmo da divulgação dos nomes de políticos envolvidos, e a constatação de que até mesmo o Carnaval, uma das mais autênticas manifestações brasileiras, rendeu-se por dinheiro a uma ditadura sanguinária expõem uma face cruel do país, sob todos os aspectos. Nesse mesmo cenário de desolação, porém, algumas instituições reforçam seu papel na democracia, como demonstra a inédita decisão do Ministério Público de cobrar R$ 4,47 bilhões como ressarcimento de parte dos recursos desviados da Petrobras, apurados na operação Lava-Jato da Polícia Federal. E, por todo o país, mais brasileiros do que nunca aproveitaram o Carnaval para sair à rua espontaneamente, recorrendo à irreverência para denunciar desmandos e cobrar providências.

De um lado, portanto, há um país que se revela internamente e ao mundo como vulnerável à pressão do dinheiro sujo, a ponto de colocar em risco a imagem de sua maior empresa e de seu principal evento turístico. Seja na Petrobras, seja no Carnaval, em ambos os casos símbolos do que o país já teve de melhor, os desvios não podem mais ser tolerados. Tampouco podem se prestar para relativizações do tipo "foi sempre assim" e "todo mundo faz". E muito menos para tergiversações como a manifestação de ontem da presidente Dilma, que tenta transferir responsabilidades para o governo FH. A sociedade brasileira vive um momento em que já não suporta mais tanta hipocrisia. Livrar-se dessa chaga, que favorece alguns em prejuízo de todos e da própria imagem nacional, exige persistência dos órgãos de fiscalização e impõe custo para o país, que no final será compensado.


Felizmente, as instituições se mostram determinadas a cumprir o seu papel, acima de interesses políticos e apesar da multiplicação de novos casos - o mais recente dos quais envolvendo o banco HSBC. As pressões por parte de empreiteiras que estariam ocorrendo no âmbito do Ministério da Justiça e a mobilização no Congresso para preservar políticos na mira da Lava-Jato dão uma ideia do quanto a sociedade precisa, permanentemente, cobrar transparência dos homens públicos e se mostrar vigilante em relação a seus atos.

O fato inequívoco é que as denúncias e as investigações de falcatruas, assim como a indignação popular despertada pelo noticiário, indicam uma expressiva maioria da população a favor de um Brasil mais íntegro. Isso significa que o país precisa fortalecer as instituições democráticas para atingir patamares éticos mais elevados
Herculano
21/02/2015 17:18
HORÁRIO DE VERÃO

Os leitores e as leitoras da coluna terão mais uma hora hoje para curti-la. A meia-noite volte no tempo e atrase o relógio em uma hora. Termina o Horário de Verão.
Pedra de Genesis
21/02/2015 11:00
Nova ambulância do Corpo de Bombeiros é liberada
Bom legal o Corpo de bombeiros de Gaspar, terem uma nova ambulância, mas o que não é legal é a propaganda do Ptralia Mor que vai falar que esta doando uma ambulância para o corpo de bombeiros, na realidade esta ambulância foi comprada com o dinheiro do próprio corpo de bombeiros oriundo da taxas cobradas por vistoria e analise de projetos, a prefeitura apenas administra o dinheiro através de um convenio firmado. Agora esta na hora é de a prefeitura cumprir a lei e se regularizar e parar de inaugurar obras em que o próprio corpo de bombeiros mostra as irregularidades e nada e feito
Herculano
21/02/2015 10:35
SEMPRE ESCONDER, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

Brasil aceita a violência do governo venezuelano. A presidente Dilma disse ontem na entrevista uma frase perfeita. Como ato falho. "Nós nunca deixamos de esconder que era 4,5%". Falava da correção da tabela do Imposto de Renda. E esse percentual esconde - ou nunca deixou de esconder, como a presidente prefere dizer - um aumento de imposto, porque é abaixo da inflação do ano, que foi de 6,4%. Em janeiro, já pulou para 7,14% em 12 meses.

Essa atualização da tabela abaixo da inflação não é fato raro. Os governos sempre esconderam esse tipo de aumento de imposto e até apresentavam como ganho do trabalhador. No caso da atual presidente, o que agrava o problema é que a inflação esteve sempre, nos seus quatro anos de mandato, longe do centro da meta. Ela "nunca deixou de esconder" que a meta não seria atingida. Dizia que estava convergindo para a meta, mas, no fundo, bastava que não fechasse o ano acima de 6,5%.

Na entrevista, quando uma jornalista perguntou se ela falaria com o embaixador da Venezuela sobre o caso da prisão do prefeito de Caracas, Dilma respondeu: "Não querida. Eu não posso receber um embaixador baseado nas questões internas do país. Eu recebo os embaixadores baseado nas relações que eles estabelecem com o Brasil." O governo "nunca deixou de esconder" que, na verdade, tudo depende do país. Se for o Paraguai, o que acontece lá dentro importa ao Brasil, mesmo que nada tenha a ver com as relações bilaterais. Se um presidente é derrubado, como aconteceu com Fernando Lugo, é um fato reprovável. E realmente é. A Constituição do país permitia, o Brasil reagiu ferozmente. Paraguai ficou fora das decisões do Mercosul. Foi duramente admoestado.

Diferente é a situação da Venezuela. Lá, tudo pode. O falecido presidente Hugo Chávez fez o que quis com as instituições democráticas: fechou jornais, perseguiu opositores, manipulou eleições. Seu sucessor segue na mesma linha. Outro opositor, Leopoldo Lopez, está preso há um ano e lá permanece. Recentemente, sua mulher denunciou que ele foi colocado em solitária. Na quinta-feira, uma polícia fardada e encapuzada invadiu o prédio onde estava o prefeito eleito de Caracas, Antonio Ledezma, e o levou preso. O presidente Nicolás Maduro, a exemplo do seu mentor, fez um pronunciamento, cercado de simpatizantes, dizendo que ele será julgado por conspirar contra a Constituição.

Qualquer liderança oposicionista que se fortalece é simplesmente presa, sem ordem judicial, em manobras indisfarçáveis para se manter no poder a qualquer preço. Quando o governo brasileiro reconhecerá que a cláusula democrática do Mercosul, invocada no caso de Lugo, tem que valer para os abusos dos governos chavistas? A resposta deveria ter sido: "Sim querida, estamos chamando o embaixador para pedir explicações sobre a prisão de um opositor, o prefeito de Caracas." Mas não foi essa a resposta da presidente. Ela prefere continuar escondendo - como nunca deixou de fazer - que para os amigos as normas do Mercosul são flexíveis. Deles, tudo é aceitável.

O governo de Maduro não sabe o que faz. Mergulhou o país em grave crise econômica e social. A inflação a 70%, o país desabastecido, o câmbio enlouquecido. Se o país já estava na penúria com o petróleo a US$ 100, o que dirá agora, que despencou? Tudo isso a presidente poderia dizer que é assunto interno. Mas a quebra de regras democráticas, a prisão de opositores de forma arbitrária e abusiva por um tal "Serviço Bolivariano de Inteligência" são uma ofensa ao tratado do Mercosul que estabeleceu que os governos têm que respeitar o Estado de Direito, a democracia.

Essa cláusula não é um mero enfeite do acordo que uniu os países. Teve que ser parte da base, porque a região sempre foi atingida por ondas autoritárias, ditaduras, caudilhismos. O Mercosul foi assinado por governos que saíram das ditaduras que arruinaram os anos 60, 70 e parte dos 80. Foi um abraço de países, marcados por esse flagelo, que se comprometiam a ser um clube de democracias. Não é possível esconder: a aceitação de que Maduro faça, como fazia Chávez, o que lhe der na telha com as instituições é a quebra desse princípio. O governo petista sempre mostrou que não se importa com isso, se a violação partir de um governo amigo
Herculano
21/02/2015 08:40
CONFRONTO À VISTA, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Declaração de Dilma só pode ser ação coordenada de enfrentamento. A provocativa declaração da presidente Dilma tentando atribuir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a culpa pretérita pelos crimes cometidos na Petrobras no período de governos petistas, de 2003 a 2014, de tão tosca, só pode fazer parte de uma ação coordenada de enfrentamento.

Tudo indica que o governo e seu entorno decidiram agir de maneira coordenada para o enfrentamento público das acusações, que logo serão conhecidas em sua integralidade. Estão agindo em várias frentes. A CUT, braço sindical do petismo, está convocando uma ridícula marcha em favor da Petrobras, não contra aqueles que a saquearam nos últimos anos, mas contra quem denuncia os desvios.

O pretexto é o de sempre, mas ainda funcional em determinadas áreas: tudo não passaria de um golpe para enfraquecer a Petrobras com o objetivo de privatizá-la. Sabe-se agora que o ex-presidente Lula tem sido acionado por donos das empreiteiras para uma intervenção impossível.

Também o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi acionado, deixando o flanco aberto para ser acusado de estar agindo em defesa das empreiteiras. Na ação governamental, a Controladoria-Geral da União (CGU) armou uma legislação prêt-à-porter que transforma o Tribunal de Contas da União (TCU) em seu órgão auxiliar no exame de acordos de leniência, e não fiscalizador, auxiliar do Poder Legislativo.

Tudo para garantir que as empreiteiras saiam da enrascada em que se meteram o menos prejudicadas possível, sem perder a condição de continuar fazendo obras para o governo.

Como não somos, ainda, uma república bananeira em que o Executivo domina os demais poderes, como alguns de nossos vizinhos e aliados de primeira linha, a resposta da sociedade está sendo vigorosa.

Numa reação à tentativa de limitar os danos das empreiteiras, e como consequência lógica da Operação Lava-Jato, o Ministério Público Federal ajuizou ontem 5 ações de improbidade administrativa contra seis empreiteiras acusadas de envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e Sanko, num total R$ 4,48 bilhões.

A ação de improbidade tem elementos até de direito penal, mas é um desdobramento cível do processo. O acordo de leniência da CGU com as empreiteiras está sob o crivo do Judiciário, e pode ser anulado. Se for o ministro que o assina, o processo será no Supremo Tribunal de Justiça. Se for um funcionário qualquer, será do juízo federal de Brasília.

Mas também o Legislativo está vigilante quanto a essa dobradinha do CGU com o TCU, sob as bênçãos do advogado- geral da União, Luís Adams, que também é candidato ao STF juntamente com Cardozo. (Acho que a atuação dos dois no episódio lhes tira qualquer possibilidade de serem indicados ou de serem aprovados pelo Senado).

Há diversos movimentos no Legislativo para anular essa nova legislação da CGU, e tanto do advogado-geral da União quanto o ministro da CGU e o presidente do TCU podem ser convocados para explicarem seus papéis nessa que se assemelha a uma manobra para salvar as empreiteiras da punição mais rigorosa.

O Ministério Público Federal quer que elas sejam impedidas de assinar novos contratos com o governo. Já o acordo de leniência da CGU/TCU determina expressamente que elas poderão continuar concorrendo às licitações, assim como não perderão o direito de receber empréstimos dos bancos públicos, notadamente do BNDES.

Na definição de uma velha raposa política, "estamos diante de uma situação política nova que vai engendrar comportamentos políticos inusitados". A começar pela situação inusitada do Executivo, depois de ter armado uma maioria absolutíssima à base de expedientes como os do mensalão e do petrolão, ter ficado isolado politicamente, dependente do presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha, figura política ambígua que manobra a seu bel-prazer.

Qual será seu próximo passo?
Herculano
21/02/2015 08:36
A VEJA DESTA SEMANA DESVENDA COMO O GOVERNO DO PT TENTOU DESMORALIZAR AS INVESTIGAÇÕES DO PETROLÃO

Com a capa 'Os segredos do empreiteiro', revista Veja desta semana qe que já está nas bancas, sendo entregue aos seus assinantes, e disponível para os assinantes digitais, antecipa o que o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, supostamente pretende falar aos investigadores da Operação Lava Jato. Ele é um homem bomba.

Uma delação premiada do empreiteira bomba e articulador do cartel de empreiteiras, poderá implicar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que está sendo cobrado para agir pelas empreiteira onde é o garoto propaganda na África, principalmente; a presidente Dilma Vana Rousseff; os ministros Jaques Wagner e José Eduardo Cardozo; o governador baiano Rui Costa e, ainda, o ex-ministro José Dirceu, a quem muitos até atribuem ser o mentor de todo este esquema criminoso que levou bilhões dos nossos pesados impostos para o PT e poucos amigos para se manter no poder eternamente a custa da quebra da economia, do sacrifício da maioria e o comprometimento do futuro como um país competitivo e reconhecido no cenário mundial .

E foi por ele, sua disposição e o arsenal que resiste em delatar e detalhar que o PT, por meio do governo Dilma Vana Rousseff, sob a inspiração do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentou colocar água na fervura recebendo os advogados de empreiteiras. Tentaram ver se politica e tecnicamente havia uma saída para inviabilizar as investigações e o processo para livrar os implicados de tanta roubalheira, como já aconteceu em outros casos assemelhados onde todos saíram impunes ou com brandas penas, como vítimas e transformados em heróis.

As revelações seriam as seguintes: (1) os R$ 30 milhões registrados como doação de campanha da UTC em 2014 seriam propina, corroborando a tese de que partidos políticos, como o PT, seriam lavanderias de recursos; (2) o ministro José Eduardo Cardozo tentou interferir na Lava Jato, tentando evitar sua delação premiada; (3) nas últimas três campanhas vencidas pelo PT na Bahia, com Jaques Wagner e Rui Costa, contou-se com apoio da UTC; (4) o empreiteiro pagou despesas pessoas de José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil, contratando-o como consultor.
Herculano
21/02/2015 08:18
PSDB ACUSA DIRCEU E PALOCCI DE CHEFIAREM O PETROLÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publica hoje nos jornais brasileiros

Figurões ligados ao ex-presidente Lula, o mensaleiro José Dirceu e o ex-ministro Antônio Palocci serão acusados pela oposição de chefiar a quadrilha do Petrolão. O promotor e deputado Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, montou "Organograma do Petrolão", no qual Dirceu e Palocci aparecem no núcleo estratégico do esquema do roubo bilionário à Petrobras. O tesoureiro do PT, João Vaccari, é apontado como o chefe do núcleo operacional do esquema que roubou a estatal.

My way
Membro da CPMI do Petrolão em 2014, Sampaio já suspeitava de Dirceu, que deve ser convocado com Palocci para depor na nova CPI.

Os cabeças
Condenado no mensalão, Dirceu é acusado de receber dinheiro sujo do Petrolão. Já Palocci ligaria executivos da Toyo Setal com o PT.

Núcleo público
O "núcleo público" do Petrolão vai depor na CPI: os ex-presidentes da Petrobras Sergio Gabrielli e Graça Foster e o atual, Aldemir Bendine.

Paredão
Também vão depor o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado e os ex-diretores Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.

INSULTO DE DILMA À INDONÉSIA FOI FACTÓIDE

O gesto de hostilidade de Dilma contra o embaixador Toto Riyanto, ontem, recebido como insulto pelo governo da Indonésia, foi elaborado na última hora, pelos marqueteiros do Planalto, para servir de "cortina de fumaça" e desviar as atenções da mídia dos sucessivos escândalos do governo. Na véspera, quinta (19), Dilma definiu para sexta a entrega solene de credenciais de cinco embaixadores, incluindo o indonésio.

Humilhação
O embaixador indonésio foi submetido à humilhação de somente ser avisado que fora excluído da cerimônia quando já estava no Planalto.

Cortina de fumaça
O governo esperava que a desfeita à Indonésia esvaziasse a denúncia de que empreiteiros enrolados na Lava Jato pediram proteção a Lula.

Agora complicou
O insulto à Indonésia complica ainda mais a situação do outro traficante brasileiro, Rodrigo Gularte, que está no corredor da morte.

NOVA ESTRATÉGIA
A declaração de Dilma culpando os governos tucanos por não terem investigado a Petrobras, quando a roubalheira foi iniciada no governo Lula, quando ela presidia o conselho de administração da estatal, é outra obra dos seus marqueteiros. Confundir é a nova estratégia do PT.

Data certa
Dilma tentou situar o assalto à Petrobras dez anos antes do seu início. Paulo Roberto Costa chegou em 2004, no governo Lula, ao influente cargo de Diretor de Abastecimento, e montou o esquema do Petrolão.

Só pensa nisso
Os governistas não se aguentam de ansiedade com a distribuição de cargos no segundo escalão. Os partidos entregaram ao Planalto a lista de boquinhas preferidas, e esperam que sejam anunciadas até março.

Aliviar, não
Eleito no PDT para compor a CPI da Petrobras, Felix Mendonça (BA) promete não "aliviar" com envolvidos. O deputado trava queda de braço com PT após ter sido pressionado a romper com o prefeito ACM Neto.

Cotado
José Carlos Araújo (PSD-BA) aguarda manifestação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para se decidir sobre a presidência do Conselho de Ética da Casa. O PSDB também avalia apoiar Araújo.

No mínimo estranho
O líder do PSB, João Capiberibe (AP), acusa o Tribunal de Contas da União de atropelar o regimento para aprovar, a toque de caixa, instrução que prevê que acordos de leniência passem pelo tribunal: "Eles nem ouviram Ministério Público", disse o senador.

Melhor calada
Tucanos se enfureceram com Dilma jogando a bomba do Petrolão no colo de FHC. O deputado Carlos Sampaio (SP) lembrou o silêncio de dois meses de Dilma, e disparou: ?Melhor se continuasse calada?.

Dois pesos
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusa o governador do Paraná, de recorrer ao "disco arranhado" da crise que leva ao ajuste fiscal. A ex-ministra vai criticar Dilma pela mesma ladainha?

Ponga, Araponga
Como não impede a espionagem eletrônica dos americanos, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contratou os Correios por R$ 265 mil para levar suas cartas. O próximo passo será adotar sinais de fumaça.
Herculano
21/02/2015 08:10
O PT consegue até enlamear o senso das liberdades e a democracia. Já é escancarado o caráter totalitário, de incompetência, desrespeito às liberdades individuais, ao estado de direito e à corrupção em todos os níveis do partido e seus membros. Isto está expresso no silêncio, omissão ou no apoio explícito a governos com estas manchas como o da Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina entre outros.

DESPOTISMO MADURO, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Afundado em problemas econômicos, governo da Venezuela recorre a medidas autoritárias para se proteger; Brasil não pode ficar calado

Incapaz de reconhecer os erros que lançaram a Venezuela em um círculo vicioso de violência e crise econômica, o presidente Nicolás Maduro recorre à escalada autoritária para blindar seu governo.

O alvo da vez é o prefeito da área metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma, preso na quinta-feira (19) dentro de seu gabinete por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin).

O nome de Ledezma amplia uma lista de políticos detidos que inclui, entre outros, Leopoldo López, ex-prefeito de Chacao, e Raúl Baduel, ex-ministro da Defesa (2006-2007, gestão de Hugo Chávez). Com variações sutis, todos são acusados de conspirar contra o país.

Mesmo que Ledezma quisesse arquitetar um golpe, como alega Maduro (sem provas), ele dificilmente teria força para tanto. Perseguido pelo chavismo, o oposicionista eleito em 2008 comanda um governo apenas no papel.

Em represália a sua vitória, o então presidente Hugo Chávez retirou atribuições da prefeitura metropolitana de Caracas. Saíram de seu guarda-chuva escolas, hospitais, cartórios públicos e até o Palácio do Governo. As prerrogativas foram transferidas a um governo biônico, e Ledezma passou a despachar de um escritório privado.

A prisão de um líder oposicionista com poucos poderes revela o grau de desespero e extremismo a que chegou Maduro. Oprimindo críticos de sua administração, procura não só silenciar protestos mas também atribuir a terceiros a culpa pela penúria da Venezuela.

A situação do país é grave. Sofrendo com elevadíssimas taxas de violência e inflação, registrou queda de 2,8% do PIB no ano passado. Sua população pobre foi de 25,4% para 32,1% de 2012 a 2013, e hoje escasseiam produtos básicos.

São as consequências das escolhas do chavismo, que desmantelou o setor privado, no campo econômico, e enfraqueceu as instituições, no político.

Ridículo enquanto retórica, o diversionismo de Maduro constitui preocupante ameaça quando se traduz em ações práticas - ameaça diante da qual o Brasil não pode permanecer calado.

Por ironia da história, Antonio Ledezma veio ao Brasil em outubro de 2009. Defendeu, no Senado, a entrada da Venezuela no Mercosul. Recebeu acolhida o argumento de que, dessa forma, seu país poderia ser instado a cumprir a cláusula democrática do bloco.

Contudo, misturando afinidades ideológicas e interesses comerciais, o Mercosul - e o Brasil - finge que não vê a Venezuela violar preceitos básicos em qualquer democracia.

Uma nota do Itamaraty nem basta nesse caso. É preciso empreender esforços para fazer valer a cláusula democrática do Mercosul. A comunidade internacional com razão entenderá como cumplicidade a eventual omissão do Brasil.
Herculano
21/02/2015 08:00
PÁTRIA ENGANADORA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

No primeiro dia do ano, em discurso de posse no Congresso Nacional, a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) anunciou que o lema de seu segundo mandato seria "Brasil, Pátria Educadora".

Mais apropriado seria designar a frase como slogan. Assim se explicitaria seu caráter propagandístico, evidenciado por medidas que só em 2015 vieram a lume - primeiro com o Fies, depois com o Pronatec.

O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) custeia estudos de graduação com empréstimos a juros subsidiados de 3,4% ao ano. De 2010 a 2014, o número de estudantes financiados foi de 76 mil para 700 mil, com desembolsos de mais de R$ 13 bilhões no ano passado.

No final de dezembro, o governo federal alterou as regras para concessão dos financiamentos e mudou a sistemática de pagamento das mensalidades às instituições de ensino superior. Elas só receberão as parcelas do segundo semestre deste ano em 2016, uma manobra óbvia para postergar despesas.

Na mesma época, o Planalto decidiu atrasar também os gastos com outra peça de resistência na propaganda de campanha, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).

Como a iniciativa banca o oferecimento de cursos técnicos gratuitos, instituições particulares viram aí uma excelente oportunidade de aumentar clientela e faturamento, a exemplo do que se deu no Fies.

Na campanha eleitoral, Dilma prometeu elevar de 8 milhões para 12 milhões os beneficiários do Pronatec. Na surdina, seu governo interrompeu o fluxo de pagamentos correspondentes às aulas dadas em outubro por cerca de 500 instituições, como revelou esta Folha.

No mesmo dia, o Ministério da Educação anunciou a liberação de R$ 119 milhões e a regularização dos desembolsos de 2014 para instituições privadas. Segundo o comunicado, elas respondem por 7% das matrículas do Pronatec. Por esse serviço, já teriam recebido R$ 640 milhões no ano passado.

Nada disso altera o fato de que, ao aplicar o torniquete nas verbas educacionais, o governo Dilma Rousseff contradiz as promessas grandiosas sobre ensino e qualificação apresentadas na propaganda e sugeridas na posse.

Passou da hora de a presidente vir a público e explicar a seus eleitores que não vale o que disse no palanque. Vale, sim, o que se vê obrigada a fazer para consertar o estrago nas contas públicas provocado em seu primeiro mandato.
Herculano
21/02/2015 07:53
O QUE VEM POR AI?, por Paulo Alceu

A reforma administrativa que está para desembarcar na Assembleia não é uma reforma de governo, como bem expressou o presidente da Assembleia Gelson Merísio, mas uma reforma de Estado, exigindo um tratamento minucioso e criterioso. Tem que ser analisada, naturalmente, com atenção, o que determinará tempo e dedicação. No momento em que for tratada como instrumento de indicações e benefícios terá tudo para sucumbir.

Nos subterrâneos da política o comentário é de que os cargos estão sendo preenchidos homeopaticamente a espera da reforma, para daí cada agremiação aliada, ver qual a sua área de atuação. Confirmada essa previsão não estaremos diante de uma reforma, mas de uma acomodação de interesses. Pelo visto não é este o encaminhamento que o Centro Administrativo pretende dar.

Sendo por aí terá que se preparar para absorver críticas, pois ficará apenas no discurso teórico distanciado da prática da eficiência e economia. Enquanto que uma reforma mais aprofundada, que todos imaginam, dentro do espírito de estado, dará para observar quem quer mudanças e quem quer benefícios.
Herculano
21/02/2015 07:49
PARA A PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, A DEMOCRÁTICA E PARA QUEM A OPOSIÇÃO SEMPRE É UM PROBLEMA A SER ELIMINADO POR QUALQUER MEIO - MENOS O DO VOTO -, A PRISÃO ARBITRÁRIA, SEM ACUSAÇÃO FORMAL E MANDADO JUDICIÁRIO DO PREFEITO DE CARACAS, É UMA "QUESTÃO INTERNA.

Presidente negou constrangimento por presença venezuelana no Planalto após detenção de prefeito oposicionista. PSDB pede ao governo que condene Maduro; EUA refutam acusação de envolvimento em suposta trama golpista

O conteúdo é do jornal Folha de S. Paulo. E qualquer fato assemelhado por aqui, não é mera coincidência. É parte do método e da sistemática da franquia nacional de sacanagens. A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta (20) que a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, é assunto interno da Venezuela.

Ela deu a declaração após cerimônia de credenciamento de embaixadores no Palácio do Planalto, entre eles a nova representante venezuelana, Maria Lourdes Urbaneja Durant.

Dilma afirmou não sentir constrangimento pela presença de Durant, um dia depois da prisão de Ledezma. "Eu não posso receber um embaixador baseada em questões internas do país. Eu recebo os embaixadores baseada nas relações que eles estabelecem com o Brasil", declarou.

Na noite de sexta, o Itamaraty divulgou nota em que diz que o governo "acompanha com grande preocupação a situação na Venezuela" e "insta todos os atores envolvidos a trabalhar (...) pela manutenção da democracia". Não há menção à prisão no texto.

A atitude do governo tem sido a de evitar críticas diretas a Caracas e buscar uma mediação por meio da Unasul (União das Nações Sul-americanas). No entanto, o processo não produziu resultados concretos até o momento.

Em ocasiões anteriores, o Brasil, contudo, não hesitou em interferir em "questões internas" de vizinhos, quando aliados foram os alvos. Exemplos são o "impeachment-relâmpago" de Fernando Lugo no Paraguai, em 2012, e o golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya, em Honduras, em 2009.

Em nota, o PSDB condenou a prisão de Ledezma, no que chamou de "escalada antidemocrática", e cobrou do governo uma condenação à atitude do governo Maduro.
Herculano
21/02/2015 07:43
QUAL A DIFERENÇA DO QUE O PT PRATICA E OS INTELECTUAIS QUE ASSINAM O MANISFESTO DE APOIO (ABAIXO) COM O CASO DA VENENZUELA? NENHUMA. O PT QUANDO NA OPOSIÇÃO É RESPEITADO E ATÉ TEMIDO. QUANDO NO PODER É UMA MÁQUINA QUE NÃO ADMITE OPOSIÇÃO, CAPAZ DE TUDO CONSTRA SEUS ADVERSÁRIOS OU QUEM TENHA OPINIÃO DIVERGENTE, MESMO SENDO UMA FRANQUIA NACIONAL DE SACANAGENS QUE PARTICIPA CLARAMENTE DE ROUBOS E CORRUPÇÃO. PIOR. USA O ESTADO, OS BRASILEIROS PARA APOIAR DITADORES ALÉM DAS NOSSAS FRONTEIRAS QUE NÃO CONSEGUEM RESPEITAR A LIBERDADE DE IMPRENSA, OS POLÍTICOS OPOSITORES, AS MANIFESTAÇÕES DE TODOS OS TIPOS...

Opinião

COM NOVA PRISÃO, VENEZUELA CONTINUA HUMILHANDO A DIPLOMACIA BRASILEIRA, por Clóvis Rossi, para o jornal Folha de S. Paulo.

A Anistia Internacional fez, a respeito da prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, o que a diplomacia brasileira deveria fazer mas não faz: emitiu comunicado em que diz que "é inaceitável que se detenham indivíduos sem evidência aceitável de que tenham cometido algum delito".

Mais: "No último ano foram detidas arbitrariamente pessoas pelo simples fato de serem opositoras ou terem visão crítica do governo".

A propósito, a mulher de Leopoldo López, um desses prisioneiros, está avisando que a próxima a ir para a cadeia é a deputada Maria Corina Machado, arbitrariamente cassada.

Por que a diplomacia brasileira, claramente surpreendida pelo caso Ledezma, fica quieta?

A explicação oficiosa é a de que vocalizar críticas como a da Anistia significaria deixar o Brasil completamente descolocado para qualquer tentativa de mediação.

O argumento até faria sentido se a própria Venezuela não estivesse constantemente humilhando a diplomacia brasileira.

Há duas semanas, o Itamaraty festejava o fato de que uma reunião de chanceleres (do Brasil, do Equador e da própria Venezuela) havia recolocado a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) no papel de interlocutora.

Há um ano, a mediação da Unasul, de resto solicitada pela Venezuela, foi instrumental para fazer cessar os protestos de rua, que deixaram 43 mortos.

Acontece que o pressuposto essencial da mediação era servir de ponte para o diálogo entre o governo venezuelano e a oposição.

O caso Ledezma, assim como prisões anteriores, evidencia que, em vez de diálogo, o governo venezuelano prefere uma inaceitável truculência.

Ainda assim, o Brasil se presta a legitimar esse tipo de violência, ao aceitar participar de nova missão da Unasul, na semana que vem em Caracas, segundo anunciado por Ernesto Samper, o secretário-geral da Unasul.

Esse tipo de encontro só tem sentido se for para deixar claro que o governo Nicolás Maduro ultrapassou todos os limites e precisa respeitar regras mínimas (que respeite todas as regras democráticas seria pedir demais, a esta altura).

O Brasil deveria deixar claro também que essa história de inventar um golpe em marcha, dia sim, outro também, já não engana mais ninguém e não tapa os problemas que a incompetência do governo de Maduro deixou se amontoarem.

É claro que não dá para dizer tal coisa publicamente, mas a portas fechadas ou o Brasil se mostra à altura do jogo democrático ou acabará desmoralizado.
Herculano
21/02/2015 07:23
GENTE ESCLARECIDA TAMBÉM É CONIVENTE COM A CORRUPÇÃO E A LADROEIRA, QUE SEGUNDO ELES FORAM INVENTADAS NA CABEÇA DE ALGUMAS PESSOAS APENAS PARA DAR UM GOLPE DE ESTADO E TIRAR OS SEUS COMPANHEIROS DO PODER.

ELA PRECISA DE ANALFABETOS, INGNORANTES, DESINFORMADOS, MANSOS, MEDROSOS, DEPENDENTES E FANÁTICOS PARA PROSPERAR AS IDEIAS DO CALIFADO QUE DEGOLA CÉREBROS ESCLARECIDOS OU QUE DIVERGEM E SE PROPÕEM AO DIÁLOGO PARA ESCLARECER O ILUSIONISMO QUE LEVA O PAÍS AO BURACO. INTELECTUAIS ASSINAM MANIFESTO PARA DENUNCIAR GOLPE

O texto é de Luiz Nassif, jornalista econômico, claramente alinhado com o governo do PT, mesmo diante de tantos desastres administrativos e das falhas das políticas econômicas inconsistentes e que bota o país perto da bancarrota. Escreve ele. É hora de encarar os fatos: há uma conspiração em marcha para desestabilizar o governo, ainda que à custa da desorganização da economia. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. É uma conjunção muito grande de fatores:

1.A cobertura enviesada da mídia em cima de vazamentos seletivos da Operação Lava Jato. Conseguiram transformar até a Swissleaks em operação Lava Jato.

2.O comportamento do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, tratando o crime de vazamento de informações como se fosse uma ocorrência normal.

3.As declarações sincronizadas da mídia, Joaquim Barbosa e Sérgio Moro, procurando manietar o já inerte Ministro da Justiça.

4.A visita de procuradores ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a pretexto de colaborar com as investigações contra a Petrobras.

5.Finalmente, a decisão do Ministério Público Federal, de agora há pouco, de dar o golpe final contra as empreiteiras da Lava Jato, inviabilizando-as definitivamente.

Não tem lógica alegar estrito cumprimento da lei para liquidar com as empresas. Nem o mais empedernido burocrata ficaria insensível aos efeitos dessa quebra sobre a economia brasileira, sobre empregos e sobre o crescimento.

Qualquer agente público minimamente responsável trataria de apurar responsabilidades e punir duramente as pessoas físicas responsáveis, evitando afetar as empresas, ainda mais sabendo dos desdobramentos sobre a economia como um todo.

Só intenções políticas obscuras para justificar essa marcha da insensatez.

PS - Alo, presidente Dilma Rousseff. Esqueça essa preocupação sobre se as pessoas vão ou não duvidar da sua honestidade. Ninguém duvida dela. Eles não estão atrás da sua reputação: estão atrás do seu cargo. Acorde!

Abaixo, manifesto de personalidades contra o jogo político em andamento. O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA

A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.

Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.

Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados.

Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.

Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.

O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.

20 de fevereiro de 2015

Alberto Passos Guimarães Filho
Aldo Arantes
Ana Maria Costa
Ana Tereza Pereira
Cândido Mendes
Carlos Medeiros
Carlos Moura
Claudius Ceccon
Celso Amorim
Celso Pinto de Melo
D. Demetrio Valentini
Emir Sader
Ennio Candotti
Fabio Konder Comparato
Franklin Martins
Jether Ramalho
José Noronha
Ivone Gebara
João Pedro Stédile
José Jofilly
José Luiz Fiori
José Paulo Sepúlveda Pertence
Ladislau Dowbor
Leonardo Boff
Ligia Bahia
Lucia Ribeiro
Luiz Alberto Gomez de Souza
Luiz Pinguelli Rosa
Magali do Nascimento Cunha
Marcelo Timotheo da Costa
Marco Antonio Raupp
Maria Clara Bingemer
Maria da Conceição Tavares
Maria Helena Arrochelas
Maria José Sousa dos Santos
Marilena Chauí
Marilene Correa
Otavio Alves Velho
Paulo José
Reinaldo Guimarães
Ricardo Bielschowsky
Roberto Amaral
Samuel Pinheiro Guimarães
Sergio Mascarenhas
Sergio Rezende
Silvio Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pires
Juju do Gasparinho
20/02/2015 21:11
Prezado Herculano:

Postado às 20:48hs.
Dilma, 12 anos prevaricando.
Isso dá impeachment?
Eu não tenho culpa, votei no AÉCIO NEVES.
Maria Amélia que não é Lemos
20/02/2015 20:59
Sr. Herculano:

Li em outros Blogs que a ladra da PeTrobrás fez regime e perdeu 13kg
de banha. Mas parece que o cérebro da anta continua entupido de gordura, não para de falar asneiras.
Visse a entrevista dela?
#LexotanPuro
Arara Palradora
20/02/2015 20:55
Querido, Blogueiro:

Quando vou ser brindada com uma foto de gente bonita, elegante, inteligente, decente, competente no Olhando a Maré?
Cansei de corruPTos e incomPeTentes.
#foraPeTralhas

Voeeeiii...!!!
Anônimo disse:
20/02/2015 20:49
Herculano,
às 12:02hs e às 18:18hs - Não é proibido entrar com drogas no país?
A pena para quem desobedecer não é a morte? Então...

às 17:24hs - Tadinha delas. Pura perda de tempo.
Lulla já está atolado até o pescoço na lama fétida que elle mesmo criou.

às 14:21hs - O Melato está na lista dos envolvidos?
Falando nele, sabes quem ele me lembra?
Com os anões do orçamento (te lembras deles?).
Herculano
20/02/2015 20:48
DILMA VOLTA À CENA ATIRANDO... CONTRA O PRÓPRIO PÉ, por Josias de Souza

Empurrada por Lula, Dilma rompeu um silêncio de 60 dias para reagir ao bombardeio que atinge o seu governo. Após uma cerimônia pública, achegou-se gostosamente aos repórteres. Saiu atirando. Mirou em Fernando Henrique Cardoso. Mas acertou o próprio pé.

"Olhando os dados que vocês mesmos divulgam nos jornais, se em 96 ou 97 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [beneficiando-se] de corrupção", disparou Dilma. "A impunidade, e isso eu disse durante a minha campanha, a impunidade leva água para o moinho da corrupção."

Dilma referia-se a Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras. Delator premiado, ele contou aos procuradores da Operação Lava Jato que começou a receber propinas da holandesa SBM em 1997. Nessa época, governava o país FHC. Barusco também declarou em depoimento que a petrorroubalheira foi "institucionalizada" a partir de 2004, sob Lula.

Dilma feriu o próprio pé ao insinuar que, há 18 anos, FHC tinha a obrigação de saber que Barusco, à época um assaltante solitário, embolsava propinas na Petrobras. Na prática, a entrevistada admitiu que a corrupção seria bem menor no Brasil se ela e seu padrinho político não tivessem fechado os olhos para a ação da quadrilha que transformou a maior estatal do país num escândalo sem precedentes.

Líder da oposição na Câmara, o deputado tucano Bruno Araújo deu crédito a Dilma. Tomando-a ao pé da letra, concluiu: "A presidente Dilma assume publicamente que prevaricou". De fato, Dilma dá as cartas no setor petroleiro há 12 anos. Por que não agiu? Por que permitiu que seu partido, o PT, amealhasse algo como US$ 200 milhões em petropropinas, segundo estimou o mesmo Barusco?

Se essa Dilma que agora se dedica a dar entrevistas tivesse assumido o Ministério de Minas e Energia em 2003, uma das coisas que se poderiam esperar seria uma rápida investigação dos Baruscos que o tucanato abafou. Uma boa higienização da Petrobras certamente estaria na agenda de prioridades da ministra nomeada por Lula.

A corrupção é como um esporte coletivo. O sujeito pode ser um craque dos desvios, mas não vence o jogo sozinho. Há toda uma estrutura para preparar os lances - o cleptogoverno, o padrinho patrimonialista, o partido com fins lucrativos, os predadores internos, os inimigos externos? Afinal, todo o time em campo, ajeitando a jogada. O criminoso apenas comete o crime.

Se Dilma tivesse chefiado a Casa Civil de Lula, o PT, o PMDB e o PP jamais teriam enfiado Costas, Machados, Cerverós, Duques e outros truque$ nos postos de direção da Petrobras. Dilma perceberia o excesso de patriotismo do petismo e dos aliados. E tomaria todas as providências para manter a joia da coroa estatal a salvo dos piratas.

Imagine-se as mumunhas que Dilma teria abortado se, além de comandar a Casa Civil, tivesse presidido o Conselho de Administração da Petrobras. Ela jamais teria avalizado a compra superfaturada de uma refinaria tecnologicamente defasada na cidade texana de Pasadena. Certamente chamaria a Polícia Federal ao dar de cara com aquele relatório que o Cerveró redigiu em cima da perna.

Se Dilma fosse presidente da República, não teria pestanejado. No primeiro dia do mandato inaugural, teria mandato ao olho da rua os diretores desonestos. Eles não teriam usufruído da oportunidade de continuar roubando por mais um ano e meio. Seriam expurgados por justa causa. Dilma não permitiria que saíssem sob elogios do Conselho de Administração pelos "bons serviços prestados''.

Os familiares de Dilma deveriam pedir, urgentemente, um teste de DNA. Não há mais dúvidas: a atual inquilina do Planalto é uma impostora. Se Dilma estivesse no comando, não atiraria contra o próprio pé dessa maneira. Dilma não forneceria munição para o tucanato. Ela não levantaria tantas bolas para FHC e Aécio Neves cortarem.
Herculano
20/02/2015 20:44
O PALAVRÓRIO DE DILMA SOBRE O PETROLÃO AVISA QUE O ESTOQUE DE VIGARICES CHEGOU AO FIM, por Augusto Nunes, de Veja

A interrupção do surto de mudez teria sido menos desastrosa se a presidente resolvesse desviar milhões de olhares concentrados na roubalheira do Petrolão recorrendo a qualquer das seis ideias de jerico arroladas na enquete da vez. Caso anunciasse o início das obras da Transposição das Águas do Rio Amazonas, por exemplo, Dilma Rousseff teria demonstrado que a inventividade dos consultores Lula e João Santana ainda dá para o gasto.

Mesmo a promessa de construir 6 milhões de creches até 2018 pareceria menos absurda que a mágica de picadeiro reapresentada na abjeta entrevista desta sexta-feira: culpar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela transformação da Petrobras numa usina de ladroagens a serviço dos governos lulopetistas, operada pelo partido que virou bando, pela base alugada e por gatunos de estimação disfarçados de empresários ou executivos.

Há dois dias, sob o título "Lula pariu a primeira ideia para adiar o desabamento do poste de terninho", a coluna publicou a charge do Alpino em que o padrinho sopra a sugestão à afilhada: "Que tal a gente botar a culpa no governo anterior?" Nesta tarde, a tentativa de incluir o Petrolão na "herança maldita de FHC" inventada pelos farsantes no poder transformou em furo de reportagem o post sarcástico. E confirmou que o estoque de vigarices chegou ao fim.

Como sabem até os índios das tribos isoladas, os bebês de colo e os napoleões-de-hospício, o maior esquema corrupto de todos os tempos é uma realização dos governos Lula e Dilma. Da produção à distribuição, da montagem do roteiro à escolha do elenco, da direção à maquiagem, do cálculos das comissões e propinas ao recrutamento dos figurantes, tudo no Petrolão tem as digitais do PT e seus comparsas. O mais ruinoso faroeste brasileiro será o mais revelador documentário sobre a era em que o país foi dominado pelo grande clube dos cafajestes.

O truque da ilusionista aprendiz é destroçado pelo que se lê no site de Veja, começando pela vigorosa réplica de FHC. Dilma jamais perde a oportunidade de desferir um tiro no próprio pé, mas poucas vezes os estragos foram tantos. Ao amparar-se no depoimento de Pedro Barusco para atirar em Fernando Henrique, por exemplo, a bucaneira sem mira nem bala chancelou todas as revelações feitas pelo ex-gerente executivo da Petrobras. Entre outras safadezas colossais, Barusco que confessou ter abastecido os cofres do PT com 200 milhões de reais desviados da estatal.

Tudo somado, o palavrório de Dilma só serviu para atestar que, depois de mais de 12 anos de tapeação, os farsantes no poder se enfurnaram no que é mais que um beco sem saída. É a trilha que termina no penhasco.
Herculano
20/02/2015 20:36
FHC COMPARA DILMA AO BATEDOR DE CARTEIRA QUE ROUBA E SAI GRITANDO "PEGA LADRÃO", por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Líderes da oposição reagiram à absurda entrevista da presidente Dilma Rousseff. A fala mais dura partiu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que emitiu uma nota oficial. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também falou: "Depois de um conveniente silêncio que durou cerca de dois meses, certamente para se distanciar das medidas econômicas tomadas por seu governo, a presidente reaparece parecendo querer zombar da inteligência dos brasileiros ao atribuir o maior escândalo de corrupção da nossa história patrocinado pelo PT a um governo de 15 anos atrás. Na verdade, parece que a presidente volta a viver no país da fantasia".

Indignado, FHC comparou Dilma ao batedor de carteira, que rouba e sai gritando "pega-ladrão". Leiam a nota:

Até agora, salvo lamentar o caráter de tsunami que a corrupção tomou no caso do "Petrolão", não adiantei opiniões sobre culpados ou responsáveis, à espera do resultado das investigações e do pronunciamento da Justiça. Uma vez que a própria Presidente entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a tática infamante da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vitima, rouba e sai gritando "pega ladrão"!, sou forçado a reagir.

1. O delator a quem a Presidente se referiu foi explícito em suas declarações à Justiça. Disse que a propina recebida antes de 2004 foi obtida em acordo direto entre ele e seu corruptor; somente a partir do governo Lula a corrupção, diz ele, se tornou sistemática. Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?

2. do mesmo modo, a delação do empreiteiro da Setal Engenharia reafirma que o cartel só se efetivou a partir do governo Lula.

3. no caso do "Petrolão" não se trata de desvios de conduta individuais de funcionários da Petrobras, nem são eles, empregados, em sua maioria, os responsáveis. Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da Presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e Ministra de Minas e Energia) e do ex- presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários.

4. diante disso, a Excelentíssima Presidente da Republica deveria ter mais cuidado. Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência. Poderia começar reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor."
Juju do Gasparinho
20/02/2015 20:04
Prezado Herculano:

"Missão Belchior", do Blog do Manoel:

"Miriam Belchior, a estranha conformadíssima viúva de Celso Daniel, o cadáver ainda insepulto de LuLLa e da turma de São Bernááááááárdo, tem uma missão na presidência da Caixa Econômica Federal (em outro post falo da CEF).

Quer saber qual é a missão da digníssima?

VENDER A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.

DONA DILMA QUER VENDER A CEF".

É que a ex-assaltante de bancos, deve estar com coceira nas mãos.
Já que não pode mais roubar da Petrobrás.
sidnei luis reinert
20/02/2015 18:41

De Ronaldo Caiado:

Dilma está sem rumo. A recente entrevista da presidente onde tentou lavar as mãos sujas com o lamaçal da Petrobras só demonstra o quão perdida ela se encontra. E ainda age de má fé ao querer jogar na década de 1990 a responsabilidade da corrupção que se desenvolveu nos governos do PT. A única coisa que podemos concluir é que a presidente não consegue pensar em nada para sair da crise. Está sem rumo, desesperada e parte para mentiras. A diferença é que após o estelionato eleitoral de 2014 o brasileiro agora está vacinado. Sabe, por exemplo, que não cola essa desculpa de que o reajuste da tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação "não cabe no Orçamento".O brasileiro hoje sabe que, quando é para empresas financiadoras de campanhas do PT, o dinheiro nunca faltou no Orçamento. Só falta para o bolso do trabalhador que continua pagando pela crise fiscal que Dilma criou.
Herculano
20/02/2015 18:23
INVADIDO POR HACKERS, por Lauro jardim, de Veja

O seu governo falhou com você. A resistência está aqui. Esta é a mensagem postada neste momento para os internautas pelos hackers do Anonymous, que acabam de invadir o site do PT do Rio.
Herculano
20/02/2015 18:18
INDONÉSIA REAGE E CONVOCA EMBAIXADOR BRASILEIRO PARA REUNIÃO NO SÁBADO

O texto é de Ricardo Gallo para o jornal Folha de S. Paulo. Em mais um sinal de tensão entre os dois países, o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia convocou nesta sexta-feira (20) o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Soares, para uma reunião neste sábado (21).

A convocação foi uma reação do governo indonésio ao fato de a presidente Dilma Rousseff ter se recusado a receber, na manhã desta sexta, as credenciais de Toto Riyanto, novo embaixador do país do sudeste asiático no Brasil.

A negativa a receber as credenciais significa um gesto de censura por parte do Brasil diante do fato de a Indonésia ter executado o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, em 18 de janeiro, e de ameaçar fuzilar Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, nas próximas semanas. Ambos foram condenados à morte naquele país por tráfico de drogas.

O Itamaraty trabalha com duas possibilidades de reação por parte da Indonésia, ambas negativas: 1) a Indonésia dirá ao Brasil que pretende convocar o embaixador Toto Riyanto para consultas ?um sinal de reprovação, que o governo brasileiro já adotou logo depois de Marco Archer ter sido executado; 2) considerará o embaixador brasileiro "persona non grata" e dará prazo para que ele deixe a Indonésia.
Herculano
20/02/2015 17:31
"TORCEM E RETORCEM O QUE EU DIGO", AFIRMA JOAQUIM BARBOSA, por Fernando Rodrigues

Ex-ministro do STF diz que recebia advogados. Mas condena interferência política em processos judiciais

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa voltou a critica no Twitter o episódio no qual o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu advogados de acusados de corrupção na Operação Lava Jato.

Barbosa foi criticado por advogados e defensores de Cardozo, que o acusaram o ex-ministro do STF de ter aversão ao contato com advogados.

"Incrível como torcem e retorcem o que eu digo!", rebateu Barbosa hoje (19.fev.2015) à tarde, na sua conta no Twitter.

Segundo ele, houve um "desvirtuamento", pois "passou-se a falar sem parar sobre direito de advogado ser recebido por autoridades" e que ele "não recebia advogados".

O ex-ministro do STF diz que recebia advogados. Citou o caso em que aceitou conceder uma audiência a Márcio Thomas Bastos (1935-2014) quando comandava o julgamento do mensalão.

"Bastos pediu-me para ser recebido. Recebi-o, na presença do PGR [procurador-geral da República]", escreveu Joaquim Barbosa - sugerindo que, entre outros problemas, no caso de José Eduardo Cardozo houve também falta de transparência, pois as audiência com advogados da Lava Jato não constava originalmente na agenda do ministro da Justiça.

ÍNTEGRA DOS 'TWEETS' DE JOAQUIM BARBOSA:

"Incrível como torcem e retorcem o que eu digo! O objetivo é claro: desviar a atenção da essência daquilo que foi objeto do meu comentário".

"S o q eu falei? S matéria jornalística em que se relatava uma tentativa de interferência da Política em assunto 'jurisdicionalizado'. Só''

"Desvirtuamento: passou-se a falar sem parar sobre direito de advogado ser recebido por autoridades; que eu não recebia advogados!''

"Noblat disse que eu queria aparecer! Qual a sua isenção, se eu o processei por racismo? Falta-lhe tbm isenção p outras razões".

"Eu recebia advogados? Sim, recebi-os às centenas! Mas informava a parte contrária, para que ela pudesse estar presente, se quisesse. P que?"

"Explico: o processo judicial cuida de interesses ferrenhamente contrapostos. Tem de ser transparente, da igualdade de chances às partes".

"No processo judicial não devem existir encontros 'en cantimini', às escondidas, entre o juiz e uma das partes. Igualdade de armas é o lema".

"Exemplo? No meio do julgamento da ap. 470, o saudoso Marcio T. Bastos pediu-me para ser recebido. Recebi-o, na presença do PGR".
Herculano
20/02/2015 17:24
O MASCATE DE GENTE ATOLADA EM DÚVIDAS, CORRUPÇÃO E DOAÇÕES. JORNAL O ESTADO DE S. PAULO DESTA SEXTA-FEIRA FAZ ESTA A PRINCIPAL MANCHETE DE CAPA: EMPREITEIRAS DA LAVA JATO RECORREM A LULA E COBRAM INTERFERÊNCIA

O texto é Débora Bergamasco e Andreza Matais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu sócio Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, têm recebido pessoalmente desde o fim do ano passado emissários de empreiteiros que são alvo da Operação Lava Jato.

Preocupados com as prisões preventivas em curso e com as consequências financeiras das investigações, executivos pedem uma intervenção política de Lula para evitar o colapso econômico das empresas.

Okamotto admitiu ter recebido "várias pessoas" de empresas investigadas na Lava Jato. O Estado ouviu relatos de interlocutores segundo os quais, em alguns momentos, empresários chegaram a dar um tom de ameaça às conversas.

No fim do ano passado, João Santana, diretor da Constran, empresa do grupo UTC, agendou um encontro com Lula - o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, foi preso pela Lava Jato e é apontado como coordenador do cartel de empreiteiras que atuava na Petrobrás.

Santana foi recebido por Okamotto. A conversa foi tensa. A empreiteira buscava orientação do ex-presidente. Em 2014, a UTC doou R$ 21,7 milhões para campanhas do PT - R$ 7,5 milhões em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Indagado sobre o encontro com o diretor, Okamotto admitiu o pedido de socorro de Santana. "Ele queria conversar, explicar as dificuldades que as empresas estavam enfrentando. Disse: 'Você tem que procurar alguém do governo'" contou o presidente do Instituto Lula.

"Ele estava sentindo que as portas estavam fechadas, que tudo estava parado no governo, nos bancos. Eu disse a ele que acho que ninguém tem interesse em prejudicar as empresas. Ele está com uma preocupação de que não tinha caixa, que tinha problema de parar as obras, que iria perder, que estava sendo pressionado pelos sócios, coisa desse tipo", disse Okamotto.

A assessoria de imprensa da Constran nega o encontro.

A força-tarefa da operação prendeu uma série de executivos de empreiteiras em 14 de novembro, na sétima fase da Lava Jato. Um deles era o presidente da OAS, Léo Pinheiro. Antes de ser preso, ele se encontrou com Lula para pedir ajuda em função das primeiras notícias sobre o conteúdo da delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa que implicavam sua empresa.

Lula e Pinheiro são amigos desde a época de sindicalista do ex-presidente petista, que negou ter mantido conversas sobre a Operação Lava Jato com interlocutores das empresas.

Estratégias comuns
A cúpula das empreiteiras também tem feito reuniões entre si para avaliar os efeitos da Lava Jato. Após a prisão dos executivos, o fundador da OAS, César Mata Pires, procurou Marcelo Odebrecht, dono da empresa que leva seu sobrenome, para saber como eles haviam se livrado da prisão até agora. Embora alvo de mandados de busca e de um inquérito da Polícia Federal, a Odebrecht não teve nenhum executivo detido na Lava Jato.

Conforme relatos de quatro pessoas, Pires disse que as duas empresas têm negócios em comum e que a OAS não assumiria sozinha as consequências da investigação. Ele afirmou ao dono da Odebrecht não estar preocupado em salvar a própria pele, porque já havia vivido bastante. Mas não iria deixar que seus herdeiros ficassem com uma empresa destruída por erros cometidos em equipe.

A assessoria de imprensa da Odebrecht disse que houve vários encontros entre as duas empresas, mas que nenhum ?teve como pauta as investigações sobre a Petrobrás em si?. O departamento de comunicação da OAS nega a reunião com a Odebrecht.

Em consequência da Operação Lava Jato, as empreiteiras acusadas de fazer parte do "clube" que fraudava licitações e corrompia agentes públicos no esquema de corrupção e desvios na Petrobrás estão impedidas de participar de novos contratos com a estatal.

Com isso, algumas enfrentam problemas financeiros, o que tem tirado o sono dos donos dessas empresas. No dia 27 de janeiro, Dilma fez um pronunciamento no qual disse que "é preciso punir as pessoas", e não "destruir empresas".

Críticas
A tentativa de empreiteiras envolvidas na Lava Jato de pedir ajuda a agentes políticos já foi condenada pelo juiz Sérgio Moro responsável pela operação - ao se referir aos encontros de advogados das empresas com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

"Trata-se de uma indevida, embora malsucedida tentativa dos acusados e das empreiteiras de obter interferência política em seu favor no processo judicial (...) certamente com o recorrente discurso de que as empreiteiras e os acusados são muito importantes e bem relacionados para serem processados?, criticou o juiz.
Herculano
20/02/2015 16:02
PARECE MANTRA OU ENTÃO A MENTIRA DO CALIFADO PETISTA PARA ESCAPAR DA CULPA QUE LHES CABE. INCRÍVEL. ENLAMEADOS MIRAM NA LAMA DOS OUTROS PARA SER MOSTRAREM LIMPOS E PUROS. ROUBO E CORRUPÇÃO DOS OUTROS SÃO TIPIFICÁVEIS E DEVEM SER CONDENADOS - O QUE É CERTO. MAS, PERDOADO QUANDO ENTRE OS DO PODER DE PLANTÃO.

CORRUPÇÃO NA PETROBRÁSDEVERIA TER SIDO INVESTIGADA NOS ANOS 90, DIZ DILMA

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta sexta-feira que se casos suspeitos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB, já na década de 1990, o esquema descoberto pela operação Lava Jato que envolve a estatal não ocorreria.

[Mas, o PT não era o ferrenho opositor de FHC neste período? Não conseguiu perceber este roubo e corrupção? Foi conivente desde então? E não percebendo, foi poder e detentor da Petrobrás desde 2002. Não viu que havia roubo e corrupção no governo anterior? Por que não denunciou? Além do silêncio incompetente e até criminoso que revela agora, o PT pirou tudo: multiplicou estratosfericamente o que já estava errado. E quer agora o perdão para si e a culpa dos seus erros para os outros?]

"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção", disse Dilma após cerimônia no Palácio do Planalto.

Foi a primeira entrevista de Dilma em seu segundo mandato na Presidência. A presidente não dava declarações à imprensa desde dezembro de 2014.

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco afirmou, em delação premiada, que começou a receber propina da SBM Offshore, uma fornecedora da petrolífera, em 1997, ainda durante o governo FHC.

Barusco disse à PF que abriu uma conta na Suíça no final da década de 1990 para receber as remessas ilegais de dinheiro da SBM, que, segundo ele, totalizaram US$ 22 milhões até 2010.

"Dilma parece querer zombar da inteligência dos brasileiros ao atribuir o maior escândalo de corrupção a um governo de 15 anos atrás. Parece que ela volta a viver no mundo da fantasia", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em resposta às declarações de Dilma. "O PSDB não tem receio de que se investigue o que quer que seja."

Dilma disse também que os esquemas de corrupção agora são investigados. "Hoje nós demos um passo e para esse passo devemos olhar e valorizar. Não tem 'engavetador da República', não tem controle da Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E isso significa que o Ministério Público e a Justiça e todos os órgãos do Judiciário que o que está havendo no Brasil é o processo de investigação como nunca foi feito antes."

A presidente também isentou as empresas dos "malfeitos" investigados pela Lava Jato, dizendo que eles foram cometidos por funcionários.

Para Dilma, as investigações contra executivos e acionistas das empreiteiras suspeitas de participarem do esquema de corrupção não podem interferir nas obras no país. "É necessário criar emprego e gerar renda no Brasil".

"Isso não significa, de maneira alguma, ser conivente, ou apoiar, ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer", afirmou.

Dilma disse ainda que não irá tratar a Petrobras como principal responsável pela corrupção e que quem deve responder pelas irregularidades cometidas na empresa são os funcionários que praticaram atos de desvio e lavagem de dinheiro da estatal.

"Quem praticou malfeitos foram funcionários da Petrobras, que vão ter de pagar por isso. Quem cometeu malfeito, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles, essa é a regra do Brasil", disse.

As declarações foram dadas pela presidente em uma entrevista coletiva após a cerimônia de entrega das cartas credenciais dos embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto, em Brasília.
Herculano
20/02/2015 15:53
PSDB CRITICA SILÊNCIO DE DILMA SOBRE VENEZUELA, por Josias de Souza

O PSDB cobrou do governo de Dilma Rousseff "a imediata condenação às atitudes antidemocráticas cometidas pelo regime bolivariano" do presidente Nicolás Maduro, da Venezuela. Fez isso em nota assinada por seu presidente, Aécio Neves, e pelos líderes Cássio Cunha Lima (Senado) e Carlos Sampaio (Câmara). "Consideramos inconcebível que um país-membro do Mercosul continue a desrespeitar as cláusulas democráticas que regem o bloco sem que os demais integrantes, como é o caso do Brasil, sequer se pronunciem a respeito", anotaram.

A manifestação do tucanato veio nas pegadas da prisão de mais um oposicionista do governo Maduro, Antonio Ledezma. Para o PSDB, a falta de um mandado judicial deu ao episódio ares de um sequestro. "Sob pretextos vagos, opositores têm sido detidos ou mesmo sequestrados, como aconteceu ontem com o prefeito da área metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma - preso mediante coação e sem qualquer ordem judicial. Abusos já vitimaram antes Leopoldo López e a deputada María Corina Machado."

Para o senador Cássio Cunha Lima, a inação de Dilma diante da escalada de "arbitrariedades" praticadas pelo governo de Maduro já não pode ser caracterizada como mera displicência. "O que há, claramente, é uma relação de inadmissível cumplicidade".
Miguel José Teixeira
20/02/2015 14:44
Senhores,

Acompanho e sou admirador do trabalho da Jornalista Ana Amélia Lemos, desde os tempos em que ela assinava a Coluna ?DC Brasília?, no Diário Catarinense. Sempre com mensagens positivas, mesmo que às vezes. . .

?A sociedade política existe com a finalidade das nobres ações, não por mero companheirismo?

Desafios do Congresso
ANA AMÉLIA - Senadora pelo PP-RS
Hoje no Correio Braziliense

As nuvens cinzentas da crise política pairam sobre o Congresso Nacional, exigindo de senadores e deputados protagonismo para influir na superação dos graves problemas econômicos, institucionais e éticos do país. Em meio a ajuste fiscal e consequente tarifaço (energia, água e combustíveis), o orçamento dos brasileiros será também afetado pelo preocupante reajuste geral de preços e pela insignificante correção da tabela do imposto de renda dos contribuintes pessoas físicas.
Não serão poucos, portanto, os embates no parlamento e, dependendo do desfecho da crise, nascida com a Operação Lava-Jato, haverá desgastes para boa parte dos agentes políticos. Discussões sobre os relevantes temas nacionais, que se intensificaram em 2014, a partir das disputas eleitorais, não podem se limitar à retórica e ao embate político. São situações mais complexas, neste ano, exigindo diálogo maduro e responsável entre as instituições e seus líderes.
Para construirmos opções adequadas às demandas mais urgentes, a sociedade espera do parlamento compromisso com o interesse nacional e não com a mesquinhez de causas particulares, alimentadas pelo condenável clientelismo. Será necessário, nesse contexto, mais que a independência dos Poderes, requisito fundamental da democracia.
Precisaremos assumir outros compromissos, como a responsabilidade e a efetividade. Responsabilidade para que o Congresso Nacional assuma, definitivamente, os compromissos com iniciativas propositivas, sem omissão diante da crise. Efetividade quanto aos processos legislativos para que se traduzam em resultados.
Mostrar à sociedade, como têm feito o Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal no trabalho de investigação do escândalo que continua impactando negativamente a maior empresa estatal do país, a Petrobras. Aliás, a Câmara Federal, reconheçamos, tem sido bem mais produtiva do que o Senado, neste início de exercício legislativo. Os dois princípios combinados ? responsabilidade e efetividade ? criarão as condições necessárias para recuperar outro indispensável valor: a credibilidade do parlamento.
Para conseguir algum avanço nessa direção, algumas iniciativas estão a caminho. Apresentei projeto de resolução (PRS nº 3/2015) para institucionalizar, no Senado, o colégio de líderes partidários, como ocorre na Câmara, preservando o princípio da proporcionalidade. Essa proposta depende da análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Para que entre em vigor, precisará ser acolhida, não apenas pela CCJ, mas, também, pelo plenário. O objetivo é democratizar a definição da pauta de votações e ampliar a transparência.
A inexistência do colegiado, no Regimento Interno do Senado, concentra, na mão do presidente, poder sobre a pauta de votações. Esses movimentos políticos começam na Casa, sem perder de vista as necessidades da população em questões críticas, como serviços públicos de saúde, segurança, educação, além das demandas sempre crescentes da sociedade por melhor qualidade na gestão pública.
Será um trabalho árduo, considerando-se a elevação alarmante de gastos sem contrapartida aos contribuintes que pagam essa conta. O deficit nas contas públicas alcançou R$ 32,53 bilhões, em 2014, segundo o Banco Central. A fuga de recursos da poupança é a maior em 20 anos. Em janeiro, os saques superaram os depósitos em R$ 5,5 bilhões, incentivados, principalmente, pela inflação alta e pelo aumento dos juros.
As ufanistas promessas de campanha mostram, agora, a dura realidade. São preocupantes as perspectivas, com ameaças, inclusive, de recessão em 2015 com crescimento zero na economia. A tarefa legislativa, portanto, não será fácil. Exigirá dedicação de todos. Precisaremos fiscalizar seriamente as ações do governo e, de modo republicano, avaliar a qualidade do ajuste já proposto, formalmente, ao parlamento para impedirmos qualquer prejuízo aos direitos trabalhistas e conquistas sociais, penosamente consagrados.
É inegável que no Congresso, com 22 senadores iniciantes e 198 deputados federais novatos, será necessário resgatar também antigos princípios. Como ensinava Ulysses Guimarães, é preciso, sem violência, fazer mudanças com, ou mesmo contra a vontade dos governantes. Valerá rememorar, inclusive, as sábias manifestações do pensador grego Aristóteles, feitas nos anos 300 a.C.: ?A sociedade política existe com a finalidade das nobres ações, não por mero companheirismo?. Esses são os nossos desafios.
Torçamos por Ela, pois !!!

Herculano
20/02/2015 14:21
PP COM MEDO, por Lauro Jardim, de Veja

A propósito, deputados, prefeitos e vereadores do PP gaúcho se reúnem na segunda-feira, em Porto Alegre, para decidir o que fazer diante da iminente lista de políticos do partido envolvidos na Lava-Jato.

Há quem defenda uma consulta ao TSE sobre a legitimidade jurídica de uma saída coletiva.
Joel
20/02/2015 14:15
Herculano
NOVIDADE EM ILHOTA.
Soube nesta manhã que o atual Presidente do legislativo Vereador Lavino Miguel Nunes lançou sua candidatura a prefeito para o pleito de 2016. E como vai ficar a coligação q todo ilhotense já sabe. PMDB/PP?
Uiuiuiui.
Herculano
20/02/2015 13:54
O MINISTÉRIO PÚBLICO QUE CUIDA DA MORALIDADE PÚBLICA SE INTERESSOU PELOS CASOS DE NEPOSTISMO EM GASPAR E MANDOU INVESTIGAR

Olha o que foi publicado. EXTRATO DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO CIVIL N.06.2015.00001051-2 COMARCA: Gaspar ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: 2ª Promotoria de Justiça N. da Portaria de Instauração: 0001/2015 Data da Instauração: 12/2/2015 Partes: Representante: Anônimo e Representados: Pedro Celso Zuchi, Jackson José dos Santos, Marlene Almeida, Neivaldo da Silva, Irodete Barbieri da Silva, Rui Carlos Deschamps, Marcia Aparecida Deschamps, Roberto Procópio de Souza, Ana Janaina Medeiros de Souza.

Objeto: apurar a ocorrência de casos de nepotismo em órgãos da Administração Municipal de Gaspar. Membro do Ministério Público: Chimelly Louise de Resenes Marcon
Elisete Souza DÁvila
20/02/2015 13:38
Caro amigo QUEM NÃO LUTA POR SEUS DIREITOS NÃO MERECE TE-LOS de maquiagem o povo ta farto , pois a água ou a verdade revela o conteudo. chega de assistir calados a tantos desmandes obg
Herculano
20/02/2015 13:03
O GOVERNO DE DILMA AJUDANDO NA DEFESA DOS ENVOLVIDOS COM A CORRUPÇÃO. JORNAL FOLHA DE S. PAULO APUROU QUE EMPREITEIRA PEDIU A MINISTRO MUNIÇÃO PARA CONTESTAR PROVAS

Advogados da Odebrecht querem certidão para pôr em dúvida legalidade de documentos obtidos na Suíça. Empreiteira suspeita que procuradores obtiveram informações antes que ministério fizesse pedido formal, informam os repórteres Flávio Ferreira e Cátia Seabra, de São Paulo, com Severino Motta, da sucursal de Brasília e com a colaboração Natalícia Cancian.

Advogados da empreiteira Odebrecht que se reuniram neste mês com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recorreram a ele em busca de munição para questionar a legalidade de provas obtidas na Suíça pelos procuradores que investigam o esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato.

A defesa da empreiteira, um dos alvos da investigação, suspeita que os procuradores obtiveram informações bancárias na Suíça antes que o Ministério da Justiça apresentasse às autoridades suíças um pedido de colaboração.

Se conseguir demonstrar isso, a Odebrecht poderá recorrer à Justiça para tentar anular as provas obtidas pelos procuradores, ou impedir que sejam usadas no Brasil.

Os advogados da Odebrecht pediram ao ministro da Justiça uma certidão que informe detalhes sobre a cooperação com a Suíça. Se o documento comprovar a tese da empreiteira, poderá ser usado contra os procuradores. O Ministério da Justiça ainda não respondeu à solicitação.

Três representantes da Odebrecht se reuniram com Cardozo no último dia 5, em seu gabinete em Brasília. Eles expuseram o problema e ouviram do ministro a sugestão para que formalizassem o pedido. A reclamação foi registrada em ata e a petição foi apresentada quatro dias depois.

A petição faz questionamentos sobre duas visitas dos procuradores à Suíça, em novembro de 2014 e janeiro deste ano. "Não se sabe quando, por quem, em que termos e por quais fundamentos tais diligências foram autorizadas, e nem mesmo se houve prévia tramitação do indispensável pedido de cooperação às autoridades suíças", escreveram os advogados.

Os documentos e informações obtidos por outros países só podem ser usados no Brasil pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Judiciário após a realização de trâmites oficiais de cooperação internacional por meio do Ministério da Justiça.

Segundo autoridades que acompanham o caso, procuradores dizem estar tranquilos em relação aos procedimentos adotados na Suíça pois as duas viagens tiveram a intermediação do órgão central de cooperação internacional da Justiça.

Na primeira viagem, eles tiveram acesso a algumas informações e, após identificar documentos que poderiam ser úteis nos processos, fizeram pedidos formais para que as provas fossem enviadas ao país pelos canais adequados, o ministério ou o Itamaraty.

Com a medida, a equipe jurídica da Odebrecht abre uma frente no Brasil na estratégia de minar a colaboração entre os países na Lava Jato. Como a Folha informou no último dia 9, a construtora contratou advogados na Suíça para tentar bloquear a remessa de documentos que possam incriminar a empreiteira.

O encontro com Cardozo teve a participação do diretor jurídico da Odebrecht, Maurício Ferro, e de dois advogados da empresa, o constitucionalista Pedro Serrano e a criminalista Dora Cavalcanti. A reunião foi marcada oficialmente e constou da agenda pública do ministro.

Na reunião, os advogados reclamaram sobre a condução do inquérito da Polícia Federal no Paraná que apura vazamentos de informações sigilosas sobre a Odebrecht.

Cardozo voltou a falar do encontro nesta quinta (19). "Diz a empresa Odebrecht que ao longo da Lava Jato havia vazamentos ilegais que atingiam a empresa, e que isso qualificava uma clara ofensa à lei. A quem deveria ser feita a representação: ao juiz? Não. Ao ministro da Justiça, a quem a Polícia Federal está subordinada", disse. "Não intervenho na investigação."

A defesa da Odebrecht enviou nesta quinta uma petição ao ministro Teori Zavascki, do STF, para explicar o encontro de advogados da empresa com Cardozo.
Herculano
20/02/2015 12:53
UMA QUARTA-FEIRA PARA ESQUECER

A bancada do PT na Câmara de Gaspar prefere as sextas-feiras 13 do que uma Quarta-Feira de Cinzas. A desta semana é para ser esquecida.

Sobre as sextas-feiras tivemos uma neste fevereiro, teremos outra em março e outra em novembro, um recorde num ano de caos institucional e imagem para o PT.
Herculano
20/02/2015 12:43
APARECEU!

O PSDB anda sumidinho do cenário político gasparense, talvez por falta de um representante na Câmara.

Ontem a noite numa reunião entre poucos na casa do ex-vereador Amadeu Mitterstein, no Belchior Baixo, duas decisões foram tomadas.

A primeira é de que seus membros estarão nas ruas de Gaspar no dia 15 de março pelo impeachment de Dilma Vana Rousseff, PT. Ufa!

A segunda é de que a Convenção Municipal acontecerá no dia 22 de março das 9h as 13h. O local será definido até a semana que vem
sidnei luis reinert
20/02/2015 12:09
Cunha agenda CPI para acuar Dilma, e Moro marca data para Lava Jato afetar Gabrielli e José Dirceu


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A partir de quinta-feira que vem, a Presidenta Dilma Rousseff começará a sentir, com mais intensidade, o quão torturante significa ficar refém das lideranças do principal partido de uma fragilizada base aliada. Nesta data, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, promete instaurar a nova CPI da Petrobras. Para desesperar a petralhada, já circula até a ameaça de que o deputado Osmar Serraglio, lendário relator daquela famosa CPI dos Correios que tanto desestabilizou o PT na Era Lula, pode retornar para cumprir a mesma missão nesta Comissão da Pizza Intrigante - cuja receita pretende manter Dilma e o PT na corda, enquanto alivia a barra de eventuais peemedebistas enrolados no Petrolão.

CPI segue aquela velha lógica. Todo mundo sabe como começa, mas o final pode acabar de forma diferente do planejado inicialmente. Os vencedores e derrotados finais nunca ficam claros agora. Até porque, as guerras não decidem quem ganha. Decidem quem sobra. A briga promete ser feia e repleta de baixarias e denúncias escandalosas. O ponto mais complicado de toda a operação de sabotagem contra Dilma será como o PMDB vai produzir um desgaste para o desgoverno do qual participa sem agravar o impasse institucional. Por isso, a CPI da Petrobras tem tudo para ser um tiro no pé...

O PMDB não tem interesse no impeachment de Dilma. Deseja, em princípio, mantê-la nocauteada na corda, ou como uma refém sentada na cadeirinha do dragão. A intenção tática dos peemedebistas é enfraquecer os petistas. Em 2018, eles querem partir, finalmente, para a cabeça da chapa Presidencial. Por isso, Lula, como mito desmoralizado, que se cuide... Dilma Porcina já era... Sem nunca ter sido Presidente... Lula e Dilma são responsáveis diretos por todas as decisões (boas ou ruins) na Petrobras. Qualquer processo político ou judicial que envolva o Petrolão os atinge em cheio.

Enquanto a CPI não vem para infernizar ainda mais a sobrevida de Dilma - também tirando o sono de Lula -, os processos da Lava Lato conduzidos pelo Homem de Gelo podem colocar o PT em uma fria ainda mais destruidora. No dia 23 de março, o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, vai depor por videoconferência ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, na ação em que são réus o ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró, e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Esta é aquela famosa audiência pedida pelo advogado de Cerveró que também teria Dilma Rousseff como testemunha. Providencialmente, Cerveró pediu para tirar Dilma desta reta. O azar deles que Dilma sai, mas o Pinto entra...

Sérgio Moro também ouvirá por videoconferência, no mesmo dia de Gabrielli, Franco Clemente Pinto. Conforme denúncia do doleiro Alberto Youssef, Franco Pinto era "homem de confiança de Júlio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2". Pinto respondia pela contabilidade do consultor Gerin Camargo, que assinou um acordo de delação premiada e deu detalhes sobre o pagamento de propina em contratos com a Petrobras. Youssef revelou que Pinto carregava sempre nas reuniões um pendrive com toda a movimentação financeira do consultor, que confessou ter sido um dos operadores de propina da Petrobras.

A bomba é atômica. O doleiro afirmou ainda que no arquivo aparece o nome do ex-ministro José Dirceu, cujo codinome era "Bob". A mídia nazicomunopetralha já começa a trabalhar a versão de que o Bob, na verdade, é o codinome daquele infantil ator cinematográfico, o Bob Esponja, que mora ali perto da camada pré-sal, que oculta grandes escândalos. A dificuldade maior deste Plano do Cebolinha é como livrar a cara do Lula Molusco e também salvar a Estrela do Patrick. Provavelmente, tentarão jogar a culpa de tudo no Siri Cascudo, ou, como de costume, no FHC & Cia.

Se Pinto realmente meter Bob no meio, o Petrolão vai estabelecer uma conexão com o velho Mensalão - aquele roubo de galinha, cujos principais condenados já estão na desmoralizante, porém confortável, situação de "prisão domiciliar", exceto os que sofrem rigor seletivo: Roberto Jefferson, delator-mor do esquema, e Marcos Valério Fernandes de Souza, que milagrosamente se mantém calado e segurando as broncas praticamente sozinho, sabe-se lá a que preço...
Herculano
20/02/2015 12:02
SE A MODA PEGA. UM BRASIL GOVERNADO PELO FÍGADO E A VINGANÇA. DEPOIS DE DEFENDER O ESTADO ISLÂMICO, BANDOLEIROS QUE MANTAM SEM A MENOR PIEDADE QUEM NÃO LHES SUBMISSO OU SEJA CRISTÃO, O GOVERNO DO PT FA MAIS OUTRA. E AINDA QUER TER ASSENTO NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, não recebeu nesta sexta a carta credencial do novo embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto.

Com isso, ele não poderá representar a Indonésia em audiências ou solenidades oficiais no Brasil. "Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil", justificou Dilma, que recebeu credenciais de embaixadores de outros países, como Grécia e Venezuela - que prende quem se opõe a Nícolas Maduro, o que faz o povo passar fome.

A recusa ocorre após fuzilamento do traficante por profissão do brasileiro Marco Archer, que ocorreu no último dia 17 de janeiro, na Indonésia. E tem outro na fila: Rodrigo Gularte. E o Brasil está pedindo clemência. A presidente Dilma com esta atitude, acabou de assinar a execução do outro traficante brasileiro. Ou a Indonésia vai tremer e com medo recuar por conta desta atitude? Wake up, Brazil!
Herculano
20/02/2015 11:51
OTIMISMO NOS TONS DE PRETO

A Ampe de Gaspar é um braço do poder de plantão. Com a atual crise econômica provocada pelo governo do PT de Dilma Vana Rousseff, os pequenos e microempresários são os mais afetados.

A Ampe de Gaspar agora virou analista. E como um mantra contra a realidade, membros da diretoria estão orientando os associados a encarar o problema de forma otimista. A orientação é trabalhar em conjunto; sozinhos, muitas vezes, a dificuldade podem aumentar, argumentam.

Resumindo: pedem para todos ficarem agarrados e morrerem afogados nesta correnteza.
Herculano
20/02/2015 11:35
NÃO ESTÁ FÁCIL MANTER O FORO PRIVILEGIADO. VICE-GOVERNADOR DE RORAIMA CRITICA NOMEAÇÃO DE PIZZOLATTI PARA SECRETARIADO

A observação é de Upiara Boschi, para o jornal Diário Catarinenses, da RBS Florianópolis. A indicação do ex-deputado federal João Pizzolatti (PP) para o secretariado estadual de Roraima não foi unânime no governo de Suely Campos (PP-RR). Em entrevista ao portal G1 Roraima, o vice-governador Paulo César Quartiero (DEM) não mediu as palavras ao criticar a nomeação do catarinense para a Secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos - cujo objetivo é trazer recursos para o Estado e os municípios roraimenses.

- A especialidade de Pizzolatti não é trazer, mas levar dinheiro - disse o vice-governador.

Quartiero já havia entrado em rota de colisão com a governadora Suely Campos quando ojornal Folha de S. Paulo revelou que ela empossara parentes outras secretarias do estado.

- Quem já viveu em Brasília nota que o governo de Roraima está emitindo sinais que não são bem compreendidos pela sociedade brasileira. Nós estamos passando um recado ruim. Agora, as razões disso [nomeação] eu desconheço - disse Quartiero.

Pizzolatti foi nomeado para cargo no dia 10 de fevereiro. Em entrevista ao Bloco de Notas, ele disse ter sido convidado por sua experiência na busca de recursos federais e por ter sido colega de bancada da governadora e de seu marido, Neudo Campos, ex-governador.

O ex-deputado também disse não estar preocupado com a possibilidade, indicada em vazamentos, de que seu nome estaria entre os políticos investigados pela Operação Lava-Jato. Mesmo assim, antes mesmo de ir a Boa Vista assumir o cargo, enviou uma carta ao juiz federal Sérgio Moro comunicando o novo foro privilegiado conquistado graças à vaga no secretariado roraimense.
Miguel José Teixeira
20/02/2015 11:15
Senhores,

Sobre a privilegiada recepção de advogados das emPreiTeiras, pelo Senhor Ministro de Estado, o Jurista e Escritor Léo da Silva Alves, publicou hoje no Correio Braziliense, sob o título

?Ministério da Justiça e os advogados de primeira e segunda classes?

?É lícito perguntar: a mesma agenda seria aberta a advogados de cidadãos honestos, que são ofendidos na sua dignidade por graves arbitrariedades praticadas por prepostos do Poder Público??

A polêmica postagem do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que sustentou a exoneração do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por receber advogados de empresas investigadas na Operação Lava-Jato, traz um componente a mais, além da questão ética suscitada. Sobressaiu-se, na voz do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, a afirmação da garantia que têm os advogados de serem recebidos por autoridades de quaisquer dos poderes para tratar de assuntos relativos à defesa de seus clientes.
O elemento extra que se insere é a falta de isonomia de tratamento. Na prática, são raros os causídicos que conseguem agenda com autoridades no Poder Executivo. Em regra, perambulam pelos labirintos oficiais, são desprezados pelo assistente do assessor, batem em portas fechadas, restam transferidos para salas onde ninguém de nada sabe e saem dos recintos públicos com a sensação (ou a certeza) de que são patronos do nada, soldados de uma guerra sem pátria ou sacerdotes de uma igreja sem deus. A percepção de inutilidade se justifica; os interesses legítimos de seus constituintes são elementos que à burocracia não dizem respeito; o Estado não tem a ver com as garantias fundamentais dos cidadãos; e a advocacia afirmada, como indispensável à realização da justiça é mera balela na Constituição Federal.
A observação é de Ovídio: ?Os tribunais estão fechados para os pobres?. E continuam, na medida em que os luxuosos tapetes das Cortes judiciais não foram instalados para receber os sapatos de quem vive na lama. Mas conseguiu-se, na prática da advocacia brasileira, também estabelecer a diferença entre advogados que têm portas abertas e advogados que se espremem nos balcões em quaisquer dos Poderes. Não porque lhes falte talento, entusiasmo pelo ofício ou dignidade pessoal; porque não lhes assiste o lobby, ostensivo ou velado, que faz com que autoridades deem tratamento completamente distinto a uns e a outros.
É lícito perguntar: a mesma agenda seria aberta a advogados de cidadãos honestos, que são ofendidos na sua dignidade por graves arbitrariedades praticadas por prepostos do Poder Público? Advogados que não conseguem uma simples certidão de órgão federal, em que pese toda a propaganda sobre a Lei da Informação, seriam atendidos pelo ministro dessa ou daquela pasta? O ministro da Justiça daria igual atenção a advogados de funcionários que sofreram internações hospitalares em quadros de gravidade, vitimados pelo estresse ao verem a vida arrasada por medidas sem fundamento do governo federal? Teriam a oportunidade de mostrar ao ministro os cenários de suicídios de servidores que não conseguiram conviver com o peso de acusações falsas? Conseguiriam espaço para expor as ilegalidades praticadas em expedientes administrativos no âmbito da própria Polícia Federal que ele chefia?
Esse, portanto, é o outro ângulo a ser refletido a partir da polêmica audiência do ministro da Justiça, seguida de pública condenação de ex-ministro do STF e da defesa do presidente do Conselho Federal da OAB. O incidente serve para que se exponha à sociedade um quadro incompatível com o princípio da isonomia e à margem dos valores republicanos. Além da brutal discriminação entre os cidadãos, vê-se que também há, no Brasil, reservas em relação aos profissionais da advocacia; há advogados de primeira e advogados de segunda. Não é verdade que ?todos são iguais perante a lei?, como reza o art. 5º da Carta da República. Inexiste tratamento igualitário, uma vez que são notórias as diferenciações arbitrárias e absurdas por parte da autoridade pública.
A discussão que deve ser aberta, portanto, está relacionada à falta de equivalência de tratamento. A Ordem dos Advogados do Brasil, que fez história na afirmação das liberdades, que enfrentou com galhardia a crueldade das ditaduras, que não se intimidou com as patas do cavalo branco do Comandante Militar do Planalto em demonstração de força na Esplanada dos Ministérios, deve assumir a defesa das prerrogativas de todos os advogados e não de alguns, porque postos esses sob os holofotes. O caminho curto do lobby e a intermediação de contatos privilegiados não podem prevalecer sobre o exercício técnico da maioria dos advogados do Brasil ? eis o que precisa vir a lume e ser afirmado para a dignidade da profissão.

Herculano
20/02/2015 10:38
O PETROLÃO SEGUNDO A CUT, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S.Paulo.

Quem é o maior culpado pelo petrolão? Os hierarcas da Petrobras, que superfaturaram contratos? Os empreiteiros, que pagaram propinas milionárias? Os partidos políticos, que abasteceram campanhas com dinheiro sujo? Ou o governo, que nomeou os larápios e lavou as mãos, no mínimo, diante da roubalheira na estatal?

Na opinião da CUT (Central Única dos Trabalhadores), a resposta não está entre as opções acima. A grande vilã seria a mídia, essa entidade maligna que sonha em entregar o nosso petróleo aos gringos.

"Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é fundamental que a população entenda que o massacre que a Petrobras vem sofrendo nos últimos meses, em especial por parte da grande mídia, tem objetivos econômicos", afirma a central em nota.

"Oportunistas de plantão querem usar a conduta criminosa de alguns funcionários de alto escalão para preparar a empresa para a privatização", prossegue o sindicalista.

Esse é o discurso que a CUT fará no ato "Defender a Petrobras é defender o Brasil", na próxima terça-feira. Acredita quem quer, mas não custa recolocar alguns pontos no lugar.

O "massacre" contra a estatal, a que Freitas se refere, não foi praticado pela mídia. Seus responsáveis estão listados no início da coluna, embora o sindicalista prefira omiti-los.

Os "oportunistas" não são jornalistas, e sim aqueles que usaram o acesso à petroleira para roubar. O papel da imprensa é outro: noticiar os desvios, investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

A privatização da estatal pode ter sido cogitada por tecnocratas do governo FHC, mas foi limada do debate político há mais de uma década. Só ressurge em campanhas eleitorais, como arma da propaganda do PT.

O partido festejou 35 anos há duas semanas. No ato, seus militantes foram instados a defender o governo. O presidente da CUT, que estava no palanque, devia procurar argumentos melhores para cumprir a tarefa.
Herculano
20/02/2015 10:34
ATÉ O TCU QUER LIVRAR AS EMPRESAS CORRUPTORAS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais do Brasil

Até o Tribunal de Contas da União (TCU), pelas mãos do presidente, Aroldo Cedraz, baiano como as empreiteiras Odebrecht e a OAS, enroladas no Petrolão, resolveu se associar ao suspeitíssimo acordo de "leniência" que prevê quase uma anistia para empresas envolvidas no roubo à Petrobras. Empreiteiras que se cartelizaram para fraudar licitações, superfaturar contratos e subornar autoridades e funcionários.

Alegação cínica
Defensores da "leniência" alegam que as empreiteiras que ganharam bilhões com fraude e corrupção ?são grandes demais para quebrar?.

Os beneficiados
A Lava Jato prendeu executivos, mas os donos das empresas, reais beneficiados pela corrupção (e agora pela "leniência"), estão soltos.

Explicações
O presidente do TCU, Aroldo Cedraz, e Luís Adams (Advocacia-Geral da União) terão de explicar a pretendida "leniência" no Senado.

Inacreditável

O "acordo de leniência", que deveria motivar ação penal contra seus idealizadores, prevê que corruptores participem de licitações públicas.

GASTOS COM CARTÕES EM 2015 CONTINUAM SECRETOS
Às vésperas do mês de março, a Controladoria-Geral não contabilizou um só centavo dos gastos do governo federal com cartões corporativos em 2015. No ano passado, o governo Dilma torrou mais de R$ 65 milhões utilizando essa forma de pagamento, cuja conta é bancada pelo contribuinte. Na Presidência da República, 90% dos gastos com cartões corporativos são escondidos sob "sigilo" desde o governo Lula.

Às escondidas
Lula tornou "secretos" os gastos após a revelação de uso de cartões para pagar mordomias de sua família e de ministros.

Até tapioca
Nos gastos abusivos com cartões corporativos no governo Lula esteve até a compra de tapioca pelo então ministro Orlando Silva (Esporte).

Falta contabilizar
A CGU também não informa os gastos, em 2015, com diárias de servidores em viagem, nem com o programa Bolsa Família.

Estilo Dilma
Assim como deixou a amiga Graça Foster na Petrobras ser fritada e torrada em praça pública, Dilma manteve Luciano Coutinho no BNDES após a oposição propor CPI para "abrir a caixa preta" do banco.

Só no Brasil
Então está combinado: aos olhos de entidades como OAB, o ministro da Justiça virou instância de recurso judicial. Em especial nos casos em que o partido do titular é suspeito de roubar e afanar o País.

A foice
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) tem feito de tudo para tentar afastar o colega Jaques Wagner (Defesa) das proximidades de Dilma. Para participar das decisões, Wagner precisa apelar para a cotovelada.

Ausência principal
Apaixonado pelo Brasil e carnaval, o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Mbasogo, sempre vai à Marquês de Sapucaí. Mas este ano não viu a Beija Flor no sambódromo: estava em reunião de cúpula, em Camarões, sobre combate aos terroristas do Boko Haram.

Catando grana
Com o petróleo (e os royalties) em baixa, o governo do Rio quer aplicar em investimento e custeio parte do saldo de depósitos judiciais. E outra parte para garantir o fundo que toca parcerias público privadas (PPPs).

Madame é uma parada
Por um ano, Dilma manteve no limbo trinta embaixadores estrangeiros, impedidos de exercer as funções por não conseguirem entregar-lhe as credenciais. O chanceler Mauro Vieira arrancou dela o agendamento de cinco entregas de credenciais num mesmo dia. Já é um começo.

Fim de ano gordo
Em nota, a EBC garante que os salários saem em dezembro com 13º e férias, numa curiosa coincidência de penduricalhos, e que o Sistema de Gestão de Pessoas do governo glosaria valores exorbitantes. Ah, bom.

Casta de privilegiados
Salários obesos na EBC, estatal de comunicação do governo federal, são de sindicalistas que conhecem o "caminho dos penduricalhos". Chegam a R$ 56 mil em dezembro. O presidente da EBC ganha R$ 31,4 mil brutos. Ao contribuinte otário resta apenas pagar a conta.

A lesma é nossa!
Pesquisadores britânicos descobriram que dentes de lesma podem ajudar a melhorar a tecnologia da F-1. Grande coisa. Pelo menos no quesito lesma, o brasileiro Rubinho Barrichello chegou primeiro à F-1.
Herculano
20/02/2015 09:59
PROPRIEDADE PRIVADA É ROUBO?, por Reinaldo Azevedo para o jornal Folha de S. Paulo

Devo entender que só é legítimo um movimento que invada uma área, mas nunca um que a proteja de invasão?

José Renato Nalini, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, disse coisas estranhas sobre o direito de propriedade. Amigos me asseguram ser ele um bom homem. Preferiria que fosse mau. Seria menor a chance de a tolice prosperar.

Li no site da Folha (folha.com/no1590794) que Nalini pretende implementar varas especializadas em conflitos fundiários. Ele deixa o cargo no fim do ano. Até aí, bem! O resto da reportagem traz uma tão fabulosa coleção de perigosas ligeirezas que cheguei a duvidar da fidedignidade da reprodução. Não li correção. O doutor pensa aquilo mesmo.

Nalini quer criar as tais varas para corrigir o que considera distorções na formação dos juízes, que se ocupariam excessivamente do direito de propriedade. As ditas-cujas estariam sendo pensadas por "representantes da sociedade civil, Ministério Público, Defensoria Pública e as secretarias de habitação do Estado e do município de São Paulo". Sei. Uma associação de defesa da propriedade privada, por exemplo, é "sociedade civil" ou "militar"? Devo entender que só é legítimo um movimento que invada uma área, mas nunca um que a proteja de invasão?

O presidente do TJ exibe opinião pouco lisonjeira sobre o padrão intelectual dos juízes do Estado, cuja formação precederia, diz, a Constituição de 1988 e o Estatuto das Cidades, que reconhecem a função social da propriedade, fundamento que estaria sendo ignorado em liminares de reintegração de posse. Ele se escandaliza que pelo menos 100 tenham de ser cumpridas em São Paulo em 2015. Não lhes parece que o excesso deriva da indústria de invasões? Sou apenas um homem lógico. O doutor sente o cheiro de um bolor ancestral na Justiça, que estaria apegada ainda às Ordenações Filipinas e Manuelinas. Com a devida vênia, é uma bobagem jurídica e histórica.

Nalini chegou ao topo da carreira achando que o Judiciário é um Poder muito "burocratizado e conservador". Tá. Daí entender que a mudança tenha de ser "arrancada a fórceps". Huuummm... Seria, pelo visto, algo mais bruto do que a "Escolinha do Professor Raimundo do Fim da Propriedade"! Desde quando consciência de juiz combina com "fórceps"?

Há outras confusões. O desembargador diz ver no STF uma tendência crescente de decisões que levam, sim, em conta a questão social. E especula: "O Supremo já deu uma guinada bem sensível rumo ao novo constitucionalismo, com Ayres Britto e Luís Roberto Barroso. O Gilmar Mendes foi uma revolução. E, agora, na presidência, tem um professor de direito público [Ricardo Lewandowski], que tem tudo para impor essa guinada".

Botar esses quatro no mesmo saco corresponde a dizer que um jumento e Schopenhauer se igualam porque mamíferos. O único que se filia ao tal "novo constitucionalismo" é Barroso. E seu livro a respeito é ruim numa altitude nova.

As tais varas, para a prática do "fórceps", precisam da aprovação do Órgão Especial do TJ-SP, formado por 25 desembargadores. Então ficamos assim: segundo os critérios de Nalini (não meus), ele só fará o que quer se estiver errado. Mas espero, então, que esteja certo para que não prospere a sua ideia errada. Entenderam?

PS - Deixei a Lava Jato de lado hoje. Ontem, pedi a cabeça de Dilma. Na próxima, peço a de Cardozo. O Marat de Dois Córregos tirou uma licença para defender a propriedade dos outros, que faz a sua civilização.
Herculano
20/02/2015 08:22
ANTESSALA DE CARDOSO VIROU CASA DA MÃE JOANA, por Josias de Souza

Não é preciso muito esforço para perceber que a "obrigação" que o ministro José Eduardo Cardoso tem de receber advogados transformou a antessala do seu gabinete numa espécie de sucursal da casa da Mãe Joana.

Graças às artimanhas da veneranda senhora, o doutor Sérgio Renault, advogado do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e coordenador do bilionário cartel de propinas da Petrobras, materializou-se na sala de espera do titular da pasta da Justiça.

O doutor não tinha nada a tratar com o ministro. Em verdade, estava a caminho de um restaurante. Dividiria a mesa com outro advogado, o ex-deputado federal petista Sigmaringa Seixas. Que esteva no gabinete de Cardozo. Ele, sim, tinha assuntos a resolver com o ministro. Coisa "pessoal", explicou o ministro. Nada a ver com a Lava Jato.

Sigmaringa poderia ter sugerido a Renault que o aguardasse na mesa da casa de repastos onde dividiriam o feijão com arroz. Mas, por alguma insondável razão, sugeriu que o encontrasse na antessala de Cardozo. O ministro levou Sigmaringa até a porta. E trocou um dedo de prosa com Renault. Coisa de três minutos, disse Cardozo. Nada a ver com Ricardo Pessoa, o cliente de Renault. Que dorme no colchonete da PF desde novembro de 2014.

Diretor-executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo, avalia que o episódio pede a realização de um teste: "Sugiro a qualquer pessoa que combine encontrar-se com algum amigo no mesmo lugar [a antessala do ministro]. E, para isso, se apresente à portaria do Ministério da Justiça e informe sua intenção aos recepcionistas."

Cético compulsivo, Abramo oferece "uma lavagem de carro grátis no posto de gasolina do Yousseff a quem conseguir entrar no elevador." Na dúvida, dá um conselho a Cardozo: "Se encontros podem ser marcados ali, sugiro que o ministro da Justiça anuncie publicamente no Diário Oficial que coloca sua antessala à disposição do público para encontros de qualquer natureza, não se olvidando dos fortuitos - como um motel, uma sauna, uma balada."

Sob pressão de familiares, Ricardo Pessoa negociava um acordo de delação premiada com os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato. Autoproclamado amigo de Lula, o empreiteiro queixava-se de abandono. Generoso provedor das arcas eleitorais do PT, ameaçava chutar o balde. De repente, deu meia-volta. O ministro Cardozo, naturalmente, não tem nada a ver com isso.

Cardozo reconheceu ter recebido defensores da Odebrecht, outra empreiteira investigada na Lava Jato. Deu-se no dia 5 de fevereiro. "Está na agenda", disse o ministro. Meia-verdade.

Estiveram no ministério três advogados: Dora Cavalcanti, Pedro Estevam Serrano e Maurício Roberto Ferro - este último é vice-presidente jurídico da Odebrecht. Foram tratar de assuntos relacionados à Lava Jato.

Na versão oficial, queixaram-se de "vazamentos" de dados sigilosos sob a guarda da PF. E reclamaram da ação do DRCI, órgão da pasta da Justiça responsável pela recuperação de dinheiro sujo enviado ao exterior. Ou à Suíça, no caso sob investigação da força-tarefa da Lava Jato.

A agenda do ministro, de fato, anotava os nomes dos visitantes. Mas não dizia que eram advogados. Tampouco mencionava que representavam a Odebrecht. Anotava: "Audiência com os senhores Pedro Estevam Serrano, Maurício Roberto Ferro, Dora Cavalcanti e com a participação do Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira."

No campo destinado ao detalhamento da "pauta" do encontro, não havia vestígio de Lava Jato. Ali, escreveu-se: "Visita institucional". Por quê? Cardozo alega que, ao formalizar o pedido de audiência, um dos advogados da Odebrecht, Pedro Serrano, sugeriu que o encontro fosse tratado como coisa "institucional".

Sabia-se que a agenda de Cardozo por vezes permanecera em segredo. "Falhas técnicas", o ministro já havia explicado. Descobre-se agora que, nas ocasiões em veio à luz, a peça ostentava a transparência de um cristal Cica. Expansiva a mais não poder, Mãe Joana já não se contenta em dar expediente apenas na antessala do ministro.
LUIZ
20/02/2015 07:57
Realmente este negocio de MOÇÕES que e dado na câmara é uma prostituição, concordo com Rampelotti
Os critérios para que alguémm seja homenageado deveriam ser melhor definidos.
Já vi gente bonitinha, velhinhas e velhinhos, até padeiro, que nunca fizeram nada em favor da comunidade, sendo homenageado.
Muitos que realmente mereciam ou merecem ser homenageados nem são lembrados.
Por exemplo fato ocorrido recentemente, aquele policial que acabou com o vagabundo que estava roubando
um trabalhador ali na margem esquerda. Este sim fez um bem para a comunidade.
Espero que algum vereador inclua este policial na sua cota anual.
GASPARENSEPAGADORDEIMPOSTOS
20/02/2015 07:47
Bom dia Herculano e leitores
Pois é,quanta bagunça ha nessa câmara de vereadores de Gaspar ?
Bem que fez D. Elizete em meter a boca no trombone .
Ha tantas coisas a serem esclarecidas,mas que parece os nobres vereadores acham que somos vegetarianos e só querem mandar bananas para nós,CHEGA!
Queremos o minimo de respeito,e que também eles acabem com o ressesso,pouca da vergonha, para nós é claro pois votamos neles .
Dica para os vereadores: Fiscalizem os espaços públicos com aspectos de abandono,ex;ginásio da Bateias(ridículo),Arena Multiuso que tá feia e temos que mendigar para usa-la, pois um tal de Paulo encarregado se acha dono de lá deixa trancado e o povo não pode usar esse espaço QUE É PÚBLICO e que tem até pista de moto que também não pode ser usado pois um certo grupo a fez e só eles podem . Pode isso ???
CADÊ O NOSSO DIREITO DE USAR TAIS ESPAÇOS QUE É PÚBLICO ?
Com a palavra os vereadores,ou esse tal de Paulo,vadios.
Herculano
20/02/2015 07:25
reeditado de ontem às 12h42min

TRAÍDO OU GOLPE?

O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, quando ele quer realçar que entende do regimento da Casa, cita a sua experiência de cinco mandatos.

E realmente ele entende deste riscado, por conta de ter sido na sua profissão, um analista tributário. Conhece bem de artigos e parágrafos...

O que não se entende é o que aconteceu na sessão de Quarta-feira de Cinzas. Melato colocou em pauta o Projeto de Resolução 06/2014 que diminui o número de moções a que os vereadores têm direito.

O projeto é de autoria de Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e ganhou a adesão de quase todos os vreadores. Não assinaram apenas Giovânio Borges, PSD, Ivete Mafra Hammes, PMDB e Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, numa Câmara de 13 vereadores. Nada combinado, segundo eles.

O projeto prevê apenas duas moções por ano para cada vereador. Eu, por exemplo, olhando de fora, concordo com esta limitação e a proposta do vereador Lú. Mas, isto devia ser discutido entre eles. Não foi. E ai começou todo o rolo.

A Andreia, que discorda, colocou o dedo na ferida. E venceu. Mas foi salva pela assessoria jurídica da Câmara, porque Melato tentou proclamar a aprovação de algo, de algo que não teve votos suficientes para tal segundo o regimento interno da Câmara, que o vereador conhece bem. Por lapso ou ligeireza quase que algo sem votos suficientes foi dado como aprovado.
Explico

Andreia queria o adiamento deste assunto. Queria emendá-lo. Alegava não ter passado nas Comissões no ano passado. Estava também desinformada. Não precisava, só era necessário a olhada da Comissão Legislação, ensinou Melato prontamente do alto do seu conhecimento.

Fala daqui. Fala de lá, Andreia pediu o voto dos vereadores para adiar o projeto. Lú, o autor até concordou. Melato mais uma vez ensinou Andreia. Até poderia adiar, mas que já havia passado o prazo das emendas, foram 15 dias em dezembro, que encerrou no dia 17 de dezembro. Resumindo: ficaria tudo como estava, se fosse a votação. Então não havia motivos para adiá-lo.

Melato ensinou mais uma vez Andreia. Teria como opção: votar o adiamento, retirar o projeto, ou aprovar ou rejeitar. O autor consultou os outros nove que assinaram com ele..

O presidente do PT, José Amarildo Rampelotti foi taxativo e resolveu peitar o assunto, mesmo ele não sendo o autor: teria que ser resolvido na sessão de Quarta porque este negócio de moções estava prostituído (Como assim? Está se reconhecendo alguma coisa?) na Câmara. Polêmica.

Melato, com o regimento debaixo do braço colocou para votação o pedido de adiamento de Andreia. Foi rejeitado. Precisava de 7 votos para adiá-lo. Perguntado aos autores se concordavam em retirar o projeto. A maioria não quis. Ou seja, estava no papo o projeto do Lu como ele foi para votação. Andreia tinha que esperar o resultado e se conformar. Fazia parte do jogo.

Votado, o Melato já declarava aprovado o projeto quando o procurador da Câmara, atento, lhe disse que o projeto tinha sido na verdade, rejeitado. Foi um choque... ainda mais para quem tem o domínio do regimento como diz ter o Melato.

Votou contra o projeto: Andreia, Ivete, Giovano, Marli Iracema Sontag, PMDB e Marcelo de Souza Brick, PSD. Tinha que ter 9 votos favoráveis para aprova-lo, maioria qualificada.

Agora o projeto pode ser reencaminhado com as alterações que se quer, se houver discussão prévia.

Afinal, Melato foi traído pelo conhecimento que domina, ou, de tanto dominar sabia o que tinha acontecido e tentou passar a matéria sem relevância para os gasparenses, e assim tentar dobrar quem discorda da matéria? Acorda, Gaspar!

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