06/02/2015
Falta resolver I
A coluna estava pronta. Resolvi mudar o tema na última hora. Três eventos naturais, em três oportunidades diferentes nesta semana, colocaram a nu a administração de Pedro Celso Zuchi, PT, e deixaram os gasparenses da Bateias/Barracão, Lagoa/Arraial e do Bela Vista vulneráveis. Já tinha escrito sobre isso na coluna na internet, a mais acessada. Mas é preciso registrar, pois Zuchi acabou de nos dizer e ensinar que o mais difícil é pensar a obra, o resto é muito fácil. A prática, todavia, desmancha essa assertiva do filósofo Zuchi.
Falta resolver II
O Loteamento Vila Isabel, no Barracão, seara do prefeito, foi alagado na noite de domingo. O presidente da Associação de Moradores, o petista de quatro costados, Enéas Lana, lembrou que há tempos reivindicavam drenagem, ou uma galeria no bairro. Mas perguntar não ofende. A prefeitura não foi lá fazer política barata e encheu o loteamento de asfalto e não pensou, não projetou e não executou a drenagem? Uma drenagem não vem antes do asfalto? O difícil é pensar? Hum! O fácil é fazer política barata, discursos fáceis e falsos. E aí o povo paga caro. Lá agora tem asfalto e enchente na porta de casa. Um chegou com festas, discursos e votos. O outro...
Falta resolver III
Na terça-feira à noite foi a vez da Lagoa ficar no escuro. Era previsível. Dezenas de eucaliptos caíram sobre a rede elétrica e casas. O Zecão, José Carlos Junges, petista, tinha feito uma reunião na comunidade para tentar resolver a situação. A Celesc, a falida, a que emprega políticos e que precisa dar aval aos cortes, nem apareceu. Preferiu o desastre e o prejuízo material à prevenção. O prefeito foi representado por seu cunhado, o vereador Antônio Carlos Dalsóchio, PT. Ele desencorajou a comunidade quando ela decidiu por suas próprias mãos fazer solução. Não deu tempo. A tempestade veio antes. Quando a Indefesa Civil chegou ao ambiente arrasado, não tinha nem motosserra, nem cones e fitas para interdição e sinalização. Então o que é difícil? Pensar ou fazer de verdade pela e com a comunidade?
Falta resolver IV
Quarta-feira foi a vez da rua Amazonas, no Bela Vista, ficar mais uma vez inundada. A vereadora do bairro, Marli Iracema Sontag, PMDB, está em silêncio sobre o assunto. Mas Giovano Borges, PSD, é persistente. Ele culpa a empreiteira Ramos. Ela parou a obra. O governo federal não a paga. Mais. Ele insiste em livrar de culpa o PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o deputado Décio Neri de Lima, que arrumou a verba e prometeu a solução definitiva para antes das eleições. Ou seja, segundo a teoria que divulgam, fizeram o mais difícil: pensar. Resolver de verdade, até agora, nada.
Falta resolver V
E São Pedro conspirou contra Giovano. Ele, que já fez o povo de lá comprar uma motobomba e que não serve para nada contra as enxurradas; que inventou ligar os sistemas antigo e novo de drenagem e não deu em nada, agora apresentou uma solução baseada num estudo que ele próprio fez. Colocou os engenheiros nas chinelas. É outro pensador. Faz a parte mais difícil. A mais fácil o povo paga o pato com sacrifício. E isso até lhe rendeu um elogio do presidente do PT, Amarildo José Rampelotti. ?Giovano não reclama, nem critica o governo, vem com as soluções?. Será? Está desafiado a ir ao Bela Vista. Acorda, Gaspar!
Trapiche
Cabeça a cabeça. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, sempre declara que 85% da ponte do Vale já estão prontos. Engenheiros discordam. O engenheiro da ponte da Saudade, de Ilhota, acaba de afirmar que ela está 85% concluída. E agora? Quem vai vencer esta disputa dos 100%? Com 85%, em nenhuma delas ninguém passa por elas. São inúteis.
A prefeitura de Gaspar tem uma máquina para varrer as ruas e avenidas. Ela sumiu. Onde está? Por que não é mais usada?
Ilhota em Chamas. A prefeitura está comprando combustíveis em Gaspar para os veículos que ainda rodam. Perdeu o crédito no posto do Murilo com a dívida de 2014. Outra. Só caminhões e máquinas abasteciam lá, ou veículos dos gestores também?
Gaspar é diferente mesmo. Aqui até canil a prefeitura é obrigada a construir por determinação judicial, via o olho do Ministério Público. Planejamento da equipe que toca o município? Zero.
Aliás, as obras do abrigo para animais abandonados por irresponsáveis estão paradas. Um investimento duvidoso. Por que não investir num programa de castração?
Aproveitando. Afinal, quantas crianças de trabalhadores ficaram fora da creche neste ano em Gaspar?
A Sul Catarinense, responsável pelos lotes 3 e 4 da duplicação da BR-470, a que participou do picadeiro do ginásio João dos Santos, e armou para a imprensa (e ela caiu como um patinho) aquele ?canteiro de obras? na entrada do Belchior Central, abandonou a obra. Pelo menos é essa a impressão.
Desde dezembro quando recolheu as máquinas para as ?férias? dos seus empregados e subcontratados, ninguém apareceu para dar satisfação. Ela deixou dívidas com funcionários e empresas da região. Enquanto isso, as empresas dos lotes 1 e 2, por enquanto, estão trabalhando.
Pediu para sair. Marcelo Poffo não é mais diretor-técnico do Samae e pediu licença não remunerada. Ele é o queridinho do ex-presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, e não tinha sintonia com o atual, Élcio Carlos de Oliveira.
Em compensação, Aldo Avosani, ex-assessor de Décio Neri de Lima, voltou à cena. Ele foi nomeado assessor administrativo do Samae de Gaspar no lugar de Irodete Barbieri da Silva, a que era de confiança do ex-diretor e hoje secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi.
Arno Hostins e Valmor Kremer fizeram o que a Indefesa Civil não fez, mas alardeou na imprensa que fez, depois do temporal na Lagoa. Cortaram as árvores caídas na estrada geral e com os passantes
Ilhota em chamas. Empregados da Rental foram protestar na frente da prefeitura de Ilhota. Erraram o horário. Foram à tarde. A prefeitura funciona pela manhã. Eles estavam com os salários atrasados. A empresa culpava a falta de pagamento da prefeitura pelos 110 metros de asfalto que realizaram no Baú Central.
Edição 1659
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