Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

06/02/2015


Falta resolver I

A coluna estava pronta. Resolvi mudar o tema na última hora. Três eventos naturais, em três oportunidades diferentes nesta semana, colocaram a nu a administração de Pedro Celso Zuchi, PT, e deixaram os gasparenses da Bateias/Barracão, Lagoa/Arraial e do Bela Vista vulneráveis. Já tinha escrito sobre isso na coluna na internet, a mais acessada. Mas é preciso registrar, pois Zuchi acabou de nos dizer e ensinar que o mais difícil é pensar a obra, o resto é muito fácil. A prática, todavia, desmancha essa assertiva do filósofo Zuchi. 

Falta resolver II
O Loteamento Vila Isabel, no Barracão, seara do prefeito, foi alagado na noite de domingo. O presidente da Associação de Moradores, o petista de quatro costados, Enéas Lana, lembrou que há tempos reivindicavam drenagem, ou uma galeria no bairro. Mas perguntar não ofende. A prefeitura não foi lá fazer política barata e encheu o loteamento de asfalto e não pensou, não projetou e não executou a drenagem? Uma drenagem não vem antes do asfalto? O difícil é pensar? Hum! O fácil é fazer política barata, discursos fáceis e falsos. E aí o povo paga caro. Lá agora tem asfalto e enchente na porta de casa. Um chegou com festas, discursos e votos. O outro...

Falta resolver III
Na terça-feira à noite foi a vez da Lagoa ficar no escuro. Era previsível. Dezenas de eucaliptos caíram sobre a rede elétrica e casas. O Zecão, José Carlos Junges, petista, tinha feito uma reunião na comunidade para tentar resolver a situação. A Celesc, a falida, a que emprega políticos e que precisa dar aval aos cortes, nem apareceu. Preferiu o desastre e o prejuízo material à prevenção. O prefeito foi representado por seu cunhado, o vereador Antônio Carlos Dalsóchio, PT. Ele desencorajou a comunidade quando ela decidiu por suas próprias mãos fazer solução. Não deu tempo. A tempestade veio antes.  Quando a Indefesa Civil chegou ao ambiente arrasado, não tinha nem motosserra, nem cones e fitas para interdição e sinalização. Então o que é difícil? Pensar ou fazer de verdade pela e com a comunidade?

Falta resolver IV
Quarta-feira foi a vez da rua Amazonas, no Bela Vista, ficar mais uma vez inundada. A vereadora do bairro, Marli Iracema Sontag, PMDB, está em silêncio sobre o assunto. Mas Giovano Borges, PSD, é persistente. Ele culpa a empreiteira Ramos. Ela parou a obra. O governo federal não a paga. Mais. Ele insiste em livrar de culpa o PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o deputado Décio Neri de Lima, que arrumou a verba e prometeu a solução definitiva para antes das eleições. Ou seja, segundo a teoria que divulgam, fizeram o mais difícil: pensar. Resolver de verdade, até agora, nada.

Falta resolver V
E São Pedro conspirou contra Giovano. Ele, que já fez o povo de lá comprar uma motobomba e que não serve para nada contra as enxurradas; que inventou ligar os sistemas antigo e novo de drenagem e não deu em nada, agora apresentou uma solução baseada num estudo que ele próprio fez. Colocou os engenheiros nas chinelas. É outro pensador. Faz a parte mais difícil. A mais fácil o povo paga o pato com sacrifício. E isso até lhe rendeu um elogio do presidente do PT, Amarildo José Rampelotti. ?Giovano não reclama, nem critica o governo, vem com as soluções?. Será? Está desafiado a ir ao Bela Vista. Acorda, Gaspar!

Trapiche

Cabeça a cabeça. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, sempre declara que 85% da ponte do Vale já estão prontos. Engenheiros discordam. O engenheiro da ponte da Saudade, de Ilhota, acaba de afirmar que ela está 85% concluída. E agora? Quem vai vencer esta disputa dos 100%? Com 85%, em nenhuma delas ninguém passa por elas. São inúteis. 

A prefeitura de Gaspar tem uma máquina para varrer as ruas e avenidas. Ela sumiu. Onde está? Por que não é mais usada?

Ilhota em Chamas. A prefeitura está comprando combustíveis em Gaspar para os veículos que ainda rodam. Perdeu o crédito no posto do Murilo com a dívida de 2014. Outra. Só caminhões e máquinas abasteciam lá, ou veículos dos gestores também?

Gaspar é diferente mesmo. Aqui até canil a prefeitura é obrigada a construir por determinação judicial, via o olho do Ministério Público. Planejamento da equipe que toca o município? Zero. 

Aliás, as obras do abrigo para animais abandonados por irresponsáveis estão paradas. Um investimento duvidoso. Por que não investir num programa de castração?

Aproveitando. Afinal, quantas crianças de trabalhadores ficaram fora da creche neste ano em Gaspar?

A Sul Catarinense, responsável pelos lotes 3 e 4 da duplicação da BR-470, a que participou do picadeiro do ginásio João dos Santos, e armou para a imprensa (e ela caiu como um patinho) aquele ?canteiro de obras? na entrada do Belchior Central, abandonou a obra. Pelo menos é essa a impressão.

Desde dezembro quando recolheu as máquinas para as ?férias? dos seus empregados e subcontratados, ninguém apareceu para dar satisfação. Ela deixou dívidas com funcionários e empresas da região. Enquanto isso, as empresas dos lotes 1 e 2, por enquanto, estão trabalhando.

Pediu para sair. Marcelo Poffo não é mais diretor-técnico do Samae e pediu licença não remunerada. Ele é o queridinho do ex-presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, e não tinha sintonia com o atual, Élcio Carlos de Oliveira.

Em compensação, Aldo Avosani, ex-assessor de Décio Neri de Lima, voltou à cena. Ele foi nomeado assessor administrativo do Samae de Gaspar no lugar de Irodete Barbieri da Silva, a que era de confiança do ex-diretor e hoje secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi.

Arno Hostins e Valmor Kremer fizeram o que a Indefesa Civil não fez, mas alardeou na imprensa que fez, depois do temporal na Lagoa. Cortaram as árvores caídas na estrada geral e com os passantes

Ilhota em chamas. Empregados da Rental foram protestar na frente da prefeitura de Ilhota. Erraram o horário. Foram à tarde. A prefeitura funciona pela manhã. Eles estavam com os salários atrasados. A empresa culpava a falta de pagamento da prefeitura pelos 110 metros de asfalto que realizaram no Baú Central.


Edição 1659
 

Comentários

Herculano
09/02/2015 20:22
O GOVERNO ANUNCIA: DILMA DECIDE TRAVAR A BATALHA DA COMUNICAÇÃO. UAI! VAI MENTIR MAIS UMA VEZ. PESQUISA DATAFOLHA DIZ QUE SEIS ENTRE DEZ BRASILEIROS TEM CERTEZA DISSO. MAS, OS JIHADISTAS ESTÃO DISPOSTOS A NOS CONVENCER DO CONTRÁRIO

Para tentar reagir à forte queda de popularidade, a presidente Dilma Rousseff deve fazer um pronunciamento à nação logo depois do Carnaval para anunciar as ações do governo de combate à corrupção e defender as medidas que tem adotado em relação à Petrobras; a estratégia foi discutida em reunião no Palácio do Alvorada, com os ministros mais próximos da petista; na última reunião ministerial, ela pediu a todos os ministros que travassem a batalha da comunicação; manchetômetro sinaliza que noticiário negativo predomina na mídia nacional.

Piada, deboche, imposição. Ações para combater a corrupção? Quais? A indicação de um pau mandado, cheio de dúvidas no currículo para comandar a Petrobrás a seu mando e desmando? Combater a corrupção se o PT e boa parte do PMDB não assinou as principalmente PIS para apurar os bilhões e os bilionários do Petrolão. Meu Deus! Wake up, Brazil!
João João Filho de João
09/02/2015 20:21
Sr. Herculano:

Inspirado no que postou Maria Amélia que não é Lemos e insentivado pelo que li às 12:27hs.:

Impeachment na Roliça
Impeachment na Ladra
Impeachment na Guerrilheira
Impeachment na Assassina
Impeachment na Assaltante
Alguém avisa pra Madama Satã, que eLLa é bananeira que deu cacho!
Herculano
09/02/2015 16:35
AH, SEM NÃO FOSSE A REALIDADE, por Ferreira Gullar, poeta e escritor, no jornal Folha de S.Paulo

Não me lembro de nenhum presidente da República que, após ser eleito e empossado, desapareça da vista da nação, como fez Dilma Rousseff. Em geral, o que ocorre é o contrário: já que, eleito ou reeleito, o presidente conta com a acolhida da maioria da opinião pública, que lhe deu a vitória nas urnas.

Mas a Dilma sumiu. Ela, que esteve em 2014 no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde garantiu que a economia brasileira ia às mil maravilhas, desta vez não foi lá: mandou o seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nomeado por ela para corrigir os erros que ela e Mantega cometeram.

Claro que ela não poderia voltar a Davos para desdizer tudo o que dissera antes. Esse papel coube ao ministro Levy que é, aliás, o único de seus ministros que se atreve a chamá-la de presidente e não de presidenta. Não se sabe até quando.

Pois bem, em vez de ir a Davos, dirigiu-se a La Paz para homenagear Evo Morales, também reeleito presidente da Bolívia. Dá para entender. Lá não seria obrigada a explicar por que mudou tão radicalmente uma política econômica que, segundo ela mesma, era um sucesso.

Enquanto isso, o mago João Santana - capaz de mudar água para vinho - preparava o discurso que ela pronunciaria na primeira reunião com todos os seus 39 ministros.

Era um discurso difícil, não apenas porque teria que explicar por que mudou a política econômica, como também por que extinguiria direitos dos trabalhadores, que ela prometera preservar, "nem que a vaca tussa".

Uma encrenca, sem dúvida, mas teria de enfrentá-la, mesmo porque a principal característica do lulo-petismo é manter-se, diante do povão, como o salvador da pátria.

É certo que todo partido procura colocar-se, perante o eleitorado, como capaz de resolver os problemas do país e, particularmente, melhorar a vida de cada cidadão. Mas isso não é a mesma coisa que propõe o PT, como partido originário da esquerda revolucionária.

Isso porque, diferentemente dos demais partidos, o partido revolucionário promete mudar radicalmente a sociedade, alijando do poder os exploradores do povo, isto é, os capitalistas. Noutras palavras, o partido de esquerda é essencialmente ideológico, defende a criação de uma nova sociedade, dirigida não pelos patrões e, sim, pelos trabalhadores. Teoria essa que, na prática, mostrou-se inviável, uma vez que, em nenhum dos países onde o comunismo chegou ao poder, o governo foi exercido por trabalhadores.

Esses partidos não existem mais. Os que existem, como o PT, por exemplo, são na verdade partidos populistas, que se apresentam como defensores dos pobres, mas se aliam a setores empresariais, aos quais fazem concessões para se manter no poder.

Porque não podem mostrar-se, diante dos seus eleitores, como realmente são; fazem o jogo dos interesses empresariais, mas discursam como adversários deles.

E, assim, ganham os dois: os capitalistas, que nada têm a temer - consequentemente ganham mais -, e os populistas, que manipulam o descontentamento dos pobres com programas assistencialistas.

Esse foi o discurso do PT, que o manteve desde sempre, enquanto foi possível. Agora, no caso de Dilma Rousseff, a situação encrencou, porque a política governamental adotada, após anos e anos, terminou por levar a economia do país a esta situação crítica, o que a obrigou a chamar alguém para evitar que o barco afunde.

Mas como dizer essa verdade ao país se, até outro dia, durante a campanha eleitoral, afirmava o contrário? E, sobretudo, como dizê-la ao eleitorado petista que, por sua vez, não quer ouvir a verdade? Não pode, claro. Daí o estranho discurso que Dilma fez a seus ministros e a seus eleitores.

É que ela vai fazer, neste novo mandato, tudo o que disse que não faria. E acusava Aécio Neves de desejar fazer, quando, de fato, tratava-se de medidas exigidas pela situação crítica a que ela, Dilma, levara o país.

Por isso mesmo, como não pode dizer que não o fará, tampouco que o fará, pronunciou um discurso de crioulo doido quando garantiu que a mudança radical que sofrerá a sua política econômica é apenas a continuação natural daquela que fracassou. Por que, então, demitiu Guido Mantega, o responsável por ela?
Maria Amélia que não é Lemos
09/02/2015 14:27
Dr. Herculano:

Postado às 07:28 hs.:
Posso acrescentar alguns adjetivos além de Leviana - Desonesta - Falsa e Indecisa?
Corrupta - Bandida - Bandoleira - Ladra - Feia - Gorda - Pançuda -
Dentuça - Horrorosa - Machorra ... cabe mais se o sr. permitir.

Arara Palradora
09/02/2015 14:21
Querido, Blogueiro:

Diz que a nova "velha" mosca da PeTerroubrás - Aldemir Bendine - é chamado carinhosamente de Dida por Dilma.
Com Dida ou sem Dida ella está fu...!

Voeeeiii...!!!
sidnei luis reinert
09/02/2015 12:29
Consequências da crise grega

A turma da internet só não tem crise de falta de criatividade...

1. Zeus vende o trono para uma multinacional coreana.
2. Aquiles vai tratar o calcanhar na saúde pública.
3. Eros e Pan inauguram prostíbulo.
4. Hércules suspende os 12 trabalhos por falta de pagamento.
5. Narciso vende espelhos para pagar a dívida do cheque especial.
6. O Minotauro puxa carroça para ganhar a vida.
7. A Acrópole é vendida e aí é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus.
8. Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega: "Ela tem minhocas na cabeça!".
9. Sócrates inaugura Cicuta's Bar para ganhar uns trocados.
10. Dionisio vende vinhos à beira da estrada de Marathónas.
11. Hermes entrega currículo para trabalhar nos correios. Especialidade: entrega rápida.
12. Afrodite aceita posar para a Playboy.
13. Sem dinheiro para pagar os salários, Zeus libera as ninfas para trabalharem na Eurozona.
14. Ilha de Lesbos abre resort hétero.
15. Para economizar energia, Diógenes apaga a lanterna.
16. Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas Bolsas.
17. Ári??es, deus da guerra, é pego em flagrante desviando armamento para a guerrilha síria.
18. A caverna de Platão abriga milhares de sem-teto.
19. Descoberto o porquê da crise: os economistas estão todos falando grego!!!
sidnei luis reinert
09/02/2015 12:27
Militares fecham acordo para não falar em impeachment de Dilma - tema que já seduz metade do Congresso


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Impeachment virou a maldita palavra da moda no mundo da politicagem tupiniquim. O impedimento da Presidenta Dilma Rousseff ainda não é um desejo popular claramente manifestado. No entanto, nos bastidores do Congresso, calcula-se que a metade da Câmara dos deputados e mais de um terço do Senado já considera o afastamento de Dilma como uma "solução inadiável". A indefinição é sobre o momento para a decisão radical de tirá-la do poder, ou forçá-la a "pedir para sair" (inventando até uma doença inexistente).

O PMDB não tem interesse imediato no impeachment de Dilma. Se ela sair antes de dois anos de mandato cumprido, é preciso realizar novas eleições. Isto não interessa ao maçom inglês Michel Temer - que não poderia desfrutar da vacância, como vice que se transformaria em "salvador da pátria". Por isso, a tática peemedebista consistirá em levar ao extremo o desgaste político de Dilma. Eduardo Cunha, que tem futuras pretensões presidenciais, já se move neste sentido. Renan Calheiros até se une a ele, porque precisa de salvação imediata, já que seu nome é cotadíssimo para figurar na denúncia que o Procurador-Geral da República fará, depois do carnaval, sobre a banda política com foro privilegiado enlameada na Lava Jato.

Se já não tinha condições morais de governar no segundo mandato para o qual se reelegeu, Dilma agora entra em desespero por causa da violenta queda na aprovação de seu governo. Não é o escândalo do Petrolão que a inviabiliza (apesar da inegável responsabilidade direta dela na má gestão da Petrobras, onde o governo da União claramente abusou do poder controlador). O que ferra Dilma são os erros na condução da economia, já que a política econômica dela inexiste ou é reprovada pelo desastre na vida prática.

O desenho do caos é bem claro: Gastança, desperdício e corrupção estatal, política de juros altos que só dá lucro fácil aos bancos, carestia especulativa e inflação do real, assassinando o poder de compra do cidadão também penalizado pela absurda carga tributária e pelo endividamento pessoal e familiar, junto com as subidas das tarifas e preços de água, energia e combustíveis - setores nos quais o desgoverno só cometeu erros ou roubalheiras. Tudo isso desorganiza a economia, gera desemprego, retrai o consumo, dificulta o crédito produtivo e inviabiliza a capacidade de poupança (investimento popular que já perde feio para os índices inflacionários).

Politicagem e corrupção não necessariamente derrubam governos. No entanto, crises econômicas costumam sempre ser fatais. A percepção da maioria das pessoas é de pessimismo. Inclusive de quem cometeu a burrice ou a ingenuidade de apostar o voto no cassino reeleitoral do Al Capone para dar um segundo mandato para Dilma - que sequer merecia um primeiro. Por tudo isto, Dilma já era sem nunca ter sido Presidente. Já sabe que está condenada a sobreviver, de agora em diante, como refém dos aliados e da traidora autofagia nazicomunopetralha.

Vale repetir por 13 x 13 para dar sorte: Nada pode ser institucionalmente mais grave e perigoso do que quando tantas tragicomédias explosivas se combinam: a política se desmoraliza e vira piada, a maioria do povo perde a confiança em um governo desmoralizado e a sociedade insiste no erro de atacar o efeito sem combater a verdadeira causa dos problemas. Bruzundanga, País Capimunista Subdesenvolvido com complexo de vira-lata, continua correndo atrás do próprio rabo cortado. Chegará a lugar algum ou ficará no mesmo de sempre.

Uma raposa felpuda do Congresso, que defende a estratégia de cozinhar longamente a galinha velha, mesmo sabendo que ela não dará comida boa (diferentemente da tradicional música caipira), já ouviu do Alto Comando Militar a seguinte mensagem: "Não vamos aceitar que aventureiros destruam a Democracia no Brasil. Mas definimos que a palavra impeachment não será pronunciada publicamente pelos comandantes. Vamos acompanhar qual vai ser o clamor popular, e garantir o regime democrático". Tirando o fato objetivo de que não temos democracia (segurança do direito) no Brasil, o recado não espantou a poderosa raposa que já admitiu: "Ninguém sabe o que vai acontecer daqui pra frente".

Impeachment é solução paliativa que pode nem ser adotada. Mas o desgaste de Dilma, para inviabilizá-la no exercício do poder presidencial, é tão certo quanto a conta de que 13 x 13 (em dois mandatos) é igual a "Zero a Esquerda".
Eduardo Lessa
09/02/2015 10:16
Caro senhor repórter de Gaspar, que sabe mais coisa de Ilhota que quem mora aqui.
Se espalha na redes sociais que varias ruas de Ilhota vão ficar interditadas. O senhor tá sabendo se isto é verdade?
Lá na prefeitura uns dizem que é coisa dos vereadores, outros dizem que é coisa do promotor, outros dizem que é coisa do além, mas ninguém diz o que realmente é.
Herculano
09/02/2015 07:28
JOGO LIMPO, por Renato Andrade para o jornal Folha de S. Paulo
Jogo limpo

BRASÍLIA - Ser criticado por adversários faz parte do jogo político e muitos sabem transformar, com maestria, uma pancada no fígado em apoio popular.

Dilma Rousseff conseguiu isso durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado. Aécio Neves perdeu votos preciosos, especialmente entre o eleitorado feminino, depois que chamou a presidente de leviana, durante um debate na TV.

Em questão de horas, o bom moço das Minas Gerais virou um sujeito que não sabe tratar de maneira correta uma mulher. E a guerrilheira que enfrentou a ditadura militar virou mais uma vítima do machismo que segue forte na sociedade brasileira.

Mas o que fazer quando a crítica é expressa não por um adversário com nome e sobrenome, mas por uma massa composta por homens e mulheres de camadas sociais distintas?

Esse é um dos desafios que a mais recente pesquisa do Datafolha indica que o Palácio do Planalto terá que enfrentar. A escala do problema é considerável. Quase metade dos brasileiros considera a presidente desonesta, além de falsa e indecisa.

Reverter essa avaliação sobre a pessoa da presidente é fundamental para que o Planalto consiga o respaldo mínimo da população para enfrentar questões concretas como a inflação alta, a economia em marcha lenta, além da possível falta de água e energia no país.

O enfrentamento de tal quadro de dificuldades por parte de um governo bem visto pelos seus governados não é tarefa simples. A mesma situação sendo administrada por um "desonesto" é receita certa de fracasso.

Para mudar essa visão, Dilma e sua equipe terão que fazer o que até agora não fizeram: dizer com todas as palavras o que está acontecendo, o que terá que ser feito e quais as reais consequências.

Altas doses de sinceridade tendem a derrubar avaliações de desempenho de governantes. Mas considerando os atuais números de Dilma, não há muito a perder.
Herculano
09/02/2015 07:25
RUMO AO ABISMO,por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff está em apuros. Em menos de sete dias, caminhou voluntariamente para a beira do precipício que significará a inviabilização de seu governo ou coisa pior.

O vexame de Dilma e do PT na eleição para presidente da Câmara dos Deputados poderia ter sido facilmente evitado. A solução, aceitar o favoritismo do peemedebista Eduardo Cunha e com ele compor, era cristalina desde o fim de outubro.

A derrota aumenta os riscos de naufrágio, no Legislativo, das medidas emergenciais de arrocho econômico. O partido do governo parece relegado à condição de minoria na Câmara, algo raro em 30 anos de "presidencialismo de coalizão".

Um lance ainda mais exemplar de auto-imolação de Dilma Segunda estaria por vir. Graça Foster deixou a chefia da Petrobras como uma colegial abandona um grupo de animadoras de torcida. Na sequência, a presidente escalou um dos seus cumpridores de tarefas para o posto. Deu um tiro de bazuca no próprio pé. Lançou pelo ralo a oportunidade de resgatar a confiança na estatal despedaçada.

O que se passa na cabeça da presidente? Por que está obcecada com os assuntos errados, como o de normalizar depressa e a alto custo os pagamentos a empreiteiras e outros grandes prestadores de serviços da Petrobras em penúrias financeiras? Essa, afinal, parece a tarefa encomendada por Dilma a Aldemir Bendine, premiado com a presidência da estatal após ter acelerado, no Banco do Brasil, socorro bilionário a um desses gigantes falimentares.

O violento mergulho na impopularidade, em nível jamais vivido por gestões petistas, recomendaria outra conduta. Dilma não entendeu que precisava afastar a Petrobras da ingerência política que asfixia e destrói a empresa. Conseguirá compreender que, a partir de agora, está em questão a sua capacidade de exercer a Presidência da República?
Herculano
09/02/2015 07:24
OAS PAGAVA R$600 MIL/MÊS AO SEU PRESIDENTE, por Cláudio Humbertona coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A empreiteira OAS faturou tanto, no esquema do Petrolão iniciado em 2004, no governo Lula, e desmantelado pela polícia em 2012, que não se importava de pagar R$ 600 mil por mês ao principal executivo, José Aldemário Pinheiro Filho, vulgo "Leo Pinheiro", que tem 10% da OAS. Agora sob recuperação judicial, e com Leo preso, a empresa negociou acordo antecipando um ano de "salários", cerca de R$ R$ 7,2 milhões.

Três capitães
Na carceragem da PF em Curitiba, o principal executivo da OAS divide uma pequena cela com três outros capitães da construção civil.

Eles já tiveram o poder
Estão na mesma cela na PF, além de Pinheiro, o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, e o vice-presidente da Engevix, Gerson Almada.

Convivência
Habituado à vida confortável e aos hotéis de alto luxo, Pinheiro, Pessoa e Almada usam o banheiro da cela. E com plateia, sem privacidade.

Língua nos dentes
A força tarefa da Lava Jato avalia que os três empreiteiros têm muito a revelar, nos depoimentos. E que estão quase maduros para fazê-lo.

GOVERNO IGNORA LEI ANTITERROS: AUTOR É DA OPOSIÇÃO
A 18 meses das Olimpíadas do Rio, onde o risco de atentados é real, o Brasil não dispõe lei que tipifica o crime de terrorismo. Vários governos já manifestaram preocupação ao Brasil oficialmente, mas o projeto que define juridicamente o ato de terror, do planejamento à execução, dormita há dois anos. O governo ignora o projeto pelo seu conteúdo e porque o autor é um deputado de oposição: Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Trinta anos
O projeto de combate ao terrorismo define penas que podem chegar a 30 anos de prisão, em caso de ato terrorista que resulte em morte.

Vexame
Apesar de signatário de tratados e resoluções internacionais sobre o terror, a lei brasileira não prevê (nem pune) o crime de terrorismo.

"Sensibilidade"
Na avaliação dos EUA, vazada no Wikileaks, uma das "heranças da ditadura é a sensibilidade em relação ao que constitui terrorismo."

HORA DE POLARIZAR
Deputados do PMDB se reúnem nesta segunda (9) para tentar acordo em torno de um candidato único a líder pelo Nordeste. Leonardo Picciani (RJ) jura que já tem 28 dos 65 votos. E negocia mais oito.

Procura-se
Com Sibá Machado (AC) à frente da liderança, o PT busca "pizzaiolo de fibra" para presidir o Conselho de Ética em tempos de Petrolão. O escolhido terá a missão de salvar a pele de envolvidos no escândalo.

Sangue no olho
O PSDB avalia apoiar o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) ou José Carlos Araújo (PSD-BA) para presidir o Conselho de Ética. O clima no tucanato é de caça às bruxas, ou melhor, caça aos "petroleiros".

Começou mal
Promessa de campanha do governador Rodrigo Rollemberg (DF), o corte de cargos em 60% está longe de ser cumprido: em janeiro, 9,5 mil comissionados ganharam uma boquinha, contra 1,2 mil exonerações.

Muito em comum
O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) tem mais em comum com o Planalto do que imagina. Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, Rodrigo segue a mesma dieta que a presidenta Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: o chamado "método Ravenna".

Toma lá, dá cá
A campanha ostensiva do governador do Rio, Luiz Pezão, e do prefeito Eduardo Paes por Leonardo Picciani para líder do PMDB foi vista como um gesto para o deputado abrir mão de disputar a prefeitura em 2016.

CPI da Petrobras III
O presidente do SD, Paulo Pereira (SP), assumirá como membro titular da nova CPI da Petrobras na Câmara. Para suplente, o partido indicará o deputado João Henrique Caldas, mais conhecido como 'JHC' (AL).

Pensando bem?
? Graça Foster entrou nos quadros da Petrobras como estagiária, há mais de 30 anos. Tudo que fez, apendeu na estatal.
Herculano
08/02/2015 20:29
POBRE MILITANTE DO PT, por Bepe Damasco, assessor de comunicação da CUT, Rio de Janeiro

Se continuar com esse ar blasé, fingindo não ver que vivemos tempos de guerra, o governo será derrotado no parlamento, nos tribunais e, o que é pior, nas ruas

É de doer o coração o padecimento do militante do Partido dos Trabalhadores. Entregue à própria sorte, em meio à arena dos leões, ele tenta resistir como pode ao massacre midiático contra o governo do seu partido. Mas a solidão é grande. Diante de toda sorte de ataques sórdidos, vilanias e infâmias, o governo da presidenta Dilma adota o silêncio como tática suicida de luta. Seduzida, talvez, por aconselhamentos de marqueteiros ou paralisada diante de sua falta de jeito e vocação para a refrega política, a presidenta e seu círculo mais próximo de colaboradores conseguem não se incomodar com o escrachado movimento de desestabilização do seu governo que está em curso.

Quem abre os jornais e revistas, assiste aos noticiários da TV ou ouve as emissoras de rádio dedicadas a notícias tem contato com um país que está se desmanchando. O Brasil é terra arrasada. Tudo culpa do governo federal. A gestão da água é, constitucionalmente, responsabilidade dos governos estaduais. Não importa a omissão e a incúria de Alckmin no caso Cantareira. A culpa é da Dilma. Nunca se investiu tanto em produção e linhas de distribuição de energia elétrica como nos governos Lula e Dilma. Mas não há tréguas no terrorismo sobre racionamento e apagão, que, aliás, nunca se concretizam,. Dia e noite a imprensa bate na tecla da falta de planejamento e investimento do governo atual.

Tudo isso muito bem ancorado pelo destaque avassalador do festival de denúncias, delações premiadas e disse me disse da Operação Lava Jato. Afinal, para a mídia, quem inventou a corrupção no Brasil foi o PT. Se aproveitando desse terreno fértil, a marcha do golpismo andou algumas casas nos últimos dias com a tabelinha entre o jornalismo canalha da Veja e FHC. Transbordando ressentimento por todos os poros devido à sua monumental rejeição no meio do povo, o ex-presidente chegou até a encomendar parecer jurídico para dar ares de legalidade ao golpe paraguaio que prega.

E o mais chocante é que o governo, mesmo ante atmosfera tão carregada, se mantenha impávido no seu autismo político. A barbeiragem na condução da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados parece também não ter afetado os áulicos do Planalto. A eleição de um ultraconservador, inimigo de todas as causas progressistas, para comandar a Câmara e a estarrecedora constatação de que o governo conta, para o que der e vier, com apenas 138 deputados (a votação de Arlindo Chinaglia) seria motivo mais do que suficiente para um freio de arrumação do governo no que toca à sua relação com a base parlamentar, partindo de uma autocrítica sobre a tática utilizada. Que nada, pela versão oficial, o "governo nada tem a ver com a disputa da Câmara."

Enquanto isso, o militante do PT enfrenta o cunhado reacionário no almoço de família, sendo obrigado a ouvir da tia, do primo e dos amigos também a ladainha "só votei no PT e na Dilma porque você pediu, mas estou arrependido." Ouvir na padaria e nos botequins da vida que o seu partido é sinônimo de corrupção já faz parte do calvário cotidiano do petista. Mas, ainda que de forma quixotesca, ele resiste. Com todo abandono, ainda marca presença nas redes sociais e até nas ruas. Só que paciência e abnegação têm limites. É visível o desânimo que vai tomando conta dessa galera. Pudera. Sem explicações públicas minimamente convincentes, o governo adota um ajuste fiscal penalizando somente os trabalhadores, coisa que qualquer tucano assinaria embaixo. Segue-se um mês de silêncio. O debate com a militância está interditado.

É importante que, mesmo sem a regulação da mídia (debate que o governo perdeu o timing para travar com a sociedade e que agora ficou ainda mais difícil com a eleição de Cunha para Câmara ), o governo dispõe de instrumentos para enfrentar a batalha da comunicação e disputar a opinião pública. Não os utiliza porque não quer. Se a Secom parasse de empanturrar de dinheiro o monopólio da mídia, diversificando e democratizando sua milionária verba publicitária, e se a presidenta Dilma e seus ministros adotassem uma linha articulada e permanente de defesa do governo, não deixando ataque sem resposta, já seria um alento. Por que não utilizar com frequência a cadeia nacional de rádio e TV ?

Só não vê quem não quer : Lula e Dilma são os alvos dessa grande engrenagem golpista que inclui o PIG e parte considerável do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal. E se continuar com esse ar blasé, fingindo não ver que vivemos tempos de guerra, o governo será derrotado no parlamento, nos tribunais e, o que é pior, nas ruas.
Herculano
08/02/2015 20:11
A SURPRESA SURPREENDENTA, por Carlos Brickmann

Dilma Rousseff não perde a oportunidade de perder oportunidades. Com o tesoureiro de seu partido, o PT, na linha de tiro da Operação Lava-Jato, acusado de embolsar US$ 200 milhões em propinas, Dilma teve a chance de mudar o foco do mau noticiário com a escolha do novo presidente da Petrobras. Até conseguiu mudar um pouco o foco: agora, dividindo as más notícias a respeito do financiamento de campanhas de seu partido, sofre com as críticas gerais a seu escolhido.

De certa forma, Bendini é o nome ideal para a Petrobras. Já chega sob suspeitas e punições diversas, o que poupa trabalho dos investigadores. Há seis meses foi multado pela Receita Federal por não comprovar a origem de R$ 280 mil que surgiram em seu patrimônio. Nunca explicou por que, embora sendo presidente de banco, preferiu comprar um apartamento de R$ 150 mil em dinheiro vivo. Foi acusado por seu antigo motorista, Sebastião Ferreira, de receber de alguns empresários e entregar a outros sacolas de dinheiro.

E a pimenta malagueta em cima do bolo: o Banco do Brasil emprestou R$ 2,7 milhões a juros subsidiados a Val Marchiori, garota do programa Mulheres Ricas, vindos do BNDES - destinada, pois, ao desenvolvimento econômico e social. Nada mais justo: Val, amiga de Bendini, a ponto de, por coincidência, ter-se hospedado no mesmo hotel que ele, na mesma época, em Buenos Aires e no Rio, já aparece em colunas sociais; e sua economia se desenvolveu muito bem nos últimos tempos. Bendini também é disciplinado, fiel cumpridor de ordens.

Alguns o chamariam de obediente. Ousados!

AME-A OU DEIXE-A
A nomeação de Bendini revela um fato importante: o Governo não conseguiu atrair para o comando da principal empresa do país, de atuação e reconhecimento internacionais, nenhum nome de primeira linha. Nem o PMDB quis indicar alguém para o posto. E o mandato de Dilma está apenas se iniciando, com a perspectiva de mais quatro anos de caneta cheia para nomeações e bondades.

ANOS DOURADOS
Voltou o tempo em que o café mandava no Brasil. A Petrobras foi cafetinada.

A GRAÇA DA GRAÇA
Ao deixar a Presidência da Petrobras, Graça Foster disse que seus planos imediatos incluíam desfilar, como de hábito, por sua escola de samba, a União da Ilha. Graça Foster é conhecidíssima na União da Ilha, por sua participação tradicional e pela dedicação aos ensaios da Escola.

Pois é: o tema da Escola de Samba União da Ilha do Governador neste Carnaval é Beleza Pura. Alguns versos do samba-enredo: "Sou a mais linda encantando a cidade"; "Floresceu/ Desabrochou uma explosão de cor/ Bem-vinda, oh mãe natureza!/ Transformando, esbanjando formosura/ É beleza pura"; "Cada um é tão bonito quanto possa imaginar"; "Diga, espelho meu / no suingue dessas feras tem mais bela do que eu?"

ARTICULAÇÃO ARROGANTA
Juntaram-se Mercadante, Pepe Vargas e Miguel Rossetto. Os Três Porquinhos da campanha de 2010 foram sucedidos por The Three Stooges. Manteve-se Dilma como comandanta. E conseguiram transformar Eduardo Cunha em líder oposicionista - justo ele, que tem tanta vocação para a oposição quanto o PSDB. Cunha cria dificuldades, mas negocia. Só que negociar já vai ser mais custoso.

TÁ FALTANDO UM
É uma injustiça que não esteja no trio, ao lado de Moe, Larry e Curly, o presidente nacional do PT, Rui Falcão. Com ele, o trio viraria, digamos, um Quarteto - talvez o Quarteto Fantástico, ou alguma outra denominação que se refira a grupos de quatro. Pena que Dilma não goste de Falcão, por considerá-lo - ela, imagine! - muito arrogante. Mas Rui Falcão, para defender o tesoureiro do PT, João Vaccari, acusado de receber propinas, disse que ele "nunca pôs dinheiro no bolso".

Claro: fala-se em US$ 200 milhões, o que não cabe em nenhum bolso. Mas vale lembrar uma história do então governador de São Paulo, Adhemar de Barros, vítima de acusações semelhantes às que hoje atingem o PT. Num comício, Adhemar proclamou: "Neste bolso nunca entrou dinheiro roubado". Algum debochado, certamente um coxinha neo-reacionário liberal-conservador tucano meio fascistoide, gritou lá de trás: "De terno novo, hem, dr. Adhemar!"

ASS ÁGUAS ROLANDO
Preocupado com a queda do nível das represas e a possível falta d'água? Talvez o caro leitor se preocupe à toa: na quarta, 4, haveria a primeira reunião no ano da CPI da Água, na Câmara Municipal de São Paulo. Mas só quatro vereadores apareceram e não havia número mínimo para funcionar. A primeira reunião ficou para a próxima quarta, 11. A falta d'água não deve ser tão preocupante.

ABAIXO OS DENTES!
Por falar em falta d'água, há escolas municipais em São Paulo que proibiram os alunos de escovar os dentes após a merenda. Assim poupam água. E alegram o Prefeito Suvinil Fernando Haddad, do PT, chegado a uma pintura: para cobrir as cáries, que tal uma tinta branca nos dentes não escovados?

Haddad soube que os dentes são recobertos naturalmente por uma camada de esmalte. Talvez resolva reforçá-la, com o ótimo Esmalte Premium Seca-Rápido (acetinado) Suvinil.
sidnei luis reinert
08/02/2015 20:10
De Ronaldo Caiado

Tirei o domingo para pedalar com minha esposa Gracinha e ao mesmo tempo conversar com os goianos e ouvir suas opiniões e críticas. Gosto de aliar as duas coisas. Pedalar e sempre manter contato e prestar contas aos donos do mandato que exerço de senador: os goianos. Hoje fui até Nerópolis. Lá ouvi de todos a mesma reclamação com a falta de ações do governo estadual e com o desgoverno que tomou conta do Palácio do Planalto. Todos pedem que eu continue a ser essa oposição que mostra os desmandos e que aponta caminhos para melhorar a qualidade de vida de nosso povo. Eu tenho a consciência tranquila, posso andar pelas ruas e olhar diretamente nos olhos de quem conversa comigo. E a presidente e o governador de Goiás podem dizer o mesmo?

E AQUI EM GASPAR????kkkkkkkkk
Herculano
08/02/2015 19:08
É com este tipo de gente clandestina, ilegal e promotora do caos, mais parecida com animais, que Dilma foi a ONU condenar o combate e pedir diálogo. Qualquer semelhança com as práticas dos Black Blocs é mera coincidência. E não é mera coincidência a proteção que estes grupos ganham de gente esclarecida da sociedade, incluindo parte das redações, as mesmas que contraditoriamente e de forma incoerente combatem a Farra do Boi, as apresentações de animais em circo, os rodeios, as vaquejadas, as puxadas, os maus tratos e abandono de animais...

A BARBÁRIE COMO SEDUÇÃO, por Clóvis Rossi para o jornal Folha de S.Paulo

Gillian Tett, colunista do "Financial Times", lança uma proposta que parece (ou é) ingênua, mas que tem lá seu fundamento lógico.

Ela sugere que as pessoas parem de acessar, nas redes sociais, os vídeos postados pelo EI (Estado Islâmico) mostrando o assassinato selvagem de seus prisioneiros, seja pela decapitação seja queimando vivo um deles.

Tett apoia-se no antropólogo Frances Larson, da Durham University, estudioso de decapitações (as antigas), para quem "só há vitória nas ações dos assassinos quando nós as assistimos".

É uma tese corrente no mundo acadêmico e jornalístico: o EI filma suas ações violentas não apenas porque é bárbaro, mas porque a barbárie é uma arma de captação de adeptos.

Escreve, por exemplo, Khalil al-Anani, professor-adjunto da Escola de Estudos Internacionais Avançados da Johns Hopkins University:

"Apesar de seu comportamento brutal e bárbaro, o apoio ao Estado Islâmico está crescendo em toda a região, do Iêmen à Argélia. De fato, é por meio dessa barbárie e agressividade que o EI pode atrair e persuadir apoiadores a somar-se às suas fileiras e a experimentar eles próprios sua audácia como se fosse um jogo de entretenimento".

Vale acrescentar que videogames de uma selvageria inusitada tem um público crescente, o que só faz aumentar a tentação de jogar um jogo semelhante na vida real.

Como diz o antropólogo Larson, "embora as pessoas se horrorizem com as decapitações, elas também são fascinadas por elas".

Um fascínio antigo, aliás, como lembra, no "El País", o escritor Luis Goytisolo: "Ao longo dos mil anos da Idade Média, a queima de bruxas e hereges e demais suplícios públicos foi um espetáculo" que fazia com que "as principais praças públicas de cidades como Paris, Londres ou Madri se convertessem em anfiteatros lotados".

O que o EI está fazendo ao mergulhar em práticas medievais é mudar o tamanho e o alcance do anfiteatro: era uma praça pública limitada a uma cidade, hoje é o mundo todo, conectado virtualmente.

O que torna ingênua, a meu ver, a proposta de Gillian Tett de pararmos de clicar nos vídeos postados pelo EI é o fato de que há uma diferente reação a eles: a maior parte dos espectadores se horroriza (pelo menos espero que se horrorize), mas uma parcela bem menor (espero) fica fascinada e atraída pela barbárie.

Essa parcela é exatamente o público que os terroristas querem atingir, o que tornaria inócua a não visualização pela maioria.

O que é lamentável é que a selvageria fascina quem não é vítima direta dela, no caso jovens ocidentais desorientados.

Nos países muçulmanos, o apoio a atos terroristas cai verticalmente depois de um deles no próprio país, mostra o Centro Pew de Pesquisas.

Na Jordânia, por exemplo, 57% achavam que, às vezes, se justificava o terrorismo até que houve, em 2005, atentados em três hotéis de Amã. Na mais recente pesquisa (2011), só 13% tinham idêntica opinião.

Descobriram, pelo caminho árduo, que terror não é videogame.
Violeiro de Codó
08/02/2015 17:07
Sr. Herculano:

"Infeliz Aniversário" - Dora Kramer, "Triste paradóxo:
De um lado a conquista do quarto mandato presidencial consecutivo,
no outro a cabeça do Planalto e o restante do corpo atolado no pântano até o pescoço".

É isso que a rataiada comemora?
Quando se é mudo-sudo-cego, ri de PaTeta.
Juju do Gasparinho
08/02/2015 16:50
Prezado Herculano:

Postado às 11:30hs.:
Parece que vem mais coisa por aí.
Do Blog do Manoel:

"Reforma Política Duduziana:
Dudu Cunha resolveu empurrar a "reforma política" goela abaixo do PT e de seu próprio partido. Não, ela não será como deveria, mas será contrária, em tudo, ao que o petismo ladrão de LuLla deseja, o que não deixa de ser um bom sinal.

Existem tópicos de uma pretensa reforma política que podem ser aprovados até com certa facilidade. São eles:

1) Manutenção do financiamento privado de campanhas eleitorais, numa resposta à tese Barrosão (STF) que conta já com os votos de 6 ministros da Suprema Ignorância.
2) Eleição de todos os cargos (de prefeitos à presidente) realizadas em uma mesma data;
3) Fim da miserável coligação que acaba por eleger candidatos sem voto, derrotando o famigerado voto em lista, saído da mente ladra do petismo canalha;
4) Um arremedo de voto distrital (proposta que passou a ser defendida pelo defenestrável Temer, por medo de perder a boquinha de presidente dos Mercenários).

Enfim, boa sorte para Dudu Cunha".

Tudo o que o Duduzinho fizer contra o Partido-Quadrilha dos corruPTos
será bem feito. Amém!
João João Filho de João
08/02/2015 15:59
Sr. Herculano, veja que preciosidade achei:


Jornal Espanhol "El País" afirma que o governo Dilma naufragou como o Titanic.

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El ?Titanic? político de la presidenta Dilma Rousseff

Petrobras, que fue una de las mayores y más prestigiosas petroleras del mundo, considerada la joya de la corona de la industria brasileña, se está convirtiendo en el Titanic político de la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff. ????.



http://internacional.elpais.com/internacional/2015/02/06/actualidad/1423214444_344778.html

Não sabe o jornal espanhol que o Titanic é a Dilma e é ela que está afundando a PeTrobrás.



Herculano
08/02/2015 13:11
AOS QUE COMEMORAM 35 ANOS EM MEIO A PIOR LAMA E ACHAM TUDO ISTO NORMAL E BONITO. PARA DIRCEU, CRISE PODE SE "PÁ DE CAL" NA IMAGEM DA SIGLA

O texto é de Natuza Nery da sucursal de Brasília, para o jornal Folha de S.Paulo. José Dirceu considera que a Operação Lava Jato, que apura a corrupção na Petrobras e seus braços no mundo político, poderá ser a "pá de cal" na imagem do PT se a sigla que ajudou a fundar em 1980 e que liderou no processo de chegada ao Palácio do Planalto em 2003 não reagir.

Condenado no processo do mensalão, o ex-ministro tem dito a interlocutores que o partido precisa se defender melhor e reorganizar sua Executiva. Ele defende, contudo, que o presidente Rui Falcão continue à frente do partido.

A Folha ouviu amigos de Dirceu que o visitaram recentemente na casa que alugou e onde mora, cumprindo pena de prisão domiciliar, com a mulher Simone e a filha de 4 anos do casal.

Recentemente, um artigo publicado no blog de Dirceu criticava a política econômica adotada por Dilma Rousseff no 2º mandato, o que alimentou a especulação de que ele prepara uma volta à cena política no papel de oposição à presidente.

A esses amigos Dirceu nega, com "ênfase", a intenção. "Eu tenho direito a dar minha opinião", disse a um interlocutor em conversa recente. "Não estou fazendo política partidária nem criando nova tendência [no PT]. Muito menos fazendo oposição. Estou expressando minhas opiniões para quem as pede", afirmou.

Dirceu estima passar a cumprir a pena em regime aberto neste ano. Até lá, ele não irá pedir a revisão criminal do julgamento do mensalão.

Dirceu acalenta dois planos: casar-se com Simone e publicar seu livro sobre a vida na prisão. A obra não será circunscrita ao tempo na Papuda. Irá incluir seu período preso sob a ditadura nos anos 60, e buscará falar sobre o sistema carcerário.

O ex-chefe da Casa Civil, condenado a 7 anos e 11 meses de cadeia, deixou a prisão em 2014. Sobre os tempos no cárcere, lembra momentos inusitados, como o dia em que desafiou João Paulo Cunha a matar um rato que circulava pelo pátio da Papuda.

Ex-presidente da Câmara condenado no mensalão, João Paulo rapidamente pegou uma vassoura e cumpriu a missão sem titubear.

Para reduzir a pena, o ex-ministro da Casa Civil limpava o pátio da penitenciária e organizava a biblioteca do local. Leu 75 livros e fez resumos para provar a leitura.
Herculano
08/02/2015 11:47
O POÇO É MAIS FUNDO, por Merval Pereira para o jornal O Globo

No momento em que o impeachment da presidente Dilma tornou-se tema central do debate político brasileiro, com a própria presidente falando em ter forças para "reagir ao golpismo" e o ex-presidente Lula afirmando que os adversários querem impedir que Dilma cumpra seu mandato, uma pesquisa do Datafolha refletindo o sentimento predominante entre os cidadãos brasileiros coloca mais lenha na fogueira.

No momento em que o impeachment da presidente Dilma tornou-se tema central do debate político brasileiro, com a própria presidente falando em ter forças para "reagir ao golpismo" e o ex-presidente Lula afirmando que os adversários querem impedir que Dilma cumpra seu mandato, uma pesquisa do Datafolha, refletindo o sentimento predominante entre os cidadãos brasileiros, coloca mais lenha na fogueira. A presidente Dilma Rousseff, segundo o Datafolha, teve a maior queda de popularidade de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor, em 1990. Naquela ocasião, entre março, antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).

Em dezembro passado, já reeleita, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, os números praticamente se inverteram: tem 23% de ótimo e bom e 44% de ruim e péssimo. Após as manifestações em 2013, depois de uma queda espetacular de 57% de bom e ótimo para apenas 30%, parecia que a presidente tinha chegado ao fundo do poço. A pesquisa de hoje mostra que o poço é mais fundo.

Seis de cada dez entrevistados consideram que Dilma mentiu na campanha eleitoral. Para 46%, falou mais mentiras do que verdades, e esse índice é alto (25%) mesmo entre os petistas. Para 14%, Dilma disse só mentiras na campanha presidencial. O Datafolha registra que essas são as piores marcas de seu governo, e a mais baixa avaliação de um presidente da República desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em dezembro de 1999 (46% de ruim/péssimo).

As duas ocasiões históricas guardam semelhança com este momento do país. Collor teve sua popularidade derrubada pelo confisco da poupança, que acusava Lula de pretender fazer na campanha presidencial, e continuou em crise com as denúncias de corrupção no seu governo. E FHC viu sua popularidade despencar devido à desvalorização do real após ter sido reeleito. Ele prometera que não faria a desvalorização. Desde então, não recuperou suas melhores condições políticas.

O PT na ocasião fez uma campanha pelo impeachment de FHC, baseado justamente na acusação de ter cometido um estelionato eleitoral, e José Dirceu, o principal líder do partido então, argumentou contra os que acusavam os petistas de golpistas: "Qualquer deputado pode pedir à Mesa da Câmara a abertura de processo (de impeachment) contra o presidente da República. Dizer que isso é golpe é falta de assunto."

No caso de Collor, foi o ex-presidente Lula quem comentou o impeachment, anos depois, no programa de Sérgio Groisman na Rede Globo. Sua fala está novamente espalhada pela internet, diante da acusação do PT de que quem defende o impeachment de Dilma quer o golpe na democracia.

Disse Lula: "O que foi gratificante é que tudo aquilo que nós denunciávamos se provou verdadeiro. Não apenas nós, mas uma parte da imprensa denunciava, intelectuais denunciavam, artistas denunciavam, todo mundo sabia por que o passado político do Collor era um passado político tenebroso. Foi uma pena que precisou três anos para provar, mas foi uma coisa importante por que o povo brasileiro, pela primeira vez na América Latina, deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege o político, destituir esse político. Peço a Deus que o povo brasileiro não esqueça essa lição."

A crise econômica misturou-se à crise política e armou-se o quadro propício ao impeachment de Collor. No caso de FHC, não houve condições políticas para o PT viabilizar o impeachment, e não se caracterizou uma crise na economia, apesar de seu baixo crescimento. Em 2005, o escândalo do mensalão só não resultou no impeachment de Lula porque a economia melhorou, e sua popularidade, mesmo abalada, fazia temer embates sociais nas ruas.

Como se vê pelos fatos e comentários de Lula, o impeachment é um processo mais político do que jurídico, portanto, de longa duração. Depende de que condições sejam estabelecidas, tanto no campo político quanto no econômico, para ser utilizado. Mas nunca pode ser tido como um instrumento antidemocrático.
Herculano
08/02/2015 11:39
ESTADO DE ALERTA, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

O PT, Luiz Inácio da Silva à frente, resolveu reeditar o discurso da vítima de perseguição política para tentar se precaver do que vier adiante em decorrência da Operação Lava Jato.

Pura falta de melhor argumento no momento. Quem esteve com o ex-presidente nesta semana no Instituto Lula - precisamente no dia em que o tesoureiro João Vaccari Neto foi levado a depor na Polícia Federal - pode aquilatar que ele tem perfeita noção da gravidade da situação. A luz amarela acendeu no Instituto Lula.

Ao contrário do Palácio do Planalto, onde a presidente Dilma Rousseff não perde a oportunidade de repetir - e agradece a quem puder fazê-lo por ela em público - que não "tem nada a ver" com Vaccari, no escritório do ex-presidente sabe-se perfeitamente que todo mundo no PT "tem a ver" de alguma forma com o tesoureiro do partido.

Na sexta-feira, dia seguinte ao depoimento de Vaccari, ressurgiram os antigos bordões sobre "golpes", urdiduras para "criminalizar" o PT, alertas para a possibilidade de "julgamentos políticos e não jurídicos" e as inevitáveis comparações com o mensalão, aquele caso que só existiu na mente dos conspiradores.

Soaram especialmente estapafúrdias as suspeitas levantadas a respeito da conduta da PF ao conduzir o tesoureiro de maneira coercitiva para depor, porque contrastam com o esforço feito pela presidente Dilma Rousseff para convencer o País de que o escândalo da Petrobrás só existe porque o governo dela não dá trégua à corrupção.

Ao saber que a polícia queria do tesoureiro informações sobre doações legais e ilegais feitas por empresas que tinham contratos com a Petrobrás, o presidente Rui Falcão foi dos primeiros a atestar que no PT não tem caixa 2, só recursos devidamente contabilizados.

Isso agora que o pessoal dos recursos não contabilizados já está condenado e não precisa mais da tese do crime eleitoral para negar corrupção. Nessa altura pouco importa a coerência ou verossimilhança das alegações.

Nem os petistas acreditam de fato na narrativa do "golpismo" tantos são os fatos que deixam o partido atarantado diante de um governo que comete um erro atrás do outro e, além disso, não se comunica para dentro nem para fora. O PT simplesmente não tem o que dizer no momento além de atribuir culpas a inimigos difusos.

Fosse falar a verdade do que se diz internamente, os responsáveis pelas agruras seriam outros: a presidente e os ministros "da casa", Aloizio Mercadante, Miguel Rossetto e Pepe Vargas.

A presidente da República nada diz que guarde relação com a realidade. Sobre as questões importantes Dilma se cala e, com isso, dissemina inquietação no PT. O ex-presidente Lula tem ouvido de correligionários apelos para que comande algum tipo de reação. Na política.

As declarações dele na reunião do diretório nacional do partido em Belo Horizonte obedeceram ao modelo antigo, mas não traduzem o real estado de espírito de Lula sobre os rumos do governo, a administração (ou falta de) das crises e os desdobramentos da Lava Jato. O blazer, a calça e a camisa pretos refletiram melhor.

As bravatas ditas em público sobre a necessidade de o partido "reagir aos ataques" são apenas bravatas. Na realidade nua e crua há noção da gravidade e da imprevisibilidade da situação. Os petistas falam em defender Vaccari como se o alvo fosse a pessoa física. Lula disse que "na dúvida" ficava com o "companheiro", Rui Falcão externou confiança de que ele "nunca pôs dinheiro no bolso".

Não é disso que se trata. O que se investiga é o repasse de uma parte de dinheiro de contratos da Petrobrás para partidos políticos. Entre eles o PT do qual Vaccari seria, segundo os delatores, o encarregado de intermediar as operações. Não é ele quem está sendo acusado de receber propina, é o partido.
Herculano
08/02/2015 11:34
COMEMORAÇÕES

Do jeito que a coisa está indo e se não arrumarem outro Marcos Valério para mofar na Cadeia pelos companheiros como aconteceu no Mensalão, o PT, corre um sério risco de nos seus 40 anos, as comemorações serem feitas nas cadeias. Cara de pau isto, sobra.
Herculano
08/02/2015 11:30
E ESSA AGORA?, na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, assinada por Vera Magalhães

Às voltas com vários focos de crise, Dilma Rousseff pode enfrentar novo revés nesta semana. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), submeterá ao colégio de líderes a inclusão na pauta de votações de terça-feira no plenário da chamada PEC da Bengala. A proposta eleva de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória de magistrados. Se a medida passar, a presidente pode perder a chance de indicar quatro novos ministros para o Supremo Tribunal Federal.

Desfalque
Depois de seis meses praticamente sem tocar no assunto, Dilma começou a ouvir conselheiros sobre o substituto de Joaquim Barbosa no Supremo. Aliados estimam que a decisão pode sair ainda em fevereiro.
Herculano
08/02/2015 11:24
POR QUE DILMA ERRA, por Eliane Cantanhede para o jornal O Estado de S. Paulo

A escolha de Aldemir Bendine para a Petrobrás é uma síntese dos erros de Dilma Rousseff: teimosia, arrogância, escolhas erradas, incapacidade de olhar ao redor. Resultado? Isolamento.

A queda de Graça Foster abriu uma janela de oportunidades para o governo mostrar que "agora, vai!". A alternativa era acertar ou acertar, para iniciar uma nova fase e interferir positivamente no rumo das coisas, no tom do noticiário e no humor geral. Dilma jogou fora. Vejamos.

Teimosia: depois de meses respirando artificialmente, Foster caiu quando o seu caráter falou mais alto do que a conveniência e a vaidade e ela decidiu expor publicamente as projeções de perdas bilionárias com a roubalheira na Petrobrás. Dilma ficou uma fera e só por isso fez o que deveria ter feito havia tempos. E fez de mau jeito.

Arrogância: o ex-presidente Lula tinha razão ao sugerir Henrique Meirelles. Com todas suas chatices e idiossincrasias, Meirelles é homem do mercado, experiente, testado, reconhecido internacionalmente. Seria um choque em si, com dois efeitos imediatos: as bolsas disparariam e os ânimos dentro e fora seriam outros - em relação à Petrobrás e ao Brasil. Mas, que pena!, Dilma implica com Meirelles. O resultado foi o oposto.

Escolhas erradas: mulher difícil, de personalidade forte, de poucos amigos ? e de poucas equipes -, Dilma costuma se cercar de gente que ela mal conhece, mas que pensa o mundo e o País exatamente como ela e que lhe bate continência. Escolhe de frente para o espelho, ou olhando para baixo. Daí as surpresas, e Erenice Guerra é a mais reluzente.

Não olhar em volta: na política, Dilma perdeu feio na eleição para a presidência da Câmara. Na economia, a sequência de notícias ruins é irritante (a última é que a inflação de janeiro é a maior para o mês desde 2003...). A Operação Lava Jato está a jato mesmo. E temos esses probleminhas aí de luz e água. Mas Dilma age como se esse ambiente pavoroso fosse obra cruel de adversários e da imprensa. Lula diz essas coisas por esperteza. Os eleitores petistas, porque precisam acreditar, alimentar a fé. Mas Dilma, aparentemente, acha mesmo.

E chegamos ao isolamento. Petistas se descolam do governo, deputados e senadores de partidos aliados assinam requerimentos de CPIs, o mundo empresarial, financeiro, sindical, acadêmico vê que algo está errado e, quanto mais errado, mais quer distância. Ilhada, Dilma fica ruminando sua ira e multiplicando inimigos reais e imaginários cercada pela meia dúzia que pensa igual a ela. Conversando com o próprio umbigo.

Aldemir Bendine foi alçado em 2009 à presidência do Banco do Brasil dentro da estratégia de Lula de reagir à crise internacional alargando o crédito e fortalecendo o consumo interno. Cumpriu bem a missão, entrega o BB com bons resultados. Mas seu principal cacife é frequentar o Palácio da Alvorada, ajoelhar, rezar e dizer amém para a chefe.

Bendine não é um grande nome da iniciativa privada, não tem dimensão internacional, não tem a autonomia que o momento da Petrobrás exige. E... as páginas da imprensa estão salpicadas de casos constrangedores envolvendo seu nome, como o tal empréstimo do BB à socialite Val Marchiori. Convenhamos, não chega a ser exatamente o homem certo, na hora certa, para apagar o gigantesco incêndio na nossa Petrobrás.

PS - Para melhorar o humor do domingo, diga-se que não há clima de impeachment, discussão perigosa e circunscrita a um nicho de São Paulo, e que Dilma tem algo poderoso a seu favor: o tempo. A casa está desabando, mas o mandato está bem no início e ela tem quatro anos para reforçar os alicerces, recompor as paredes e trocar o telhado (de vidro?). Só não pode continuar errando uma atrás da outra. Aí, depende só dela.
Herculano
08/02/2015 11:22
A FORÇA DA REALIDADE, por Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda de Fernando Henrique Cardoso, PSDB, em artigo no jornal O Estado de S. Paulo

"Entendo os que são contra, esta é uma posição que já foi minha", disse o então presidente da República Ernesto Geisel, cerca de 40 anos atrás, em cadeia nacional de televisão, ao anunciar, entre outras decisões, a abertura do Brasil a investimentos privados na área do petróleo por meio de contratos de risco. Cartas a um Jovem Petroleiro, do qual extrai a lembrança acima, é um excelente livro de Jorge Camargo, que trabalhou por 27 anos na Petrobrás, onde fez brilhante carreira. Livro para todos os interessados no setor, na Petrobrás e na grande crise que ela ora atravessa.

Esta sugere que há algo mais disfuncional no processo decisório do governo brasileiro, desde a crise de 2008/9, que se vem agravando nos últimos quatro anos. Embora seja sempre possível buscar raízes históricas mais profundas, este artigo procura apenas sugerir que há elementos comuns em áreas em que estamos enredados, como Petrobrás, energia elétrica e concessões ao setor privado em infraestrutura. Para não mencionar o meritório, imperativo e inadiável esforço ora em andamento para recuperar uma credibilidade na área fiscal que havia praticamente desaparecido ao final de 2014.

A propósito, vale lembrar uma observação de Jared Diamond. "Mesmo quando uma sociedade foi capaz de antecipar, perceber e tentar resolver um problema, ela pode ainda fracassar em fazê-lo, por óbvias razões possíveis: o problema pode estar além das suas capacidades; a solução pode existir, mas ser proibitivamente custosa; os esforços podem ser do tipo muito pouco e muito tarde; e algumas soluções tentadas podem agravar o problema." Não nos faltam exemplos de situações como essas.

No caso da Petrobrás, é possível argumentar que, mesmo na ausência da Operação Lava Jato, a empresa teria de rever seus planos de investimentos e seu plano de negócios em função de fatos econômicos e financeiros internos e externos. O preço do barril do petróleo desabou, mas não desabaram os custos de produzi-lo. O programa de investimento da Petrobrás, que contemplava para os próximos cinco anos um investimento médio anual de US$ 44 bilhões, terá de ser revisto. A dívida da empresa, que é quase 80% em dólar, tem seu serviço em reais aumentado com câmbio mais desvalorizado.

A obrigatoriedade de ter a Petrobrás como operadora de todos os campos do pré-sal e com pelo menos 30% de participação passou a representar um ônus excessivo para a empresa, que já tem uma relação dívida/geração de caixa de cerca de 5. A exigência de conteúdo nacional vem causando atrasos e estouro de orçamento. A Sete Brasil é um problema. Em suma, a decisão anunciada em 7 de setembro de 2009 (data escolhida a dedo) de mudar o regime de concessão para partilha vem gerando para a Petrobrás problemas que teria de enfrentar mesmo se não estivesse em curso a Operação Lava Jato. A empresa, com excelentes quadros técnicos, não merecia passar pelo que está passando - preço sendo pago pela indevida aparelhagem política na última década.

Na área de energia elétrica, há certamente o peso negativo da maior escassez hídrica em décadas, mas o inevitável racionamento (ou que nome venha a ter) não se deve apenas a esse fator. A desastrada decisão política anunciada também num 7 de setembro (2012) e consubstanciada na MP 579, de fim daquele ano, teve consequências desastrosas, que os consumidores e contribuintes estão pagando em suas contas desde 2014 - e continuarão a pagar por mais alguns anos. Excesso de voluntarismo, arrogância e pressa eleitoral não costumam ser bons conselheiros. O ganho de curto prazo (a passageira redução de tarifas em 2013) transformou-se para os consumidores em salgada conta por anos à frente e desestruturou o equilíbrio financeiro das empresas do setor. Para quê, mesmo? Jared Diamond teria mais um exemplo para sua coleção de disfuncionalidades de processos decisórios.

Sobre o processo decisório no mais alto dos níveis, vale lembrar algo do que disse o ex-presidente Lula em longa e memorável entrevista ao Valor em 17/9/2009. "Tenho cobrado sistematicamente da Vale a construção de siderúrgicas no País. A Vale não pode se dar ao luxo de exportar apenas minério de ferro. (...) A Petrobrás apresentou estudo mostrando que deveria adiar o cronograma de investimentos dela. Convoquei o conselho da Petrobrás para dizer: olha, este é um momento em que não se pode recuar. (...) Que a Petrobrás construa refinarias, estimule a construção de estaleiros. Leva uma refinaria para o Ceará, um estaleiro para Pernambuco. Este é o papel do governo. (...) Não pense que foi fácil fazer o Banco do Brasil comprar a Nossa Caixa em São Paulo. (...) Quando fui comprar 50% do Votorantim, tive que me lixar para a especulação. (...) Não conheço ninguém que tenha a capacidade gerencial da Dilma."

É mais fácil enganar os outros que convencê-los de que foram enganados, teria dito Mark Twain. Mas Eduardo Gianetti, em seu magnífico Auto-Engano, argumenta com brilho que ainda mais fácil que enganar os outros é enganar a si mesmo. Nietzsche deu um bom exemplo, em seu estilo inconfundível: "Eu fiz isto, diz minha memória. Eu não posso ter feito isto, diz meu orgulho. E permanece inflexível. A memória cede".

A frase de Geisel que abre este artigo é um bom exemplo de que a realidade por vezes se impõe com força (no caso, a quase quadruplicação dos preços do petróleo e suas consequências para um país como o nosso, que importava mais de 85% do seu consumo doméstico). E isso exigiu, como reconheceu o então presidente, mudanças de antigas e caras posições. Orgulho e memória cederam à realidade.

O processo decisório hoje no Brasil parece, com frequência, ser refém de uma mistura de orgulho, seletiva memória e dificuldades em reconhecer que as consequências das ações e omissões passadas sempre acabam por nos alcançar - não apenas o governo, mas todos os brasileiros.
sidnei luis reinert
08/02/2015 09:28
Operação Lava-Jato gera impactos na economia de Santa Catarina

Segundo Onézio Gonçalves Filho, secretário de Administração de Itajaí, a Oceana Offshore e o Consórcio MGT estão entre as duas maiores operações na região. Cada empresa investiu pelo menos R$ 600 milhões para se instalar na cidade ? juntas geram em média 5 mil empregos.

Demissões e paralisações começam a ocorrer e preocupam a categoria. Cunha afirma que o Consórcio MGT demitiu 400 funcionários em dezembro e agora estaria para dispensar mais 300. Já o grupo industrial português Amal Construções Metálicas deu férias coletivas aos empregados até 18 de fevereiro. Nenhum representante da Amal foi localizado e o Consórcio MGT não se pronunciou sobre o tema.
Edelfonso Roncaglio
08/02/2015 09:17
Lá no Santo André, será que não foi o Santo Empreito quem pagou a conta da festa, como é de costume.
A gente tinha pouco mas comissionado e puxa sacos tava cheio.
Herculano
08/02/2015 08:18
DISTRITÃO, BOA IDEIA PARA SER DISCUTIDA, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S.Paulo

O assunto é chato, mas desta vez o debate da reforma política pode começar para valer, sem os truques do PT

Tudo indica que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, destravará o debate da reforma política, obstruído há um ano pelo PT, que sonha com plebiscitos e votos de lista. Tramita na Câmara um projeto que pode ser discutido, emendado e aprovado até agosto deste ano.

É um assunto chato e cheio de detalhes. Um dos seus principais pontos é o sistema eleitoral para a escolha de deputados. Hoje a pessoa vota no seu candidato e são eleitos aqueles que tiveram mais votos na totalização recebida pela chapa do partido ou da cumbuca da coligação. Poucos elegem-se só com votos dados a eles. Disso resultou que já houve gente votando em Delfim Netto e elegendo Michel Temer, ambos do PMDB. Na eleição passada Tiririca teve mais de um milhão de votos, elegeu-se deputado federal por São Paulo e carregou consigo o Capitão Augusto, que tentara fundar o Partido Militar Brasileiro.

Pela proposta da comissão da Câmara, cada Estado seria dividido em distritos. Seriam de quatro a sete, e em cada um deles funcionaria o regime da cumbuca. Assim, o efeito Tiririca ficaria reduzido ao seu distrito. É uma coisa meio girafa.

Renasceu a proposta do distritão, concebida pelo vice-presidente Michel Temer. Ela está na mesa há anos e é simples. Cada Estado passa a ser um distritão. Os partidos apresentam candidatos, os eleitores fazem suas escolhas e votam. Levam as cadeiras aqueles que conseguem mais votos. São Paulo, por exemplo, tem direito a 70 deputados. Elegem-se os 70 candidatos mais votados, e acabou a conversa. Assim, Tiririca pode ter um milhão de votos, mas elege só Tiririca.

O distritão pode ser uma boa ideia. Quem quiser pode também deixar tudo como está. O que parece ter desaparecido da agenda é o sonho petista do voto de lista, no qual simplesmente confisca-se o direito do eleitor escolher seu candidato, transferindo-se essa prerrogativa, total ou parcialmente, para as direções partidárias.

NOMES NA RODA
No ano passado, quando o empreiteiro Ricardo (UTC) Pessoa chegou à carceragem da Polícia Federal, sabia-se que um homem-bomba entrara no elenco da Lava Jato. Para o bem de todos (sobretudo dele), o doutor está colaborando com as autoridades.

Sabe-se agora que o petro-comissário Pedro Barusco botou um novo nome na roda, o de Zwi Skornicki, operador do estaleiro coreano Keppel Fels. Zwi guarda uma memória bem maior que a de Ricardo Pessoa. A Receita Federal conhece-o bem, por conta de uma negociação formal feita há alguns anos.

Engenheiro que trabalha com plataformas de exploração de petróleo desde a época em que elas eram uma novidade no Brasil, sabe tudo do assunto.

É um tipo inesquecível, pelo Rolex de ouro cravejado de brilhantes que carrega no pulso.

O SENADOR NO INFERNO
Quem tiver três minutos para perder em busca de talento e bom humor pode entrar no YouTube em busca do vídeo em que o repentista Maviael Melo recita seu poema "Campanha eleitoral".

Maviael é um pernambucano de 41 anos, poeta da grande tradição dos cordelistas nordestinos.

USP
Um dia essas denúncias de trotes violentos e estupros em universidades, inclusive na USP, cairão nas mãos de um juiz tipo Sergio Moro. Quando os jovens delinquentes e seus pais descobrirem que poderão passar o tempo de duração do curso na cadeia, a festa acabará.

E acabarão também os ilustres professores, sobretudo da Faculdade de Medicina, que, como o petrocomissariado petista, atribuem tudo a exagero da imprensa.

LAVA TUDO
O PSDB sabe que não sairá ileso da Operação Lava Jato. Suas petrofortunas recentes eram conhecidas antes mesmo do surgimento do juiz Moro.

EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e se deu conta da frequência com que sai do Planalto a informação de que a doutora Dilma ficou "contrariada", "irritada", "aborrecida", "atônita" ou mesmo "furiosa".

O cretino se pergunta: E daí?

NAUFRÁGIO
Terminado o primeiro mês do segundo mandato da doutora Dilma, uma víbora assegura ter ouvido a seguinte história de um sobrevivente da viagem inaugural do navio mais famoso da história, aquele do filme com Leonardo DiCaprio:

- Uma jovem da tripulação embarcou em Southampton e eu lhe perguntei se estava emocionada com a viagem até Nova York. Ela me disse que achava a ideia boa, mas o que gostava mesmo era de naufrágios.

(Na vida real, a garçonete Violet Jessop já naufragara um ano antes e naufragaria novamente em 1916. Morreu em 1971, em terra firme, aos 84 anos.)

EUREKA
João Carlos Meireles, secretário de Energia do governador Geraldo Alckmin, matou a charada da falta de água que a imprevidência de seu patrão cevou:

"Tem gente que acha 'eu sou rico e pago quanto for por essa água', mas não é assim. É sobretudo espírito de comunidade. Mas parece que tem gente que vive no mundo de Marte e não tem solidariedade nenhuma."

A culpa é do povo.

Bem que ele poderia reunir a imprensa amanhã e exibir as contas de água do secretariado de Alckmin durante os últimos 12 meses.
Herculano
08/02/2015 08:18
A POROSIDADE DA CABEÇA PETISTA, por Elio Gasperi

Nas manobras para a indicação do novo presidente da Petrobras apareceram perto de dez nomes. Não se sabe de onde eles saíram, pois não incluíam o nome de Ademir Bendine, que acabou escolhido. Nessa roda de fogo, entrou o economista Paulo Leme, do banco Goldman Sachs. Ele teria a simpatia do ministro Joaquim Levy. A menos que tenha sido uma brincadeira, essa simples referência reflete a geleia em que se transformou o centro de decisões do governo.

O PT tenta associar a Operação Lava Jato a um processo de destruição da Petrobras, de forma a permitir sua privatização. Para quem gosta de teoria conspirativa é um bom roteiro.

Leme tem mais de vinte anos de destacada militância no mercado financeiro. Em 1998, quando o real estava indo para o ralo, a Goldman Sachs divulgou uma análise da crise dizendo que eram "necessárias medidas de grande impacto, como a inclusão da Petrobras, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil no programa de privatizações". Ele era o diretor da Goldman para a área de mercados emergentes e, segundo a repórter Vera Magalhães, estimou que a estatal pudesse valer entre US$ 20 bilhões e US$ 60 bilhões.

Naquela ocasião o nome do doutor entrou na lista de candidatos de Armínio Fraga para a diretoria de assuntos internacionais do Banco Central. Foi abatido em voo pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Repetindo: Fernando Henrique Cardoso, aquele que, segundo o PT, queria vender a Petrobras.

Conta a lenda que um dia o governador Carlos Lacerda foi visitar o prédio da Polícia Central e, subindo as escadas do saguão, disse ao delegado Cecil Borer, que fora chefe da repressão política quando ele militava na esquerda:

- Quem diria, Borer, que um dia estaríamos aqui nesta situação...

Borer teria respondido:

- É. Mas quem mudou não fui eu.
Herculano
08/02/2015 08:09
VEJA DESTA SEMANA REVELA SOBRE O HOMEM DA MOCHILA. PT DESVIOU MEIO BILHÃO DOS COFRES DA PETROBRÁS AO LONGO DE DEZ ANOS. O DINHEIRO FOI USADO, ENTRE OUTRAS COISAS, PARA FINANCIAR AS CAMPANHAS ELEITORAIS DO PARTIDO EM 2010 E 2014. ALÉM DO ROUBO, FORAM DESLEAIS COM OS CONCORRENTES E COM O POVO DE QUEM TIRARAM O DINHEIRO

O texto é de Daniel Pereira e Robson Bonin. Em outubro passado, os investigadores da Operação Lava-Jato, reunidos no quartel-general dos trabalhos em Curitiba, olhavam fixamente para uma fotografia pregada na parede. A investigação do maior esquema de corrupção da história do país se aproximava de um momento decisivo. Delator do petrolão, o ex-diretor Paulo Roberto Costa já havia admitido que contratos da Petrobras eram superfaturados para enriquecer servidores corruptos e abastecer o cofre dos principais partidos da base governista.

Na foto afixada na parede, Paulo Roberto aparecia de pé, na cabeceira de uma mesa de reunião, com um alvo desenhado a caneta sobre sua cabeça. Acima dela, uma anotação: "dead" (morto, em inglês). Àquela altura, a atenção dos investigadores estava voltada para os outros personagens da imagem. Era necessário pegá-los para fechar o enredo criminoso. Em novembro, exatamente um ano depois de a antiga cúpula do PT condenada no mensalão ter sido levada à cadeia, o juiz Sergio Moro decretou a prisão de executivos das maiores empreiteiras brasileiras, muitos dos quais aparecem abraçados a Paulinho, sorridentes, na fotografia estampada no Q.G. da Lava-Jato. A primeira etapa da missão estava quase cumprida.

Entre os alvos listados na foto, apenas um ainda escapava aos investigadores. Justamente o elo da roubalheira com o partido do governo, o personagem que, sabe-se agora, comprova com cifras astronômicas como o PT - depois de posar como vestal nos tempos de oposição - assimilou, aprimorou e elevou a níveis inimagináveis o que há de mais repugnante na política ao conquistar o poder. Na quinta-feira passada, agentes da Polícia Federal chegaram à casa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, com uma ordem judicial para levá-lo à delegacia a fim de prestar esclarecimentos sobre seu envolvimento no petrolão.

Vaccari recusou-se a abrir o portão. Os agentes pularam o muro para conduzi-lo à sede da PF em São Paulo. Eles também apreenderam documentos, aparelhos de telefone celular e arquivos eletrônicos. Esse material não tinha nada de relevante. Vaccari, concluíram os agentes, já limpara o terreno. Num depoimento de cerca de três horas, o tesoureiro negou as acusações e jurou inocência. Nada que abalasse o ânimo dos investigadores. No Q.G. da Lava-Jato, um "dead" já podia ser escrito sobre a cara carrancuda do grão-petista.

A nova fase da operação foi um desdobramento de depoimentos prestados pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, em novembro, como parte de um acordo de delação premiada. Barusco conquistou um lugar de destaque no panteão da corrupção ao prometer a devolução de 97 milhões de dólares embolsados como propina, uma quantia espantosa para um servidor de terceiro escalão. Ao falar às autoridades, ele disse que o PT arrecadou, entre 2003 e 2013, de 150 milhões a 200 milhões de dólares em dinheiro roubado de noventa contratos da Petrobras.

Segundo Barusco, o principal operador do PT no esquema nos últimos anos era Vaccari, chamado por ele de "Mochila", por andar sempre com uma mochila a tiracolo. Barusco contou que o tesoureiro - identificado como "Moch" nas planilhas que registravam o rateio do butim surrupiado - participou pessoalmente das negociações, por exemplo, para a cobrança de propina de estaleiros contratados pela Petrobras. Descendo a detalhes, Barusco narrou ainda uma história que, apesar de envolver um valor bem mais modesto, tem um potencial político igualmente explosivo.

O ex-gerente declarou que, em 2010, o então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, solicitou ao representante da empresa holandesa SBM no Brasil, Júlio Faerman, 300?000 dólares para a campanha petista daquele ano, "provavelmente atendendo a pedido de João Vaccari Neto, o que foi contabilizado pelo declarante à época como pagamento destinado ao Partido dos Trabalhadores". Em 2010, Dilma Rousseff disputou e conquistou o primeiro de seus dois mandatos presidenciais. A situação do tesoureiro do PT deve se agravar nos próximos dias com o avanço das negociações para o acordo de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC.

Pessoa coordenava "o clube do bilhão", o grupo das empreiteiras que desfalcava a Petrobras. Vaccari recorria a ele com frequência para resolver os problemas de caixa do PT. Os dois conversaram várias vezes no ano eleitoral de 2014. Num desses encontros, segundo integrantes da investigação que já ouviram uma prévia das histórias pouco edificantes prometidas por Pessoa, Vaccari negociou com a UTC o recebimento de 30 milhões de reais em doações eleitorais. Cerca de 10 milhões de reais seriam destinados à campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Os 20 milhões restantes, distribuídos por Vaccari ao PT e aos partidos da base aliada.
Herculano
08/02/2015 07:58
LULA E ALIADOS QUEREM MERCADANTE DORA DO GOVERNO, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O ex-presidente Lula, que o acusou de haver "sequestrado" o governo, e líderes de partidos aliados pressionam Dilma a se livrar de Aloizio Mercadante (Casa Civil), que azedou de vez as relações do governo com o Congresso. Trapalhão, ele conseguiu piorar o clima, após a vitória de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao ameaçar distribuir cargos de segundo escalão segundo o grau de obediência dos parlamentares.

Não entendeu nada
Mercadante não percebeu que Eduardo Cunha venceu porque fez os deputados acreditarem que enfim seriam respeitados pelo governo.

Refém de luxo
Lula e os líderes aliados reconhecem ser difícil levar Dilma a demitir Mercadante. Ele é hoje o único contado dela com a vida "lá fora".

Isolamento
Para tornar Dilma dependente, Mercadante afastou do Planalto todos os que tinham acesso a ela, inclusive o velho assessor Gilles Azevedo.

Sr. Derrota
A arrogância de Mercadante derrotou o candidato do PT a presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, segundo acredita a cúpula petista.

TEMER ARTICULA PARA APROVAR DISTRITÃO NO CONGRESSO
Contrariando o PT, que quer implantar voto em lista na próxima eleição, o vice-presidente da República, Michel Temer, articula para aprovar ainda este ano a tese do "distritão". O PMDB negocia o apoio do PSDB para derrotar a proposta de reforma política do PT. O tucanato já está unido ao PMDB para impedir a criação do Partido Liberal, articulado pelo ministro Gilberto Kassab para esvaziar o PMDB e a oposição.

Juntos na causa
Michel Temer almoçou no dia 4 com deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), a quem pediu para articular a aprovação do 'distritão' na Câmara.

Consulta popular
Fiel escudeiro de Temer, Moreira Franco elaborará até março proposta de reforma com base em enquete da Fundação Ulysses Guimarães.

Sem puxadores
O distritão, que se configura na eleição majoritária para deputados e vereadores, acabaria com puxadores de votos como Tiririca, Romário?

Briga de foice
Em meio ao escândalo do Petrolão, a Comissão de Minas e Energia da Câmara nunca foi tão cobiçada por deputados, aliados e de oposição. A fila de candidatos a membro titular e até suplente é enorme.

Sem vergonha
Apesar de o ministro Pepe Vargas (Rel. Institucionais) dar de ombros para o envolvimento do tesoureiro do PT João Vaccari Neto na operação Lava Jato, que apura o roubou à Petrobras, Vaccari foi um dos assuntos mais comentados (trending topics) no Twitter na semana.

Racha no PSOL
Isolado após se aproximar do governo Dilma, o senador Randolfe Rodrigues (AP) está negociando sua saída do PSOL. O deputado reeleito Jean Wyllys (RJ) também anda às turras com o partido.

Pequena fortuna
A diretoria-geral do Senado publicou portaria na sexta (29) concedendo pensão à Iracy Ramos Marinho, mulher do falecido senador Josaphat Ramos Marinho. A pensão corresponde a 50% dos vencimentos do ex-senador a partir de 31 de março de 2002, data do óbito.

E o rodízio?
Deputados do PSDB ficaram incomodados com a escolha da dupla Carlos Sampaio (SP) e Bruno Araújo (PE) para representar a bancada e o bloco da Minoria. Os dois foram líderes na legislatura passada.

Entra na fila
Ex-deputado, Edson Giroto (PR) tem coletado assinaturas na bancada do Mato Grosso do Sul para ser indicado à diretoria do DNIT, que tem orçamento de mais de R$ 8 bilhões e é muito cobiçado por autoridades.

Futuro PMB
Capitão Augusto (PR-SP) causou estranheza ao tomar posse e circular durante toda a semana usando farda de policial no Congresso. O deputado está na linha de frente da criação do Partido Militar Brasileiro.

Finanças e tributação
O PSDB indicará o tucano Giuseppe Vecci (GO), aliado do governador Marconi Perillo, para presidir a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. O acordo foi feito com o presidente Eduardo Cunha (PMDB).

Fim da mamata
Mal terminou eleição, deputados já descem a lenha no novo presidente da Câmara: eles não querem trabalhar às quintas, como determinou Eduardo Cunha.
Herculano
08/02/2015 07:48
DILMA ROUSSEFF VIROU UMA GESTORA HEMORRÁGICA, por Josias de Souza

Tomada pela mais recente pesquisa do Datafolha, Dilma Rousseff converteu-se numa presidente hemorrágica. A maioria dos brasileiros acha que ela sabia da corrupção na Petrobras (77%) e permitiu que a roubalheira corresse solta (52%). Metade do país a enxerga como falsa (54%), indecisa (50%) e até desonesta (47%).

Faltam três anos e 326 dias para o término da atual administração. Em tese, Dilma dispõe de tempo para recuperar-se. Mas precisa admitir a sangria o quanto antes. Do contrário, as horas mais preciosas do seu mandato serão as mais rápidas.

Ao discursar na festa dos 35 anos do PT, Dilma disse coisas assim: "Nunca antes na história do nosso país ninguém combateu com tamanha firmeza e obstinação a corrupção e a impunidade como nós." Quer dizer: continua tentando fazer a plateia de idiota. A diferença é que já não encontra material. Devagarinho, mesmo as almas mais ingênuas vão se dando conta de que os corruptos da Petrobras não desceram de Marte.

As expectativas em relação à economia são nefastas. A grossa maioria crê em alta da inflação (81%) e do desemprego (60%). De cada dez brasileiros, seis avaliam que Dilma mentiu durante a campanha eleitoral. Dos 60% que a consideram mentirosa, 46% acham que ela disse mais mentiras do que verdades. Para 14% ela só pronunciou lorotas. Contra esse pano de fundo, é natural que o alarme da impopularidade toque um mês e meio depois da posse.

Desde dezembro, a taxa de aprovação de Dilma despencou de 42% para 23%. Está abaixo dos 30% amealhados por ela em junho de 2013, mês em que as ruas roncaram. A taxa de rejeição saltou de 24% para 44%. Coisa jamais vista, conforme demonstrado pelo repórter Fernando Rodrigues.

No gogó, Dilma continua sendo a gerente mais maravilhosa que Dilma já viu. Mas daquela candidata que o marqueteiro João Santana levou à vitrine sobrou pouco. E os esqueletos que muitos ignoravam saíram do porão. Dilma mudou muito. E não deixou o endereço.

Do ponto de vista econômico, a aura de Dilma tem novo dono: Joaquim Levy. Do ponto de vista político, madame é refém de Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Do punhal de Levy, a nação ainda não viu nem a ponta. Dos planos do PMDB, o país ignora tramas que nem te digo e armadilhas que vou te contar!

Na celebração do aniversário do PT, Lula comparou a um câncer o ajuste que Dilma dizia aos eleitores que não faria. "Eu aprendi essa lição. Não tem nada pior do que fazer a quimioterapia que eu fiz. Depois, não teve nada mais desagradável do que 33 sessões de radioterapia na minha garganta. E eu tomava. Era disciplinado. E fazia porque era necessário para eu poder estar aqui, bonitão, falando com vocês."

Lula prosseguiu: "A companheira Dilma teve que tomar algumas medidas que eram necessárias. [?] Nem sempre é aquilo que vocês querem. Mas vocês têm que pensar que, de vez em quando, a gente tem que parar, tomar fôlego e seguir a caminhada." Voltando-se para Dilma, exortou: "Faça o que tiver que fazer, porque um erro desastroso nosso quem vai sofrer é o povo humilde desse país."

O patrono de Dilma fez uma analogia entre 2015 e 2003: "Houve medidas duras para corrigir os muitos problemas que herdamos. E você estava conosco, já em 2003, tomando essas medidas duras." A diferença é que, nessa época, Lula atribuía o purgante à "herança maldita" deixada por FHC. Hoje, Dilma administra uma ruína 100% petista. Fica evidente que a história de sua última campanha é uma fábula, só que muito mais mentirosa.
Herculano
08/02/2015 07:43
PT TENTA DIZER QUE QUEM ENSINOU O PARTIDO A ROUBAR FOI O PSDB

Digamos que isto seja verdade. Mas, não foi o PT quem jurou, para conquistar mentes e corações, que esta prática nefasta contra os bolsos dos brasileiros que iria terminar com ele no poder?

Além de não terminar por que o PT a ampliou exponencialmente e fez disso uma franquia nacional de sacanagens?

Por que para acobertar este crime hediondo de quadrilha corrompeu o legislativo e empresas, e aparelhou as instituições incluindo o Judiciário?
Herculano
08/02/2015 07:32
QUE COISA! POLÍCIA FEDERAL APREENDE R$ 3,2 MILHÕES COM INVESTIGADOS. ELES FORAM DELATADOS POR SECRETÁRIA E AGORA A ACUSA DE ROUBAR E QUEREM PROCESSÁ-LA. NÃO É UMA TÉCNICA E PRÁTICAS RECORRENTES DE INTIMIDAÇÃO E QUE ACONTECEU COM UMA FUNCIONÁRIA DA PETROBRÁS?

A Polícia Federal aprendeu cerca de R$ 3,2 milhões na nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada na quarta-feira (5) e batizada de My Way.

O maior valor já apreendido nas investigações sobre desvios na Petrobras ocorreu em março de 2014, quando policiais encontraram cerca de R$ 5 milhões com suspeitos.

A maior parte dos valores encontrados na última semana, segundo a Folha apurou, foi na sede da empresa Arxo, de Santa Catarina, investigada sob suspeita de pagar propina para obter contratos com a Petrobras.

A PF também apreendeu cerca de 500 relógios de luxo na sede da Arxo, em Piçarras (SC). A empresa, que teve três de seus diretores presos, produz tanques para armazenamento de combustíveis para a BR Distribuidora, subsidiária da estatal.

Em nota divulgada neste sábado (7), a PF discriminou que foram apreendidos valores em reais (R$ 1,276 milhão), dólares (US$ 629,6 mil), euros (53 mil) e pesos argentinos (82).

A empresa nega que tenha pago suborno.
Herculano
08/02/2015 07:26
É INCRÍVEL COMO OS PETISTAS DEFENDEM OS SEUS LADRÕES E A LADROAGEM QUE PRATICAM, MAS A CONDENAM E AI DE FORMA CORRETA, NOS ADVERSÁRIOS.

O texto é do 247, o canal de comunicação PT sustentado preferencialmente por investimentos publicitários de empresas (Petrobrás) e bancos (BB, Caixa, BNDES...) estatais. Uma voz abalizada está procurando ressonância dentro do PT. Depois de uma série de entrevistas, o ex-governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, vai usando o twitter em sua cruzada pessoal pela renovação da legenda.

- O golpismo midiático substitui, num outro contexto, o golpismo militar, registrou ele, neste sábado 7.

Tarso quer que o PT assuma a frente de um movimento para apurar os casos de corrupção e, com esse movimento, reinstalar o partido da vanguarda do meio político.

- PT defende que corrupção seja investigada a fundo, manifesta Tarso pelo twitter.

O ex-governador não quer desviar da situação do tesoureiro João Vaccari, que está na berlinda após ter sido ouvido na abertura da operação My Way, um desdobramento da Lava-Jato.

- Devemos verificar provas reais, se existem, contra Vaccari, e tomar medidas.

O político gaúcho não quer precipitações, mas igualmente acho que conciliações podem colocar a legenda em risco. E pela via da ruptura institucional.

- É fascismo incriminar coletivamente, assevera Tarso pelo Twitter.

A posição do ex-governador diante do PT é transparente. Tarso teme que a legenda venha a ser vítima de uma onda crescente contra o partido, que avança à medida em que o próprio PT dá respostas nem sempre claras sobre os ataques que vem sofrendo.

- A desmoralização dos partidos só ajuda a corrupção, diz Tarso.
Herculano
08/02/2015 07:21
CHEGA DE DESCASO NA SAÚDE

Em pleno século 21, minha mulher morreu de apendicite. Ela tinha plano de saúde com a falsa certeza de que seria atendida com dignidade

Meu nome é Leandro Farias, tenho 25 anos [farmacêutico da Fiocruz], e há cinco meses enterrei minha jovem mulher, Ana Carolina Domingos Cassino, 23. Ela foi mais uma vítima de descaso neste país: morreu por causa de uma apendicite - em pleno século 21 - após esperar 28 horas por essa simples cirurgia em um hospital particular da Barra da Tijuca, no Rio.

Ana Carolina, como outros 50 milhões de brasileiros, tinha um plano de saúde na falsa certeza de que quando precisasse teria um atendimento digno e humanizado.

A grande mídia detona a saúde pública em seus noticiários e, em seguida, nos empurra goela abaixo propagandas de planos privados, buscando nos fazer acreditar que essa é a solução para todos os nossos problemas. Ledo engano.

O governo, por sua vez, incentiva ainda mais a adesão aos planos de saúde - seja por meio de isenções e incentivos fiscais, seja através de uma agência reguladora.

Essa agência sempre deixou bem claro que tem por objetivo defender os interesses dos grandes empresários da saúde. Basta observar a composição da sua diretoria, formada a partir de indicações do governo, com aprovação do Senado, ocupada por diretores de hospitais particulares, administradoras de benefícios (Qualicorp, por exemplo), entre outros. Sem contar a falta de fiscalização em relação à modalidade dos planos coletivos por adesão.

Os órgãos e instituições públicas da saúde estão contaminados pelos interesses dos grandes empresários. Ministério da Saúde, ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Conselho Regional de Medicina, Vigilância Sanitária, entre outros, não cumprem com o seu papel e, com isso, cabe ao Judiciário fazer valer o direito à saúde, como consta do artigo 196 da Constituição Federal.

A Justiça fica, com isso, sobrecarregada por demandas que poderiam ser facilmente resolvidas. Faça uma visita ao plantão judiciário de sua região e entenderá do que estou falando. A judicialização da saúde demonstra sua importância, porém não é a única solução. Apenas punir exemplarmente os responsáveis por praticar crimes é enxugar o gelo. Precisamos conscientizar a sociedade e saber que todos nós temos direitos e deveres.

Nesse sentido surgiu o movimento Chega de Descaso (www.chega dedescaso.com.br), organização da sociedade civil que visa estimular a consciência crítica na sociedade, de maneira a retomarmos a vertente da participação social que vem diminuindo desde a construção do SUS (Sistema Único de Saúde).

Queremos promover um grande debate e uma maior interação entre profissionais de saúde e usuários. Acreditamos que a solução para o problema da saúde está em um SUS público, 100% estatal, universal e de qualidade. Precisamos valorizar a defesa do direito à saúde por meio do fortalecimento das lutas contra a mercantilização desta.

Sabemos que saúde se produz com acesso a recursos, mas para que haja desenvolvimento econômico precisamos de uma população saudável e com qualidade de vida. Nesse cenário, o movimento Chega de Descaso se apresenta como um novo movimento sanitário e convidamos a todos a fazerem parte dessa luta.
Herculano
08/02/2015 07:15
O MENSALÃO VIROU FICHINHA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Não é só no volume de dinheiro desviado que o assalto à Petrobras já se tornou maior que o mensalão. Seu impacto sobre a avaliação do governo também ultrapassa de longe o do escândalo de 2005, mostra a nova pesquisa Datafolha.

Quando Lula vivia o pior momento, com seu principal ministro acusado de comprar apoio de políticos no Congresso, 29% dos brasileiros consideravam o governo ruim ou péssimo. Agora são 44% os que reprovam a administração de Dilma Rousseff.

A corrupção encostou na saúde como o problema que mais preocupa as pessoas. E o petrolão começou a contaminar a imagem da presidente, que passou a ser vista como "desonesta" por 47% dos entrevistados.

A indignação com os desvios se soma à apreensão com a economia. O medo do desemprego disparou, e quatro em cada cinco pessoas acreditam que a inflação vai subir mais.

Na sexta-feira, o IBGE informou que a alta de preços em janeiro bateu um recorde de 12 anos. O que está ruim deve piorar em breve, com o reajuste nas contas de luz.

Na campanha, o PT dizia que a comida sumiria da mesa das famílias se a oposição chegasse ao poder. As famílias reelegeram Dilma e agora reagem ao se ver sob a mesma ameaça.

Nem o tucano mais fanático poderia imaginar um quadro como o de hoje: a presidente se reelegeu e, depois de apenas três meses, seu governo parece se desmanchar.

A falta de água, o risco de apagão e um Congresso mais hostil do que nunca completam a equação explosiva. Não é à toa que a hipótese de um processo de impeachment passou a rondar as conversas em Brasília, embora ainda não haja provas de envolvimento da presidente no petrolão.

Em 2005, Lula se disse traído, jogou aliados ao mar e usou seu carisma único para reagir. A economia ajudou, e ele conseguiu se erguer da lona. Mergulhada em uma crise mais grave e sem a força política do padrinho, Dilma aparenta não ter ideia do que fazer para sair do buraco.
Santo André
07/02/2015 23:11
Meu caro Herculano!

Festa do PT no Santo André neste final de tarde/noite lotadaço, cheio de companheiros e muitos conhecidos não filiados confraternizando mais um aniversário (35 anos). Comparecimento acima das expectativas, vai ser difícil perder a próxima.
Roberto Sombrio
07/02/2015 23:08
Oi, Herculano.

Sabe porque LULA INSINUOU DURANTE FESTA DO PT QUE JULGAMENTO DO PETROLÃO SERÁ POLÍTICO?

Porque a maioria dos envolvidos nos roubos aos cofres da Petrobrás são políticos do PT, filiados do PT, ou amigos dos políticos do PT.
Galo Garnizé
07/02/2015 22:56
É isso mesmo! Chega de hipocrisia!

FORA PT!
Pernilongo Irritante
07/02/2015 22:53
Se fizer uma pesquisa em Gaspar com os burros, vai dar o mesmo.

Se fizer uma pesquisa em Gaspar com os inteligentes, vai ser mudança para um futuro pujante.
Dalilo
07/02/2015 21:28
Que tal fazer uma pesquisa em Gaspar?
Herculano
07/02/2015 21:01
DILMA TEM PIOR REJEIÇÃO ENTRE TODOS OS PRESIDENTE EM INÍCIO DE MANDATO, por Fernando Rodrigues

Nunca um eleito chegou a 44% de "ruim/péssimo" tão cedo

Popularidade em baixa fragiliza petista em meio ao petrolão

A pesquisa Datafolha realizada nos dias 3 a 5.fev.2015 tem uma verdade muito incômoda para a presidente Dilma Rousseff: nunca um eleito teve uma rejeição tão alta em tão pouco tempo como ela durante a atual fase democrática do país.

No início de 1999, bem no começo do segundo mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso, houve uma grave crise econômica.

FHC teve de fazer uma desvalorização brutal no real logo depois de sua segunda posse. O Brasil passou por uma profunda crise econômica - para os petistas, o país estava falido. Mas o tucano era rejeitado então por 36%. A taxa dos que repudiam o governo Dilma hoje é de 44%.

Quando se observam as outras taxas da pesquisa Datafolha, Dilma apenas empata tecnicamente com FHC entre os que acham o governo bom ou ótimo ?comparando o resultado de hoje com o do início do segundo mandato do tucano. A petista tem 23% de aprovação contra 21% do tucano em fevereiro de 1999.

Há, entretanto, uma diferença relevante. Os eleitores em 1999 pareciam um pouco mais condescendentes com FHC, pois ele tinha menos rejeição (apesar da crise econômica). Naquela época, havia também mais pessoas estacionadas no grupo que considerava a administração tucana regular -39% contra os 33% atuais de Dilma.

O contraste básico entre a petista e todos os seus antecessores em início de mandato (na atual fase democrática do país) é que a conjuntura atual mistura dificuldades econômicas com uma crise de aspecto político, com as acusações de corrupção se avolumando no caso conhecido como petrolão.

É óbvio que o país sempre teve crises políticas. Itamar Franco assumiu o Planalto depois de Fernando Collor ter sido afastado num processo de impeachment. O problema (para o governo) é que desta vez a disrupção na política atinge diretamente o partido da presidente (o PT). Pior: muitos eleitores acham que Dilma tinha conhecimento do que estava se passando.

Segundo o Datafolha, 86% dos brasileiros tomaram conhecimento dos casos de prisões de pessoas acusadas de corrupção na Petrobras. Para 52%, Dilma Rousseff ?sabia e deixou que ocorresse? a corrupção na estatal (no final deste post, esses números estão listados em uma tabela).

Uma curiosidade: o percentual dos que acham que a presidente da República sabia do que se passava na Petrobras (52%) é quase idêntico ao que ela obteve de votos válidos (51,64%) para se reeleger em 2014. O adversário da petista era o tucano Aécio Neves, que teve 48,36%.

Só 3,4 milhões de votos separaram PT e PSDB na eleição presidencial de 2014. Foi a menor diferença em um 2º turno desde a redemocratização do Brasil.

E AGORA?
Qual a consequência disso tudo? Para Dilma representa uma fragilidade grande no momento em que precisa de uma parte da opinião pública para ajudá-la a atravessar o deserto que será 2015.

No Congresso, será necessário apoio de deputados e de senadores para aprovar medidas amargas na área econômica.

Também será necessário ter muita força política no Congresso para barrar tentativas de paralisar o governo, com eventuais pedidos de impeachment - já ventilados abertamente pela oposição.
PT GASPAR
07/02/2015 21:00
Muita gente reunida aqui no Santo Andre....
Comemoração 35 anos.
Reforma politica já.
Chega de conservadores.
Brasil nunca teve tanto tempo de democracia 35 anos.
É isso chega de hipocrisia. Da lhe Dilma.
Herculano
07/02/2015 20:58
UMA LEITURA DA PESQUISA

"Só 23% aprovam governo Dilma, 44% o rejeitam; para 54%, presidente é desonesta, além de falsa. Mas ela foi apagar velinha do PT, junto com Lula, na festa em que Vaccari brilhou. Só não é o Baile da Ilha Fiscal porque não há mar em BH e porque D. Pedro 2º era um homem honrado", por Reinaldo Azevedo, de Veja.
Anônimo disse:
07/02/2015 20:53
Herculano, aposto que o maior percentual negativo da Anta vem justamente de quem votou nella.
Exatamente os que agora a chamam de Mentirosa, Falsa e Desonesta
vão colocá-la pra correr. Os 51milhões da oposição só terão o trabalho
de dar um empurrãozinho.
Belchior do Meio
07/02/2015 20:49
Sr. Herculano:

Com esta pesquisa o Governo Dilma acabou.
A renúncia seria a saída mais digna e honesta, mas o problema é que petistas não são dignos e muito menos honestos.
Maria Amélia que não é Lemos
07/02/2015 20:34
Dr. Herculano:

Posso contestar a pesquisa?
Ela está errada.
O correto seria: 50% da população acha Dilma uma bosta e os outros
50% acha ella uma merda. Até ella sabe disso.
Pernilongo Irritante
07/02/2015 20:30
Dilma foi à festa dos 35 anos do PT vestida de Galinha Pintadinha.
Até o cabelo foi arrumado como uma crista.
A fantasia lhe caiu muito bem.
Violeiro de Codó
07/02/2015 20:26
Sr. Herculano:

Sobre a manchete do Jornal Folha de São Paulo de amanhã (domingo):
Uma bandoleira que ganhou roubando (fraude nas eleições), Dona Dilmaranha merece ter a sua própia (pronúncia da analfa), herança maldita. Foi a campanha mais suja, sórdida e mentirosa nunca-antes-
na-hiftória (pronúncia do outro analfa) neste-país.
Como diz a canção dos meus conterrâneos Gaviões do Forró:
"chupa que é de uva".

Fui.
Herculano
07/02/2015 19:17
DATAFOLHA QUE FAZ CHAMADA DE CAPA DA EDIÇÃO DE DOMINGO DO JORNAL FOLHA DE S.PAULO MOSTRA QUE POVO ESCLARECIDO PELA IMPRENSA LIVRE NÃO PERDOA OS ERROS E MENTIRAS DOS GOVERNANTES. INDEPENDE DE PARTIDO. AVALIAÇÃO DE DILMA, ALCKIMIN E HADDAD DESPENCA

O texto é de Marcelo Leite. Apenas três meses e meio depois do segundo turno, o país assiste à mais rápida e profunda deterioração política desde o governo Collor.

Segundo pesquisa Datafolha, a queda abrupta de popularidade arrasta a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), juntos, para a vala comum da rejeição. É como se o sentimento de junho de 2013 tivesse voltado, mas em surdina, sem protestos de rua.

A conjuntura sombria resulta da confluência do escândalo da Petrobras com a acentuada piora das expectativas sobre a economia.

O pessimismo dos entrevistados se agrava pelo contraste entre a realidade e a imagem rósea pintada nas campanhas eleitorais do ano passado e pela possibilidade cada vez mais concreta de faltar água e energia.

A presidente da República recebe o pior golpe, com uma inversão total nas opiniões sobre seu governo.

Em dezembro passado, Dilma tinha 42% de ótimo/bom e 24% de ruim/péssimo. Agora, marca respectivamente 23% e 44%.

São as piores marcas de seu governo e a mais baixa avaliação de um presidente da República desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em dezembro de 1999 (46% de ruim/péssimo).

Alckmin também viu esvair-se sua popularidade, mas menos que Dilma. O tucano perdeu dez pontos de ótimo/bom desde outubro e caiu de 48% para 38%, nível que tinha em junho de 2013.

Haddad não se sai melhor. Empatou com Dilma em juízos negativos (44%) e também retornou ao patamar da crise do aumento das tarifas de ônibus em 2013.

NOTA VERMELHA
Segundo o Datafolha, Dilma obteve a primeira nota vermelha (4,8) após quatro anos no governo e uma campanha vitoriosa pela reeleição. A perda de prestígio da presidente se verifica mesmo nas faixas de renda em que encontra mais eleitores.

Metade dos que ganham até dois salários mínimos consideravam seu governo ótimo ou bom em dezembro, e agora são 27% -23 pontos de queda em dois meses.

As más novas se acumulam em todas as frentes: escândalo na Petrobras, piora das perspectivas da economia, aumento do pessimismo na população, restrição de benefícios sociais e uma estiagem que ameaça apagar as luzes e secar as torneiras.

O tema da corrupção, impulsionado pelo combustível do Petrolão, rivaliza com a saúde pública como principal problema do país. Cravou 21% das preferências dos entrevistados pelo Datafolha, contra 26% da saúde.

O mensalão vicejou no governo Luiz Inácio Lula da Silva, mas em seus dois mandatos não mais que 9% dos brasileiros apontavam o desvio de dinheiro público como mal maior. Agora, a corrupção se avizinha do pódio.

A presidente não se livra de responsabilidade perante a população. Segundo o Datafolha, 77% dos entrevistados acreditam que ela tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. Para 52% ela sabia dos desvios e deixou continuar; para outros 25%, sabia e nada pôde fazer.

Quase metade (47%) dos brasileiros a consideram desonesta, além de falsa (54%) e indecisa (50%). A imagem deteriorada alcança correligionários. Entre petistas, 15% falam em desonestidade e 19%, em falsidade.

MENTIRAS
Não há tanto o que estranhar, quando se tem em mente que seis de cada dez entrevistados consideram que Dilma mentiu na campanha eleitoral. Para 46%, falou mais mentiras que verdades (25% em meio a petistas). Para 14%, só mentiras.

Se na época do segundo turno só 6% achavam que a situação econômica do próprio entrevistado iria piorar, hoje são 26%. Como 38% acreditam que ficarão na mesma, conclui-se que o desalento contagia 2/3 da população.

E isso num momento em que o tarifaço, o aumento do desemprego e dos juros e a recessão nem se materializaram completamente.
Herculano
07/02/2015 19:04
OS QUE COLOCAVAM GASOLINA NO FOGO E INCENTIVAVAM LULA BATER PERMANENTENEMENTE EM FHC, TUCANOS E PSDB, AGORA SUGEREM TRÉGUA, DIÁLOGO E ATÉ "UNIÃO". É O RECUO TÁTICO DO PT PARA COLOCAR O NARIZ FORA DO LOCAÇAL. OU SEJA, QUER O PSDB PARA SALVÁ-LO E ASSIM TER CHANCE PARA CONTINUAR NO PODER.

O texto é do ex-repórter do jornal Folha de S. Paulo, totalmente identificado com o PT e amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, Ricardo Kotscho

Ao final desta medonha primeira semana de fevereiro, em que tanta coisa negativa aconteceu, elevando a temperatura política a um grau próximo da ebulição, está na hora de todo mundo baixar a bola e começar a pensar mais no Brasil. Quais são os planos, projetos, saídas que temos a oferecer? Estamos todos, afinal, no mesmo barco.

Está na hora de parar de falar em impeachment, como se esse fosse um evento previsto no calendário, a exemplo do Carnaval e do Natal. Vivemos ainda numa democracia e a presidente Dilma Rousseff acabou de ser reeleita para governar o país por mais quatro anos. As próximas eleições estão marcadas para 2018.

Está na hora de acabar com o clima de beligerância insana da campanha eleitoral, que acabou em outubro, colocou em lados opostos amigos, parentes e até casais, mas permanece vivo no Congresso Nacional, nos botecos e nas fábricas, nas ruas e nos saraus, nos almoços de domingo e nos estádios, em todo canto.

Está na hora de acabar com os donos da verdade e do futuro, que não ouvem ninguém e querem impor suas razões a todo mundo, sem admitir nenhuma discussão sobre os diferentes caminhos que temos pela frente e as causas que nos levaram ao atoleiro no deserto da desesperança, ameaçados de ficar sem água e sem luz, sem emprego e sem amanhã.

Está na hora de começarmos um grande diálogo nacional, em torno de uma causa comum, como a reforma política, que não pode ficar só na mão dos políticos. Onde está a grande sociedade civil que se mobilizou em torno da campanha das Diretas Já em 1984?

Está na hora de procurarmos interlocutores confiáveis dos dois lados da arena, pois é preciso admitir neste momento que é difícil saber o que é pior, se o governo ou o Congresso, a situação ou a oposição, acabar com esta história de nós contra eles.

Está na hora de reconhecermos que estamos sem alternativas, sem lideranças, sem ideias novas, sem referências, mas é preciso começar este diálogo por algum lugar, com o que temos aqui dentro, já que que não dá para buscarmos soluções prontas lá fora.

Está na hora de deixar as vaidades e as certezas de lado, olhar para a frente e não pelo retrovisor. Se Obama e Raul Castro conversaram e conseguiram chegar a um acordo entre Estados Unidos e Cuba, por que diabos Lula e FHC, ainda as nossas duas maiores lideranças políticas, não podem pelo menos tentar um diálogo em torno da reforma política, para dar o exemplo? Será necessário chamar o papa Francisco para servir de intermediário, como fizeram Castro e Obama?

Está na hora de pararmos de tratar adversários como inimigos, da política ao futebol, sermos mais generosos com os que pensam diferente, não dividirmos o mundo entre aliados incondicionais e traidores safados, termos a grandeza de admitir nossos próprios erros, em lugar de só busca-los nos outros.

Está na hora de voltarmos a acreditar nas nossas instituições, por mais que elas estejam em frangalhos, reconstruindo-as, pois todos temos responsabilidade pelo país que deixaremos para nossos filhos e netos.

Está na hora de todos fazermos alguma coisa nos limites da nossa capacidade e não nos deixarmos vencer pelo desânimo, em vez de ficarmos nos lamentando pelos cantos, buscando culpados, porque isso não vai nos trazer água de beber nem luz para iluminar nossas esperanças.

Vida que segue.
Herculano
07/02/2015 18:56
GILMAR MENDES É FLAGRADO EM ESCUTA TELEFÔNICA IMPRÓPRIA PARA UM MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E QUE DEVERIA AGIR COMO UM JUIZ

A reportagem está na revista Época, de O Globo, com este título: PF intercepta ligação de Gilmar Mendes para investigado no STF

Conversa foi gravada no dia em que o governador Silval Barbosa foi preso em flagrante; Ministro da Justiça também foi flagrado.

O texto é de Felipe Coutinho. Em 15 de maio do ano passado, o Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-­Geral da República, autorizou a Polícia Federal a vasculhar a residência do então governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, do PMDB, à cata de provas sobre a participação dele num esquema de corrupção. Cinco dias depois, uma equipe da PF amanheceu no duplex do governador, em Cuiabá. Na batida, os policiais acabaram descobrindo que Silval Barbosa guardava uma pistola 380, três carregadores e 53 munições. Como o registro da arma vencera havia quatro anos, a PF prendeu o governador em flagrante. Horas mais tarde, Silval Barbosa pagou fiança de R$ 100 mil e saiu da prisão. Naquele momento, o caso já estava no noticiário. Às 17h15, o governador recebeu um telefonema de Brasília. Vinha do mesmo Supremo que autorizara a operação.

"Governador Silval Barbosa? O ministro Gilmar Mendes gostaria de falar com o senhor, posso transferi-lo?", diz um rapaz, ligando diretamente do gabinete do ministro. "Positivo?, diz o governador. Ouve-se a tradicional e irritante musiquinha de elevador. "Ilustre ministro", diz Silval Barbosa. Gilmar Mendes, que nasceu em Mato Grosso, parece surpreso com a situação de Silval Barbosa: "Governador, que confusão é essa?". Começavam ali dois minutos de um telefonema classificado pela PF como "relevante" às investigações. O diálogo foi interceptado com autorização do próprio Supremo - era o telefone do governador que estava sob vigilância da polícia. Na conversa, Silval Barbosa explica as circunstâncias da prisão. "Que loucura!", diz Gilmar Mendes, duas vezes, ao governador (leia ao lado um trecho da transcrição da conversa). Silval Barbosa narra vagamente as acusações de corrupção que pesam contra ele. Gilmar Mendes diz a Silval Barbosa que conversará com o ministro Dias Toffoli, relator do caso. Fora Toffoli quem, dias antes, autorizara a batida na casa do governador. Segue-se o seguinte diálogo:

Silval Barbosa: E é com isso que fizeram a busca e apreensão aqui em casa.
Gilmar Mendes: Meu Deus do céu!
Silval Barbosa: É!
Gilmar Mendes: Que absurdo! Eu vou lá. Depois, se for o caso, a gente conversa.
Silval Barbosa: Tá bom, então, ministro. Obrigado pela atenção!
Gilmar Mendes: Um abraço aí de solidariedade!
Silval Barbosa: Tá, obrigado, ministro! Tchau!
sidnei luis reinert
07/02/2015 18:32
Gente, olha isto! E a data é de 01/02/2015. Se isto não é crime de lesa-pátria e merece impeachment, então eu não sei o que poder ser.

Vejam a data desse jornal e pasmem!

Dinheiro de nossos impostos indo para a Bolívia!!

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sidnei luis reinert
07/02/2015 18:19
De Ronaldo Caiado:

O índice de inflação disparou no primeiro mês do ano. Já temos no acumulado de 12 meses inflação acima de 7% e mais uma vez o teto da meta fixada pelo governo fica para trás. Na prática, o que o trabalhador sente no bolso são reajustes bem acima desses 7%. A batata teve alta de 50% em 12 meses e o feijão de 18% no mesmo período. O novo sistema de cobrança na conta de luz pode gerar aumento de até 83%, impacto que ainda vai ser sentido no índice de inflação. O povo convive com juros estratosféricos, e com altas sucessivas em produtos e serviços básicos, que não podem ser cortados. Por outro lado, Dilma nem cogita enxugar sua super-máquina governista com 39 ministérios. E o brasileiro vai pagando a conta e sentindo na carne o peso do pacote de maldades da presidente.

http://www.regiaonoroeste.com/portal/materias.php?id=110390
João João Filho de João
07/02/2015 15:02
Sr. Herculano:

Diz que o Rato Mor no discurso para a rataiada (não fez de improviso, leu), citou os mortos do ParTido (não aqueles que elles suicidaram),
por isso o Ratão não citou o nome de Celso Daniel.
É que elle não ia falar de corda em casa de enforcado.

No @DaniloGentili (ontem):
"Hoje podem sair na rua com jóias, relógio, etc. Risco 0 de assalto.
Tá rolando festa de 35 anos do PT.
Todo mundo lá comemorando".
Herculano
07/02/2015 14:54
JÁ VIMOS ESSE FILME, por Merval Pereira, para O Globo

Quando a nomeação de um Aldemir Bendine para presidir a Petrobras é considerada uma ação de resistência esquerdista da presidente Dilma, e aplaudida como tal pela militância partidária; quando o tesoureiro João Vacari Neto, acusado de desviar até U$ 200 milhões para o partido e levado coercitivamente a depor na Polícia Federal, é aplaudido pelos militantes, aí vemos que o caminho do PT está definitivamente obstruído pelos interesses internos, e ele não tem qualquer capacidade (ou vontade) de se reinventar.

Revendo um velho preceito jurídico que manda "na dúvida, a favor do réu", Lula disse: "Na dúvida, fique com o companheiro", já colocando indiretamente Vacari como réu nesse processo. Mais um tesoureiro do PT encalacrado com métodos nada ortodoxos de recolher doações políticas.

Delúbio Soares, de triste memória, achava que tudo terminaria em piada, e ele terminou na cadeia. Mas não abriu o bico, o que parece ser condição sine qua non para assumir essa tarefa partidária.

Não há mais volta nesse pântano em que o PT se encalacrou, e o que vier daí será apenas para aumentar o ridículo da situação, dar o tom escandaloso dessa tragicomédia em que nos meteram.

Quando a presidente Dilma Rousseff, a grande muda nesses dias de crises, sai de seus cuidados para dar posse no ministério das ações estratégicas a Mangabeira Unger, e fala da importância do pré-sal para nossa educação, aí vemos que ela está fora de órbita.

Fala de uma situação que já está superada pela conjuntura internacional, assim como, por exemplo, os sonhos megalômanos de Mangabeira Unger para os BRICS, ou o aqueduto para levar água do Amazonas para o nordeste.

Quando o ex-presidente Lula, como um Jim Jones aloprado, leva ao suicídio político seus seguidores repetindo na festa dos 35 anos do PT o mesmo discurso da festa dos 25 anos, em que o mensalão estava em evidência, vemos que o partido não saiu do lugar onde sempre esteve. Dez anos depois, o petrolão rebobina o filme para contar novamente a mesma história.

O PT manteve os mesmos instrumentos de fazer política que sempre usou, transformando o cenário brasileiro em uma baixa disputa sindicalista, em que valem todos os métodos para vencer, e em que o adversário torna-se inimigo e precisa ser destruído, não apenas derrotado.

Quando um executivo petista como Aldemar Bendini é visto como um adepto de políticas progressistas, e o que de mais progressista que se vê em sua biografia foi afrontar as normas internas do Banco do Brasil para conceder um empréstimo milionário para uma socialite deslumbrada, vemos que não há mais saída para esses que militam por uma causa que é apenas uma frase no programa partidário vazio.

Val Merchiori é a versão real de Dorinha, a socialite socialista de Luis Fernando Veríssimo. O progressismo representado pela nomeação de um Aldemir Bendini para presidir a Petrobras é uma tragédia tornada farsa pela repetição de um truque mal feito.

Ainda mais quando se constata que mesmo no atual Conselho de Administração houve votos contrários à sua nomeação, assim como os novos diretores receberam o veto de conselheiros. Os representantes dos minoritários foram atropelados pela maioria governista, que manteve sob controle a gestão da Petrobras, não para defendê-la do ataque dos privatistas, essa bobagem de militantes fora do eixo ou de má-fé, mas para blindar o Palácio do Planalto, repentinamente desguarnecido com a demissão antecipada de Graça Foster e parte de sua diretoria.

Bendine é o primeiro presidente da Petrobras desde que o PT chegou ao poder que não é filiado ao partido, mas tornou-se petista "de coração". Primeiro José Eduardo Dutra, depois José Sérgio Gabrielli, dois sindicalistas da área, e em seguida Graça Foster, o PT perdeu a condição política de indicar o substituto, e se preparava para abrir mão do controle da estatal para um executivo do mercado. Não foi por falta de convite, mas não apareceu ninguém interessado nesse emprego, com os problemas colaterais que ele traz consigo. Paradoxalmente, a recusa ajudou Dilma a buscar no seu entorno o substituto, dando uma saída política para a crise que se no momento interessa ao Palácio do Planalto, a médio prazo deve lhe trazer mais dores de cabeça.
Arara Palradora
07/02/2015 14:51
Querido, Blogueiro:

Até pouco tempo atrás, Zé Dirceu, André Vargas, Genoino ... erguiam os punhos e afrontavam tudo e todos.
Se era demonstração de força, não sei.
Só sei que comparado com a atitude delles na festa-velório dos 35 anos, é macambúzio.
Sem vermelho e rabo entre as pernas.
Agora querem se fazer de vítimas (estratégia delles), não faz eco nem mesmo entre os fanáticos da seita.

Voeeeiii...!!!
Herculano
07/02/2015 14:50
Aos professores de Gaspar providencial e propositadamente catequisados na sexta-feira para que não fiquem tão alienados como bem demonstrou Platão no Mito da Caverna

A PÁTRIA DESEDUCADORA, por Plácido Fernandes Vieira, no Correio Braziliense, de Brasília, neste sábado.

O Brasil ainda tem jeito? Temo que não. Houve um tempo em que os ladrões, inclusive os de colarinho branco, ficavam envergonhados quando eram pilhados em flagrante e seus nomes apareciam estampados nos jornais. Hoje, eles nem se constrangem mais. Pelo contrário. Seus roubos bilionários são denunciados num dia, e eles fazem festa no outro. Pior: são ovacionados como "heróis" do povo brasileiro. Saquear os cofres públicos, "em nome da causa" - sabe-se lá que "causa" - é revolucionário. Cobrar ética dos gatunos é reacionarismo, udenismo, golpismo, coisa de direita.

Ainda esta semana, ao prender novos integrantes da quadrilha que afundou a Petrobras, um dos procuradores que investiga a roubalheira se disse estarrecido: o esquema criminoso, disse ele, continua a desviar recursos da estatal e de suas subsidiárias até hoje! É um poço sem fundo de maracutaias na companhia que era orgulho nacional. Estimativas da própria petroleira indicam que as perdas com corrupção e má gestão chegam a superar R$ 86 bilhões. E o Planalto fez de tudo para esconder esse número, que só veio à tona graças à pressão de acionistas minoritários que têm assento no conselho da empresa. É dinheiro demais. Faça as contas: bastavam R$ 6 bilhões para tirar o GDF do maior buraco da história!

Na "pátria educadora", onde professores ganham uma miséria e as escolas públicas estão sucateadas, um ex-gerente da Petrobras que fez acordo de delação premiada promete devolver US$ 100 milhões aos cofres públicos. Ele confessou à Justiça que o PT recebeu até US$ 200 milhões desviados da estatal. A conta parece subestimada. Afinal, só ele, que era um reles gerente, levou ao menos metade da bolada! Outro, um executivo de empreiteira, afirmou que uma das formas de lavar o dinheiro roubado era fazendo "doações legais" ao PT. O partido, claro, refuta todas as acusações.

Aos delatores, cabe provar tudo o que dizem. Pelo acordo de delação, eles não podem mentir. Caso não falem apenas a verdade, perderão o benefício de redução da pena. As denúncias são gravíssimas. Se for confirmado que dinheiro roubado da Petrobras foi parar na campanha de Dilma, a temperatura política no Brasil este ano vai subir, ainda que a oposição ao governo quase não exista. Só não subirá mais, claro, do que o preço da gasolina e da tarifa de energia elétrica. Quer apostar?
Juju do Gasparinho
07/02/2015 14:20
Prezado Herculano:

"O canalha reapareceu em grande estilo".
Do Blog do Manoel (aquele que eu adoro porque considera o politicamente correto uma hipocrisia).


"LuLLa reapareceu à portas fechadas, sem a presença da mídia terrorista, bem no seio de seu Partido-Quadrilha que completa hoje 35 anos de intensa e produtiva roubalheira da grana pública e, como de costume, deitou falação.

LuLla quer seus traficantes de grana ocupando as ruas para defender o indefensável. A Operação Lava-jato vai mostrando, CHEIA DE DOCUMENTOS, que LuLLa é o grande chefe de uma quadrilha de assaltantes cínicos que fizeram da Petrobrás um paraíso de ladrões.

LuLLa está apavorado. Dona Dilma está apavorada. Todo o Partido está apavorado diante do que ainda pode vir da Lava-jato.
LuLLa sabe que será enfiado na lama da Petrobrás. Dona Dilma sabe que será enfiada na sujeira que ocorreu, por 12 anos, debaixo da saia que cobre seu roliço corpinho. O Partido-Quadrilha de LuLLa sabe que, desta vez, o bicho vai pegar, como recentemente vaticinou um padrequinho safado.

LuLla quer a militância na rua, enquanto se esconde da imprensa e do povinho, até aqui babaca, que glorificou este meliante contumaz. Dona Dilma quer Bendini na Petrobrás achando que não será atropelada por este tsunami chamado Operação Lava-jato.

Em 2005 a oposição de merda que tínhamos e ainda temos, não teve coragem para pedir a cassação do Registro desta quadrilha de vagabundos, mesmo LuLLa tendo assumido o crime de Caixa 2, que Carmem Lúcia num rasgo de senso de dever classificou como crime grave, direto de Paris naquela entrevista maluca concedida para um reporter que nunca tinha publicado uma miserável reportagem, denunciando uma farsa bem montada pelo miserável falecido Bastos.

Desta vez a coisa será um tiquinho diferente. Existem provas, aos montes, que o Partido-Quadrilha de LuLLa assaltou a Petrobrás. Existem provas suficientes que Dona Dilma, essa Anta Maldita, sabia de toda a roubalheira ocorrida na Petrobrás. Existem provas concretas de que LuLLa também sabia de tudo e, em alguns casos, negociou pessoalmente a propina que seria paga diretamente ao seu partido-Quadrilha de LuLLa e, ANOTEM EM SUAS AGENDAS:

EXISTEM PROVAS DE QUE TANTO LULLA, QUANTO DONA DILMA, SE BENEFICIARAM PESSOALMENTE DA ROUBALHEIRA.

LuLLa está se cagando de medo. Dona Dilma está com a calcinha, tamanho 280, cheia do recheio comum ao medo incontrolável e o Partido-Quadrilha de LuLLa está desnorteado por que sabe que terá seu registro cassado POR ROUBO.

LuLLa sempre conduziu o PT com mãos de ferro, mas nunca, como agora, o PT tinha dotado a cara de LuLLa. Os modos de LuLLa, O jeito de LuLLa. A vulgaridade de LuLLa. O lado ladrão de LuLLa.

Hoje sim. LuLLa é o PT e o PT, finalmente, É LULLA.

Uma quadrilha com a cara de seu chefão".
Herculano
07/02/2015 13:50
O QUE O PROFESSOR MÁRIO GADOTTI VEIO FAZER AQUI EM GASPAR NA ABERTURA DO ANO LETIVO? SE NÃO FOR UM PALANQUE IDEOLÓGICO A FAVOR DO PT, FOI LAVAGEM NAS CABEÇAS DOS PROFESSORES. É ASSIM QUE AS NOSSAS CRIANÇAS EMBURRECEM E QUANDO ADULTOS NÃO SÃO CAPAZES AO DISCERNIMENTO

Complemento II

Ontem na abertura do ano letivo fiz mais uso do celular do que prestei atenção na pior (palestra da história). Comentei com alguns professores e amigos durante e após o circo que ontem foi armado, sobre o que estava ocorrendo. Muitas das vezes foi necessário ir tomar um copo de água, me ausentei porque ali estávamos falando em educação e não em propaganda política. O momento épico foi quando um tal vereador teve audácia de pegar o microfone e proferir absurdas palavras inconveniente com o momento. E o pior de tudo é um grupo de inteligentes PROFESSORES aplaudir esse lamentável vereador.

Quem escreveu isto no facebook? Igor de Souza. Vergonha.

Volto. O que os professores praticam nas salas de aulas em Gaspar? Catequese, lavagem ideológica ou pedagogia, transmissão de conhecimento?
sidnei luis reinert
07/02/2015 12:28
Culpa do Ferreirinha $$$$$$$$$

O motorista Sebastião Ferreira da Silva, que trabalhou para Bendine durante seis anos, revelou à procuradora federal Karen Kahn que realizou vários pagamentos em dinheiro vivo a pedido do presidente do BB.

O motorista também testemunhou ter visto Bendini carregar sacolas de dinheiro para encontros com empresários.

Um caso concreto, relatado por Ferreirinha, envolve a entrega de uma bolsa lotada de maços com notas de R$ 100 ao empresário Marcos Fernandez Garms, em um conjunto comercial onde, coincidentemente, também funcionam escritórios da Rede Record.



Mera coincidência?

?Ferreirinha? também dirigiu para a melhor amiga de Luiz Inácio Lula da Silva, a poderosa Rosemary Nóvoa Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, investigada por tráfico de influência.

Foi o então presidente do BB, Aldemir Bendine, quem ajudou a escolher onde funcionaria o escritório paulista da Presidência, em um andar da sede do BB.

Bendine atendeu aos pedidos do ex-presidente Lula e de sua amiga Rosemary.

Foi por influência e amizade com Bendine que Rose também emplacou o ex-marido como suplente de conselheiro na Brasilprev ou seguradora Aliança.
sidnei luis reinert
07/02/2015 12:27
Bendine emplaca diretor financeiro da Petrobras, Lava Jato deve alvejar 33 políticos, e General tira time da APO


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Tudo indica que serão 33 políticos com direito ao absurdo foro privilegiado a serem indiciados pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro Teori Zavascki, que cuida dos processos da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal. A quantidade de crucificáveis (que apenas por coincidência tem a ver com a famosa idade de Cristo) já vaza, discretamente, nos altos bastidores do Judiciário. A dúvida agora é se a denúncia ocorrerá antes ou depois do carnaval. Já tem graúdo com a folia apertadinha no Detrito Federal e adjacências. O Palhasso do Planalto está rasgando a fantasia...

Ainda mais porque agora surge um sinal concreto de crise militar. O presidente da Autoridade Pública Olímpica, General de Exército Fernando Azevedo Silva, pediu exoneração do cargo, no final da tarde de ontem, no Palácio do Planalto. A saída de Azevedo ganha tons de crítica porque ele é um General de quatro estrelas na ativa, membro do Alto Comando do Exército. O afastamento coincide com a posse do novo comandante da Força Terrestre, General Eduardo Villas-Bôas, que indicará alguma outra missão chave para Azevedo que cuidava, na APO, de um setor estratégico: a área de inteligência em telecomunicações da Presidência da República. O General Azevedo será trocado pelo tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva.

Como era esperado, o mercado recebeu pessimamente a indicação de Aldemir Bendine para presidir a Petrobras. O ponto mais forte dele é ser amigo de confiança do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo indica que a Presidenta Dilma Rousseff teve de engolir o nome de Bendine - que é alvo de uma investigação sigilosa do Ministério Público Federal, por indícios de lavagem de dinheiro. Com esta indicação, Dilma, que já tinha literalmente perdido a Graça (sua amiga pessoal), cometeu um suicídio político.

Mais danosa para a Petrobras foi a decisão do Conselho de Administração, na reunião ocorrida ontem em São Paulo, de indicar novos diretores apenas para inglês ver. Caiu a cúpula anterior, mas a nova, por lógica elementar, tem a mesma influência exercida em claro abuso de poder pelo acionista majoritário, o governo da União. A empresa deixou claro que os nomeados agora são "interinos". Na versão governamental, o novo presidente Bendine terá carta branca para compor sua diretoria. Os temporários, que vão segurar a bucha dos efeitos negativos do Petrolão, são técnicos, funcionários de carreira da empresa, e ocupavam o segundo posto em cada diretoria trocada. Exceto na de Finanças.



Bendine tende a herdar, ao menos no primeiro momento, a missão mais tortuosa que ficava sob responsabilidade de um dos mais poderosos diretores da empresa, sobrevivente da Era Lula-José Sérgio Gabrielli (quando se intensificou a corrupção com as verbas da Petrobras) e que reinou, com toda força, na gestão Dilma-Graça Foster. Bendine terá de cuidar da rolagem diária da bilionária dívida da petrolífera que era feita pelo poderoso Almir Guilherme Barbassa. O substituto dele é gente de confiança de Bendine e da cúpula petista: Ivan de Souza Monteiro, que deixa a vice-presidência de gestão financeira e de relações com investidores do Banco do Brasil, cargo que ocupava desde 2009, quando Bendine assumiu o comando do BB.

Nas demais diretorias, houve uma "herança" temporária dos cargos. Na de Exploração e Produção, Solange da Silva Guedes, atual gerente executiva de exploração e produção corporativa, assume a cadeira do demitido José Formigli. Na diretoria da Abastecimento, quem entra é Jorge Celestino Ramos, atual gerente executivo de logística e abastecimento, no lugar do detonado José Cocenza (que sucedeu o delator premiado Paulo Roberto Costa). Na área de Gás e Energia, o novo diretor é Hugo Repsold Júnior, que atuava na gerência de executiva de gás e energia corporativa.

Quem vai virar motivo de piadinhas é o novo diretor de Engenharia. O motivo é seu sobrenome - Moro - o mais temido atualmente pelos corruptos que afanaram a Petrobras. O nome do substituto de José Antônio de Figueiredo é Roberto Moro. O engenheiro não tem qualquer parentesco com o juiz Sérgio Fernando Moro, titular da 13a Vara Federal em Curitiba, o Homem de Gelo que toca o horror na Lava Jato. Roberto Moro era o gerente executivo de engenharia para empreendimentos submarinos. Dificilmente escapará da gozação infame atribuída a petistas ufanistas: "Dilma é tão corajosa que nomeou até o Moro para uma diretoria na Petrobras"...

Piada menos sem graça que esta é o fato concreto de que, através de Bendine, o chefão Luiz Inácio Lula da Silva volta a dar as cartas na Petrobras, pelo menos até o momento do tão aguardado "Juízo Final" do Petrolão. Agora começa a ficar claro que a Petrobras pode ser considerada a empresa do Milênio - ou do BB Milenium 6 (fundo que investidores exigem uma apuração profunda sobre sua distribuição de lucros).

O consenso é que já passou da hora de dar um basta à organização criminosa que há 13 anos se locupleta da Pátria em nome de uma governança de seus próprios interesses. No entanto, tal movimento saneador não surtirá efeito completo, caso não se repense e mude o modelo de Estado no Brasil. A corrupção é efeito do modelo, e não a causa originária dos problemas de gestão pública.

No atual sistema capimunista tupiniquim, não adianta promover impeachment da nazicomunopetralhada. Outros bandidos do mesmo ou pior quilate surgirão para a substituição que dará continuidade ao modelo estatal improdutivo, perdulário, moedor de gentes e recursos, com todo um aparato autoritário, repressivo, que persegue e não protege o cidadão. É este Brasil do atraso que precisa ser passado a limpo, imediatamente.
Aurélio Marcos de Souza
07/02/2015 12:21
Herculano, hoje lendo a enxurradas de noticias dos semanários e diários nacionais, muitas das matérias aqui repristinadas.

Reafirmo o que sempre disse e nunca escondi de ninguém, que a Petrobras nunca foi e não é uma boa escola para adquirir experiência de gestão pública.

Se a escola foi ou é a Petrobras, o candidato merece ser reprovado para assumir qualquer coisa, muito menos ser gestor público.
Herculano
07/02/2015 10:27
O QUE O PROFESSOR MÁRIO GADOTTI VEIO FAZER AQUI EM GASPAR NA ABERTURA DO ANO LETIVO? SE NÃO FOR UM PALANQUE IDEOLÓGICO A FAVOR DO PT, FOI LAVAGEM NAS CABEÇAS DOS PROFESSORES. É ASSIM QUE AS NOSSAS CRIANÇAS EMBURRECEM E QUANDO ADULTOS NÃO SÃO CAPAZES AO DISCERNIMENTO

Ontem pela manhã tivemos uma palestra para abertura do ano letivo municipal com o professor Moacir Gadotti, diretor do instituto Paulo Freire em São Paulo. Ele tem um currículo renomado.

Durante a palestra só elogios para a "presidenta Dilma" (assim ele falou), referente a Pátria Educadora e criticou a mídia por enaltecer apenas o lado negativo de tudo. Frisou muito o modelo de governo participativo, que acontecem coisas muito erradas em outros lugares onde não há a participação popular (o modelo do PT). Sobre a participação das elites partidárias com discursos populares nos roubos e corrupção, nada falou.

Parecia mais um palanque para defender o governo do PT e condenar a mídia.

A fala da mídia já começou quando a secretária Marlene Almeida, a que teve envolvida no caso de nepotismo e por isso a sua ira, disse que o vídeo institucional que a educação fez deveria passar em rede nacional e não só as coisas negativas que eles (imprensa) mostram. ainda bem que essa gente reconhece que existem "coisas negativas" no PT, mas que devem ser escondidas do povo e explorada se forem na oposição

Um presente ficou encucado. Conversou com outra pessoa que é bem neutra e muito esclarecida para saber se que tinha entendido errado, ela disse: "Parece que foi uma palestra encomendada". No face quase ninguém comentou nada, não há elogios e apenas duas professoras criticaram. Muitos professores estão em dúvida: era uma palestra ou um comício?

O vereador e presidente do PT de Gaspar, o campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, estava representando o presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP. Ano final fez discurso em defesa do governo Pedro Celso Zuchi e Dilma Vana Rousseff, ambos do PT. Ficou inspirado pela palestra, ele mesmo afirmou.

Decepção, quando o que está em discussão é a educação e a forma de inserir crianças na didática e no conhecimento. Preferem a catequese, o aparelhamento e a unilateralidade.

São estas pessoas que eliminaram os dias dos pais, das mães nas escolas, são contra a igreja mas em tempo de votos, estão todos eles lá nas evangélicas pentecostais que dizem ser um reduto do conservadorismo, e nas eclesiais de base da Católica. Foda-se o ideário progressista. O importante é enganar e continuar no poder.

Eles dizem que no lugar do dias das mães, dos pais, coisa inventada por gente retrógada, conservadora e que só serve ao comércio (mas pelo Petrolão o que se vê é outra afirmativa falsa) se deveria guardar o dia dos cuidadores em nome de uma minoria que eventualmente não tem pai conhecido ou mãe desalmada. Eles pensam que somos todos imbecis e eles babás que nos limitam, intimidam e nos exigem obedientes sem que se possa dialogar e discordar.

Diante do que se passou na palestra, uma maioria de professores está em silêncio. Uma para não sofrer retaliações, outra porque não quer se incomodar, outra porque ficou satisfeita. E quem vai perder? Os alunos. Antes de encerrar: o Sitnraspug também em silêncio. Acorda, Gaspar!
Herculano
07/02/2015 07:19
DILMA E LULA TÊM DE DEIXAR DE LADO A COVARDIA E DE DEFENDER A ROUBALHEIRA DE PEITO ABERTO. OU: CORAGEM, PETISTAS! GANHEM AS RUAS EM DEFESA DO ASSALTO À PETROBRÁS. NÃO SE ESQUEÇAM DE PEDIR O APOIO DE MARCOLA, DO PCC!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva são dois covardes. Deveriam ter a coragem de defender, de peito aberto, a roubalheira na Petrobras. Deveriam deixar claro que os "nossos (deles) ladrões" são diferentes dos ladrões dos outros. Deveriam ser didáticos e explicar ao povo brasileiro que, quando o PT assalta os cofres públicos, está fazendo um bem ao país e à humanidade.

Mas não! Preferem sair atacando inimigos imaginários. Nesta sexta, o partido fez em Belho Horizonte a festa dos seus 35 anos. Estava todo mundo lá, incluindo João Vaccari Neto. Um mínimo de bom senso, só um pouquinho, recomendaria que, durante o discurso da presidente ao menos, o tesoureiro do partido se retirasse do salão. Mas ele ficou. Todos ali, inclusive Dilma, conhecem o trabalho de Vaccari?

Comento primeiro a fala da presidente. Segundo ela, os que erraram têm de pagar. Não me diga! Mas, em seguida, engatou a ladainha habitual: haveria um movimento golpista no país. É mesmo? Onde ele está? Quais são as forças de que dispõe? A que instrumentos recorreria? A quais armas? Não há golpismo nenhum! A presidente está é com medo.

Dilma sabe que a Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade - também chamada de Lei do Impeachment -, a espreita. A esta altura, se ainda faltam, se é que faltam, evidências da atuação dolosa da presidente no escândalo da Petrobras, a atuação culposa está escancarada. Um vídeo de 2009, Dilma ataca a criação de uma CPI para investigar a Petrobras e assegura a excelência do sistema contábil da empresa. Como chefe da Casa Civil, ministra do PAC e presidente do Conselho da Petrobras, a sua obrigação funcional era mandar investigar as denúncias, parte delas nascida de relatórios do TCU que apontavam, por exemplo, superfaturamento na refinaria Abreu e Lima.

Não é que Dilma apenas tenha deixado de atuar. Não! Já na Presidência da República, recontratou Nestor Cerveró, que havia deixado a Petrobras. Golpe, minha senhora, foi ter esmagado a CPI em 2009 e, mais duas vezes, em 2014. Para que nada fosse investigado. Golpe é dilapidar o patrimônio do povo brasileiro. Aplicar uma lei democrática é só exercício do estado de direito.

Lula
O falastrão, que andava sumido, deu as caras na festança. Contou, como de hábito, uma mentira clamorosa: disse que o PT está ficando igual aos outros partidos. Errado! Nunca houve nada igual na República. Exercitando um cinismo asqueroso, voltou seu dedo acusador contra a oposição e a imprensa. Disparou: "Não se incomodam com o prejuízo que causaram à Petrobras e ao Brasil. Eles vão prestar contas à história".

Uau! Viram só? Não é seu amigo "Paulinho? (Paulo Roberto Costa) quem causa prejuízo à Petrobrás. Não é José Sérgio Gabrielli. Não é Renato Duque. Não é a quadrilha que se instalou na estatal em sua gestão. Segundo o Babalorixá de Banânia , prejudicam a Petrobras os que pretendem que os ladrões sejam enviados à cadeia.

E, ora, ora? Ele expressou a sua indignação com a forma como Vaccari foi levado para depor. Lula continua fiel a esta máxima: "Aos amigos tudo, menos a lei; aos inimigos, nada; nem a lei". E conclamou que os "companheiros" saiam às ruas. É???

Coragem, petistas! Organizem uma manifestação na Avenida Paulista em defesa dos assaltantes. Convoquem uma passeata em apoio aos bandidos. Não se esqueçam de pedir apoio ao PCC. Se é que o partido do crime aceita se misturar com o partido do crime.
Herculano
07/02/2015 07:12
PETISTA JOÃO PAULO DEVOLVE R$ 536 MIL DO MENSALÃO. AGORA ELE ESPERA PODER CUMPRIR PARTE DA PENA EM CASA

O texto é de Severino Motta, da sucursal de Brasília para o jornal Folha de S.Paulo

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) devolveu à União os R$ 536 mil que desviou dos cofres públicos e o levou à condenação de 6 anos e 4 meses por peculato e corrupção no processo do mensalão. Com isso, ele espera obter o direito de cumprir o restante de sua pena em prisão domiciliar.

No ano passado, diversos condenados do mensalão, entre eles José Dirceu e Delúbio Soares, foram autorizados a cumprir o resto de suas penas em prisão domiciliar.

O benefício se deu uma vez que eles estavam presos em regime semiaberto e já haviam cumprido um sexto de suas penas, o que lhes garantia a progressão. Além disso, também haviam pago as multas aplicadas no processo.

No caso de Cunha, além da multa também lhe foi imposta a necessidade de devolver o dinheiro desviado.

Cunha havia tentado progredir de regime sem devolver o dinheiro, o que foi negado pelo relator do processo no Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.

Devido ao pagamento, divulgado nesta sexta (6), Barroso enviou o processo ao procurador-geral Rodrigo Janot, que deverá opinar se João Paulo Cunha deve ou não progredir para o regime de prisão domiciliar.
Herculano
07/02/2015 07:08
DILMA TEM PRESSA: O DIÁLOGO DELA COM RENAM SOBRE O NOVO MINISTRO DO STF, por Reinaldo Jardim, de Veja

Com o petrolão espalhando óleo sujo para tudo quanto é lado, sobretudo para os lados do PT e de partidos aliados ao seu governo, Dilma Rousseff sabe que não é hora de deixar vaga uma cadeira no STF - e lá há uma vazia desde julho passado, quando Joaquim Barbosa pediu o boné. É no STF que muito do que o país está vendo hoje estarrecido será decidido.

Na quinta-feira passada, em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, no Palácio do Planalto, Dilma foi direto ao ponto: "Se eu mandar para o Senado um nome para o STF, ele será aprovado em quanto tempo?". Respondeu Renan de bate-pronto e, também, sem rodeios: "Depende do nome, presidente". E mais não se conversou sobre o assunto.

Ou seja, Dilma não adiantou ali quem ela pretende indicar.
Herculano
07/02/2015 07:04
CORPO DE DELITO, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo para o jornal Folha de S.Paulo

Dilma desperdiçou a chance de queimar sua bandeira mais querida, apontando um homem de preto para resgatar a Petrobras

Joaquim Levy é um homem de preto; Aldemir Bendine, não. Ao nomear Levy, Dilma Rousseff abdicou do comando da política econômica. A escolha de Bendine, pelo contrário, indica que Dilma não queimou todas as bandeiras. O executivo subserviente ao Planalto, alçado à presidência do BB por Lula, não equivale a Sergio Gabrielli, mas é algo como uma Graça Foster sem a experiência no setor petrolífero. A presidente almeja conservar o controle direto sobre a Petrobras. Ela não compreende a raiz da crise - e ainda imagina que pode ter um almoço grátis.

Gabrielli, o anjo que presidiu a Petrobras entre 2005 e 2012, desfiou a versão lulopetista sobre a crise. Ao jornal "Valor", o "amigo do povo" disse que a oposição inflaciona episódios periféricos de corrupção com as finalidades destruir a estatal e abrir o pré-sal à exploração gananciosa das empresas petrolíferas internacionais. O jornalismo oficialista reproduz a essência do diagnóstico fantasioso, com a prudente ressalva ocasional de que, talvez, a corrupção seja mais que insignificante. A opção por Bendine evidencia a adesão de Dilma a esse conto de fadas.

Na entrevista de Gabrielli, existe uma noz de verdade: por maiores que sejam, os números do "petrolão" empalidecem sobre o pano de fundo da movimentação financeira da Petrobras. Os desvios de bilhões de dólares em contratos superfaturados, abastecimento de partidos e formação de patrimônios privados catalizaram o desenlace, mas o colapso financeiro da estatal estava escrito nas estrelas. A sua raiz encontra-se na diretriz política definida pelos "amigos do povo" desde, pelo menos, a descoberta das jazidas do pré-sal. A Petrobras ingressou em espiral falimentar porque metamorfoseou-se de empresa pública em ferramenta do neonacionalismo reacionário.

O crime, premeditado, foi cometido em meio aos acordes do verde-amarelismo balofo e entre imagens de Lula e Dilma com macacões laranja e as mãos sujas de petróleo. No corpo de delito, destacam-se os superinvestimentos no pré-sal, a sangria de capital provocada pela política de conteúdo nacional, a diversificação improdutiva e, por fim, os subsídios embutidos nos preços de combustíveis. A corrupção aparece na cena do crime, mas apenas como um detalhe significativo: a chave de decifração das alianças de negócios entre o lulopetismo e as grandes empreiteiras.

A Petrobras dos "amigos do povo" deveria monopolizar os campos do pré-sal, estender as operações de baixo retorno em refino, transporte e petroquímica, estimular a produção interna de plataformas e equipamentos, além de corrigir os desequilíbrios inflacionários da "nova matriz econômica". O delírio ufanista, sustentado por preços do barril superiores a US$ 100, desmanchou-se no compasso da reversão do ciclo do mercado petrolífero. Enquanto assenta-se a poeira de uma mentira persistente, despontam os esqueletos brancos de uma dívida monumental, de refinarias perdulárias, do casco destroçado da Sete Brasil e de um balanço sem assinatura.

Dilma teve meses para refletir sobre o fracasso, mas preferiu o caminho da negação. Na hora decisiva, desperdiçou uma última oportunidade de queimar a sua bandeira mais querida, apontando um homem de preto para resgatar a estatal, que continua a possuir excepcionais competências na prospecção e extração de petróleo em águas profundas. A seleção de Bendine atesta o poder encantatório da ideologia. Tanto quanto sua amiga Graça Foster, Dilma acredita no oportuno conto de Gabrielli - e ilude-se imaginando que o cortejo macabro dos Costas, Duques e Baruscos não passa de um infortúnio casual.

Na esfera do Direito, discute-se se o impeachment requer dolo ou apenas culpa. Na arte da política, sabe-se que uma condição necessária é a perda da legitimidade para governar. Deve ser por isso que Eduardo Cunha anda todo pimpão.
Herculano
07/02/2015 07:00
HOMEM CERTO NO LUGAR CERTO: PRESIDENTE DE BANCO QUE ESCONDE DINHEIRO EM CASA VIRA COMANDANTE DA PETROBRÁS DO PETROLÃO, por Augusto Nunes, de Veja

Em 28 de agosto de 2014, o país ficou sabendo que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, guarda dinheiro vivo em casa desde que virou figurão do mundo das finanças. O estoque de cédulas é de dar enfarte em escriturário: na declaração ao Fisco referente a 2012, por exemplo, ele calculou em R$ 280 mil a reserva doméstica.

Um presidente de banco que prefere esconder sob o colchão o que poderia aplicar na instituição que dirige não merece dirigir sequer um carrinho de cachorro-quente. Mas não é tudo. Dois dias depois, as investigações sobre a origem dessa e de outras boladas ainda engatinhavam quando aumentou a suspeita de que o gabinete reservado ao presidente do BB talvez hospedasse um caso de polícia.

Em 30 de agosto de 2014, numa reportagem de página inteira, a Folha de S. Paulo informou que Bendine também andou distribuindo dezenas de malas atulhadas de cédulas. A revelação foi feita por Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, ex-motorista do Banco do Brasil. Nesta sexta-feira, por decisão de Dilma Rousseff, o investigado por essas (e muitas outras) histórias mal contadas foi promovido a presidente da Petrobras do Petrolão.

Aldemir Bendine agora comanda a estatal devastada pela maior roubalheira de todos os tempos. Parece o homem certo no lugar certo.
Herculano
07/02/2015 06:51
PEPE VIROU MINISTRO DA "DESARTICULAÇÃO POLÍTICA", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A agenda de compromissos do ministro Pepe Vargas, responsável pelo relacionamento com parlamentares, diz muito da desarticulação do governo Dilma no Congresso. Na quarta-feira de ebulição, quando a oposição emplacava nova CPI da Petrobras na Câmara, e no Senado quebrava o pau entre governistas e oposicionistas, a agenda de Vargas não registrou durante o dia qualquer encontro com parlamentares.

Mico federal
A desarticulação política do governo ficou demonstrada durante a vitória de Eduardo Cunha na disputa pela presidência da Câmara.

Sem credibilidade
Os políticos não levam Pepe Vargas a sério porque não acreditam que, como os antecessores, seus compromissos sejam honrados por Dilma.

Blindagem
No Congresso, atribui-se a presença de Vargas no governo a um gesto da velha amiga Dilma, para sinalizar que ele está sob sua proteção.

Caso Pronaf
Pepe Vargas era ministro do Desenvolvimento Agrário e escapou de mal explicado escândalo de corrupção com recursos do Pronaf.

MÁFIA USA ANDERSON SILVA PARA DESACREDITAR UFC
Anderson Silva pode ter sido vitima de manobras da máfia italiana de Las Vegas, que controla o milionário negócio do boxe, nos Estados Unidos, e entidades como a Comissão Atlética, responsável por exames antidoping e pela imposição de regras do UFC como os cinco rounds, antes inexistentes, luvas e árbitros que lhe são obedientes. O boxe e o UFC se submetem à máfia porque as lutas em Las Vegas são mais rentáveis. A informação é de empresários do setor a esta coluna.

Negócio privado
Nos EUA, o UFC, como o boxe, e as entidades que os regulamenta, são privados. A máfia italiana quis assumir o UFC sem pagar por isso.

Mundo cão
A máfia exigiu 51% do UFC. Os donos da modalidade não cederam, e desde então a máfia tenta desacreditar suas lutas e seus campeões.

Tudo combinado
No boxe, o exame que negativou "Spider" não é doping. Exames no boxe são agendados meses antes. No UFC, são sempre de surpresa.

Fundo do poço
O Itamaraty começa a perder a memória do governo Dilma. O "Boletim Diário" desta sexta (6), informa que o Departamento de Comunicações e Arquivos já não tem recursos humanos e operacionais para receber os documentos enviados de suas unidades para o Arquivo Central.

Quase oposição
O senador gaúcho Lasier Martins (PDT) garante que não foi um dos votos que traiu Luiz Henrique (PMDB-SC) na disputa pela presidência do Senado contra Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele votou contra até a composição da Mesa Diretora, apesar da orientação do seu partido.

Palavra de advogado
Advogado do megadoleiro Alberto Yousseff, Antônio Figueiredo Basto considerou "nitroglicerina pura" o depoimento de Pedro Barusco, que acusou o PT de receber até US$ 200 milhões de propina da Petrobras.

Roubo é mais que "um BB"
A Petrobras desvalorizou mais que um Banco do Brasil após o roubou à estatal: o rombo ultrapassou os R$ 88 bilhões segundo Graça Foster, ex-presidente da estatal; o BB tem valor de mercado de R$ 57,9 bilhões.

Quase milagre
Parlamentares ironizam que Dilma conseguiu feito histórico: uniu o PMDB em torno da ideia de "destruir" Gilberto Kassab, e fez com que diretores da Petrobras e Graça Foster renunciassem numa tacada só.

Partilha justa
Deputados do PSDB cobraram do novo líder, Carlos Sampaio (SP), que adote a postura do antecessor Antônio Imbassahy (BA), dividindo "democraticamente" relatorias e titularidade de comissões e de CPIs.

Só deu novato
Os deputados de primeiro mandato fizeram sessão de "selfies" esta semana no Congresso durante a interminável leitura da mensagem presidencial, na segunda-feira, e a estreia dos discursos na Tribuna.

Mudança no Sul
No cargo há 12 anos, Francisco Signor, chefe gaúcho do Ministério da Agricultura, deve rodar. Além de se indispor com fiscais agropecuários, é acusado de atuar no ramo de transporte de alimentos. Foi até citado no inquérito civil 218, aberto em 2013 pelo Ministério Público Federal.

Pensando bem?
? a substituição de Graça Foster por Aldemir Bendine no comando da Petrobras, submersa no escândalo do Petrolão, é como trocar seis por meia dúzia? de bilhões.
Herculano
07/02/2015 06:44
A SOLUÇÃO PETISTA, por Igor Gielow para o jornal Folha de S.Paulo

Como seria previsível, o PT na sua festa de 35 anos ofertou ao governo Dilma a saída da radicalização para enfrentar a crise existencial que se abate sobre o partido e sua gestão na esfera federal.

Seus caciques defenderam João Vaccari Neto, o tesoureiro mais do que suspeito segundo a Polícia Federal apura, e o próprio acusou o famoso golpe das elites contra o probo governo dos trabalhadores ao ser apontado como parte da gatunagem que assola a Petrobras.

É uma furada. Um filme velho que remonta a 2004, quando na comemoração dos 24 anos do petismo foi feita a defesa de José Dirceu, acertado pelo petardo Waldomiro Diniz (o seu faz-tudo no Congresso, pego cobrando propinas, sempre elas).

A narrativa ganhou corpo em 2005, com a reação à revelação do mensalão. "Todo mundo faz caixa 2", disseram Lula e o PT. O STF não comprou a balela e a cúpula do partido, Dirceu à frente, foi parar na cadeia.

O que ouvimos de Lula e companhia agora? Que o financiamento de campanhas pelas empreiteiras investigadas no escândalo da Petrobras era legal e para todos os partidos, como se o PT e aliados fossem virgens a passear em um prostíbulo.

Há duas mistificações aqui. Empreiteiras doam para todo mundo, só que dão mais para quem está no poder e pode usar de esquemas de favorecimento. A graça da história é que a Lava Jato descobriu que propinas foram dadas dentro da lei.

A segunda observação peca pela obviedade. Ainda que grana suja tenha abastecido aqui e ali partidos de oposição, o grosso absoluto do apurado aponta para o PT e os seus. A oposição não indicava diretores corruptos na Petrobras.

Ao indicar Aldemir Bendine para descascar o abacaxi gigante da Petrobras, Dilma mostrou-se sozinha em suas opções. Resta saber se daqui para a frente ela irá seguir o receituário petista do negativismo e correr o risco de isolar-se ainda mais.
Herculano
07/02/2015 06:39
IMBECIS

"Se algo de concreto vier a ser encontrado, se alguém tiver traído a nossa confiança, que seja julgado e punido dentro da lei, porque o PT, ao contrário dos nossos adversários, não compactua e nem compactuará com a impunidade de quem quer que seja."

Esta afirmação é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e presidente de honra do PT, ontem a noite na comemoração dos 35 anos do partido.

Traduzindo o que ele disse:

Os brasileiros são uns imbecis, o Ministério Público é calhorda, a Polícia Federal bandida, a Justiça um antro de sacanagens e a imprensa uma puta de esquina por qualquer michê, mas tudo só contra o PT, os companheiros petistas, ou os parceiros de poder no PMDB, PP, PDT, PCdoB, PTB, PRB..., porque estas mesmas instituições são legitimas, autônomas, confiáveis, éticas e democráticas se agirem com a mesma envergadura contra seus opositores. Wake up, Brazil!
Herculano
07/02/2015 06:29
LULA INSINUOU DURANTE FESTA DO PT QUE JULGAMENTO DO PETROLÃO SERÁ POLÍTICO, por Josias de Souza

Em sua primeira manifestação pública sobre a Operação Lava Jato, Lula comparou o petrolão ao mensalão. Fez isso para insinuar que o novo escândalo terá um julgamento político. "Estamos assistindo à repetição de um filme com final conhecido", disse ele na festa de 37 anos do PT.

Eis o roteiro do filme que Lula antevê: "Pessoas são acusadas por meio da imprensa, com base em vazamentos seletivos de uma investigação à qual somente alguns têm acesso. Não há contraditório, não há direito de defesa. E quando o caso chegar às instâncias finais da Justiça, certamente o julgamento já foi feito pela imprensa, os condenados já foram punidos. Restará apenas executar a sentença, como nós já vimos nesse país."

Em abril de 2014, numa entrevista à emissora portuguesa RTP, Lula afirmara que o julgamento do mensalão pelo STF "teve praticamente 80% de decisão política e 20% de decisões jurídicas." Acrescentara que "não houve mensalão" e que "o processo foi um massacre que visava destruir o PT."

Lula fez a analogia entre os dois escândalos que enodoam a Era petista num discurso escrito. Ao explicar à plateia companheira que o ouvia num auditório de Belo Horizonte, o morubixaba do PT desancou a Polícia Federal e saiu em defesa de do tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que havia sido recolhido em casa na véspera, para prestar depoimento.

"Não tenho por hábito ler discurso num encontro do PT", disse o orador. "Mas eu ontem fiquei indignado. Então, tomei muito cuidado para não repassar aqui, nessa festa de 35 anos, a indignação. Seria muito mais simples a Polícia Federal ter convidado nosso tesoureiro para se apresentar do que ir buscá-lo em casa." Lula se absteve de recordar que os agentes federais foram à residência de Vaccari por ordem da Justiça. Executavam um mandado judicial de condução coercitiva do investigado.

Lula reiterou: "Estão repetindo o mesmo ritual que eu vejo nesse Brasil desde 2005, quando começaram as denúncias que eles chamaram de mensalão. Toda quinta-feira começam a sair boatos. Na sexta-feira sai a denúncia, é publicado pelas revistas. Sai na televisão no sábado. No domingo, o massacre pela imprensa. E na segunda-feira começa um outro assunto, para na outra semana começar tudo outra vez. É um ritual. Está se repetindo."

De fato, repete-se agora um filme velho, uma ficção estrelada por Lula. Tem um enredo fantástico, rodado num país imaginário. Um enredo bem brasileiro. Nele, um gigantesco caso de corrupção é sucedido por outro muito maior. Os suspeitos são sempre operadores amigos, correlegionários petistas, aliados políticos e servidores nomeados sob Lula. Que "não sabia de nada". Em vez de condenar os assaltos, o ficcionista ataca os investigadores, os procuradores, os repórteres e os magistrados que ousam desvirtuar sua fábula.

Para Lula, "o critério adotado pela mídia brasileira é o da criminalização do Partido dos Trabalhadores, desde que nós chegamos no poder. Eles trabalham com a convicção de que é preciso criminalizar o nosso partido. Não importa que seja verdade ou não. O que interessa é a construção da versão, para se construir uma narrativa. Então, eu pensei: se eu for falar tudo o que eu penso, vai ser muito ruim, porque vai parecer que eu estou aqui falando com o fígado. E eu não quero prejudicar o meu fígado aos 66 anos de idade."

Ao falar sobre a Petrobras, Lula acionou o fígado quase septuagenário para borrifar bílis na oposição. "Nossos adversários não se incomodam que essa campanha já tenha causado enormes prejuízos à Petrobras e ao país. O que eles querem, na verdade, é criminalizar o PT, paralisar o governo e continuar desgastando o nosso partido." Nesse trecho do discurso, o patrono de Dilma flertou com a modéstia e com o egoísmo.

Lula foi modesto ao desconsiderar que "os enormes prejuízos à Petrobras" decorrem de uma realização 100% sua. A estatal desceu ao balcão no seu primeiro mandato, sob olhares inertes de Dilma, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Sobrevieram os crimes, a paralisia e o desgaste. Lula foi egoísta ao sonegar à oposição o direito de se opor. É como se desejasse exercer o monopólio da oposição a si mesmo.

A alturas tantas, Lula declarou que foi o PSDB que "tentou destruir a Petrobras" durante a gestão FHC. "E o nosso governo que a resgatou [a companhia], retomou os investimentos que levaram à descoberta do pré-sal, e fizeram da Petrobras a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto", exagerou.

Lula prosseguiu: "A verdade está nos autos da investigação, mas não está nos jornais nem na tevê? Havia corrupção nos contratos que a Petrobras assinou com empresas estrangeiras no tempo deles. Isso nunca foi e nem será investigado." Referia-se ao trecho do depoimento do ex-gerente de Serviços da Petrobras, o delator Pedro Barusco, em que ele contou ter começado a receber propinas de uma empresa holandesa entre 1997 e 1998, ainda sob FHC. Lula só soube disso porque as autoridades investigam e os jornais noticiam.

Um dia depois da divulgação do depoimento em que o delator Barusco estimou em até R$ 200 milhões as propinas repassadas à tesouraria do PT, Lula inocentou integralmente a legenda: "A verdade é que apesar de todo o alarido, não há nenhuma prova contra o nosso partido nesse processo. Nenhuma doação ilegal, nenhum desvio para o partido. Nada. O que eles querem é criminalizar o dinheiro legal que o PT usou nas suas campanhas."

Como que receoso de queimar a mão, Lula afastou-a ligeiramente das labaredas: "Se algo de concreto vier a ser encontrado, se alguém tiver traído a nossa confiança, que seja julgado e punido dentro da lei, porque o PT, ao contrário dos nossos adversários, não compactua e nem compactuará com a impunidade de quem quer que seja." Hã, hã?
Herculano
07/02/2015 06:20
AINDA O IMPEACHMENT, por Hélio Schwartsman para o jornal Folha de S.Paulo

Como o espaço desta coluna é meio apertadinho, não deu para desenvolver no texto de ontem as razões pelas quais não acredito muito que a presidente Dilma Rousseff venha a sofrer impeachment e nem os motivos pelos quais não desejo que isso ocorra. Como alguns leitores escreveram me indagando sobre esses pontos, volto ao tema.

Hoje, a cada desdobramento da Operação Lava Jato, a situação parece ficar pior para o governo do PT e para Dilma. É preciso considerar, porém, que nossa amostra é, por assim dizer, viciada. Por enquanto, estão sendo divulgadas só acusações referentes a indivíduos que não têm foro privilegiado. Dentro de algumas semanas, quando vier à luz a parte atinente a políticos, que tramita no STF, a distribuição das suspeitas deve ficar um pouco mais democrática.

Se as informações de bastidores publicadas na imprensa são corretas, gente importante de outros partidos também vai ganhar espaço no noticiário. Especula-se até que os nomes dos presidentes da Câmara e do Senado poderão aparecer. Não é impossível que o Legislativo saia tão ou mais fragilizado quanto o Executivo.

E esse é o tipo de situação que gera pizza. Sem um fato novo que ligue diretamente Dilma a um malfeito, o mais provável é que parlamentares façam algum teatro, mas, no fundo, trabalhem para que o "status quo", do qual são beneficiários, seja mantido.

E por que o impeachment é indesejável? Destituir a presidente não seria o melhor meio de "cortar o mal pela raiz", como escreveram alguns leitores? Não gosto da ideia de reduzir o problema da corrupção ao nome de Dilma. Nada indica que ela seja a mentora nem a maior favorecida pelo esquema. Creio que faz mais sentido que as pessoas possam ver o resultado das políticas que ela adotou e tenham a chance de rejeitá-las. Esse processo de exclusão de más ideias, que é a base do avanço institucional, fica mais transparente quando os governantes concluem seus mandatos.
Herculano
07/02/2015 06:16
A REDE

A mesma rede que serviu para os militantes do PT com criatividade, habilidade e mentiras destruir a quem lhes simplesmente discordavam minimamente, está sem controle e serve para expor, numa e cruelmente, os desatinos do partido e seus dirigentes.

Está fora de controle. E contra esta situação, não há controle da mídia social que dê conta, a não ser derrubar a rede. Mas, como com o PT tudo é possível para se manter no poder e se lambuzando , não se deve duvidar antecipadamente.

Olha o que se encontra em peças criativas e anônimas:

- De tanto lavar dinheiro, o PT deixou o Brasil sem água

- Já saiu a Graça (foto da Graça Foster), agora falta a desgraça(foto da presidente Dilma Vana Rousseff)

- Qual a diferença entre Dilma e a Mãe Dinah? Mãe Dinah previa catástrofes. Dilma faz as catástrofes.

São exemplos que abunda e que mostram que as coisas vão mal e são percebidas pela população. Esta por exemplo, é para o PSDB de Geraldo Alckimin, governador de São Paulo.

Mandaram um presente para você: cuecas Cantareira, ideal para volume morto (numa referência à crise de abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo)
Herculano
07/02/2015 06:04
DESASTRE EM SÉRIE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Nomeação do novo presidente da Petrobras conseguiu provocar desconfianças tanto no mercado financeiro como no aparelho petista

A sequência de infortúnios que se abateu sobre a Petrobras nos últimos meses não se interrompe com a nomeação do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para o posto que vinha sendo ocupado por Graça Foster.

Embora exista o risco de cometer injustiças, é difícil escapar à impressão de que o nome de Bendine consegue a proeza de suscitar reservas tanto entre investidores do mercado como entre membros do aparelho petista.

Desgastado por denúncias relativas a sua atuação no BB, Bendine não teria "perfil para gerenciar uma crise dessa dimensão", confidenciou um alto dirigente do PT à reportagem da Folha.

Afinal, ele chegou a ser investigado pela Receita Federal, intrigada por variações em seu patrimônio e pela aquisição, em dinheiro vivo, de um apartamento - bastante inusitado, aliás, que o responsável pela mais importante instituição financeira do país prefira guardar economias debaixo do colchão.

Ainda nessa área, causa estranheza o empréstimo de R$ 2,7 milhões, com juros subsidiados, autorizado por Bendine à apresentadora de TV Val Marchiori, a quem faltavam qualificações para a obtenção de tão volumoso aporte creditício.

Enquanto no PT - que é o PT - há quem se assuste com as implicações da nomeação, o mercado se comporta de forma semelhante, embora mais precisa e imediata. Caíram fortemente as ações da Petrobras, tão logo veio à tona a decisão de Dilma Rousseff (PT).

Mais uma vez, a presidente da República se vê assoberbada por uma crise à qual, por falta de inteligência política e talvez de simples contato com a realidade, só tem contribuído para intensificar.

Em tese, ao Planalto caberia transmitir uma imagem de inflexível disposição para passar a limpo todo o escândalo da Petrobras.

Dilma poderia ter tomado a iniciativa de realizar demissões fulminantes; viu-se, ao contrário, na situação de pedir a Graça Foster que continuasse por algum tempo até conseguir nome mais adequado.

A contemporização não deu certo, uma nova urgência se impôs à pauta da chefe de governo. Ironicamente, o nome do economista Paulo Leme, da Goldman Sachs, era visto como uma possibilidade.

Leme, que já havia sugerido a privatização da estatal, atestaria a vontade de emancipar a empresa das conhecidas pressões que sofre do petismo. Mas a alternativa ultraliberal desaparece do horizonte, e Bendine é o nomeado.

A oscilação diz mais sobre Dilma Rousseff, seu isolamento, sua visão da política, do que sobre o que significa, ou deixa de significar, a presença desta ou daquela figura menor nos quadros da Petrobras.
Roberto Sombrio
07/02/2015 00:01
Oi, Herculano.

Veja como são as coisas. Com relação aos alagamentos da rua Amazonas no bairro Bela Vista.

O Secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Soly Waltrick diz: "Também lembro que em casos como a chuva dessa semana, de 85 milímetros em 24 horas, mesmo se a tubulação estivesse funcionando, não seria suficiente".

Sei! Planejaram a tubulação para garoa. Fazem de qualquer jeito, depois ficam reclamando do que criticamos.
Porque não buscam a fortuna desviada da Petrobrás? Dariam para fazer uma imensa galeria que suportasse qualquer volume de chuva.

O PT é realmente o partido do remendo. Só papo furado. E tem quem acredita neles.
Inflação de janeiro 1,74%
Gasolina R$ 3,30 prêço médio
Energia 85% de aumento em março

Votaram neles? Agora aguentem. E os tubinhos da rua Amazonas, estão mais pra mangueirinha.
Não entendem de nada, não estudam ou planejam as mudanças que o futuro está impondo, mudanças climáticas previstas com mais chuvas.
Acham que o grande negócio é estar sentado na cadeirinha com o "tal poder" que não serve pra nada.

Esse é o Secretário de Planejamento do meio prefeito e sua meia turminha.
Pernilongo Irritante
06/02/2015 23:31
O prefeito Pedro Celso Zuchi diz que: "o mais difícil é pensar a obra".

Deve realmente ser difícil para quem não entende de nada. Me parece que isso é um mal do PT.
Capacidade para falcatruas não faltam ao partido.
Alfredo Pires
06/02/2015 22:15
A obra de drenagem feita no bairro Santa Terezinha e tão idolatrada pelos Petista, teve sua prova de fogo esta tarde. E não passou.

Hoje a tarde se a comunidade tivesse pego um petista, o negocio ia feder.

Será porque né?
Herculano
06/02/2015 20:59
A GENERALA EM SEU LABIRINTO. NINGUÉM ESCREVE À GOVERNANTA. A INCRÍVEL E TRISTA HISTÓRIA DE DILMA ROUSSEFF E DO SEU PT DESALMADO. TRINTA E CINCO ANOS DE EMPULHAÇÃO. TEMPOS DE CÓLERA. QUE PUTA COISA TRISTE! RELATO DE UMA NÁUFRAGA. CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA... HELÔÔÔ!!!, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Fui parodiando ou listando títulos de livros do esquerdista Gabriel García Márquez, morto no ano passado. Foi-se o último comuna de butique alfabetizado. O escritor colombiano se tornou notável pelo chamado realismo mágico, que tanto encantou a crítica europeia. Sempre pareceu à intelectualidade do Velho Mundo que aquela soma de irracionalidade, sensualismo, violência e fetichismo era a cara da América espanhola. O Brasil, de herança portuguesa, fica um pouco fora desse registro.

Mas agora não mais. A escolha de Aldemir Bendine, que já chegou a ser um virtual demitido do Banco do Brasil há quatro meses, para presidir a Petrobras dá conta, a um só tempo, da estupidez política de Dilma, de sua solidão e, não é menos verdade, de seu espírito autoritário.

As ações da empresa despencaram. Aliás, Bendine é o grande seca-pimenteira de ações de estatais. Quando foi escolhido para o BB, os papéis do banco caíram mais de 8%. Enquanto escrevo, as da petroleira mergulharam mais 6% - isso depois de uma sequência de desastres.

Queriam o quê? Ele foi escolhido porque é petista. E só. É um agrado que Dilma faz a alguns setores do partido. É como se, à beira do abismo, a companheirada se agarrasse à estatal, deixando claro que, se afundar, leva a empresa junto.

A má notícia não vem desacompanhada. O "sócio controlador", que é o governo, confirmou, entre outros, os seguintes nomes para o Conselho, uma verdadeira plêiade de patriotas: Guido Mantega, Maria das Graças Foster, Luciano Coutinho e Miriam Belchior. Ah, sim: Mantega preside. Vocês acham o quê? Exceção feita a Coutinho, cuja alma talvez possa se salvar depois de muita contrição, os outros têm uma bela história de incompetência e desastres em suas respectivas áreas de atuação.

Levy perde
Mais: a nomeação de Bendine deixa claro que Joaquim Levy, o ministro da Fazenda, está podendo bem menos do que supõem alguns nefelibatas. Está na cara que Dilma está jogando nos seus ombros a conta do ajuste recessivo da economia, fazendo com que encarne o demônio - e alguns liberais acham intelectualmente divertido esse papel -, mas não está disposta a dividir com ele aquilo que considera realmente importante.

Bendine não conseguiu explicar até hoje um empréstimo de R$ 2,7 milhões que o BB concedeu a Val Marchiori, a Valdirene, amiga íntima do presidente. Ela chegou, aliás, a participar de eventos como contratada da área de marketing do banco - ou algo assim? Entendo! Se há uma figura no país que agasalha o trabalho duro e o empreendedorismo, é a Valdirene.

A moça não se fez de rogada e já tornou pública sua mensagem a seu amigo íntimo, onde se percebe até certo patriotismo jacobino: "Desejo sorte ao novo presidente da Petrobrás! Que ele consiga restabelecer a confiança de nós brasileiros na instituição com a qual hoje estamos decepcionados". Mal posso esperar para ver Val, a mulher rica, segurando uma mangueira dos postos Petrobras, indicando que o Brasil mudou de fase, entrando na era do socialismo socialite.

É o outono do PT. Essa é a única boa notícia.
Herculano
06/02/2015 20:53
HERÓI

João Vacari Neto, tesoureiro do PT, e contra o qual recai as piores acusações no caso do Petrolão, foi tratado como herói pela militância que foi à festa dos 35 anos do partido em Belo Horizonte. Hum!
Herculano
06/02/2015 20:51
SAI

O gasparense Carlos Schramm (ex-Cia Hering) deixou a secretaria de Administração de Napoleão Bernardes, PSDB, de Blumenau. No lugar dele, vai Ronaldo Wan Dall, PP, o Roni, candidato derrotado a deputado estadual no ano passado. Ele é filho do gasparense Wilson Rogério Wan Dall, ex-deputado e hoje conselheiro do Tribunal de Contas.
sidnei luis reinert
06/02/2015 20:49
MULHERES RICAS DAS ZELITES BRANCA PAULISTA DO MOLUSCO.

Ministério Público quer inquérito policial para apurar empréstimo de 2,8 milhões de reais dados pelo Banco do Brasil de Bendine (novo presidente da Petrobras) a Val Marchiori. Entenda:

http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/diversos/mp-pede-inquerito-policial-para-apurar-emprestimo-de-28-milhoes-de-reais-dados-pelo-bb-de-bendine-a-val-marchiori/?utm_source=redesabril_veja&utm_medium=facebook&utm_campaign=VEJA
Juju do Gasparinho
06/02/2015 20:31
Prezado Herculano:

No tweeter:
@coroneldoblog
"Único presidente de partido na #festadoscorruptos é o do PCdoB...
Base alugada com medo da polícia".

"Lula chega à festa todo de preto /dos pés à cabeça/, figura do mal?
Luto?"

"Dilma vai de preto e cinza. Vermelho nem na cara".

"MST na mesa de honra da festa do PT..."

Slogam da festa da bandidada "estes filhos teus não fogem à luta".
Completo: mas fogem da Polícia Federal, do STF, do MPF...

"Lula foi aplaudido na festa, Dilma foi vaiada".

"O PT tenta encher uma sala acanhada. Pensei que a festa fosse no
Mineirão".

Herculano, já deu para termos uma noção de como foi a aglutinação dos ratos.
Herculano
06/02/2015 20:22
QUEM NOMEOU?

Quem indicou Aldemir Bendini para a presidência do Banco do Brasil? Rosemery Noronha, ex-secretária da presidência, e amiga íntima de Luiz Inácio Lula da Silva.

Como se vê, as mulheres fazem parte da carreira dele.

Herculano
06/02/2015 20:17
SÓ NO SETOR DO PETROLÃO EXPLORADO PELO DIRETOR RENATO DUQUE, O PT EMBOLSOU DOIS FIAT-COLLOR POR DIA DURANTE 10 ANOS, por Augusto Nunes, de Veja.

Ex-diretor executivo da Petrobras capturado pela Operação Lava Jato e um dos beneficiários da delação premiada, Pedro Barusco revelou que, entre 2003 e 2013, repassou a João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões em propinas. Fiquemos no centro da meta: foram US$ 175 milhões ou R$ 480 milhões só no setor do Petrolão explorado pelo diretor-companheiro Renato Duque.

São R$ 48 milhões por ano. Ou R$ 4 milhões por mês. Ou R$ 133 mil por dia. Hoje, seria este o preço de dois Fiat Elba, carro que desencadeou a crise encerrada com o impeachment do presidente Fernando Collor em 1992. Os que financiaram campanhas eleitorais com propinas equivalentes a um Fiat-Collor a cada 12 horas ainda estão impunes.
SOBERANIA DA SOBERANA
06/02/2015 20:14
JÁ REPARARAM QUE EM GASPAR A SOBERANA TEM SOBERANIA TOTAL? ALGUM VEREADOR PODERIA DIZER POR ALTO, QUANTAS OBRAS A SOBERANA SOBERANAMENTE, REALIZOU?
ATÉ ONDE EU SEI... POLICLÍNICA E CDI DO BAIRRO 7 DE SETEMBRO, CERCAMENTO E "REVITALIZAÇÃO" DO CEMITÉRIO. POR ÚLTIMO, O CENTRO DE ARTES E ESPORTES UNIFICADO DO BAIRRO GASPAR MIRIM,CEU. ISSO QUE CHAMO DE SOBERANIA!
A POPULAÇÃO DEVERIA PROCURAR QUERER SABER, PORQUE E COMO UMA ÚNICA EMPRESA, GANHA OU VENCE TODAS ÀS LICITAÇÕES OU CONCORRÊNCIAS PÚBLICAS. CADÊ A DITA CEGA E PARALISADA OPOSIÇÃO DE GASPAR? 2016 ESTÁ CHEGANDO, ALGUNS JÁ ESTÃO EM CAMPANHA E ESSA SOBERANIA, PODE CONTINUAR.
Herculano
06/02/2015 20:10
POR QUE?

Por que um presidente do Banco do Brasil, guarda R$280 mil em dinheiro vivo dentro de casa e esconde isto na Receita Federal? Foi isso que aconteceu com Aldemir Bendini, agora nomeado pela presidente Dilma Vana Rousseff, PT, presidente da Petrobrás. E para não ser questionado ele preferiu pagar R$120 mil de multa ao leão.

Por que?
Anônimo disse:
06/02/2015 20:10
Herculano, postado às 14:11hs.
Então quer dizer que o Aldemir Bendine tem a sua Dani Bond?
Herculano
06/02/2015 20:00
NÃO TEM JEITO. ESTE GOVERNO TEM MANIA DE NOMEAR GENTE COM DÚVIDAS PÚBLICAS NA GESTÃO. QUAL A NOTÍCIA DA NOITE E QUE FARÁ MANCHETE AMANHÃ? MINISTÉRIO PÚBLICO E POLÍCIA FEDERAL INVESTIGARÃO EMPRÉSTIMO DO BANCO DO BRASIL À AMIGA DE BENDINE

O texto é de Leonardo Souza, da sucursal do Rio de Janeiro para o jornal Folha de S.Paulo. O nome escolhido pela presidente Dilma Rousseff para limpar a Petrobras, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, é alvo de um procedimento de investigação da Procuradoria da República em São Paulo.

O Ministério Público Federal informou na tarde desta sexta-feira (6) que determinou à Polícia Federal a instauração de inquérito para averiguar a concessão de empréstimo do BB à socialite Valdirene Marchiori. Val Marchiori, como a socialite é conhecida, é amiga de Bendine (entenda o caso).

Segundo a Folha apurou, a determinação foi feita diretamente à Delefim - Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros.

Conforme a Folha revelou no ano passado, o BB driblou uma série de regras internas para conceder o financiamento de R$ 2,7 milhões para Marchiori, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, com taxa de 4% de juros ao ano - abaixo da inflação.

Marchiori tinha restrição de crédito por não ter pago empréstimo anterior ao BB e também por não apresentar capacidade financeira para obter o financiamento, segundo documentos internos do BB obtidos pela Folha.

Segundo nota divulgada pelo MPF de São Paulo, a Justiça Federal comunicou ao Banco do Brasil nesta semana determinação para que forneça aos procuradores documentos referentes aos empréstimos concedidos à empresária desde 2009.

Segundo a nota, em outubro do ano passado o MPF já havia feito o pedido, mas o banco alegou ser necessária uma ordem judicial de quebra de sigilo bancário dos envolvidos para atender à solicitação. "Acionado, o Judiciário afastou essa condição por se tratar de recursos públicos e deu prazo de cinco dias para que o BB disponibilize a documentação."

O MPF informou que aguarda o envio do material. "Com a instauração do inquérito, os procuradores requerem à Polícia Federal que aprofunde as investigações, com a coleta de outros elementos probatórios."

Val Marchiori, mais conhecida por sua participação no programa de TV "Mulheres Ricas", esteve com Bendine em duas missões oficiais do banco, uma na Argentina e outra no Rio. Nas duas ocasiões, os dois ficaram hospedados nos mesmos hotéis: primeiro no Alvear, em Buenos Aires, e depois no Copacabana Palace, no Rio.

MOTORISTA
O procedimento de investigação contra Bendine foi inicialmente instaurado pelo MPF a partir do depoimento do ex-motorista da Presidência da República Sebastião Ferreira da Silva. Ferreirinha, como é conhecido, dirigiu para a campanha de Lula em 2002 e depois foi contratado pelo escritório da Presidência em São Paulo, onde ficou por quatro anos.

Em seguida, Ferreirinha passou a dirigir para Bendine, no BB, por quase seis anos.

Ele disse ao Ministério Público que presenciou Bendine sair de um prédio comercial em São Paulo, ocupado por empresas ligadas ao grupo da TV Record, com uma sacola repleta de maços de notas de R$ 100.

Também contou que recebeu ordens para fazer diversos pagamentos com altas quantias em dinheiro vivo, sempre entregues a ele dentro do BB, pelo próprio Bendine. O executivo nega as acusações.

Conforme a Folha revelou no ano passado, Bendine foi autuado pela Receita Federal por não comprovar a origem de aproximadamente R$ 280 mil de seu patrimônio informados em sua declaração do Imposto de Renda.

Ele entrou no radar da Receita em 2010, após comprar no interior paulista um apartamento avaliado em R$ 200 mil, pago em dinheiro vivo. Para se livrar da fiscalização do fisco e de futuros questionamentos, pagou o auto sem qualquer questionamento. Como pagou à vista, teve um desconto, tendo desembolsado ao final R$ 122 mil.

SOCIALITE
Em entrevista à Folha, Ferreirinha disse que buscava Marchiori em diversos locais de São Paulo a pedido de Bendine. "Fui buscar muitas vezes a Val Marchiori", disse ele.

O executivo nega qualquer participação na concessão do empréstimo. Reconhece que ficou hospedado nos mesmos hotéis que Marchiori nas duas ocasiões, mas diz que a estadia dela não tinha relação com as missões do banco, que foram coincidências.

A empresa pela qual Marchiori tomou o crédito, a Torke Empreendimentos, apresentou como comprovação de receita a pensão alimentícia de seus dois filhos menores de idade.A Torke não tinha experiência na área de transportes e a atuação da empresa até então estava relacionada à carreira de Marchiori na TV.

Na condição de administradora com poderes plenos na empresa, Marchiori tinha dívidas antigas com o BB que representavam impedimento para o novo empréstimo. Por isso, foi feita uma "operação customizada", ou seja, sob medida para Marchiori, para liberar os recursos.

Escolha de Bendine é noticia internacional
Herculano
06/02/2015 19:52
LULA NÃO TEM DÚVIDAS DA INOCÊNCIA DO TESOUREIRO DO PT, APESAR DA MONTANHA DE DOCUMENTOS E PROVAS CONTRA ELE

O ex-presidente da República, fundador e presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ao participar do congresso do PT, em Belo Horizonte, que também comemora os 35 anos do partido.

"Na dúvida, fique com o companheiro", disse Lula, que em várias ocasiões afirmou colocar a mão no fogo por Vaccari.

Ele também afirmou que não vai "admitir a criminalização das doações privadas ao partido". Disse ainda que, assim como na Ação Penal 470, o chamado "mensalão", o processo "é político, e não jurídico".

Ontem, Vaccari teve que prestar depoimento no âmbito da Lava Jato e foi acusado por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, de receber propinas de US$ 200 milhões em nome do PT. Segundo Lula, as acusações de Barusco "não têm sustentação".
Herculano
06/02/2015 19:49
BENDINE FOI A 3ª OPÇÃO DE DILMA PARA PETROBRÁS, por Josias de Souza

Na Petrobras, Dilma Rousseff não perde a oportunidade de perder oportunidades. Diante da chance de escolher para o comando da estatal um executivo capaz de içá-la do pântano, indicou o atual presidente do Banco do Brasil Aldemir Bendine, o Dida. Considerando-se as justificativas mencionadas por Dilma em privado, Bendine tem cara de lógica. Mas é apenas um erro. Mais um.

O equívoco foi a terceira opção de Dilma. Antes de fixar-se em Bendine, a presidente considerou a sério um par de alternativas: Luciano Coutinho, do BNDES, e Murilo Ferreira, da mineradora Vale. Coutinho integra o Conselho de Administração da Petrobras. Conhece o caos por dentro. Quanto a Ferreira, seria digerido mais facilmente pelo dito mercado. Dilma conversou com ambos. Porém, por alguma razão ainda desconhecida, teve de apostar no erro.

Tomada pelo que disse a auxiliares, Dilma encontrou em Bendine: a) qualificação técnica para desatar o nó da escrituração da Petrobras, que não consegue fechar um balanço crível e auditável; b) faro bancário para restabelecer a capacidade da estatal de obter financiamento no exterior; c) lealdade; d) disposição para sustentar dois dogmas petistas que se revelaram ruinosos: o regime de partilha na exploração do pré-sal e a imposição de 65% de conteúdo nacional nas compras da Petrobras.

Juntas, as encrencas que roem a Petrobras - corrupção, inação, intervencionismo, deterioração da cotação do petróleo, rebaixamento da nota de crédito, falta de crédito, cancelamento de investimentos e um interminável etcétera -, empurram a estatal para uma crise de confiança. A indicação de Bendine é um erro sobretudo porque sua chegada, em vez de exorcizar, potencializa a desconfiança.

Fica-se com a impressão de que Dilma escolheu o melhor escudo, não o executivo mais preparado para o desafio. Ainda que consiga calcular o custo da pilhagem e fechar rapidamente um balanço auditável, Bendine terá pela frente uma onda de desconfiança que o improviso da sua escolha não foi capaz de dissolver.

No momento, o que a Petrobras menos necessita é de um gestor que diga "amém" para Dilma, uma presidente que fez pacto com em o erro. Tida por especialista, madame demonstra que, no setor energético, é errando que o governo aprende? A errar.
Herculano
06/02/2015 19:37
QUEM FOI?

Afinal quem foi aqui de Gaspar para a festa dos 35 anos do PT em Belo Horizonte?
Herculano
06/02/2015 19:35
FALTA RESOLVER VI

O presidente do PT e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, decididamente não está de bem com São Pedro. Pois não é que hoje foi a vez do seu bairro, o Santa Terezinha, o mais populoso, junto com o sete, ficar alagado. O projeto de drenagem está pensado, o que é mais fácil segundo declarou o prefeito Pedro Celso Zuchi. Mas, executado para livrar as pessoas do bairro, até agora nada.

E Rampelotti aplaudiu na sessão de terça-feira o vereador Giovânio Broges por não criticar o governo Zuchi e trazer "soluções" para o povo do Bela Visita, numa ironia de destino certo. No dia seguinte o Bela Vista estava inundada. Hoje foi a vez do Santa Terezinha de Rampelotti. Ou seja, faltou soluções na própria área de votos. Ou seja, casa de ferreiro, o espeto é de pau. Acorda, Gaspar! A água está chegando...
Pagando Brabo
06/02/2015 18:09
No Brasil só se fala hoje no escândalo da Petrobras, pois bem a coisa lá é feia, mas será que não deveriam ficar mais atendo ao que esta acontecendo dentro da nossa casa? O que acontece de errado no nosso município?
Bom vamos começas pelos asfaltos que aqui começaram a um ano da eleição a colocarem em tudo quanto é beco e viela, bom isso tem duas explicações: 1º Maneira de agradar possíveis eleitores. 2º Alguém já fiscalizou a quantidade de asfalto colocadas nas ruas, se compararmos que o asfalto é comprado em toneladas, e compararmos o que é colocado nas ruas, será mesmo que ali esta todo o asfalto que se diz comprado?
Por que será que no município, é tão fácil se obter licença para os amigos de algumas terraplanagens e para outros não, como se usa tanta horas máquinas, se propagandeou máquinas compradas pelo próprio município? Tem terraplanagem rindo atoa. E por ultimo e mais intrigante como é que empresas contratadas para fazerem obras no município, realizam obras de péssima qualidade, tem vários aditivos, e quando entregam a obra já se vê varias falhas o que acaba tendo que fazer reparos em obras novas. Será que não esta na hora do Ministério Público se ater a colocar veneno das covas dos ratos e não tentar matar alguns camundongos apenas?
Juju do Gasparinho
06/02/2015 14:33
Prezado Herculano:

Não entendi qual a dificuldade que o sr. Guilherme Schmitz encontrou para entender as respostas de Renato Artur e Roberto Sombrio,
dirigidas a ele.

No aniversário do Partido - Quadrilha, Vaccari vai à forceps, a Polícia Federal teve que pular o muro, para ir ao seu encontro, devido a sua grande ansiedade em prestar esclarecimentos.

Herculano, o idiota é refém da sua própria ignorância.
João João Filho de João
06/02/2015 14:18
Sr. Herculano:

No tweeter:

@AlbertoLage
"Ninguém quer salvar a empresa não.
Escolher Bendine é o sinal que querem salvar o governo mesmo,
evitando que a merda chegue ao Planalto".

@sarubo
"O PT não aceita o estigma da corrupção, diz Rui Falcão/Mas aceita o
dinheiro de corrupção".

@coroneldoblog
"Juiz Moro usando a hastag dos trends em homenagem ao PT =>
#MeuPauTaPiscando".
Herculano
06/02/2015 14:11
A FANTASIA DE VAL, por Lauro Jardim, de Veja

A nomeação de Aldemir Bendine para a Petrobras fez explodir as menções à sua amiga Val Marchiori nas redes sociais e nas conversas entre executivos financeiros. Agora há pouco, um deles garantia que neste Carnaval Val sairá fantasiada de barril?
Anônimo disse:
06/02/2015 14:09
Herculano, que petista enrustido teimoso e chato.
Peteba, pega o teu banquinho e saia de fininho.
Herculano
06/02/2015 14:08
'MAY WAY' , por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

Hoje é dia de festa, com Lula e Dilma Rousseff na reunião do diretório nacional do PT. Que festa?! Dificilmente haveria momento pior para encontros do gênero e para comemorar os 35 anos do partido. Aliás, para comemorar qualquer coisa.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acaba de sofrer uma "condução coercitiva", algo ali entre depor espontaneamente e ser preso, pura e simplesmente. Em bom português, ele foi arrastado para depor.

Não bastasse, o ex-gerente executivo da Petrobrás Pedro Barusco revelou que o PT recebeu até US$ 200 milhões de propina. Espantoso.

Para completar, o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, acatou o pedido de abertura de uma nova CPI da Petrobrás. Se há algo que nenhum governo quer, é uma CPI na sua cola.

Alguns podem ponderar que Dilma já matou no peito duas CPIs da Petrobrás. Sim, mas o momento era outro e Dilma estava bem mais parruda politicamente. A crise econômica não estava tão escancarada, a crise política era apenas latente, a conta de luz não tinha disparado, a ameaça de falta de luz e de água não contaminava o ambiente. E... as investigações da PF estavam apenas começando.

Hoje, a situação do governo e do PT é de isolamento e perplexidade. A diferença é que o governo está só isolado, mas o PT está também dividido. A cada sorriso, cochicho e abraço entre Dilma e Lula na festa de hoje, os petistas lembrarão quanto os dois, acuados, empurram as culpas um para o outro. Dilma empurra a culpa pela Petrobrás. Lula, a culpa pela economia.

Só resta ao partido - que completou 12 anos no poder e acaba de conquistar o quarto mandato nas urnas - torcer para ninguém sair cantando My Way (Meu jeito). Eternizada por Frank Sinatra, a música chegou à política brasileira quando o delator do mensalão, Roberto Jefferson, recitou ao ser preso no Rio: "E agora o fim está próximo". Estava mesmo. "Arrependimentos, eu tive alguns". Teve mesmo. E hoje?

My Way é o nome da nova etapa da Operação Lava Jato, porque o delator Barusco, que está aumentando o buraco - e os valores - do PT, chamava assim o colega de Petrobrás e de traquinagens Renato Duque, ex-diretor de Serviços da companhia.

Enquanto o partido de Lula e Dilma se debate sem saber para onde ir, o governo tenta desesperadamente achar um incauto do mercado que tenha um super nome, um currículo robusto e uma coragem de ferro para assumir a presidência da Petrobrás.

Vai ser difícil. O mais provável é que Dilma tenha de recorrer à lista de sempre com os economistas alinhados. Quem de fora é tão temerário a ponto de assumir uma companhia que perdeu bilhões em ativos nos últimos anos, foi tomada de assalto por partidos políticos, virou rendez-vous de doleiros, diretores e executivos da iniciativa privada? E que não é capaz de apresentar um balanço auditado e, last but not least, responde a processo na Justiça dos Estados Unidos.

Depois de nomear Joaquim Levy como salvador da Pátria, Dilma bem poderia resgatar Henri Philippe Reichstul, que fez uma gestão moderna, pragmática e séria na Petrobrás. Mas Dilma não chegaria a tanto.

Aliás, ela já tinha destacado Levy para operar a substituição de Graça Foster, mas, bastou a informação sair na imprensa, empurrou Aloizio Mercadante para o meio das negociações. Seria dar excesso de poderes ao tucano, ops!, ao ministro Levy.

Na festa de hoje, o PT, de tão bela origem e de tão boas intenções, vai brindar com amargura o seu próprio destino e com constrangimento os seus Vaccari, André Vargas e tantos outros que foram caindo pelo caminho e pelo "Meu jeito" de Lula governar.

Muitos, intimamente, já cantam: "Teve horas/ Eu tenho certeza de que você sabe/ Quando eu mordi mais do que podia mastigar".

Sim, nós sabemos.
Herculano
06/02/2015 13:08
PT NÃO LIDA BEM COM INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL QUE O COLOCA EXPOSTO. DESCLASSIFICA CORRUPTO DO SEU ESQUEMA E A DELEÇÃO ELE QUE FEZ COM PROVAS E DOCUMENTOS CONTRA O PARTIDO E O ESQUEMA. MAIS. CULPA A FRACA (E ATÉ OMISSA) OPOSIÇÃO POR TER "ENSINADO" OS AGENTES DO PT A ROUBAREM

Este é o texto do 247, um dos canais de comunicação do PT. Ele é sustentado por patrocínios preferencialmente vindos das empresas (Petrobrás) e bancos (BB, Caixa e BNDEs) estatais.

"Corrupto confesso, que rouba desde 1997, ou seja, desde o governo FHC, Pedro Barusco fez um bom negócio; fechou, com a força-tarefa da Operação Lava Jato, um acordo de delação premiada muito vantajoso; pagará uma multa de R$ 3,2 milhões, pequena diante da extensão dos seus crimes, e terá direito à liberdade; essa foi a contrapartida pelo depoimento em que ele acusou o PT, sem provas, de receber US$ 200 milhões em propinas nos últimos doze anos - no massacre midiático de ontem, poucos fizeram a ressalva correta ao noticiar o caso: Barusco estimou - repita-se, estimou, sem apresentar qualquer prova ? o que, segundo ele, teria sido desviado pelo PT, que promete processar o ex-gerente da Petrobras".

1. O PT reconhece que Pedro Barusco é um corrupto

2. O problema é que Pedro Barusco era uma peça importante e protegida enquanto servia ao esquema montado pelo PT, mas não é bandido pelo que fez pelo PT, mas porque iniciou a sua sanha no governo de Fernando Henrique Cardoso, PSDB.

3. Quando o PT vai assumir a sua parte nesta história? Afinal, o discurso era exatamente de acabar com estas práticas, sejam elas de quem fossem.

4. Quando o PT vai parar de justificar as suas práticas, que diz ter aprendido com os tucanos e as adotou e as ampliou exponencialmente?

5. Quando o PT vai admitir que mentiu, enganou e rasgou o discurso da ética, da transparência, da competência e do diferente na política neste país? Wake up, Brazil!
sidnei luis reinert
06/02/2015 12:56
Impostos

O cidadão brasileiro trabalha 151 dias por ano para pagar tributos.

São 5 meses de árduo trabalho para fazer face aos impostos, taxas e contribuições que incidem sobre a sua renda, consumo e patrimônio.

Em contrapartida, há falta de qualidade em grande parte dos serviços públicos, denotando o desrespeito para com aquele que sustenta a máquina estatal.

Leia mais, no site do IBPT, por que devemos romper com o modelo capimunista que rouba de todos para tornar políticos ricos e ainda financiar uma máquina de repressão estatal contra o cidadão.

https://www.ibpt.org.br/noticia/2064/Nao-ha-razao-para-aumentar-ainda-mais-a-carga-tributaria-brasileira
sidnei luis reinert
06/02/2015 12:53
PT prepara assassinatos de reputações políticas para vingar e desviar golpe contra Tesoureiro na Lava Jato


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A máquina mortífera de dossiês e assassinatos de reputação nazicomunopetralha fará uma grande vítima, em breve, para vingar e desviar o foco das atenções da nona fase da Operação Lava Jato sobre o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, ironicamente encontrado escondido dentro de um armário da casa dele pela Polícia Federal. Esta é a previsão de analistas em meio a uma grande guerra de informação e contra-informação nos bastidores políticos, com pelo menos três blocos em conflito: uma inteligência "civil" contra a inteligência das Forças Armadas, tendo a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público no meio.

Qual será a próxima denúncia bomba desta Propinabras? A previsão é que, depois da BR Distribuidora, o próximo alvo seja o BNDES. Por isso, pode não ser recomendável que Dilma Rousseff nomeie Luciano Coutinho para presidir a Petrobras - onde ele já é membro do Conselho de Administração e responde pela empresa, em termos fiscais, na Bolsa de Nova York. É uma vergonha o fato de grandes executivos se recusarem a assumir a cúpula de uma empresa, porque correm o risco de comprometimento do patrimônio pessoal, se assinar um balanço que pode ser questionado judicialmente.

Simultaneamente, existem outros três alvos que podem causar estragos definitivos ao PT, se a Lava Jato mexer com eles: Rosemary Novóa Noronha (ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo); Marcos Valério Fernandes de Souza - condenado no Mensalão com previsão de ficar mais tempo na cadeia; e ninguém menos que José Dirceu de Oliveira e Silva, que foi conselheiro da Petrobras no começo da gestão Lula, cujo primeiro ato foi fechar o capital da BR Distribuidora, para formar uma caixa-preta que agora começa a ser desvendada.

Nos bastidores políticos, já se sabe de tudo e um pouco mais sobre a Lava Jato. Só falta tirar as informações do "armário" do Judiciário. A maior expectativa agora é que o Procurador-Geral da República, Janot, finalmente divulgue os nomes dos envolvidos no chamado núcleo político do Petrolão. A previsão irônica no mercado de politicagem é que Janot só abra o verbo "depois que terminar o carnaval na Bahia". Nenhum grande negócio ou acordo político será firmado no Brasil, de forma concreta, até que se saiba quem figura na primeira lista negra (já que estima-se que muitos nomes de peso possam ser poupados inicialmente).



Concretamente, o governo Dilma acabou, sem começar. Perde-se qualquer condição moral de governabilidade quando Pedro Barusco, ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, delata ao Judiciário que o Partido dos Trabalhadores recebeu em torno de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões, aqui no Brasil e em contas no exterior. A grana suja jorrou entre os anos de 2003 e 2013, em 90 contratos entre empreiteiras e a petrolífera. Em tese, não há condições para alguma espécie de "golpe de Estado". No entanto, nas Forças Armadas, a situação é incômoda diante de tantos escândalos. Ainda mais com o erro tático cometido pelo PT ao nomear para o Ministério da Defesa a figura de Jaques Wagner (homem ligado a todos os indiciáveis no Petrolão). A cúpula das legiões anda tensa...

Em depoimento dado em 24 de novembro do ano passado, Barusco delatou que, no período em que atuou como gerente Executivo de Engenharia da Petrobras entre 2003 e 2011, os pagamentos de propinas eram feitos diretamente a Renato Duque (ex-diretor de Serviços), Vaccari Neto e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Barusco também detalhou que, nos contratos da Diretoria de Abastecimento, a propina era de 2%. Na divisão, 1% ficava com o ex-diretor Paulo Roberto Costa. Outro 1% ía para o PT. Do percentual partidário, João Vaccari abocanhava 0,5%. Já a ?casa?, representada por Duque, ficava com o resto. Barusco ressalvou que, neste rateio, esporadicamente, entravam os ex-diretores da Petrobras, Jorge Luiz Zelada e Roberto Gonçalves.

Herculano
06/02/2015 12:05
LIMPOS

Está no Moacir Pereira. "O presidente estadual do PT, Cláudio Vignatti, estará hoje em Belo Horizonte participando de reunião do Diretório Nacional do PT. Além de debate sobre a reforma politica, constante da pauta, um dos temas a serem tratados está relacionado com as últimas revelações contundentes sobre propinas pagas ao PT pelo esquema do petróleo".

"Está fora
Vignatti fez dois comentários sobre as últimas denúncias envolvendo o PT na roubalheira monstruosa da Petrobrás: 1. É preciso apurar tudo. O PT tem que iniciar o processo de limpeza; 2. Não há nenhuma liderança ou parlamentar do PT de Santa Catarina envolvido nas investigações da Polícia Federal".

Retomo. Nestes dias de surpresas, é preciso esperar o dia seguinte...
Herculano
06/02/2015 11:50
CONTRA QUALQUER LISTA DOS PRÓPRIOS PETISTAS E ESPECULAÇÃO DO MERCADO ALDEMIR BENDINE DEIXA A PRESIDÊNCIA DO BANCO DO BRASIL E ASSUME A PRESIDÊNCIA DA PETROBRÁS.

O texto é de Natuza Nery, da sucursal de Brasília, para o jornal Folha de S.Paulo. O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Graça Foster na presidência da Petrobras. Bendine, Ele terá liberdade para formar equipe.

Bendine esteve à frente do BB desde 8 de abril de 2009, em substituição ao então chefe do banco Antonio Francisco de Lima Neto. Ele foi escolhido para o cargo na gestão do ex-presidente Lula para reduzir os juros banco e o aumentar do volume de crédito.

Na ocasião o mercado não gostou da mudança, e as ações do BB caíram 8,15% num dia em que a Bovespa subiu 0,82%. Investidores viram a troca como uma interferência do governo, que estaria insatisfeito com a demora do BB em reduzir suas taxas para estimular a economia e amenizar a crise de então.

Nesta sexta-feira (6), a indicação de Bendine também não agradou; as ações da Petrobras desabaram mais de 6% após a indicação de Bendine, que é funcionário de carreira do BB.

FINANÇAS
Ivan Monteiro, atual vice-presidente de Finanças do Banco do Brasil, será o novo diretor financeiro da Petrobras, apurou a Folha. O cargo é chave para enfrentar a atual crise pela qual a petroleira passa.

Na quarta (4), Graça Foster e outros cinco conselheiros pediram demissão do cargo. O Conselho de Administração da companhia está reunida na manhã desta sexta-feira (6) para escolher os novos nomes da diretoria.

O conselho é composto por dez pessoas e é presidido por Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda. Ele está no conselho por indicação do acionista controlador, ou seja, o Tesouro Nacional ?portanto, o governo. Os demais membros são conselheiros.

Graça Foster também participa. Confira os membros e quem elegeu cada um para ocupar o cargo:
Guido Mantega, eleito pelo acionista controlador
Maria das Graças Silva Foster, eleita pelo acionista controlador
Luciano Galvão Coutinho, presidente do BNDES, eleito pelo acionista controlador
Francisco Roberto de Albuquerque, eleito pelo acionista controlador
Márcio Pereira Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, eleito pelo acionista controlador
Sérgio Franklin Quintella, eleito pelo acionista controlador
Miriam Aparecida Belchior, ex-ministra do Planejamento, eleita pelo acionista controlador
José Guimarães Monforte, eleito pelos acionistas preferencialistas
Mauro Gentile Rodrigues da Cunha, eleito pelos acionistas minoritários
Sílvio Sinedino Pinheiro, eleito pelos empregados

Dentre todos os problemas da Petrobras, o mais urgente nó a ser desfeito pela nova diretoria da Petrobras é publicação do balanço auditado com o lançamento das perdas decorrentes da corrupção.

É crucial para a Petrobras ter o balanço auditado por dois motivos: sem o aval da auditora independente PwC (PricewaterhouseCoopers), a estatal fica em risco iminente de perder o grau de investimento para a sua nota de crédito e pode ter parte de sua dívida cobrada imediatamente, antes do vencimento.

No dia 3 deste mês, a agência de risco Moody's deu 30 dias para a estatal publicar os dados, sob o risco de perder a nota de investimento.

A Fitch também rebaixou a classificação de risco da Petrobras para o último passo antes de risco especulativo -muitos fundos não aplicam seus recursos em ações e títulos de empresas com essa avaliação.

RENÚNCIA
A renúncia coletiva ocorreu após os diretores não aceitarem o cronograma definido por Dilma Rousseff para a mudança na direção da empresa. Dilma queria que eles ficassem até o fim do mês.

Restou a Graça informar Dilma de que já não tinha condições de controlar os demais colegas de diretoria e que a mudança teria que ser antecipada para esta sexta.

Ao contrário das negativas anteriores, desta vez Dilma concordou com a saída da auxiliar, de quem é amiga. A posição de Dilma só mudou depois que o Conselho de Administração da empresa divulgou, na semana passada, uma baixa em seus ativos da ordem de R$ 88 bilhões, fruto de desvios e ineficiência na execução de projetos.

Saída de Graça repercute na imprensa mundial

O número acabou fora do balanço não auditado referente ao terceiro trimestre de 2014, mas enfureceu Dilma, que considerou a conta descabida e superestimada. Para ela, conforme definiram assessores, a sua mera divulgação foi um "tiro no pé."

Na opinião de ministros, a chefe da empresa jamais poderia ter deixado que os consultores contratados para fazer o cálculo chegassem a um número tão alto sem contestação da metodologia.

O episódio acabou deteriorando ainda mais a situação financeira da Petrobras, que perdeu quase 3/4 de seu valor de mercado nos últimos anos devido à política de investimentos considerada inflada e à corrupção.

NOMES

A troca na presidência da estatal só não havia ocorrido ainda por falta de um sucessor imediato a Graça Foster. Alguns dos cotados mostraram resistência em assumir o cargo antes da atual diretoria resolver os problemas do balanço financeiro da empresa.

O Palácio do Planalto procurava um nome de fora da companhia, de preferência do mercado, que dê um choque de credibilidade à empresa, mas tem enfrentado dificuldades para encontrar um executivo que se disponha a assumir o controle da estatal em meio ao maior escândalo de corrupção de sua história.

Graça Foster defendia um nome que já esteja no Conselho de Administração da estatal, como o de Luciano Coutinho (BNDES).
Roberto Basei
06/02/2015 10:50
NOSSOS REPRESENTANTES X LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Gostaria muito de ver sua liberdade de expressão quanto ao mensalão, o roubo da Petrobras e saber qual é o resultado do que você se expressa, ir para rua se expressar e não seria ouvido! Não parece meio louco? Viva a liberdade de expressão sem significado ou insignificante!!!!!!
Barnabé
06/02/2015 10:33
AGENTES DE TRÂNSITO

14, para não fazer nada, já está de bom tamanho.

Guilherme Schmitz
06/02/2015 09:44
SR HERCULANO!

Suas palavras são bonitas e você tem um arquivo e uma boa memória, respeito e concordo com tudo que está nela.

Você me respondeu:

É verdade! Quem gosta de pobre é o PT. Basta ver o que a gestão do partido fez com a Petrobras, que é patrimônio do povo brasileiro. Nunca ocorreu aos "companheiros" que esses nove que eles escolheram para odiar defendem que pobres e ricos tenham aeroportos decentes. Segundo o jeito petista de fazer as coisas, a verdadeira igualdade consiste em oferecer aeroportos que não prestam para todos, sem distinção entre pobres e ricos.

Mas vamos fazer essa operação lava jato nas gestões passadas?

O que você acha?

Acho que devemos ter blogs como o seu antenado e na cola daqueles que estão saindo do trilho.

Se você o político está fazendo coisa errada tem que sair na imprensa sim, tem que ser julgado, condenado.

ISSO TEM QUE VALER PARA TODOS OS PARTIDOS!

Precisamos divulgar!

O blogueiro acima de tudo precisa ser neutro e não pode estar vinculado com nenhum partido político,porque senão teríamos que chamá-lo de vira bostas.

Fazia um bom tempo que não o acompanhava e ontem acessei a sua página e vi os comentários daqueles que estão sempre aqui reclamando e vomitando suas lamentações e nada fazem pela sua sociedade.

Vou repetir, não estou defendo o PT e sim querendo que as cartas sejam embaralhadas e distribuídas na mesa de forma justa.

EU ESTOU AQUI DE CARA LIMPA E COLOCANDO MEU PONTO DE VISTA DO POUCO QUE EU ENTENDO DE POLÍTICA.

MAS NÃO PRECISO SER MUITO ENTENDIDO PARA VER QUE A CRISE NO NOSSO PAÍS NÃO É ECONÔMICA E SIM POLÍTICA.

CRISE POLÍTICA - BUSCA DE PODER
Herculano
06/02/2015 09:28
reeditando das 9.01
Ao que diz se chamar Guilherme Schmitz

NO DIA DOS US$ 200 MILHÕES, EU ME LEMBREI DE QUE, SEGUNDO VICE-PRESIDENTE DO PT, OS VERDADEIROS INIMIGOS DO BRASIL SOMOS EU E MAIS OITO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Caberá aos órgãos competentes verificar se o que diz Pedro Barusco é ou não verdade. Segundo ele, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, levou entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina, decorrentes de contratos de empreiteiras com a Petrobras entre 2003 e 2013. Ele próprio, Barusco, devolverá US$ 97 milhões aos cofres públicos. Que a Petrobras tenha sido tomada por uma quadrilha, bem, creio que já não haja dúvida a respeito. Agora que o PT começou a morrer - ou, segundo certo ponto de vista, já morreu - cumpre lembrar um fato notável de sua trajetória.

No dia 16 de junho do ano passado, durante a Copa do Mundo, Alberto Cantalice, vice-presidente do partido, publicou no site da legenda um texto odiento, estimulando a caça às bruxas, e fez uma lista - sim, uma lista negra - de jornalistas e comunicadores que, segundo ele, faziam e fazem mal ao Brasil. Ele estava descontente com as críticas àquele projeto do PT que entregava parte da administração federal aos conselhos populares - que nada mais são do que esbirros do PT. Leiam o que escreveu:

"Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas, agora, contra o decreto da Presidência da República que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos, para melhor direcionamento das políticas públicas. Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Danilo Gentili, Marcelo Madureira, entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo."

É verdade! Quem gosta de pobre é o PT. Basta ver o que a gestão do partido fez com a Petrobras, que é patrimônio do povo brasileiro. Nunca ocorreu aos "companheiros" que esses nove que eles escolheram para odiar defendem que pobres e ricos tenham aeroportos decentes. Segundo o jeito petista de fazer as coisas, a verdadeira igualdade consiste em oferecer aeroportos que não prestam para todos, sem distinção entre pobres e ricos.

Em junho do ano passado, o PT enfrentava algumas dificuldades, sim, e a popularidade de Dilma não andava lá essas coisas, mas a reeleição ainda era considerada, como se verificou, a hipótese mais plausível. E os companheiros já faziam seus planos para o quarto mandato, embora fosse evidente, havia pelo menos dois anos, que o país caminhava para a lona.

Nesta quinta, ao tomar conhecimento do depoimento de Pedro Barusco e ao ser informado de que agentes federais tiveram de pular o muro da casa de Vaccari para conduzi-lo para um depoimento, eu me lembrei da lista negra de Cantalice. Eu me lembrei de que, segundo o chefão petista, somos nós, aqueles nove, os verdadeiros inimigos do Brasil. Só para registro: no dia seguinte à publicação do texto deste senhor, as ameaças de agressão e morte que habitualmente chegam a este blog de multiplicaram.

E lembro: não houve uma só entidade ligada à imprensa ou à liberdade de expressão que tenha criticado o PT. O protesto partiu da França, da entidade "Repórteres Sem Fronteiras". Se bem que houve, sim, um jornalista que se inflamou no Brasil: Janio de Freitas. Contra o PT? Não! Contra a "Repórteres Sem Fronteiras". Endossou, assim, o comportamento fascistoide do petismo.

Entendo pessoas como Cantalice e seus petralhas. Imaginem como seria doce a vida dessa turma se toda a imprensa se comportasse como os patriotas dos blogs sujos, que trocam uma opinião por um anúncio estatal - inclusive da Petrobras. O chato para esse partido moribundo é que, a cada dia, fica mais claro onde estão os vilões. Em breve, a lista de Cantalice dos "inimigos do Brasil" incluirá mais ou menos 200 milhões de? brasileiros!
Herculano
06/02/2015 09:24
O DESGOVERNO QUE ROUBA DO POVO MAIS SOFRIDO - JUSTAMENTE O QUE MAIS É ENGANADO E POR ISSO É FIEL NO VOTO - VIA O DESCONTROLE ECONÔMICO. A NOTÍCIA DESTA MANHÃ É TERRÍVEL. INFLAÇÃO DE JANEIRO É DE 1,24% É A MAIOR EM 12 ANOS E NÃO VAI PARAR AI

O conteúdo é do Uol. O Brasil fechou o primeiro mês de 2015 com inflação de 1,24%, a maior desde fevereiro de 2003, quando ela subiu 1,57%.

Em 12 meses, o aumento dos preços chegou a 7,14% e estourou o limite da meta definida pelo governo.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos --ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.

Se a inflação passar desse teto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem que fazer uma carta aberta explicando o motivo do descumprimento da meta.
Guilherme Schmitz
06/02/2015 09:17
Em Resposta ao Roberto Sombrio na Edição anterior

Você fez um lindo texto e não respondeu a minha pergunta!

PORQUE NÃO PRECENSIAMOS ESCANDALOS DOS DEMAIS PARTIDOS?

ELES SÃO SANTOS?

Como você me afirma com tanta certeza que esse roubo foi arquitetado pelos presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Roussef?

Concordo com você quando disse que chegou a hora de lavar o Brasil desses políticos bandidos e não importa qual o partido. Se for preciso que se continue e que venha depois o PMDB, o PP, o PPS, o PSDB, o DEM, o PR e assim por diante.

MAS SABEMOS QUE ISSO QUE NÃO ACONTECE COM OS DEMAIS PARTIDOS.

PORQUE OS OUTROS PARTIDOS PODEM FINANCIAR SUAS CAMPANHAS E O PT NÃO?

Você está sendo ingênuo dizendo que a justiça tarda mais não falha, aqui no Brasil?

Eu não estou querendo colocar panos quentes sobre o assunto ou tapar o sol com a peneira,mesmo porque isso já foi feito muito com os demais governos que por esse País passaram.

O nosso País está do jeito que ta porque as secretarias dos estados desviam a grande parte das verbas.

Se você conferir o dinheiro é enviado mais a grande parte se perde no caminho.

Também concordo que o Político eleito é funcionário do povo e tem como obrigação utilizar o dinheiro dos impostos (dinheiro do povo), para dar assistência e fazer obras em benefício da comunidade. O povo precisa acordar e ver que os políticos ganham muito para não fazer nada.

Eu não tenho partido e não defendo nenhum ideologia partidária,não estou defendendo o PT e esse negócio de acusações me chama a atenção por se falar somente do PT.

Se você não tem rabo preso com nenhum partido vem a concordar comigo!

Agora se você é um alienado de algum partido jamais vai concordar porque terá que tapar os olhos e se fazer de cego.

AGORA RENATO ARTUR?

VOCÊ É OUTRO CIDADÃO QUE DIGITOU, DIGITOU E NADA E NÃO ME RESPONDEU!

CUTUQUEI A SUA FERIDA?

DEVE ESTAR DOENDO BASTANTE!

O CHAPÉU SERVIU PARA VOCÊ?

Estou utilizando o mesmo linguajar chulo que você utilizou para me passar uma resposta sem sentido,ou que não deve ter interpretado com clareza.

Não preciso repetir tudo novamente, basta você interpretar novamente as duas postagens que eu fiz se não conseguir interpretar leia novamente com calma até entender.

Mas não se faz de cego!

Há,
Eu já estava esquecendo:
Porque não se faz um pente fino nas gestões anteriores?
Acredito que o rombo seria bem maior!
Herculano
06/02/2015 08:53
GRAÇA FOSTER TRANSFORMOU A OBEDIÊNCIA CEGA EM DEVER, por Reynaldo Rocha

Não é somente um modo de ser. A covarde instrumentalização de alguém que lhe sirva de anteparo para os tomates podres que merece receber quando em público faz parte das lições de Lula e do manual do PT. Graça, a Graciosa das estrelas tatuadas no braço, a que tem a pele marcada pela fidelidade, foi usada até virar bagaço e jogada no lixo, Como o Dirceu de Lula, a Graça de Dilma fez por merecer. Cada ser pensante sabe a quem deve fidelidade.

De nada adianta o currículo da estagiária que chegou à presidência da maior empresa do Brasil. O que restou foi a defesa cínica, ousada, cega e obtusa da dona da coleira. A mentira reiterada no Congresso. O roubo permitido, a cumplicidade. A incompetência demonstrada no navio que comandou sem saber direito o que é um timão. A humilhação consentida, homenagem às estrelas tatuadas.

Graça morreu para o mercado e para a história. No Brasil, é comum perdoar os mortos. Graça não será perdoada. Presidiu a destruição de uma empresa sólida, errou além da conta, foi conivente com a ladroagem, mentiu para proteger-se e proteger quem a tinha como animal de estimação e nunca teve noção do ridículo que acrescentava à própria biografia. Foi escolhida por ser amiga da feitora cujos berros e ofensas sempre aceitou.

Não vejo em Graça Foster nenhum valor que possa ser ressaltado. Eu a enxergo como é: uma "graça" de pessoa que soube fazer da obediência cega um dever. Ou um ganho. A história dirá. Que venha qualquer um para substituí-la. Ainda que seja outro ladrão, não tatuará no corpo o símbolo do PT. Não exibirá na pele a marca do dono.
Herculano
06/02/2015 08:43
INFELIZA ANIVERSÁRIO, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S.Paulo

A condução coercitiva de alguém para depor no âmbito de uma investigação criminal significa que contra essa pessoa pesam evidências graves. Insuficientes para um pedido de prisão temporária, mas fortes o bastante para levar a polícia a solicitar à Justiça algo além de uma simples intimação.

Nessa condição é que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi conduzido ontem à Polícia Federal para prestar depoimento na nova e nona fase da Operação Lava Jato. Logo de manhã, representantes da PF e do Ministério Público esclareceram qual era a situação.

Vaccari foi chamado para contar o que sabia sobre doações (legais e ilegais) feitas por empresas que mantinham contratos com a Petrobras, pois os investigadores o identificaram como o principal dos 11 operadores que atuavam na Diretoria de Serviços da estatal, comandada por Renato Duque por indicação do PT.

O nome do tesoureiro apareceu na rede dos depoimentos feitos sob os acordos de delação premiada. Aqueles em que o depoente precisa provar o que diz para obter os benefícios pretendidos. Portanto, é de se supor que João Vaccari tenha alguma dificuldade em continuar sustentando as negativas sobre quaisquer relações de proximidade com o esquema de propinas, diante das provas já coletadas.

Pedro Barusco, ex-gerente da Diretoria de Serviços, informou em seu acordo que Vaccari recebia dinheiro fruto de desvios. É claro que a polícia e a Justiça não se fiam apenas na palavra dele. Exigem provas. Ou não lhe conferem benefício algum.

O tesoureiro do PT até então nada havia dito a não ser repetir negativas sobre quaisquer envolvimentos e assim, pelo que transpirou, se manteve em seu depoimento à PF, repetindo o comportamento de seu antecessor Delúbio Soares, hoje em cumprimento de pena de prisão domiciliar. Os tempos, contudo, são outros.

De onde se acreditar na declaração do ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, segundo a qual não há o ?menor constrangimento? para o partido nem para o governo com a condução coercitiva do tesoureiro à PF, há uma distância amazônica.

Até porque partido e governo deveriam ser os primeiros a manifestar desconforto moral. Seria positivo para ambos uma vez na vida demonstrar alguma dignidade. Ainda que para constar. Não se constranger com acontecimentos dessa natureza realmente é comportamento de quem não se acanha diante de coisa alguma.

Verdade que o ministro é o mesmo que equiparou a derrota na disputa à Presidência da Câmara a episódio superável com uma rodada de ?cervejinha?. Mas, para o PT não poderia haver momento pior que a ocasião dos 35 anos de fundação do partido a serem comemorados hoje em Belo Horizonte diante de um triste paradoxo: de um lado a conquista do quarto mandato presidencial consecutivo, de outro uma crise profunda.

A cabeça no Planalto e o restante do corpo atolado no pântano até o pescoço.

Realidade que não foge ao alcance do ministro, da presidente da República nem de nenhum integrante do partido, cujos problemas internos e externos são inúmeros, sucessivos e tão grandes que não há tapete capaz de cobrir a quantidade da poeira acumulada.

Cenografia
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cumpriu o compromisso com os eleitores de não criar obstáculo à instalação de nova CPI da Petrobras. Daqui em diante, no entanto, não é com ele. Uma coisa é a formação, outra bem diferente é o funcionamento, a eficácia da comissão de inquérito.

Frente ao adiantado dos trabalhos da Polícia Federal e da Justiça, a CPI fará, como se dizia antigamente, "visagem".
Herculano
06/02/2015 08:41
POR QUE O PT INSISTE EM CALAR A IMPRENSA?

Por tudo que se divulga, quer esconder que é uma franquia nacional de sacanagens contra o povo, com o dinheiro do povo. Só isto. Por isso precisa de analfabetos, ignorantes, amestrados, dependentes e principalmente de desinformados. Nada mais do que isto, depois de aparelhar tudo para usufruir e calar descaradamente.
Herculano
06/02/2015 08:32
FORA DE CONTROLE, por Merval Pereira, para O Globo

A nota oficial em que o PT tenta rebater as denúncias de que recebeu dinheiro dos recursos desviados nos escândalos da Petrobras é uma demonstração de como o partido está desnorteado. Afirmar que o "partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral" só pode ser brincadeira, depois que, para se defender no escândalo do mensalão, o PT tentou alegar oficialmente que se tratava "apenas de caixa 2", prática comum na política brasileira, segundo o então presidente Lula. O "dinheiro não contabilizado", na expressão do ex-tesoureiro Delúbio Soares, tornou-se uma pérola inesquecível da baixa política.

A cada dia surge uma nova revelação no escândalo da Petrobras que nos vai dando uma dimensão real do que acontecia na maior estatal brasileira. O que espanta não são os números superlativos, nem o fato de a roubalheira correr solta, pois, com relação à área do petróleo, os contratos são realmente astronômicos, e a corrupção, infelizmente, não é coisa nova entre nós.

Saber, por exemplo, que já em 1997 o ex-gerente Pedro Barusco recebia propina da SBM holandesa não é surpreendente. O que espanta no relato do ex-gerente é como o esquema de corrupção existente anteriormente, em que funcionários corruptos se aproveitavam de sua posição para fazer negócios, transformou-se, a partir de 2004, em política, digamos assim, oficial, com o objetivo de financiar partidos políticos da base aliada do governo, que passaram a ser os canais para a nomeação de diretores e gerentes nas áreas mais vitais da empresa.

E, num ambiente desses, mais que nunca o PT se sobressaiu, recebendo a cifra nada desprezível de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões durante esse período, segundo Barusco. O problema para o PT é que a delação premiada pressupõe provas, e Barusco deu várias delas, inclusive uma planilha detalhada com a divisão do butim. E os relatos que se cruzam tornam verossímeis as versões apresentadas por diversos personagens dessa trama macabra.

Augusto Ribeiro Mendonça Neto, proprietário do grupo Toyo Setal, por exemplo, confirmou em audiência na 13ª Vara Federal de Curitiba, na segunda-feira, que o então diretor da área de Engenharia e Serviços da Petrobras, Renato Duque, mandou pagar parte da propina negociada nos contratos fechados com a Petrobras em forma de doação oficial ao PT, e entregou à Polícia Federal depósitos realizados ao PT no valor de R$ 4,26 milhões.

Desde os percentuais que caberiam a cada um, que já haviam sido revelados pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, até detalhes pitorescos, como os apelidos, tudo vai sendo confirmado. O tesoureiro do PT, João Vaccari, levado ontem coercitivamente a depor na Polícia Federal, era o Moch, porque andava sempre com uma mochila. Não é preciso dizer o que levava dentro dela, não é mesmo? Ontem, ao ser encaminhado à Polícia Federal, Vaccari usava a sua indefectível mochila.

My Way, o nome da operação, foi colocado pela PF em homenagem ao apelido de Renato Duque, o diretor que representava os interesses do PT na partilha do butim, o que significa que Duque, mesmo ainda estando em liberdade, já é figura carimbada na investigação.

O ex-gerente que já entrou para o folclore da corrupção ao aceitar devolver US$ 100 milhões (na verdade, pela delação premiada a cifra real é US$ 67 milhões) revela que o seu diretor, Renato Duque, exigia "quinzenadas" de R$ 50 mil retiradas das propinas negociadas. Esse "argent de poche", dinheiro para os gastos mais imediatos, parece nada diante do montante do dinheiro desviado, mas dá a dimensão da grandeza do assalto e da farra com o dinheiro público.

Os 35 anos de criação do PT serão festejados em Belo Horizonte num momento em que o partido chega ao fundo do poço em termos de credibilidade. Claro que Vaccari e outros companheiros serão ovacionados, e provavelmente exortados pelo ex-presidente Lula a não baixarem a cabeça e não se envergonharem da atuação do partido.

Mas nada apagará o fato de que o PT perdeu o controle do Congresso, perdeu o controle da economia e está perdendo o controle da maior estatal brasileira, a Petrobras.
Herculano
06/02/2015 08:30
O MONOPÓLIO DO PETRÓLEO FOI UM ERRO, por José Pio Martins para o jornal Gazeta do Povo, Paraná

"Se a Petrobras é eficiente, ela não precisa do monopólio; se é ineficiente, não o merece", costumava dizer o presidente Castelo Branco. Ele via acerto na decisão de criar uma empresa estatal de petróleo, mas não via razão para aprovar o monopólio e impedir que empresas privadas nacionais ou estrangeiras atuassem no setor.

Ao criar a Petrobras em 1951, Getúlio Vargas não queria uma empresa monopolista. Ele queria uma estatal, mas sem monopólio. A proposta original enviada ao Congresso não propunha o monopólio e admitia, inclusive, a participação estrangeira na Petrobras. A emenda feita no Congresso introduziu a cláusula monopolista, sob discursos inflamados dos que julgavam estar defendendo a pátria, quando na verdade estavam condenando o país a seguir na dependência do fornecimento externo.

A liberdade de ingresso teria gerado quatro benefícios: A Petrobras seria submetida à competição (o que seria bom para a própria estatal), haveria entrada de tecnologia estrangeira, seriam atraídos capitais internacionais para o Brasil (algo importante para uma nação pobre e carente de investidores) e seria reduzida a dependência em relação ao petróleo importado.

Os monopólios são de dois tipos. Os naturais, aqueles que dependem da rede de distribuição tecnicamente impraticável de ser feita por várias empresas, como é o caso da oferta de energia, água e esgoto. Esses são justificáveis. E os monopólios legais, que dão a uma só empresa o direito de explorar determinada atividade, protegendo-a da concorrência. Neste caso, por não ser obrigada a competir, é impossível saber se a empresa é eficiente ou não, além de ser uma proteção para o desperdício, o atraso tecnológico e a corrupção.

O monopólio do petróleo foi um erro, resultante da aliança entre militares nacionalistas, intelectuais comunistas e políticos oportunistas, em uma mistura de fanatismo ideológico e ignorância econômica. Nos anos 40, a implantação da indústria nacional revelou o quanto o Brasil era dependente de suprimentos externos. Aço, celulose, papel, produtos químicos, máquinas e equipamentos eram importados, e a economia brasileira literalmente paralisaria se não fossem os fornecimentos norte-americanos. Como agravante, o país tinha fundamental dependência em relação ao petróleo importado.

Produzir petróleo nacional era necessidade urgente, não importando a origem dos capitais. Melhor seria produzir internamente, ainda que por capitais estrangeiros, porquanto era extrema a vulnerabilidade energética do Brasil, situação que preocupava o próprio governo dos Estados Unidos. A fórmula racional teria sido absorver investimentos e dividir riscos, que eram imensos no setor, deixando os escassos capitais nacionais para atividades de menor risco e remuneração certa.

O monopólio manteve o Brasil atrasado na prospecção e retardou a autossuficiência. Em 1973, quando os preços do barril explodiram, a Petrobras completava 22 anos com o país importando 75% do petróleo consumido internamente. O país, que era um pobre dependente do suprimento externo, viu sua economia ser lançada em grave crise que resultou na explosão da dívida externa, seguida de recessão e desemprego.

A autossuficiência somente viria a ser alcançada após 45 anos da aprovação do monopólio, e só foi possível pela estagnação da economia brasileira. Se a Petrobras tivesse de competir num mercado concorrencial, a corrupção e o desperdício agora revelados teriam lançado a empresa na insolvência econômica. Privá-la de competir fez mal a ela própria e ao Brasil.
Herculano
06/02/2015 08:27
TONS DE CINZA, por Vera Magalhães na Coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo

Em fogo alto depois da implicação de seu tesoureiro no desvio de US$ 200 milhões da Petrobras, o PT prepara uma contraofensiva para apontar que as doações legais de fornecedoras da estatal beneficiaram os principais partidos do país - inclusive da oposição. A ideia é reforçar o discurso de que a Lava Jato está "criminalizando" repasses legítimos de dinheiro e que não há corrupção nessas transações. Ministros petistas dizem crer que a operação terá impacto significativo sobre o PSDB.

Dedo-duro
O PT pretende criticar a condução da operação, no aniversário da sigla, nesta sexta. Dirigentes dirão que, por essa lógica, tesoureiros de outros partidos também deveriam ser ouvidos.

À flor da pele
A condução de João Vaccari Neto à Polícia Federal mexeu com o ânimo de petistas. Ao ouvir um "Tudo bem?" pelo telefone, um dirigente devolveu: "Isso é pergunta que se faça?".

Recado
Integrantes da força-tarefa da Lava Jato acreditam que a luz jogada sobre a Diretoria de Serviços da Petrobras vai ampliar a pressão para que Renato Duque volte a ser preso. A decisão cabe a Teori Zavascki, no Supremo.

Salvação
Quando a PF chegou ao apartamento de um alvo da operação no Rio, a mulher dele, uma juíza, fugiu. Os agentes tentaram dizer que ela não estava envolvida na ação, mas ela ignorou a informação e correu.

Chapéu alheio
O ex-gerente Pedro Barusco disse em sua delação que havia decidido separar parte do dinheiro desviado para doá-lo a instituições de caridade. Também faria transferências para a mulher e para os filhos.
Herculano
06/02/2015 08:17
O CHEFE DO GALINHEIRO, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

As empreiteiras são, até aqui, as vilãs do petrolão. Mas é o Estado quem foi tomado de assalto

Uma espécie de jacobinismo sem utopia - formado de preconceitos contra o capital e sem nenhuma imaginação - estava tomando conta do noticiário sobre a Operação Lava Jato. Alguém ainda acabaria sugerindo que se enforcasse o último defensor do Estado burguês com a tripa do último empreiteiro. A distorção era fruto da hegemonia cultural das esquerdas no geral e do petismo em particular, financiada, em parte, pelos... empreiteiros! A história não é plana.

Era assim até ontem - refiro-me ao tempo físico propriamente, não ao histórico. Nesta quinta, veio à luz parte do conteúdo do depoimento de Pedro Barusco à Justiça. Ele estima que, entre 2003 e 2013, João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT, recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de propina decorrente de contratos das empreiteiras com a Petrobras.

As empreiteiras são, até aqui, as vilãs do petrolão - e não sugiro que sejam transformadas nem em vítimas nem em heroínas. A questão é saber quem dispõe do aparato legal para regular, punir e reprimir. É o Estado. E esse Estado, fica cada vez mais evidente, foi tomado de assalto.

Permito-me uma citação em texto próprio. Na sexta passada, escrevi aqui: "É preciso distinguir a ilegalidade como desvio da norma - por obra de salafrários agindo sozinhos ou em bando - daquela outra, sistêmica, que se revela como forma de conquista do Estado, com a constituição de um governo paralelo, gerenciado por um ente de razão degenerado."

No meu blog, enrosquei com a página do Ministério Público que está na internet. Segundo o que vai lá, as empreiteiras teriam se organizado num cartel para corromper servidores públicos. Depreende-se que a safadeza envolveu, sim, partidos, mas que as ações penais que correm na 13ª Vara da Justiça Federal apuram crimes que poderiam ter existido sem os políticos. É uma fantasia. Querem saber? Chamar a roubalheira institucionalizada, liderada por um partido, de "cartel" ou é erro de tipo criminal ou é licença poética.

Ao arrolar como testemunhas de defesa os petistaços Jaques Wagner, José de Filippi Júnior e Paulo Bernardo, o empresário Ricardo Pessoa, da UTC, deve estar querendo algo mais do que anunciar que esses três indivíduos podem abonar a sua conduta.

Barusco - que aceitou devolver US$ 97 milhões aos cofres públicos - afirma que Vaccari foi uma espécie de celebrante de um acordo entre a quadrilha que tomava conta da Petrobras e agentes de estaleiros nacionais e estrangeiros. Em pauta, 21 contratos, orçados em US$ 22 bilhões, para a construção de navios-sonda. Um por cento teria de ser convertido em propina: dois terços para o tesoureiro e um terço dividido entre Paulo Roberto Costa e agentes da Sete Brasil.

Dilma quer socorrer a Sete Brasil com quase R$ 9 bilhões de dinheiro público. Barusco foi diretor de operações da empresa entre 2011 e 2013. Nesta quarta, Rui Falcão, presidente do PT, veio a público para defender a política de "conteúdo nacional" da Petrobras, que deu origem à Sete Brasil.

Não se trata de saber se empreiteiros corrompem porque o PT se deixa corromper ou se o PT se deixa corromper porque empreiteiros corrompem. É besteira indagar quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. A resposta não está entre a ontologia e a zoologia. A questão que importa é saber quem mandava no galinheiro.
Herculano
06/02/2015 08:09
PT CHEGA AOS 35 COM CORPINHO DE US$ 200 MI, por Josias de Souza

O pior da velhice é a amnésia. O PT, por exemplo, festeja seu aniversário de 35 anos nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, como um velho desmemoriado. Já não é tão atraente. Mas conserva certa capacidade de sedução. Aos trancos, acaba de levar Dilma ao poder federal pela segunda vez. Só não consegue lembrar para quê.

Em maio de 2014, na convenção que aclamou Dilma como recandidata ao Planalto, Lula comparou o PT que ele fundara em fevereiro de 1980 ao ex-PT que ocupa a Presidência da República há 12 anos:

"Nós criamos um partido político foi para ser diferente de tudo o que existia", disse o morubixaba petista. "Esse partido não nasceu para fazer tudo o que os outros fazem. Esse partido nasceu para provar que é possível fazer política de forma mais digna, fazer política com 'P' maiúsculo."

Lula foi ao ponto: "Nós precisamos recuperar o orgulho que foi a razão da existência desse partido em momentos muito difíceis, porque a gente às vezes não tinha panfleto para divulgar uma campanha. Hoje, parece que o dinheiro resolve tudo. Os candidatos a deputado não têm mais cabo eleitoral gratuito. É tudo uma máquina de fazer dinheiro, que está fazendo o partido ser um partido convencional."

Haverá novo discurso de Lula na celebração desta sexta. Será divertido ouvir o que tem a dizer sobre a revelação de que o PT mordeu até US$ 200 milhões em dez anos apenas numa das diretorias da Petrobras convertidas em "máquinas de fazer dinheiro".

Para alguém que aperta o botão do "não sabia" sempre que estoura uma encrenca, Lula até que dispõe de um bom diagnóstico: dinheiro. O diabo é que ele não consegue aviar uma receita. Não é que não enxergue a solução. O que ele não vê é o problema.

Para Lula, "não é possível aceitar gratuitamente a tentativa da elite brasileira de destruir a imagem da Petrobras, uma empresa que durante tantos anos é motivo de orgulho para o nosso povo." Talvez devesse pedir ao companheiro João Vaccari, outro convidado da festa, para deixar em paz as arcas da estatal.

O mensalão não ensinou nada a Lula. "Precisamos começar a nos preocupar, porque o problema não são apenas os companheiros que estão presos", disse ele na convenção de 2014. "O problema é que a perseguição é contra o nosso partido. A perseguição é porque eles não admitem [?] que a gente consiga provar que é possível fazer nesse país o que eles não fizeram durante tantas décadas."

Torça-se para que Lula olhe no espelho antes de seguir para o local da festa do PT nesta sexta-feira. Com sorte, enxergará na imagem refletida o semblante de um culpado. Hoje, rouba-se do erário brasileiro como nunca antes na história desse planeta. E na Petrobras a tinta que nomeou os larápios saiu da caneta de Lula.

O padrinho de Dilma costuma dizer que o melhor a fazer é "partir pra cima" dos seus adversários, endurecendo o discurso. O diabo é que falar em endurecimento na sua idade passa uma impressão menos política do que freudiana. De resto, um partido como o PT -35 anos, com corpinho de US$ 200 milhões - já perdeu muito da sua capacidade de endurecer.
Herculano
06/02/2015 08:04
PT LEVOU SÓ DA OAS MAIS DE R$ 215 MILHÕES, por Cláudio Humberto na coluna que ele publicou hoje nos jornais brasileiros

A empreiteira OAS é suspeita de haver pago ao menos R$ 215 milhões ao PT a titulo de propina, nos governos Lula e Dilma, segundo concluiu a força tarefa da Operação Lava Jato. A propina equivale a 3% do valor dos contratos da OAS na Petrobras. A quantia é exatamente a que o Ministério Público Federal pretende recuperar para os cofres públicos. Segundo a Lava Jato, o PT levou 3% do que as empreiteiras recebiam.

Só uma diretoria
A estimativa de Barusco, ex-gerente que devolverá US$100 milhões roubados, refere-se apenas aos negócios gerados por sua diretoria.

Presidente preso
José Aldemário Pinheiro, vulgo "Leo Pinheiro", presidente da OAS, foi um dos executivos de empreiteiras presos na Operação Lava Jato.

Quase meio bilhão
O ex-gerente Barusco estimou em depoimento à Justiça que só o PT recebeu, ao todo, entre US$ 150 e 200 milhões no roubo à Petrobras.

Uníssono
Ex-diretores presos, Renato Duque e Paulo R. Costa, também delatam o valor de 3% pago ao PT a título de propina no esquema do Petrolão.

POSSE DE UNGER ATÉ PARECIA VELÓRIO DO GOVERNO
O clima de enterro marcou a posse de Mangabeira Unger na Secretaria de Assuntos Estratégicos, ontem, em razão da Operação My Way, da Polícia Federal, que investiga o papel do PT no roubo à Petrobras. A notícia da condução coercitiva de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, ajudou a derrubar o ânimo de Dilma, que exibia uma expressão tão carregada que a atitude dela contaminou os poucos presentes.

Clandestinidade
A posse de Mangabeira Unger foi quase clandestina, em sala pequena. Em nada lembrou as outras posses festivas, com muitos convidados.

Velório
Dilma tinha a expressão carregada, numa atitude compungida que se espalhou entre três dezenas de pessoas presentes na posse.

SeAlopra
Unger já ocupou a pasta de "Assuntos Estratégicos" no governo Lula. Mas era chamada de Secretaria de Assuntos a Longo Prazo, SeAlopra.

Roubaram demais...
O ex-gerente Pedro Barusco estima que o PT levou US$ 200 milhões (R$ 420 milhões) em propinas, no assalto à Petrobras. Somente em negócios da diretoria chefiada por Roberto Duque, o então concunhado que o ex-ministro José Dirceu indicou para a diretoria de Serviços.

Chega de marajá
O evangélico Cabo Daciolo (PSOL-RJ) iniciou mandato apresentando o Projeto de Decreto Legislativo 1/2015, que revoga o aumento do salário dos deputados: "Enquanto isso, Educação sofreu corte de R$7 bilhões".

Baião de dois
Não tem jeito de melhorar. A desempregada Luciana Genro arrumou uma boquinha: foi nomeada "coordenadora geral" da bancada do PSOL na Assembleia gaúcha, com salário de R$ 16,9 mil. O partido tem só um deputado, Pedro Ruas, agora líder da bancada do "eu sozinho".

Pindaíba
De forma discreta, as chefias do Ministério das Relações Exteriores recomendaram a seus funcionários que levem papel higiênico para o local de trabalho, dada a escassez de recursos para compra-lo.

Discórdia no ninho
A senadora Lúcia Vânia abriu fogo contra o PSDB e ameaça deixar o partido. Segundo a senadora, Aécio Neves (MG) "mordeu o anzol" de Renan Calheiros (PMDB-AL) e "colocou em xeque sua credibilidade".

Ponto de vista
No retorno à Câmara, deputados veteranos reclamavam da localização de seus gabinetes, que não estariam à altura a seus padrões. Já um deputado novato se surpreendeu: "tem até banheiro!", comemorou.

Avalanche de CPI
Enquanto a oposição se articula para viabilizar nova CPI da Petrobras, os petistas Carlos Zarattini (SP) e Reginaldo Lopes (MG) correram contra o tempo na quarta (4) por assinaturas para emplacar as CPIs do Sistema Carcerário e do Desaparecimento e Morte de Negros Pobres.

Só na ressaca
Na ressaca da bebedeira após a posse no domingo (1o) e a eleição ao comando da Câmara, da qual Eduardo Cunha (PMDB) saiu vitorioso, muitos deputados "fugiram" de Brasília na quarta (4) ainda pela manhã.

Pensando bem...
... com o escândalo do Petrolão, a condução coercitiva do tesoureiro do PT e a posse de Mangabeira Unger, o governo Dilma está cada vez mais Lula.
Roberto Sombrio
06/02/2015 07:48
reeditado de ontem às 23.09

Oi, Herculano.

Vamos refrescar a memória do Guilherme.

Não importa quem roubou. O que importa é que alguém da justiça resolveu dar um fim na corrupção.

Porque veio à tona? Porque é o maior esquema de roubo contra o povo brasileiro arquitetado pelos presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Roussef. Veio à tona por sua imensidão que até agora, só na Petrobrás soma a quantia absurda de R$ 88 bilhões o que corresponde a 440 Mega da Virada, que no natal passado (2014) pagou um premio um pouco maior que R$ 200 milhões.

Chegou a hora de lavar o Brasil desses políticos bandidos e não importa qual o partido. Se for preciso que se continue e que venha depois o PMDB, o PP, o PPS, o PSDB, o DEM, o PR e assim por diante.
Já que o povo brasileiro não tem capacidade nem inteligência para expurgar essa corja, que sejam expurgados pela justiça.

É sempre assim. A justiça tarda, mas não falha.

O que mais me espanta senhor Guilherme é saber que ainda tem brasileiros querendo colocar panos quentes sobre o assunto, querendo tapar o sol com a peneira, procurando desculpas, procurando pelo em ôvo. É por isso que o país está um lixo, sem saúde, sem educação, sem a duolicação da BR 470 e Gaspar com um monte de obras feitas a machado e inacabadas.

E o povo continua votando nesses mesmos políticos só porque recebem durante as campanhas a cada dois anos um apêrto de mão ou um tapinha nas costas.

Político eleito é funcionário do povo e tem como obrigação utilizar o dinheiro dos impostos (dinheiro do povo), para dar assistência e fazer obras em benefício da comunidade. O povo precisa acordar e ver que os políticos ganha muito para não fazer nada.
Herculano
06/02/2015 07:38
O PT E AS FREIRAS, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

O PT celebra seu aniversário nesta sexta (6) com uma festa em Belo Horizonte. O noticiário sobre o partido deveria envergonhar os militantes que participaram de sua fundação há 35 anos, no auditório de um colégio de freiras.

Não há outra reação aceitável diante das novas revelações que vinculam a legenda à roubalheira na Petrobras. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-gerente Pedro Barusco afirmou que as propinas destinadas ao PT foram de até US$ 200 milhões. Ele disse que os desvios ocorreram de 2003 a 2011, do início do governo Lula ao início do governo Dilma.

As afirmações do delator são reforçadas por documentos apreendidos pela PF. Em uma planilha que registra a partilha do dinheiro, o PT aparece como destinatário de comissões em nada menos que 71 contratos. A lista inclui obras bilionárias como as construções da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

O protagonista desse enredo é o tesoureiro do PT, João Vaccari. Com Barusco, já são três os integrantes da quadrilha que o apontam como o responsável por recolher propina para a sigla. O tesoureiro nega tudo, mas o que ele diz não condiz com o que faz.

Após prestar depoimento à PF, na manhã desta quinta (5), Vaccari afirmou em nota que "há muito ansiava pela oportunidade de prestar os esclarecimentos que nesta data foram apresentados à Polícia Federal".

Poucas horas antes, agentes da PF haviam tocado sua campainha na zona sul de São Paulo. Embora os visitantes tivessem em mãos um mandado judicial, o petista se recusou a abrir a porta. Os policiais tiveram que pular o muro da casa para conduzi-lo à força até a delegacia.

Na mesma nota, Vaccari declarou piamente que o PT "não tem caixa dois nem conta no exterior", "não recebe doações em dinheiro e somente recebe contribuições legais". Com o histórico recente do partido, não conseguirá convencer nem as freiras do Colégio Sion.
Luiz Eduardo Gaspar
06/02/2015 07:31
É MOLE OU QUER MAIS? Então, assopra vai !

Quando uma porta se fecha outra se abre. O ciclo da vida mostra momentos diferentes, especialmente na vida pública e no meio político.

O ex-Procurador Geral do Município de Gaspar, o Advogado Mário Wilson da Cruz Mesquita, assumiu esta semana a Diretoria Jurídica e Legislativa da Câmara de Vereadores de Brusque. A Portaria assinada no último dia 02 de fevereiro pelo Presidente daquela Casa de Leis é a nr. 08/2015. Santo de casa não faz milagre, mas é reconhecido em Brusque!

Mesquita saiu da Prefeitura de Gaspar acusando Zuchi de ser omisso e conivente com as irregularidades e falcatruas praticadas por alguns dos seus apadrinhado do PT local (os chamados luas pretas), foi para Brusque trabalhar e lá foi um dos Advogados que nas últimas eleições de 2012 motivaram a cassação do Prefeito petista Paulo Eccel (que continua comandando a cidade com uma liminar em baixo do braço).

Agora ... É o queridinho dos políticos de oposição de lá e de alguns empresários que respiram política no município vizinho. Dizem que o Prefeito Paulo Eccel está prestes a ser oficialmente cassado no TSE em Brasília, se isto acontecer com ele e com o Vice-Prefeito, quem assume a Prefeitura de Brusque é o Presidente da Câmara Roberto Pedro Prudêncio Neto. É mole ou quer mais?

A vida realmente é um ciclo... Uma dia de maré baixa e outro de maré alta.

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