Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

18/11/2014

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O TEATRO PETISTA I

Leitores e leitoras da minha coluna sabiam havia dois anos deste teatro que o PT de Brasília, de Blumenau e de Gaspar montou de forma deliberada, na franquia nacional de sacanagens, contra a cidade, os cidadãos,cidadãs pagadores de pesados impostos e o Vale do Itajaí. Tratam-nos como imbecis, otários ou gado obrigado no brete, à espera do sacrifício. Sempre fui voz discordante de uma imprensa preguiçosa, viciada ou comprometida intelectualmente diante do óbvio. E por isto sou humilhado e constrangido frequentemente. Agora, mais uma vez estou de alma lavada. Mas, triste. 

O TEATRO PETISTA II

Não falo da imprensa de Gaspar e que, sem alternativas numa comunidade minada, ameaçada, subornada com indecentes migalhas, é dominada, é constrangida a todo instante a se curvar ao poder de plantão. Um poder pérfido na coragem e no desplante até de intimidar quem simplesmente se arrisca a dar opinião pública e livre na minha coluna. Refiro-me claramente à imprensa do Vale como a RBS, a Ric Record, ou as rádios que reproduzem o noticiário do Jornal de Santa Catarina, de Blumenau. A nota deste final de semana da empreiteira mineira Artepa Martins, sobre a saída dela da Ponte do Vale, parece até que foi redigida por mim ou copiada dos textos que fiz e publiquei aqui.Desfecho previsível. Era impossível que só eu o tinha percebido ele. Vergonha para todos nós.

O TEATRO PETISTA III

Coincidentemente, a nota sai quando os maiores empreiteiros,compelidos ou coniventes com a ladroagem pública e desmedida na Petrobrás ? e terá mais outros órgãos-, foram presos pela Operação Lava Jato, fruto da coragem solitária de um juiz em Curitiba e de uma Polícia Federal que não conseguiu ser a polícia do PT, da Dilma, do Lula, do José Dirceu, do... Coincidentemente. sabe-se que este tipo de farra com o dinheiro dos nossos pesados impostos comprometeu também as verbas para a nossa Ponte do Vale e outras obras essenciais como a Ponte da Saudade, a duplicação da BR-470, finalização da BR-101...  

O TEATRO PETISTA IV

Sem grossas propinas reveladas agora, dificilmenteas verbas são liberadas pelo organismo corrupto liderado pelo PT, PMDB, PP, PC do B, PDT, entre outros. Coincidentemente, a nota da Artepa Martins saiu quando se sabe que o Brasil está quebrado devido à incompetência gerencial dos agentes públicos, escolhidos pelos políticos que elegemos democraticamente.Coincidentemente, a nota saiu depois que a presidente reeleita Dilma Vana Rousseff não sinalizou nenhum milímetro de como lidará com o futuro das obras públicas, a não ser fraudar a Lei de Responsabilidade Fiscal levando o país ao buraco e à falta de credibilidade mundial. Pior, ainda não sinalizou como sair da enrascada em que está metida e que compromete o nosso futuro. 

O TEATRO PETISTA V

A lacônica, agonizante e tardia nota da Artepa Martins, empreiteira que o PT não queria ter aqui, como insinuou no processo de licitação e que chegou até ser ?vigiado? pelo PMDB e PSD locais (lembram?), é, todavia, o retrato de uma realidade que relatei várias vezes, sendo desmentido, sucessivamente, em entrevistas, discursos públicos feitos pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, a vice Mariluci Deschamps Rosa, a ex-secretária do Planejamento, Patrícia Scheit, os vereadores Amarildo José Rampelotti, o campeão de votos, o cunhado do prefeito, Antônio Carlos Dalsochio, a assessora de comunicação e tantos outros, entre elas a própria gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti, na época nas Relações Institucionais.

O TEATRO PETISTA VI

O que estampava na sexta-feira o portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais lido, o mais acreditado e que não precisa se pendurar financeiramente no poder de plantão para sobreviver, disfarçar ou mentir? ?Ponte do Vale: empresa anuncia desmobilização?. O que a manchete diz na verdade? Desmentiu parte da solenidade criada para a ?assinatura? da ordem se serviço para a duplicação da BR-470 no ginásio João dos Santos. Ali, a ministra Ideli, do nada, para o espetáculo, discursos, emoções, falsas esperanças e manchetes dos que comem cru, inventou uma verba de milhões de reais no Ministério das Cidades, ordenada diretamente pela presidente Dilma Vana Rousseff. E para ser liberada no dia seguinte. 

O TEATRO PETISTA VII

Verba virou mistério. Sumiu. Foi ?transferida? para outra obra e não se sabe onde. Na confusão e mentiras, virou uma emenda parlamentar para salvá-la. Mas depende até hoje da aprovação do Congresso. E mesmo ele aprovando-a, não existem recursos nos cofres do tesouro, surrupiados por má gestão e sacanagens mil contra nós.Verba que patrocinou muitas viagens do prefeito de Gaspar a Brasília para liberá-la da burocracia do governo, como ele mesmo argumentava, apesar do padrinho Décio Neri de Lima, PT, estar por lá e, segundo ele próprio dizia aqui na busca de votos, com portas abertas no Palácio do Planalto e nos ministérios. O que a nota de sexta-feira da Artepa Martins desmentiu? Os fatos, as fotos, os discursos, o teatro, os números falsos e as histórias inventadas ou mal contadas. Mais. Muito mais. Retirou a tinta da caneta que Ideli deu a Zuchi, como prova do seu compromisso por Gaspar e o Vale do Itajaí era para valer. E teve gente que acreditou e propagou. Eu não. Esclareci. 

O TEATRO PETISTA VIII

De acordo com a nota da Artepa Martins e não desmentida pela prefeitura em uma só vírgula, o valor atual da dívida com a empresa por etapas já realizadas é de R$ 8,4 milhões (R$ 3,0 milhões seriam juros). Para a conclusão da obra são precisos outros tantos (no mínimo 20% de R$ 43 milhões). É isto que verdadeiramente se precisa para terminar a ponte, sem as alças para o povo da Margem Esquerda. Façam as contas e digam-me se não batem os números da empreiteira enganada pelos nossos políticos, com o que sempre escrevi e disseram que eu desconhecia a arte de somar e diminuir? Lembro a prefeitura de Gaspar assumiu perante o governo federal e a empreiteira R$ 21.298.172,65 para a segunda etapa das obras. Falta honrar. Triste desfecho. Todos nós perdemos com a irresponsabilidade dos nossos políticos. Resultado? Mais numa vez o Vale do Itajaí ficou sem mobilidade, em discursos armados, e que a imprensa caiu como uma bobinha. Ah! Eu não? Acorda, Gaspar! 

SOBRE O TRAPICHE

Do leitor desta coluna na internet, a mais acessada e de maior credibilidade, Igor de Souza. Ele é morador da Rua Amazonas, no bairro Bela Vista, e defendida pelo vereador Giovano Borges, PSD, ?A data 14/11/2014 não pode passar em branco. O bairro está em festa: da imundice; das mentiras; dos interesses pessoais; da humilhação; da enganação; da proliferação de doenças; do aumento de roedores, insetos, usuários de drogas no material abandonado pela a empresa [empreiteira]. Enfim, hoje faz dez meses de atraso para concluir as obras da Rua Amazonas. Não sou eu quem está falando. Tem duas placas que estão dizendo isso. Quando que essa obra será concluída? Com a palavra, os vereadores do governo e vereador simpatizante?. 

Não tem jeito. Nesta quinta-feira, mais uma licitação para obras na creche Dorvalina Fachini. Para quê? Arrumar o pátio. Esta creche nem foi inaugurada, é a mais cara construída e com muitos problemas. É uma das seis mil que Dilma Vana Rousseff, PT, mandou construir para a propaganda e desperdício. Como toda obra com verba federal, sempre com problemas. 

Não tem jeito. Vem aí mais um capítulo do lixo reciclável.

Tem políticos catarinenses que colocaram as barbas de molho. A operação Lava Jato anunciará em breve os mais de 70 políticos implicados com a corrupção do petróleo. 

Pensando bem. Qual a razão para um prefeito ir agora à Brasília? Precisará de muita cara de pau para justificar as diárias. 

Como se disfarça. O Projeto de Lei sobre a instalação, funcionamento, administração e fiscalização dos cemitérios e crematórios de Gaspar foi comemorado na sua aprovação pela prefeitura. E o press release?esqueceu? tudo o que se regulamentou sobre os crematórios, feito sob encomenda. 

O servidor municipal Luiz César Henning reabriu a ocupação da Tribuna Livre na Câmara de Gaspar. Ele mostrou a incoerência do governo gasparense: exige normas dos cidadãos e empresa, mas a própria em mesmo assunto não cumpre. Triste. 

O pilar da democracia é a pluralidade. O PT prega, escreveu que quer a hegemonia (inclusive nos conteúdos culturais). Está disponível no site para quem duvidar. E quem não pensar igual e agir como um cordeiro, é inimigo. Fascistas, nazistas e comunistas pensam igualzinho. Era o que estava nos faltando. Wake up, Brazil! 

Edição 1641

Comentários

Herculano
20/11/2014 21:44
BONITINHA, MAS EXTRAORDINÁRIA

A coluna para a edição impressa de amanhã do jornal Cruzeiro do Vale já está pronta.

Ela ficou graficamente mais bonitinha e mais curta. Para comemorar o aumento do espaço, com menos informação, ou detalhamento, fui diretamente no ponto. Toda bonitinha, segundo, Nelson Rodrigues, pode ser ordinária.

Para não cair em tentação, tentei dar ela o recado: extraordinária. Nela mostro como Hilário José Melato, PP, por poder e sacanagem se move para continuar mandando na Câmara de Gaspar. Acorda, Gaspar!
Herculano
20/11/2014 19:36
AQUILO QUE TODO BRASILEIRO MÉDIO INFORMADO TINHA CERTEZA, MAS TODOS ESCONDEM PARA ENGANAR ANALFABETOS, IGNORANTES, DEPENDENTES E PROTEGER UM ESQUEMA DE LADRÕES APLAUDIDO POR FANÁTICOS QUE DIZEM TER UMA CAUSA: O ENRIQUECIMENTO DE POUCOS PARA SE MANTER NO PODER E PODER ASSIM ROUBAR MAIS DOS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS, OS TROUXAS.

Mendes: Mensalão é 'pequenas causas' frente à Lava Jato, diz a manchete da reportagem de Beatriz Bulla, da sucursal de Brasília, para o jornal O Estado de S. Paulo. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparou nesta quinta-feira, 2 as investigações na Operação Lava Jato ao processo do mensalão. Citando os valores envolvidos nos dois casos, o ministro afirmou que "agora, a ação penal 470 (mensalão) teria de ser julgada em juizado de pequenas causas, pelo volume que está sendo revelado" na Operação Lava Jato, que está revelando um esquema de corrupção na Petrobras.

"Nós falávamos que estávamos a julgar o maior caso, pelo menos de corrupção investigado, identificado. Mas nós falávamos de R$ 170 milhões", disse Gilmar, sobre o mensalão. Ao falar da Lava Jato, o ministro alertou que é um caso de proporções bem maiores. "Estamos a ver que esse dinheiro está sendo patrimonializado. Quando vemos uma figura secundária que se propõe a devolver US$ 100 milhões, já estamos em um outro universo, em outra galáxia", disse, em referência às notícias de que o ex-gerente-executivo da diretoria de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, fechou acordo de delação premiada em que se compromete a devolver o valor e contar o que sabe sobre o esquema de corrupção e propina na estatal.

O ministro avaliou como "lamentável" que o esquema revelado pela Lava Jato já estivesse em operação durante o julgamento do mensalão. "Nem o julgamento do mensalão e nem as penas que foram aplicadas tiveram qualquer efeito inibitório. Mostra que é uma práxis que compõe a forma de atuar, de gerir, administrar."

Questionado se o processo que derivar da Operação Lava Jato pode se estender por anos no Supremo, como foi o caso do mensalão, Gilmar Mendes disse que hoje há "uma tecnologia processual mais moderna, com o trabalho das turmas". Desde junho, as ações penais são remetidas às turmas do STF e não ao plenário, como forma de agilizar o julgamento. "Mas certamente pode ser um caso trabalhoso. E também já se faz previamente a divisão dos processos. Haverá distribuição, definição de competência", disse Gilmar Mendes.
Cleuza Procopio
20/11/2014 19:16
Herculano

Com a dupla faísca e fumaça, Eduardo e Juvino.
Do jeito que as coisas vão, o sintraspug precisa mudar urgente seu slogan para, CADA VEZ MAIS FRACO. Os dois são muito enrolados, um é omisso e o outro não gosta de trabalhar. Como é que vamos conseguir alguma coisa, e agora vão dar aumento para meia duzia, pra ajudar o carecão a ser prefeito e o restante? O que importa é ficar mais um pouquinho na boquinha do sindicato até se livrar da sala de aula.

Herculano
20/11/2014 17:40
ELE SABIA DE TUDO COMO AFIRMA O DOLEIRO ALBERTO YOUSSEFF? PERGUNTEM À POLÍCIA FEDERAL E AO MINISTÉRIO PÚBLICO, DIZ LULA SOBRE O LAVA JATO. MAIS. ELE CONTINUA NO PALANQUE ELEITORAL IGNORANDO QUE O BRASIL E O GOVERNO ESTÃO MERGULHADOS NUMA CRISE GRAVE.

O texto é de Denise Paro, para o Uol (Folha de S. Paulo), em Foz do Iguaçu, no Paraná. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou falar nesta quinta-feira (20) sobre a operação Lava Jato da Polícia Federal durante evento em Foz do Iguaçu (Paraná), onde participou do encontro "Cultivando Água Boa", promovido pela Itaipu Binacional.

Ao ser questionado por jornalistas quando deixava o evento, Lula falou para imprensa procurar órgãos oficiais. "Perguntem para a Polícia Federal e para o Ministério Público."

Um esquema bilionário de lavagem e desvios de dinheiro envolvendo a Petrobras veio à tona em março deste ano, quando a PF deflagrou a operação Lava Jato. Na época, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, considerado o chefe do esquema, foram presos. Na última semana, 24 investigados foram presos, mas 11 deles já foram soltos após prestar depoimento. Um dos presos, o ex-diretor Renato Duque, teria sido indicado ao cargo pelo PT.

Em palestra proferida no encontro, o ex-presidente defendeu o governo Dilma e disse que aqueles que atacam a presidente terão uma surpresa com o segundo mandato dela. "Vão ter uma surpresa extraordinária porque ela sabe que ela tem que fazer o melhor governo desse país. Ela sabe que daqui a quatro anos vai ter que escolher qual a imagem que ela quer deixar depois de uma mulher governar esse país durante 8 anos". Para Lula, Dilma vai dar um "show" no segundo mandato dela.

Lula lembrou ainda as dificuldades que passou em seu primeiro mandato e da tentativa de impeachment. "Tentaram até falar em impeachment para mim, eu disse para eles: 'vocês querem impeachment, nós vamos disputar na rua, vamos na rua conversar com o povo'. Eles têm que aprender respeitar o resultado da democracia, a democracia ganha quem tiver mais votos, aqueles que têm mais eleitores", pontuou.

No discurso, Lula também enfatizou a importância do programa Bolsa Família e da distribuição de renda no Brasil. "Se criou nesse país a ideia e de que o Bolsa Família sustenta vagabundo. E quem fala isso, às vezes, são pessoas que não conhecem. As pessoas não sabem o efeito multiplicador da política de transferência de renda".

Antes de iniciar a palestra, o ex-presidente pediu que a plateia se levantasse para fazer um minuto de silêncio, em homenagem ao ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que esteve à frente da pasta durante seu governo e morreu hoje.

O ex-presidente esteve acompanhado do Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e do diretor geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek. Ele deixou o evento por volta das 13h.
Miguel José Teixeira
20/11/2014 16:58
Senhores,
O que ela diz:
?país sairá mais forte das investigações de escândalos? (Presidenta Dilma)
O que está acontecendo:
Construtora sueca deixa o Brasil por causa do ?petróleo?

A Skanska, maior construtora dos países nórdicos, vazou ontem em Nova York junto a bancas de advocacia contratadas para o acompanhamento do escândalo do "petrolão" que vai encerrar suas operações no Brasil. A decisão está associada às denúncias contra a Petrobras. A informação causou grande aflição nas áreas financeira e de consultoria nos Estados Unidos. O temor é que a empresa sueca esteja puxando a fila de uma debandada em bloco. O RR procurou insistentemente a Skanska, que não se pronunciou. A Petrobras também não se manifestou sobre o assunto. A decisão da Skanska significaria a abrupta suspensão das obras de construção de uma Unidade de Destilação Atmosférica e à Vácuo dentro do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), prevista para ser concluída em 2016. A Skanska detém 40% do consórcio responsável pelo projeto - o restante pertence a um pool de empresas nacionais. O empreendimento - que prevê o processamento diário de 150 mil barris de petróleo - está orçado em R$ 1,1 bilhão.
Com faturamento anual de US$ 20 bilhões, a Skanska é a responsável ainda por um projeto emblemático: a reconstrução das torres gêmeas de Nova York. A empresa desembarcou no Brasil com foco no setor de petróleo e gás e, mais especificamente, na Petrobras. Participou da construção da Termelétrica da Baixada, usina localizada em Seropédica (RJ) e controlada pela estatal. A curta biografia dos nórdicos no país inclui ainda a tentativa de participar da implantação da usina nuclear de Angra 3. No entanto, a Skanska acabou inabilitada na concorrência. (Fonte: Relatório Reservado)

Arara Palradora
20/11/2014 16:33
Querido, Blogueiro:

Com tantas notícias fervilhando por aí ,porque o IBOPE e o Datafolha não medem mais a popularidade da Dilma?

A vez do PMDB corrupto na Operação Lava Jato vai ser amanhã.
Fernando Baiano vai falar o que sabe.

Já notasse que não dá para escrever corruPTo sem o PT?
Virou nódoa!

O Satanás levou para sí um ser nefasto com "descompensação de fibrose pulmonar". Foi na frente pra ir arrumando o lugar pro seu chefe querido, onde não há embargos infringentes, liberdade provisória, habeas corpus, leitura de livros que dão pontos e direitos à liberdade e liberdade condicional.
Já foi tarde e não me fará falta.
Juju do Gasparinho
20/11/2014 16:16
Prezado, Herculano:

Assisti no jornal da Record ontem a noite, o Ministro Mercadante prevendo terríveis desgraças sobre nós, foi hilário! Puro terrorismo!
Disse que se o Congresso não aprovar as modificações na LDO, as
empresas irão quebrar, o desemprego será generalizaado, os marcianos invadirão o planeta Terra, o sargento Garcia prenderá o Zorro, e o diabo a quatro.
Para esse PeTralha boçal (qual PeTralha não é boçal?), só faltou dizer que seria o fim da humanidade.
O escândalo do PeTrolão está deixando a PeTralhada fora da casinha.

Postado às 11:54hs.
Márcio Thomas Bastos, um dos grandes responsáveis pela inversão de valores no direito brasileiro.
Um PeTralha a menos. Será que vai virar passarinho?
Herculano
20/11/2014 14:36
DEFINITIVAMENTE SOMOS UM PAÍS DE POLÍTICOS CORRUPTOS. MAIS UMA OPERAÇÃO É DEFLAGRADA PELA POLÍCIA FEDERAL PARA BUSCAR LADRÕES DO DINHEIRO PÚBLICO QUE SURRUPIAM O DINHEIRO DOS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS QUE DEVIAM ESTAR NA SAÚDE PÚBLICA, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, OBRAS COMO A PONTE DO VALE, A PONTE DOS SONHOS, A DUPLICAÇÃO DA BR 470...

Estão sendo cumpridos hoje 193 mandados judiciais: 163 pessoas conduzidas coercitivamente, 26 buscas e 4 prisões temporárias. Os mandados são cumpridos em nove estados (Rondônia, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe), além do Distrito Federal. Segundo a PF, uma das conduções coercitivas ocorre na Espanha.

De acordo com as investigações, também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos em um ?fundo de propina? que chegava a movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês.

A PF informou que foram encontradas irregularidades em contratos das oito secretarias estaduais: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Agricultura, Assistência Social, Obras e Serviços Públicos, além da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD). Os contratos sob suspeita superam R$ 290 milhões.

Entre os contratos investigados, consta o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), fornecimento de alimentação a hospitais e presídios, compra de medicamentos, aluguel de viaturas, serviço de vigilância armada em escolas e hospitais, contratação de empresa de publicidade, entre outros.

Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, fraudes à licitações, concussão e corrupção ativa e passiva
Herculano
20/11/2014 12:56
MORRE O FUNDADOR DAS CASAS BAHIA

Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, morreu na manhã desta quinta-feira aos 91 anos. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, havia 15 dias.

No Brasil, se estabeleceu em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, onde inaugurou sua primeira loja, em 1957. Começou trabalhando no comércio e também como mascate, indo de porta em porta vender roupas de cama e outros produtos até juntar renda suficiente para iniciar seu negócio.

O nome Casas Bahia foi dado em homenagem aos nordestinos, seus principais fregueses.
sidnei luis reinert
20/11/2014 12:18
PT mantém guerrilha nas redes
Militantes virtuais que atuaram na campanha de Dilma continuarão sendo pagos para defender as ações do governo, neutralizar críticas e atacar adversários

http://www.istoe.com.br/reportagens/391371_PT+MANTEM+GUERRILHA+NAS+REDES
sidnei luis reinert
20/11/2014 12:10
Procuradoria-Geral cobra que General Enzo casse medalhas militares dadas a condenados no Mensalão


O General de Quatro Estrelas Enzo Martins Peri levou uma "farda justa" da Procuradora da República Eliana Pires Rocha. O Comandante do Exército tem até segunda-feira que vem para responder, oficialmente, à Procuradoria Geral da República, "quais medidas foram ou vem sendo adotadas" para a exclusão dos quadros da Ordem do Mérito Militar dos nomes de condenados na Ação Penal 470 - popularmente conhecida como Mensalão.

O General Enzo terá de explicar se cumpriu (ou não) a determinação legal de cassar a Medalha do Pacificador (maior honraria do Exército) concedida, em 2003, ao ex-deputado federal José Genoíno (um ex-guerrilheiro, "colaborador" das Forças Armadas como delator na Guerrilha do Araguaia, na década de 70, e que também foi assessor especial do Ministério da Defesa, enquanto esteve sem mandato, na Era Lula-Dilma, até ser condenado por corrupção ativa no Mensalão).

O Ministério Público Federal também cobra que o General Enzo informe se já cassou as mesmas Medalhas do Pacificador dadas aos ex-deputados João Paulo Cunha, Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson. A medida de cassação também vale para a Comenda da Ordem do Mérito Militar. Além de Roberto Jefferson, o título distintivo de "Comendador" foi dado ao ilustre reeducando José Dirceu de Oliveira e Silva - hoje curtindo a benesse da prisão domiciliar.

Por um assunto banal como este, que nada tem a ver com a segurança nacional, o Procurador-Geral Rodrigo Janot pode criar problemas para o Alto Comando do Forte Apache. A "farda justíssima" no General Enzo é o Inquérito Civil número 1.16000.000712/2014-17. O processo foi aberto pelo Ministério Público Federal a pedido do Coronel reformado e advogado Pedro Ivo Moézia de Lima. No dia 10 de março deste ano, injuriado com a demora na cassação das medalhas aos mensaleiros, o militar entrou com uma representação que, no dia 30 de outubro, se transformou no Ofício 8.122/2014/PRDF/ER ao General Enzo.

O que o Coronel Moézia pediu e o MPF agora exige que se cumpra é o artigo 10, II, a, do Decreto 4207/2002. A regra é claríssima: "Perderá o direito ao uso da Medalha do Pacificador e será excluído da relação de agraciados o condecorado nacional ou estrangeiro que tenha sido condenado pela Justiça no Brasil, em qualquer foro, por sentença transitada em julgado, por crime contra a integridade e a soberania nacionais ou atentado contra o erário, as instituições e a sociedade brasileira. A cassação será feita ex-officio em ato do Comandante do Exército em Exercício.

O silêncio oficial do General Enzo sobre o assunto é um dos motivos de revolta de oficiais da reserva e, também, da ativa. Em franca oposição ao governo Dilma Rousseff e contrários à Comissão Nacional da Verdade (que agora encerra os trabalhos de revanchismo histórico escancarado), os militares não aceitam a postura "exageradamente diplomática e em cima do muro do quartel" do General Enzo neste caso específico da Medalha do Pacificador e da Ordem do Mérito Militar.

Já se articula até um movimento em massa de devolução das honrarias, em cerimônia pública de protesto, caso o General não dê a única resposta possível nesse episódio: o Exército cassou a Medalha dos Mensaleiros, e PT saudações. A "ativa reserva" também cobra que o Comandante da Marinha. Almirante Júlio Moura Neto, e o Comandante da FAB, Juniti Saito, adotem a mesma postura em relação a eventuais concessões aos mensaleiros na Ordem do Mérito Naval e na Ordem do Mérito Aeronáutico, dentre outras honrarias das Forças Armadas.
Herculano
20/11/2014 12:05
SE A MODA PEGA. GOVERNADOR DE RONDÔNIA É LEVADO PARA DEPOR EM OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

O texto é de Jairo Barbosa, de Porto Velho, Rondônia, para o jornal Folha de S. Paulo. O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), depõe na manhã desta quinta-feira (20) na Polícia Federal do Estado. A ação faz parte de uma operação deflagrada pela PF hoje em mais oito Estados.

O mandado de condução coercitiva - quando a pessoa não é presa, mas é obrigada a prestar depoimento - contra Moura é um dos 193 que a PF está cumprindo nesta manhã após investigações da polícia que apontam formação de uma quadrilha suspeita de desviar R$ 57 milhões só em Rondônia.

Investigações da "Operação Plateias" começaram em 2012. Segundo a Polícia Federal, empresas que participaram de licitações no governo de Rondônia faziam doações formais ou informais para campanhas eleitorais.

Em troca, a licitação era conduzida de forma que a vencedora fosse a empresa envolvida no esquema. A PF apurou que houve inclusive dispensa de concorrência em algumas situações.

Entre os contratos sob investigação, está o da contratação de vigilantes para escolas e hospitais, a construção de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a compra de medicamentos, entre outros.

As irregularidades, segundo a polícia, envolveram oito secretarias estaduais em Rondônia, entre elas Saúde e Educação. Juntos, os contratos que estão sob suspeita somam R$ 290 milhões.

Os investigados na operação podem responder pelos crimes de fraudes a licitações, organização criminosa, concussão e corrupção passiva e ativa.

Na operação, também ocorreram quatro prisões temporárias e 26 buscas no Estado. Ao todo participam da ação 300 policiais federais.

A Folha tentou, mas não conseguiu ouvir o governo de RO sobre a ação.
Herculano
20/11/2014 11:54
O PROTETOR DE LULA, MENSALEIROS E EMPREITOS, O JURISTA, ADVOGADO E EX-MINISTRO MÁRCIO THOMAZ BASTOS MORRE AOS 79 ANOS DE IDADE EM SÃO PAULO

O texto é da colunista da Folha de S.Paulo, Mônica Bergamo. O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos morreu aos 79 anos na manhã desta quinta. A informação foi confirmada pela família.

O velório está marcado para começar a partir das 15h na Assembleia Legislativa de São Paulo. O corpo será cremado nesta sexta-feira (21).

Ele estava internado havia alguns dias no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratamento de problemas no pulmão.

Desde o mês passado, o ex-ministro apresentava tosse e um pouco de fraqueza. Na semana passada, ele fez uma viagem de trabalho aos Estados Unidos e na volta apresentou um quadro de embolia, que chegou a afetar seu coração.

Thomaz Bastos é considerado um dos principais advogados criminalistas do país. Foi presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB (1987 a 1989) antes de virar ministro da Justiça (2003 a 2007) no governo Lula.

No julgamento do mensalão, ele fez a defesa do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e 4 meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.

NA ATIVA
O ex-ministro driblou os médicos e chamou advogados de sua equipe envolvidos na Operação Lava Jato para despachar ontem no hospital Sírio-Libanês. Levou uma bronca da família.

BOLETIM
Bastos foi internado há alguns dias por causa de uma embolia, definida no boletim médico como "descompensação de fibrose pulmonar".
Herculano
20/11/2014 11:46
GOVERNO VÊ DIGITAIS DO PMDDB EM DOIS VEXAMES, por Josias de Souza




Eleitor declarado do ex-presidenciável Aécio Neves, o protogovernista Romero Jucá (PMDB-RR) voltou a dar demonstrações de fidelidade à inquilina do Palácio do Planalto. Pelo "bem do país", o senador carrega o piano em que se converteu o projeto que autoriza o governo a fechar suas contas de 2014 no vermelho.

Nesta quarta-feira, chamado de "mentiroso" na Comissão de Orçamento pelo deputado Danilo de Castro (PSDB-MG), do grupo de Aécio, Jucá expôs a teoria dos dois palmos. Consiste no seguinte: "Eu tenho um limite na minha vida. Meu limite é dois palmos. Se vier com carinho, é mais dois palmos de carinho. Se vier com porrada, é mais dois palmos de porrada. Vossa Excelência escolhe o tom."

Aprovado na noite da véspera numa sessão em que o regimento foi rasgado para contornar a obstrução dos oposicionistas, o relatório de Jucá teve de ser votado novamente. O governo sucumbiu nas preliminares. Só obteve 15 dos 18 votos de deputados exigidos para a aprovação de requerimento que encurtaria a tramitação da proposta em dois dias.

No dia anterior, o Planalto já havia perdido de goleada para a oposição numa reunião da CPI mista da Petrobras. Aprovaram-se meia dúzia de convocações indesejadas. Passou até um requerimento de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O placar foi ainda mais apertado: 12 a 11.

Os operadores políticos de Dilma suspeitam que os votos que faltaram na Comissão de Orçamento e na CPI não sumiram por obra do acaso. Desapareceram porque o PMDB da Câmara estaria colocando em prática a teoria desenvolvida por Jucá. Nessa versão, a bancada de deputados do PMDB aplicou contra o Planalto dois palmos de porrada. Se Dilma parar de torpedear a candidatura de Eduardo Cunha à presidência da Câmara, o PMDB pode encurtar a distância, oferecendo à presidente da República dois palmos de carinho. Caberá a Dilma escolher o tom.
Miguel José Teixeira
20/11/2014 09:58
Senhores,

Desmoralizando o futuro

Fonte: Correio Braziliense, hoje, na Coluna do Ari Cunha

Uma das mais nefastas heranças que um governo pode deixar para seu sucessor e, por extensão, para a sociedade em geral, sem dúvida nenhuma é a desmoralização das instituições do Estado. Ao tornar débeis os organismos individualmente, o gestor compromete o corpo como um todo, levando ao colapso não só a administração pública, mas, sobretudo, a credibilidade que o cidadão deposita no Estado. Até os atos de corrupção podem ser sanados com a devolução dos recursos desviados, multas e condenações dos envolvidos. O mesmo não ocorre com a desmoralização das instituições. Seus efeitos são perenes e se estendem para o futuro, contaminando outras instituições em cadeia e rompendo com os laços da cidadania. Infelizmente, é essa a herança que vai ficar deste governo. A relação das instituições que foram, na última década, aparelhadas, instrumentalizadas, esvaziadas ou simplesmente desmanteladas é tão extensa que não cabe neste espaço. Em seu conjunto, os órgãos reguladores ? como as agências nacionais de Água, de Telecomunicações, do Petróleo, de Energia Elétrica e outras do gênero ? perderam o poder de regular e fiscalizar cada setor. Perderam também a credibilidade perante a sociedade. Também os órgãos de fiscalização, como os tribunais de contas e a Controladoria-Geral da União, para ficar apenas nesses, foram desprestigiados ou desvalorizadas em suas atuações. Nesse processo gradual de desmoralização, até instituições de pesquisa como o Ipea e o IBGE foram seriamente atingidas, o que comprometeu a credibilidade de seus estudos e análises. Ainda não satisfeito com o desmonte geral das instituições, o governo federal investe agora no esquartejamento da Lei de Responsabilidade Fiscal, buscando uma alquimia matreira, capaz de transformar deficit em superavit. Ao erguer um escombro imenso de instituições destroçadas e sem credibilidade, o que se avista ao longe é a desmoralização do futuro para todos, sem exceção.
Herculano
20/11/2014 09:01
CALMINHA DEPOIS DA "JUÍZO FINAL", por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Clima e preços nos mercados financeiros despioram, mas não para empreiteiras e Petrobras

DESDE O DIA DA "JUÍZO FINAL", ontem foi o dia menos inquieto no universo paralelo das finanças. "Juízo Final", como se sabe, foi o nome do conjunto de batidas e prisões da Polícia Federal que levou para a cadeia boa parte da alta direção das empreiteiras do país, na sexta-feira passada.

Pelo menos por um dia, voltou-se mais ou menos ao mau estado do crédito de governo e empresas brasileiros vigente pelo menos até quinta-feira passada.

A coisa despiorou um tanto, com exceção do crédito das grandes empreiteiras e da Petrobras, que levou tombos e ainda está caído.

Aliás, rapazes do mercado lá de fora parecem acreditar, pelo que dizem de público ou nas internas, que as maiores empreiteiras do Brasil podem ser impedidas de fazer negócios com o governo, dado seu envolvimento na roubança. Muitos dizem temer também que outras estatais devem entrar na roda e que obras de infraestrutura podem emperrar.

Sim, a gente especula por aqui no Brasil que tais desenvolvimentos são possíveis, qualquer cidadão que lê jornal sabe disso. Mas esse povo lá de fora parecia ontem muito impressionado, e eles têm dinheiro na caixinha. Fazem avaliações de crédito das empresas. Fazem recomendações de compra e venda de papéis de empresas e governos. Goste-se ou não deles, o que dizem sobre o Brasil pode nos custar caro.

No mais, a coisa ficou um tanto menos nervosa. Caíram as taxas de juros "básicas" do mercado, caíram os juros que o "mercado" pede para ficar com papéis do governo, o dólar deu uma acalmadinha, os títulos da dívida externa do governo deram uma respirada e até o preço das ações da arrebentada Eletrobras subiu, embora apenas alguns degraus do buraco profundo do inferno onde rasteja.

Qual o motivo da baixa da febre, de muito alta para alta? Especulação político-financeira, claro, em parte, e compras de papéis na xepa, na baixa. Especulava-se entre os povos do mercado que, dado o tamanho da encrenca na Petrobras, na política e o diabo, Dilma Rousseff tenderia agora mais para a "hipótese capitulação", nas palavras de um financista.

Isto é, a presidente estaria agora mais pressionada a escolher um ministro da Fazenda que teria ideias e poderes independentes para tocar a política econômica. Quer dizer, independente de Dilma Rousseff. Se isso é fato, sabe-se lá, mas era a especulação entre os povos dos mercados e jornalistas que lidam com o assunto. No Ministério da Fazenda, enquanto se apaga a luz dizia-se ontem que Dilma quer nomear o novo ministro até sexta-feira, amanhã.

Houve também quem interpretasse as últimas declarações de Aloizio Mercadante sobre ajuste fiscal como um recuo em relação às frases impressionantes que o ministro-chefe da Casa Civil soltava até a semana passada, antes da "Juízo Final".

Isto é, Mercadante, atual escudeiro econômico da presidente, desde ontem estaria repassando a "boa nova" de "maior rigor" com gastos, levando a "mensagem do Palácio" para a audiência interessada, de público ou nos bastidores. Diretores do Banco Central falando mais grosso sobre inflação compuseram o quadro da "hipótese capitulação".

Era a especulação de ontem.
Herculano
20/11/2014 08:40
DO OTIMISMO AO CAOS, por Renato Andrade para o jornal Folha de S.Paulo

O governo Dilma enxerga a economia de forma singular, diferente do modo como os demais mortais percebem a realidade.

O ministro Aloizio Mercadante, por exemplo, acredita que o caos será instalado no país caso deputados e senadores não aprovem a nova jabuticaba criada pela equipe econômica.

Nas palavras do chefe da Casa Civil, se o Congresso não autorizar a manobra proposta para driblar a obrigação legal de economizar parte do orçamento do ano para abater juros da dívida pública, o que restará ao governo será parar os investimentos e entregar a poupança devida, ao custo de recessão e desemprego.

O raciocínio não faz sentido. Mudando ou não a lei - apresentada pelo próprio governo Dilma e aprovada pelo Congresso comandado pela base aliada da petista - nada será entregue porque nada foi economizado até agora. Na verdade, gastou-se mais do que se imaginava, e devia, e as contas estão no vermelho.

Não há tempo hábil, nem condições práticas, para o Planalto juntar até dezembro os mais de R$ 100 bilhões que deveriam ter sido economizados neste ano. O dinheiro já saiu dos cofres ou deixou de entrar.

O cenário caótico traçado por Mercadante só se concretizaria se o governo federal pedisse o dinheiro investido de volta - algo na casa de R$ 52 bilhões - e cobrasse, de forma retroativa, os descontos de impostos concedidos para diversos setores, que representaram até o mês passado um desfalque de R$ 78 bilhões aos cofres do Tesouro Nacional.

Não é preciso fazer muito esforço para perceber que isso não vai acontecer. Nem agora, nem nunca.

Não foi por falta de aviso que o governo chegou à encruzilhada fiscal que se encontra. Desde o início do ano era possível perceber que a economia proposta não seria alcançada. O otimismo exacerbado fez com que as estimativas de receita fossem infladas e as despesas demasiadamente desidratadas. Trocar o oba-oba pelo caos não mudará essa realidade.
Herculano
20/11/2014 08:35
MAIS UM FERIADO

Para lembrar. Em muitos municípios brasileiros, hoje é Dia da Consciência Negra.
Herculano
20/11/2014 08:34
PROPOSTA DE "LENIÊNCIA" DA CGU CAUSA INDIGNAÇÃO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Causou indignação a defesa de chefes de órgãos de controle, como Jorge Hage (Controladoria Geral da União), de um "acordo de leniência" para preservar contratos bilionários, obtidos mediante fraude em licitação e pagamento de suborno, de empreiteiras envolvidas na ladroagem da Petrobrás. A hipótese é tão absurda quanto o presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, afirmar que as obras "não podem ser paralisadas". Podem, sim. Mais que isso: devem.

Inidoneidade
Oito meses depois da operação Lava Jato, a CGU nem sequer cogitou - como em outros casos - declarar inidôneas empresas corruptoras.

Réus confessos!
Lobistas e ex-diretores da Petrobras e donos das empreiteiras são réus confessos. Mas, para a CGU, as empresas continuam "idôneas".

Recurso à Justiça
O jurista Pedro Paulo Castelo Branco adverte que empresas derrotadas em licitações fraudadas devem recorrer à Justiça contra a blindagem.

Impunidade
Eventual "acordo de leniência" também resultaria na diminuição de pena para os capitães das empreiteiras corruptoras. Seria escandaloso.

Aliados não escondem temor do impeachment
A prisão dos poderosos chefões de empreiteiras, acusados de subornar autoridades e políticos para obter contratos bilionários na Petrobras, aumentou a tensão de aliados do governo no Congresso. Só falam em eventual impeachment de Dilma. Eles próprios, governistas, temem o surgimento de indícios de envolvimento da presidenta no escândalo, ou informações sobre dinheiro sujo no financiamento da sua reeleição.

Outra vez
Em off, petistas ilustres trabalham com a certeza de que o tesoureiro João Vaccari Neto arrastará o PT, de vez, para o centro do escândalo.

Mui aliados
Mesmo com estrelas do partido enroladas no esquema do Petrolão, o PMDB espera tirar proveito do enfraquecimento de Dilma.

Como pinto no lixo
Enfraquecida, Dilma se valerá do PMDB para sobreviver. Em caso de impeachment, pode até assumir a presidência com Michel Temer.

Roubaram demais?
Sob a batuta de Sérgio Gabrielli, a obra da refinaria Abreu e Lima (PE) foi "operada" pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Talvez a mais perdulária das obras. Esta sim, a obra do "juízo final".

Orquestra afinada
É ingenuidade supor que Polícia Federal e Ministério Público Federal possam divergir seriamente, nas investigações da Operação Lava Jato. Todos tocam de ouvido, sob a regência do juiz federal Sérgio Moro.

Curiosa coincidência
O valor gasto pelo Grupo JBS/Friboi em doações, durante a campanha eleitoral deste ano, é exatamente o mesmo que um ex-gerente (!!) da Petrobras, Pedro Barusco, prometeu devolver: US$ 100 milhões.

Estranho silêncio
A conta do ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa no Twitter voltou à ativa, após quase três meses em silêncio, mas o relator do Mensalão não dá sequer um "pio" sobre o esquema do Petrolão.

Denúncia antiga
A ladroagem na Petrobras foi denunciada a autoridades por e-mail, em 2008, sob o pseudônimo de Norberto Andrade Camargo, alusão a três empreiteiras. Contava tudo em detalhes, incluindo os nomes.

Vingança implacável
Presidir Conselho de Ética era sonho do deputado Marcos Rogério (PDT-RR), mas perdeu para Ricardo Izar (PSD-SP) por 11×10 votos: seu eleitor Luiz Argôlo (BA) não apareceu no dia. A forra não tardou: relator do caso, Rogério é o mais empenhado na cassação de Argôlo.

De volta à cena
Ainda filiada ao PSB, Marina Silva se reunirá nesta quinta (20) em São Paulo com dirigentes da Rede Sustentabilidade para definir as datas de formalização do partido no Tribunal Superior Eleitoral.

Boi de piranha
O deputado Silvio Torres (PSDB-SP) tem se colocado como o candidato do governador Geraldo Alckmin para a liderança tucana na Câmara, em 2015. O tucanato paulista duvida da indicação.

Me errem
Cochicho de um deputado do PT para um senador do PTB, na CPMI do Petrolão: "E o Lula, hein?, está mais quieto que menino mijado?"
Herculano
20/11/2014 08:19
MORADA DA IDEOLOGIA, editorial do jornal Folha de S.Paulo

Os movimentos de sem-teto de São Paulo conseguiram da prefeitura um trunfo capaz de fazer inveja a muitos grupos desse gênero Brasil afora: o direito de indicar quais famílias ocuparão 20% das 55 mil unidades habitacionais que a gestão de Fernando Haddad (PT) prometeu entregar até 2016.

A fatia corresponde às 11 mil residências que serão erguidas por meio do Minha Casa, Minha Vida Entidades. Nessa modalidade, as organizações sociais se responsabilizam pela construção dos imóveis; em troca, podem acrescentar aos termos do programa federal de moradia popular as condicionantes que bem entenderem.

Garante-se, pelo menos isso, que as unidades sejam distribuídas entre as famílias carentes e que se respeite a prioridade a pessoas desabrigadas e a quem vive em áreas de risco ou locais insalubres.

Observados esses critérios, os líderes desses movimentos escrevem suas cláusulas particulares. É aí que entra, por exemplo, a pontuação atribuída pelo envolvimento em protestos ou invasões. Os mais participativos veem aumentar suas chances de receber a casa nova, mesmo que nem sequer estejam alistados na fila da prefeitura.

Organizações de sem-teto ganham, dessa forma, evidente poder de atração. Registrar presença em manifestações passa a ser tão ou mais recompensador do que se inscrever no cadastro municipal.

A lista mantida pela Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação) conta hoje 130 mil famílias aguardando uma vaga. Deveria ser desnecessário dizer que ao poder público cabe zelar pelo direito dessas pessoas e pelo pleno cumprimento das regras republicanas.

Mas não é isso o que a Prefeitura de São Paulo faz ao reservar ao Minha Casa, Minha Vida Entidades uma proporção tão grande de seu plano de moradia popular. No restante do país, essa modalidade representa 1,4% do programa.

O secretário municipal de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques, alega que ninguém que está na fila deixará de ser atendido. É o mínimo que se espera, mas a conta não fecha. Mesmo que se considerem as 15 mil unidades que, segundo ele, serão feitas em acréscimo à meta inicial, ainda restarão 60 mil famílias desprotegidas.

Duplamente desprotegidas, seria o caso de dizer, porque continuarão sem um teto adequado para morar e já não poderão confiar na resposta que as instituições oficiais prometeram dar.
Herculano
20/11/2014 08:09
VISÃO MÍOPE

O PT de Gaspar identificou que eu sou um antipetista. Ou continua enganando analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes, amedrontados e alimentando uma militância que usufrui, ou não está lendo, sem interpretar como os jihadistas interpretam o alcorão, o que estou escrevendo há muitos anos.

Não sou anti PT. Denuncio e combato a corrupção, a incompetência dos gestores públicos e a incoerência dos políticos nos palanques, nos discursos, nas entrevistas. Luto pela liberdade (de opinião, de imprensa, de expressão), a pluralidade e a democracia. Sou contra a hegemonia, o assembleísmo, o aparelhamento e a instrumentalização das instituições e do estado. Sou contra a permanência duradoura de pessoas e partidos no poder.

Se o PT veste a carapuça hoje, pois um dia jurou que também pactuava do que eu sempre acreditei, pratiquei e nunca desisti, as minhas baterias estarão voltadas contra ele, ou qualquer outro, na defesa daquilo que eu pessoalmente entendo como desvios democráticos.

Não sou a favor do óbvio, e muito menos refém de pensamentos hegemônicos que nos tolhem, diminuem, humilham e nos atrasam. Acorda, Gaspar!
Herculano
20/11/2014 07:56
PARA APRESSAR O FIM DA ERA LULOPETISTA, A OPOSIÇÃO PRECISA PERCORRER SEM MEDO O CAMINHO DESBRAVADO PELO PETROLÃO, por Augusto Nunes, de Veja.

Parte 1

O que há com a oposição brasileira ressuscitada por 51 milhões de eleitores que a impede de avançar pelo caminho mais curto para o Planalto, desbravado pela Polícia Federal, balizado pelo Ministério Público e pavimentado pela Justiça Federal? O que falta para os engajados nos protestos de rua entenderem que o escândalo da Petrobras, mais que qualquer outro caso político-policial da era lulopetista, tira o sono do governo e expõe a presidente Dilma Rousseff à condenação judicial que precede obrigatoriamente qualquer pedido de impeachment?

"Nosso foco tem que ser o Petrolão", afirmou o senador paulista Aloysio Nunes na tarde de 15 de novembro, enquanto aguardava na Avenida Paulista o início da manifestação convocada para aquele sábado. "Precisamos exigir a apuração das denúncias que envolvem a Petrobras e a punição dos responsáveis pelo esquema de corrupção. O impeachment é questão a ser examinada quando houver provas que confirmem a participação da presidente em fatos criminosos", resumiu o candidato a vice-presidente de Aécio Neves, um dos raros tucanos que usam frequentemente a tribuna para fustigar sem clemência o governo que pariu e amamentou o Petrolão.

Por enquanto, é diminuta a bancada de parlamentares que, como Aloysio, compreenderam que a Operação Lava Jato depositou no colo da oposição a bandeira agregadora com que sonha todo partido ou movimento político. A maioria dos congressistas contempla com placidez a procissão de ineditismos, recordes e cifras de espantar banqueiro americano. Pelo menos 10 bilhões de dólares saíram pelo ralo das propinas. A quadrilha juntou diretores da Petrobras, grandes empreiteiros, figurões do PT e de outros partidos governistas, especialistas em lavagem de dinheiro, deputados, senadores, ministros de Estado, governadores, policiais delinquentes.

As propinas eram calculadas em milhões de dólares. Um bilhão de reais virou unidade monetária. Nunca antes neste país uma empresa subordinada ao governo foi saqueada com tanta gula, por tanto tempo e com tanta desfaçatez. Nunca antes neste planeta se roubou tanto dinheiro. Sobram evidências de que Lula e Dilma Rousseff sabiam do que se passava nas catacumbas da Petrobras. Tanto o padrinho quanto a afilhada ignoraram advertências do Tribunal de Contas da União e mantiveram abertas as porteiras pelas quais passaram incontáveis contratos aditivados e contas superfaturadas.
Herculano
20/11/2014 07:56
PARA APRESSAR O FIM DA ERA LULOPETISTA, A OPOSIÇÃO PRECISA PERCORRER SEM MEDO O CAMINHO DESBRAVADO PELO PETROLÃO, por Augusto Nunes, de Veja.

Parte 2

A sorte do Brasil decente é que o bando de larápios cinco estrelas topou com homens da lei decididos a impedir que, como sempre ocorre no faroeste à brasileira, a história terminasse com o triunfo do vilão. A performance dos xerifes superou em competência e audácia o desempenho da bandidagem. Nenhuma operação da PF foi tão ágil e precisa quanto a Lava Jato. Os representantes do Ministério Público fizeram as perguntas certas e extraíram dos depoentes informações que completaram o quebra-cabeças. E o juiz federal Sérgio Moro é o homem certo no lugar certo.

Desde o começo do caso, Moro tem aplicado exemplarmente o principio constitucional segundo o qual todos são iguais perante a lei. Ninguém é mais igual que os outros, acabam de aprender os quadrilheiros que tiveram a prisão temporária transformada em prisão preventiva. Confrontados com um magistrado sem medo, delinquentes de fina estampa acharam mais sensato devolver as fortunas tungadas e contar o que sabiam em troca de penas menos severas. Pela primeira vez desde o Descobrimento, ricaços inimputáveis foram transferidos sem escalas do topo da pirâmide social para uma cela em Curitiba.

Empreiteiros que vão de jatinho até ao clube ali na esquina estão dormindo na cadeia. Compreensivelmente, a fila de candidatos à delação premiada é de dar inveja ao INSS - e vai crescer muitos metros com a iminente entrada em cena do bloco dos políticos. Lula perdeu a voz e sumiu, como sempre faz quando sobram culpas e faltam álibis. Dilma ainda convalesce da viagem que começou na Austrália e terminou no olho do furacão. Graça Foster faz o que pode para escapar do desemprego. Advogados pagos em dólares por minuto recorrem a palavrórios de rábula para explicar o inexplicável. Os balidos do rebanho sem pastores repetem que a corrupção nasceu já no Dia da Criação.

Os vencedores da eleição estão nas cordas - e grogues. Antes que tentem debitar também o Petrolão na conta de FHC, os oposicionistas têm o dever de lutar pela punição dos autores do crime: a decomposição financeira e moral da Petrobras é a mais recente e repulsiva obra da seita cujo primeiro mandamento ensina que os fins justificam os meios. O aparelhamento amoral, a revogação da meritocracia, a remoção da fronteira que separa o público e o privado, a subordinação dos interesses nacionais a afinidades ideológicas, o assassinato da ética, a compulsão liberticida, a corrupção institucionalizada, a inépcia paralisante - todas os tumores que infestam o PT desde o nascimento se conjugaram para levar ao estado de coma o que já foi uma potência mundialmente respeitada.

O Petrolão avisa aos berros que chegou a hora de forçar o recuo dos celebrantes de missa negra. Para tanto, a oposição democrática só precisa avançar sem hesitação pelo caminho que devassa as catacumbas da Petrobras antes de chegar à Praça dos Três Poderes.
Herculano
20/11/2014 07:43
MUDANÇAS

A redação prepara uma mudança gráfica para a coluna a partir de amanhã. Menos conteúdo e mais bonitinha
Herculano
20/11/2014 07:42
ESTE SÉCULO É BOM PARA REBELIÕES. E O CELULAR É UMA DAS ARMAS, por Jorge Ramos, com tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Este é um século bom para rebeliões. Os poderosos não são invencíveis. Temos tudo para nos levantarmos contra as ditaduras, os governos abusivos e os presidentes incapazes. E, além da indignação, a principal arma para nos levantarmos está em nossas mãos: o celular.

"Todo mundo é um repórter investigativo com um telefone", disse-me em uma entrevista o diretor de cinema Spike Lee. Seu último documentário, "I Can"t Breathe" [Não consigo respirar], se concentra no jovem que filmou com seu celular o terrível momento em que vários policiais de Nova York enforcaram o afro-americano Eric Garner, em julho deste ano. Se não fosse pelo vídeo, ninguém teria sabido do abuso policial.

Isso é mais que um "trending topic" na internet. "Isso não vai desaparecer", disse-me Lee sobre o uso de celulares para fazer denúncias sociais. "É poderoso."

Os vídeos gravados em celulares terminaram com 23 anos de ditadura na Tunísia em 2011. O mesmo ocorreu no Egito. Os tuítes falando sobre mudança política no Egito passaram de 2.300 diários para 230 mil na semana em que o presidente Hosni Mubarak renunciou em 2011. Antes da renúncia, mais de 5 milhões de pessoas viram 23 vídeos que promoviam os protestos contra o regime de quase 30 anos de Mubarak, segundo um estudo da Universidade de Washington.

Há revoluções como as da Tunísia e do Egito, que começam com um clique em um celular e que nenhum exército pode deter. Destas é feita a história. Mas também há rebeliões que não tiram regimes autoritários e mandatários medíocres, mas que é preciso levar a cabo porque seus jovens estão cansados de que lhes mintam, os atropelem e os assassinem. Essas são feitas por dignidade, por liberdade e por democracia. Aí estão os casos do México, Venezuela, Brasil e Hong Kong.

"Podem 43 jovens inspirar uma nova revolução no México?", perguntou-se há pouco a revista "The New Yorker". Talvez. Neste vídeo feito com um celular e vazado à imprensa (bit.ly/1wBNWG8), o pai de um dos estudantes desaparecidos no México exige do presidente Enrique Peña Nieto que renuncie, "se o senhor não tem capacidade".

A estratégia de Peña Nieto é dizer que não teve nada a ver com os desaparecimentos. Mas sim, a culpa é dele. Ele é o responsável pelo clima de violência e impunidade que domina o país. Ninguém mais. De dezembro de 2012 a setembro de 2014 foram assassinados 31.892 mexicanos, segundo números do próprio governo. São seus mortos.

A Human Rights Watch acusou Peña Nieto de criar um país "de ficção" e de estar mais preocupado com sua imagem. Mas os jovens já se rebelaram. A guerra em celulares, redes sociais e universidades já está ganha. O que segue é a rua.

A Venezuela - com um dos níveis mais altos de criminalidade, corrupção e inflação do continente - esteve prestes a ser transformada no início do ano por um corajoso e criativo movimento de protesto. Diante da censura à mídia, a oposição ganhou as ruas e as redes sociais. O ponto de ruptura foi quando o presidente Nicolás Maduro permitiu que a Guarda Nacional e coletivos bolivarianos disparassem e matassem jovens manifestantes. Nenhum presidente legítimo mata estudantes. Pelo menos 42 pessoas foram assassinadas. Maduro perdeu nas telas dos celulares, mas ganhou com as balas. Por enquanto.

No Brasil, a Copa do Mundo encobriu a indignação dos pobres e em Hong Kong está à prova o experimento de dois sistemas em uma só e repressiva China. Mas em ambos os lugares os controles governamentais foram amplamente superados por milhares de jovens especialistas em Twitter e Facebook.

Estes primeiros 14 anos do século 21 nos ensinaram que manter-se neutro não é uma opção quando os governantes abusam de seu poder e quando os presidentes não fazem bem seu trabalho. É preciso rebelar-se.

Diante do autoritarismo e da morte, Elie Wiesel, o prêmio Nobel da paz e sobrevivente do Holocausto, tem uma frase fulminante: "Devemos tomar partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio dá ânimo ao torturador, nunca ao torturado. Há vezes em que devemos intervir".

Minha interpretação: rebelar-se ou morrer. E o verdadeiro desafio (obrigado, Mahatma Gandhi) é rebelar-se sem violência.
sidnei luis reinert
20/11/2014 06:10
terça-feira, novembro 18, 2014

"Tenho acesso até mesmo a um bucólico parque em Bangkok, a capital da Tailândia, e fico sabendo que lá há também - ou havia? - um Partido Vermelho, espécie de PT, que já estava transformando aquele pujante país asiático, uma monarquia constitucional, numa usina de corrupção bolivariana sob o comando de uma Primeira Ministra, o que equivaleria à Presidenta petralha que temos por aqui. Há pouco tempo, aconteceu por lá algo parecido com que está havendo neste momento no Brasil. Igual à Tailândia, temos um partido vermelho, uma 'presidenta' e um turbilhão de corrupção."

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2014/11/na-tailandia-intervencao-militar.html
sidnei luis reinert
20/11/2014 06:07
https://www.facebook.com/video.php?v=587203538052518


ATENÇÃO TOTAL!!!!!!!!!!

Compilação de três vídeos onde se pode ver com clareza o golpe socialista que esta acontecendo a tempos, e a realidade
de hoje.



O GRUPO GUERRILHEIRO DA DILMA, LULA E FORO DE SÃO PAULO, JÁ COMEÇOU A """""""""""ATACAR BRASILEIROS"""""""""", COM A GUARDA NACIONAL BOLIVARIANA.

PRODUTORES RURAIS, TRABALHADORES E EMPRESÁRIOS SÃO ATACADOS POR ORDEM DO GOVERNO FEDERAL E SEUS MOVIMENTOS, NO MATO GROSSO.

A CÂMARA, SENADO E MINISTÉRIOS FAZEM O QUE QUEREM, COMO QUEREM E QUANDO QUEREM!
E AGORA SERA QUE FICOU CLARO A SITUAÇÃO DO BRASIL ??????????

DANIEL BARBOSA.
Herculano
19/11/2014 21:53
AGORA COMPLICOU. OS DADOS SERÃO CRUZADOS. JUSTIÇA COMPARTILHA DOCUMENTOS DA OPERAÇÃO LAVA JATO PARA DAR CARÁTER CONSISTÊNCIA CAPACIDADE TÉCNICO NAS PROVAS

É isto que informa Ricardo Brandt, enviado especial do jornal O Estado de S. Paulo a Curitiba, onde estão presos e sendo ouvidos os empresários e executivos das empreiteiras, bem como diretores da Petrobrás.

A Justiça Federal autorizou o compartilhamento dos documentos da Operação Lava Jato com a Receita Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Conselho Administrativo de Administração Econômico (Cade) para que os órgãos especializados auxiliem na instrução do processo criminal e que as investigações administrativas possam atender ao interesse público.

"O compartilhamento dos elementos de informação colhidos nesses autos com os órgãos fiscalizadores da Administração Pública Federal (Receita Federal, TCU, CGU, Cade) mostra-se necessário uma vez que tais órgãos possuem competências especializadas para a aferição de práticas ilícitas em seus âmbitos de atuação, com a consequente aplicação das sanções administrativas correspondentes", argumentou o juiz federal Sérgio Moro, em despacho dado no fim da tarde desta quarta-feira.

Os órgãos federais haviam solicitado acesso aos documentos após os delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e o doleiro Alberto Youssef declararem existir um "cartel" de grandes construtoras do País que loteavam grandes obras "na Petrobrás e em outras áreas do governo". "O conhecimento especializado de seus corpos técnicos certamente contribuirá com as investigações", registrou o magistrado. Segundo ele, no caso específico da Receita, "além do interesse público no regular recolhimento de tributos, a medida é imprescindível para investigação de eventuais crimes contra a ordem tributária".

No âmbito da CGU, o corregedor-geral da União, Waldir João Ferreira, havia encaminhado um ofício a Moro solicitando os dados da operação. Em seu despacho, o juiz considerou a importância das apurações administrativas. "Diante de indícios de crimes financeiros, fiscais e ante os indícios de possível cartelização, o compartilhamento dos elementos probatórios colhidos na investigação criminal deve ser deferido por ter por objetivo primeiro viabilizar a própria investigação criminal desses fatos", disse o juiz.

A medida vale para o inquérito aberto na sétima fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final, que levou para a cadeia temporariamente executivos das construtoras Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, Queiroz Galvão, UTC, Galvão Engenharia e Iesa. Cinco deles ainda estão preventivamente na prisão.
Herculano
19/11/2014 21:48
MEGASENA ACUMULA DE NOVO E PODE PAGAR R$135 MILHÕES

Ninguém acertou o concurso 1.654 da Mega-Sena, realizado na noite desta quarta-feira (19), com prêmio de R$ 81.631.387,14 para quem acertasse as seis dezenas. Os números sorteados foram: 07 - 16 - 33 - 42 - 50 - 58. Com isso, o prêmio acumulou pela sétima vez consecutiva e deve chegar a R$ 135 milhões no sorteio do próximo sábado (22).

Na quina, 249 apostadores acertaram e levam R$ 34.739,50 cada. Outros 19.592 jogadores acertaram a quadra e faturam R$ 630,73. A arrecadação total foi R$ 147,7 milhões, informa a Caixa.
Herculano
19/11/2014 21:43
SEM ASSUNTO, A MÍDIA PAGA PELO GOVERNO E O PT VIA A PUBLICIDADE ESTATAL, VÊ REVOLTA POPULAR SE HOUVER APURAÇÃO DA CORRUPÇÃO

Esta é a manchete do 247. João Pedro Stedilie do MST: "Golpe destamparia a revolta popular", por Marco Damiani

Parte 1

O quadro referencial do MST João Pedro Stédile acaba de chegar do Vaticano. Pela primeira vez na história da Igreja, oficialmente um papa avaliza uma grande reunião de movimentos populares. No caso, o encontro de uma centena de entidades, pensada e organizada pelos brasileiros do MST com seus colegas de luta pelo mundo. "O papa Francisco demonstra ter consciência das mudanças que precisam ser feitas", afirmou Stédile ao 247.

Mas, de volta ao Brasil, o que esperava o líder dos sem terra era um país em que setores de elite já discutiam as chances de uma quebra da ordem. Mais radicalmente, em cartazetes levados à avenida Paulista, em duas passeatas com menos de 5 mil pessoas no total, alguns pediram a tal "volta dos militares". De modo mais sofisticado, articulações em Brasília, a partir do escândalo de corrupção na Petrobras, vislumbram a chance de envolver a presidente Dilma Rousseff entre o cientes e tomar-lhe, pelo impechment, o poder. Adeptos do caminho mais curto para este fim apostam num golpe de caneta do ministro Gilmar Mendes, do STF, que poderá censurar as contas da campanha do PT e atalhar uma crise institucional.

Stédile, um dos poucos brasileiros que tem condições, como se diz, de 'colocar o povo nas ruas', desdenha das três alternativas.

- Não vejo um movimento golpista. A conjuntura não permite, não haveria a menor chance de sucesso, diz ele.

- Numa hipótese mais radical, a burguesia sabe que estaria aberta a caixa de pandora da revolta popular. E isso é muito perigoso, completou.

Por e-mail, o líder popular que batalha há mais de 30 anos no mesmo campo social, sem ter caído em tentação de obter mandatos políticos ou assumir cargos bem remunerados deu as seguintes respostas às nossas perguntas:

247 - O sr. pressente algum tipo de movimento golpista contra a democracia e o resultado das eleições presidenciais? Onde ele se dá? Nas ruas, na mídia, na classe política?

João Pedro Stédile - Não vejo um movimento golpista. E não teria nenhuma chance de sucesso na atual conjuntura. Os tucanos chamaram mobilizações de protestos dia 15 de novembro, que são normais na democracia. E lá se infiltraram algumas viúvas da ditadura militar, que não merecem crédito, que não têm base na sociedade. Até os tucanos ficaram com vergonha. Os partidos da direita sabem que a tentativa de um golpe seria destampar a caixa de pandora da revolta popular. E isso é muito perigoso. A mídia no Brasil é o principal partido ideológico da direita. Mas sua função é manter o governo acuado, com medo de fazer mudanças. Além disso, fazer uma campanha permanente na sociedade mantendo a hegemonia da visão de mundo burguesa, defendendo sempre os interesses dos privilegiados e os falsos valores do individualismo, egoismo e consumismo, como se isso fossem valores da liberdade e da democracia.
Herculano
19/11/2014 21:42
SEM ASSUNTO, A MÍDIA PAGA PELO GOVERNO E O PT VIA A PUBLICIDADE ESTATAL, VÊ REVOLTA POPULAR SE HOUVER APURAÇÃO DA CORRUPÇÃO

Esta é a manchete do 247. João Pedro Stedile, do MST: "Golpe destamparia a revolta popular", por Marco Damiani

Parte 2

247 - A tese de impeachment da presidente Dilma Rousseff pode prosperar? O sr. vê motivos para isso?

Stedeli -Não há nenhum motivo real. A presidenta não está envolvida em nenhum crime. Esse movimento é absolutamente antidemocrático, de quem não se conforma com a vontade da maioria do povo. Alegar conhecimento de fatos de corrupção em empresas estatais é simplesmente fantasioso. Os fatos que vieram à tona na Petrobras estão sendo perpetuados há 15 anos, segundo a Procuradoria-Geral da República, portanto, iniciaram no governo FHC. Os diretores envolvidos foram indicados por partidos conservadores. Não me consta que algum deles tenha ficha no PT. Por outro lado, há denúncias de corrupção no governo FHC e em muitos governos estaduais e municipais, e não tenho notícias de algum pedido de impeachment.

247 - Como o MST se posicionará diante desse quadro?

Stedeli - Defendemos que todos os casos de corrupção sejam investigados à exaustão e denunciados, sobretudo os corruptores, que na maioria das vezes saem impunes. Todos os que cometeram algum delito devem pagar por eles. É preciso que a sociedade se dê conta que a corrupção é um modo de agir permanente no capitalismo, em que as empresas e seus políticos procuram se apropriar de recursos públicos. Por isso, sempre existiu corrupção neste país. E a única forma de combatê-los, não é apenas usar a Polícia Federal, porque é impossível controlar. A forma de combatê-la é aprofundar mecanismos de participação popular na gestão pública, em que povo tenha mais informações e instrumentos para acompanhar. Enquanto a administração pública for apenas um privilégio de algumas pessoas, partidos e empresas, sempre haverá corrupção em todos os partidos que chegarem ao governo, seja federal, estadual e municipal.

247 - O fato de a presidente não ter criado nenhum fato político importante desde a eleição pode estar contribuindo para a desestabilização do governo?

Stedeli - Não acredito em desestabilização do governo. Estamos vivendo um período de transição do primeiro para o segundo mandato, que sempre é muito lento e tensionado, pelos grupos que querem influenciar o próximo governo. Embora para a pequena politica o fato da presidenta ter tirado uma semana de férias e depois uma longa viagem ao exterior estimulem especulações de todo tipo.

247 - Como os movimentos sociais e, em particular, o MST devem se comportar nesse quadro político agitado?

Stedile -Esse período de transição até janeiro é sempre de debates e de expectativas. Acho que os movimentos sociais deverão se preparar e ampliar a pressão social nas ruas, fazendo luta social para que os problemas do povo sejam resolvidos de uma forma mais rápida. E nenhum governo do mundo, federal, estadual ou municipal funciona sem a pressão do povo. Os problemas de moradia, transporte público, especulação imobiliária, juros estratosféricos, falta de terra e vagas restritas na universidade estão ai, pedindo soluções urgentes.
Herculano
19/11/2014 21:42
SEM ASSUNTO, A MÍDIA PAGA PELO GOVERNO E O PT VIA A PUBLICIDADE ESTATAL, VÊ REVOLTA POPULAR SE HOUVER APURAÇÃO DA CORRUPÇÃO

Esta é a manchete do 247. João Pedro Stedile, do MST: "Golpe destamparia a revolta popular", por Marco Damiani

Parte 3

247 - O que o sr. espera do futuro governo Dilma?

Stedile - Espero que o governo saiba entender o recado das urnas e a vontade da imensa maioria de nosso povo. Nosso povo quer mudanças, mudanças no governo, mudanças na forma de fazer politica e mudanças que possam acelerar a solução de seus problemas. E o governo precisa sinalizar que quer fazer mudanças para resolver os problemas do povo. Esses sinais podem ser simbólicos na composição do novo ministério, como devem ser reais, na apresentação de propostas concretas.

Todos os movimentos sociais temos propostas concretas de soluções praticas. Basta o governo ser mais humilde, convocar cada setor e terá as propostas necessárias para as mudanças. Se o governo não fizer isso, corre o risco de cair num descredito popular e navegará na mesmice, do mais do mesmo, que não resolve nenhum problema e só aumentará a tensão social, que voltará nas ruas, com mais força. E ai contra o governo também.

247 - Qual sua expectativa sobre o tipo de oposição parlamentar que será feita?

Stedile - O Congresso brasileiro infelizmente tem se revelado um balcão de negócios. O financiamento privado das campanhas deformou sua representação em relação à sociedade. Apenas dez empresas elegeram 70% dos parlamentares nestas eleições. O Congresso e a democracia brasileira foram sequestrados pelas empresas. Por isso, o povão não acredita mais nos políticos, porque não se sente representado. Os executivos das grandes empresas que se sentem representados por esse sistema político, por ter seus financiados nas campanhas no Congresso. Por isso, só há uma solução, realizarmos uma reforma politica, através da convocação de uma assembleia constituinte exclusiva do sistema político.

247 - O MST participa da campanha pela Constituinte do Sistema Político, que reúne 400 organizações. O que o movimento quer com essa campanha?

Stedile - Nós temos uma plenária nacional com mais de 400 movimentos, entidades e organizações, organizamos mais de 2 mil comitês populares em todo o país. Recolhemos quase 8 milhões de votos de eleitores, exigindo a convocação de uma assembleia constituinte. Espero que os poderes da República entendam esse recado. A presidenta Dilma parece que entendeu.

O que queremos é que, seguindo o rito da lei, o atual Congresso aprove um projeto de decreto legislativo, que foi apresentado agora em outubro, com 188 assinaturas de deputados, para a convocação de uma plebiscito legal, em que a população seja consultada se quer ou não uma Assembleia Constituinte para fazer a reforma política. Aprovado o plebiscito, deveríamos realizá-lo ainda em 2015. Aprovada a convocação da Assembleia, que se formasse uma comissão de juristas indicados pelo Congresso para formatar uma proposta de eleição soberana, sem influência do poder econômico, garantindo representatividade popular, de etnias, gênero, para elegermos uma Assembleia exclusiva, para em curto prazo preparar um novo modelo de sistema político para o país. Uma reforma política que não se restrinja a regras de financiamento e listas de candidatos, mas que debata com a sociedade o modelo mais democrático para garantir que a vontade do povo seja cumprida. Para isso, é necessário fazer mudanças no Poder Judiciário e no atual monopólio da mídia, afinal, que fazem parte do nosso sistema politico.
Herculano
19/11/2014 21:41
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Parte 4

247 - Como o sr. sente o clima político entre militantes de base e povo em geral? Há base social para uma ruptura institucional?

Stedile - O povão quer mudanças, quer sinais concretos para acelerar a solução de seus problemas. Os militantes sociais estão organizando comitês e participando ativamente dos debates, para que possamos convocar uma assembleia constituinte. Percebo que há uma reanimação da juventude, em participar da politica. No meu entender, foi essa militância que no segundo turno garantiu a vitória da Dilma, com sua mobilização na campanha. Não há risco de ruptura institucional. O que viveremos no próximo período é um quadro de muitos conflitos, debates e confusão ideológica.

Cabe aos movimentos seguir organizando o povão para fazer luta social. E cabe ao governo dar sinais que quer mudanças.

247 - Qual sua avaliação sobre a Operação Lava Jato e a situação interna de corrupção na Petrobras?

Stedile - Sabe-se pela imprensa que esse esquema está montando na Petrobras desde os tempos do governo FHC. É uma vergonha que muitos diretores se locupletaram e se desviaram milhões. Uma vergonha que as empresas pagassem esse pedágio e certamente incluíam depois no custo das obras. Esperamos que a Polícia Federal e a Justiça Federal sejam transparentes, para que toda a sociedade possa acompanhar a realidade dos fatos. Os responsáveis devem ser punidos pelos desvios. O que não podemos aceitar é uma partidarização, que a mídia burguesa está tentando fazer, como se fosse um esquema do PT. Os corruptos e corruptores não tem partidos, têm apenas interesses pessoais. O salutar seria que todas as empresas estatais, do governo federal e de alguns grandes estados como Minas, São Paulo e Rio, também passassem por esse pente fino. A corrupção é um modo particular do capitalismo funcionar na gestão dos recursos públicos.

247 - O País está avançando institucionalmente, em razão das prisões, finalmente, de corruptores e corruptos, ou esse é apenas um dado normal de um país democrático?

Stedile - A democracia não pode ser medida pelo número de prisões. A democracia deve ser medida pelo grau de participação popular efetiva nos destinos da Nação. A democracia deve ser medida pelo grau de igualdade que todos os cidadãos devem ter em relação a oportunidades de ter trabalho, terra, moradia, educação e cultura. Infelizmente, o Brasil está muito longe de ser uma sociedade democrática. Ao contrário, estamos entre as sociedades de maior desigualdade social do mundo, apesar de termos a oitava maior riqueza. Portanto, somos uma sociedade altamente antidemocrática.
Herculano
19/11/2014 21:41
SEM ASSUNTO, A MÍDIA PAGA PELO GOVERNO E O PT VIA A PUBLICIDADE ESTATAL, VÊ REVOLTA POPULAR SE HOUVER APURAÇÃO DA CORRUPÇÃO

Esta é a manchete do 247. João Pedro Stedile, do MST: "Golpe destamparia a revolta popular", por Marco Damiani

Parte 5

247 - O MST pretende se pronunciar formalmente sobre o momento político?

Stedile - Já estamos nos posicionando nas plenárias de nosso movimento, fazendo debates com nossa militância, participando das plenárias com outros movimentos sociais, nos reunindo com parlamentares e políticos amigos. Nossa pauta é seguir organizando o povo, para lutar por terra, lutar por uma reforma agraria popular, e lutar por uma sociedade mais justa e democrática.

247 - Quais os reflexos para a luta no campo das confabulações políticas em Brasília?

Stedile - Brasília é uma ilha da fantasia. O mundo real dos problemas do povo, da cidade ou do campo, ficam muito longe das preocupações de Brasília. Os governos em geral sempre são muito burocráticos e desvinculados da vida real. Como dizia um mestre: " os governos em geral são surdos e cegos" para as demandas populares. Daí a necessidade do povão se organizar e lutar por seus direitos.

Nós, do MST, esperamos que o Governo Dilma faça muitas mudanças em Brasília no próximo período. Mude a orientação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra. Mude o jeito de administrar a Conab- Companhia Nacional de Abastecimento, transformando-a numa grande empresa que compre todos os alimentos produzidos pela agricultura familiar e garanta o abastecimento a baixos preços aos trabalhadores. Mude a forma de administrar a educação, enfrentando os problemas do analfabetismo, que ainda atinge a 14 milhões de trabalhadores adultos. E a universalização do acesso dos jovens à universidade, hoje restrito a apenas a 15%.

Esperamos que a Dilma chame o MST, os movimentos da Via Campesina e chame todos os movimentos populares para ouvir nossas propostas de soluções de problemas, assim como fez nas eleições. Espertamos que o governo compreenda que só a convocação de uma Assembleia Constituinte pode de fato construir uma reforma politica, que devolva a democracia ao povo.

247 - O governo da presidente Dilma tem condições de retomar a iniciativa política? Quais medidas deve tomar?

Stedile - As urnas deram esse poder da iniciativa politica à presidenta. O governo deve atuar de forma simbólica, sinalizando para o povo e para as organizações populares que quer mudanças, ao reorganizar o ministério. E preparar medidas de impacto popular já no primeiro trimestre. O povo está de olho esperando esses sinais.

247 - O sr. concorda com a tese de que o novo governo ficou velho antes mesmo de ser anunciado?

Stedile - Não concordo. O governo não tem idade. Ele precisa é demostrar claramente de que lado está. Se está do lado dos bancos, dos especuladores, do capital estrangeiro, das empresas transnacionais, do latifúndio, ou do lado do povo.

247 - Em particular, qual sua avaliação sobre a postura política de líderes do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique, o senador Aécio Neves e outros?

Stedile - Os tucanos têm o direito legítimo de se manifestar e fazer oposição democrática ao governo. Mas seu programa é do passado, e claramente vinculado apenas aos interesses dos bancos e das grandes empresas, o chamado programa neoliberal, que aplicaram durante oito anos no Brasil, e em São Paulo e Minas Gerais por mais de 15 anos. Foram derrotados, porque seu programa não resolve os problemas do povo, só aumentam. Por outro lado, sua postura politica é tipicamente de lideres partidários medíocres, expressão apenas das elites. Por isso, não têm lideres populares em quem o povo confia ou que possam mobilizar e sensibilizar as multidões.

247 - Como foi a experiência de ter participado do encontro de movimentos sociais no Vaticano? Como foi a experiência de encontrar o Papa Francisco? O que pode falar sobre ele?

Stedile - A Igreja Católica passou os últimos trinta anos imersa numa visão conservadora do mundo. Isso levou o Vaticano a uma grave crise econômica, política e moral. Por isso, Ratzinger teve coragem de renunciar para encontrar uma saída para a crise. E a saída foi escolher um cardeal progressista, e pela primeira vez em dois mil anos, o primeiro Papa representante da América Latina e do Hemisfério Sul. O papa Francisco demonstra ter consciência das mudanças que precisam ser feitas.

Teve a generosidade e a sabedoria de convocar um encontro mundial, com cem líderes populares de todo o mundo, representantes dos mais diversos segmentos dos trabalhadores, dos mais pobres, sem perguntar qual era a crença, líder, ideologia e programa de cada um. Lá nos reunimos durante três dias para analisar a situação atual dos problemas do mundo. Avaliamos as razões e levantamos possíveis saídas. O papa Francisco esteve conosco e manifestou sua opinião num contundente discurso. Saímos de lá, todos, revigorados, percebendo que independente de etnia, crença ou idade, todos enfrentamos os mesmos problemas e que as soluções dependem de uma grande mobilização mundial. Quanto ao personagem Francisco, me surpreendeu pela simplicidade, coragem e sabedoria. Temos um papa gaúcho, mas acima de tudo universal.
Antes tarde do que nunca
19/11/2014 20:53
Parece que o prefeito de Gaspar abriu os olhos, chamou todos os secretários e mandou a real para todos. " Quero que todos os comissionados deixam os seus cargos a disposição, irei trocar, mudar as peças." Antes tarde do que nunca. Só peço ao prefeito que não esqueça do Diretor Cleber, pois esse é uns que teve ser o primeiro a deixar o paço. Graças....

Dias contatos, não precisaremos mais a deportar a ele, e não o aturar mais, a nossa liberdade servidores.....

E sobre o sindicato é bizarro mesmo, até agora sobre os professores registrarem a frequência através de relógio nunca se manisfestaram, sempre em cima do muro.... Nada dizem... Também está na hora de mudar isso.
LUIZ ORLANDO POLI - SOCIÓLOGO !
19/11/2014 20:03
No aprofundamento da crise que estamos mergulhados pela incapacidade gerencial e moral de um partido que em toda sua historia se colocava acima do bem e do mal a sociedade obrigatoriamente vai ter que descrusar ros braços e ir em busca de equacões que desemboquem em melhores dias. Fundamentalmente a primeira delas é essa passar a exigir uma profunda e moralizadora reforma politica, as entranhas do processo politico brasileiro estão sendo colocadas a vista agora pela instituição mais republicana desse país a nossa guardiã Policia Federal . O Brasil passa por um perigoso momento de turbulência politica institucional . Todos os segmentos representativos dessa sociedade tem que agir em nome da coletividade e buscar novos rumos para esse potencialmente rico país . Como disse o saudoso candidato a presidente da reupublica Eduardo Campos : NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL" mesmo com todas esse desgoverno que coloca em risco , sério riscos, conquistas que já deveriam estar consolidadas como a estabilidade ecônomica atraves do PLANO REAL ! Uma sociedade que perde a capacidade de se indignar é uma sociedade que ratifica seu proprio fracasso .
sidnei luis reinert
19/11/2014 18:04
Barroso anula decisão de Joaquim Barbosa de leiloar os bens dos mensaleiros condenados

http://www.folhapolitica.org/2014/08/barroso-anula-decisao-de-joaquim.html

TODOS SOLTOS E O CRIME PARA ESTES BANDIDOS COMPENSOU.
Herculano
19/11/2014 17:10
TAVA MAL, MESMO

Sabe quanto o diagnóstico médico feito no Sírio Libanês, em São Paulo, apontou no governador Raimundo Colombo, PSD?

Foi detectada a oclusão da artéria coronária em mais de 80%. Então...
Herculano
19/11/2014 17:05
QUER RECEBER?, por Lauro Jardim, de Veja

O governo está atrasando o pagamento de fornecedores em várias áreas. Para aqueles setores mais organizados e poderosos, gente do governo tem feito uma proposta um tanto indecente, depois de perguntar:

- Quer receber? Então, pressione os deputados para a aprovação do projeto que mexe nas metas fiscais.
Herculano
19/11/2014 16:57
COMBATE À CORRUPÇÃO NÃO É OBRA DE DILMA, por José Nêumanne, no jornal O Estado de S.Paulo

Acredite quem quiser: a presidente reeleita, Dilma Rousseff, tentou, na reunião do G-20 na Austrália, da forma canhestra que lhe é habitual, tirar proveito da notícia da prisão de empreiteiros na sétima etapa da Operação Lava Jato. Como se esta fosse uma obra de sua administração, a exemplo do PAC, do Bolsa Família e do Minha Casa, Minha Vida. Em sua peculiar versão sobre os fatos da atualidade, teve o desplante de exaltar como mérito do próprio governo o fato de agora se investigar a corrupção "pela primeira vez na História do Brasil".

Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes. Primeiramente, a roubalheira na Petrobrás é, sim, e disso ninguém tem mais como discordar, o maior escândalo de corrupção da História do Estado brasileiro, desde que o português Tomé de Souza desembarcou na Bahia para ser nosso primeiro governador-geral. Nada se lhe compara em grandeza de valores, vileza de ações e resultados funestos para uma empresa criada para tornar concreto o lema da esquerda nos anos 50 do século passado - "o petróleo é nosso". O petróleo, descobriu-se agora, não é nosso, é deles: do PT, dos partidos da base, de desavergonhados funcionários de carreira da petroleira e de doleiros delinquentes.

Ainda não apareceram indícios na investigação de que Dilma e seu antecessor na Presidência, Lula da Silva, tivessem tirado algum proveito financeiro do butim. Mas não há mais dúvidas de que ambos estavam a par de tudo. Sabe-se disso não apenas por ter o doleiro Alberto Youssef, um meliante de terceira categoria do Norte do Paraná, contado em delação premiada a agentes federais e promotores. Há provas documentais e históricas, como acaba de revelar o Estado: em 2009, o Tribunal de Contas da União (TCU), no exercício de sua assessoria ao Legislativo, avisou o Congresso que não permitisse o repasse de R$ 13,1 bilhões à Petrobrás porque seus fiscais haviam auditado irregularidades em obras da estatal. O Congresso proibiu, Lula vetou a decisão e mandou dar dinheiro às obras suspeitas.

Mas o então presidente não se limitou a vetar os dispositivos orçamentários e liberar as verbas glosadas pelo TCU: também abusou da jactância de hábito ao fazer troça da mania que o órgão teria de "querer mandar em tudo". Se José Sérgio Gabrielli, então presidente da maior empresa brasileira e seu homem de confiança, não lhe contou, o TCU, no mínimo, avisou. Não se pode dizer que Gabrielli seja confiável aos olhos de Dilma, mas, além de ter sido ministra das Minas e Energia, ou seja, responsável pela atuação da estatal e presidente de seu Conselho de Administração, ela, como chefe da Casa Civil, não podia desconhecer o alerta do TCU nem o desafio em forma de veto do chefão e padrinho.

É fato que a oposição não se pode jactar de ter sido a responsável pela revelação do escândalo do petrolão nem dos casos que o antecederam: o mensalão e a execução do prefeito de Santo André e então coordenador de programa de governo da campanha de Lula à Presidência em 2002, Celso Daniel. A descoberta de documento de um "empréstimo" de R$ 6 milhões do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes, a um dos protagonistas do escândalo de Santo André, Ronan Maria Pinto, pela Polícia Federal (PF) nos papéis apreendidos em mãos de Meire Poza, contadora de Youssef, desvendou a conexão entre os três casos. Valério disse há dois anos que deu essa quantia ao empresário de ônibus para sustar chantagem dele contra Lula. O papel é uma evidência de que o mensalão não serviu apenas para comprar apoio de pequenos partidos no Congresso ao governo, mas também para afastar suspeitas de envolvimento da cúpula da gestão federal e do PT não na execução de Celso Daniel, mas no acobertamento dos verdadeiros assassinos, protegidos pela versão da polícia paulista, sob égide tucana (sem aval do Ministério Público), de que o crime teria sido ocasional.

Nestes 13 anos, nos governos Alckmin, Lembo, Serra e Goldman, a oposição não se aproveitou do fato de comandar a polícia estadual paulista para produzir sequer uma investigação decente que convencesse a família de que a morte de Daniel teria sido casual. Como é de conhecimento geral, tucanos e democratas também nada tiveram que ver com a delação do petebista Roberto Jefferson sobre o mensalão, escândalo do qual foi protagonista José Janene, um dos autores intelectuais da roubalheira na Petrobrás, que teria resultado na lavagem de R$ 10 bilhões.

A Operação Lava Jato é um trabalho que a Nação não deve a nenhum "sinal verde" de Dilma ou de Lula nem à denúncia de tucano algum. Mas, sim, às divisões internas da Polícia Federal, ao poder autônomo do Ministério Público Federal, à competência técnica e ao tirocínio corajoso e probo do juiz federal paranaense Sérgio Moro. O sucesso das investigações também se deve à delação premiada, à qual o "Paulinho" de Lula e "Beto" Youssef recorreram para não padecerem o que hoje padece Marcos Valério por ter achado que seus poderosos parceiros não o abandonariam. Não houve ordem "republicana" para investigar, processar e prender todos os culpados, "doa a quem doer". Nem denúncias de uma oposição indolente e nada vigilante.

Dilma também anunciou em Brisbane que a Lava Jato pôs fim à impunidade. Bem, aí depende! A impunidade no Brasil já teve um grande baque com as condenações do mensalão. Graças ao relatório de implacável lógica de Joaquim Barbosa, políticos tiveram a inédita sensação de eleitores serem iguais a eleitos perante a lei. As diferenças na execução penal, contudo, mostram que essa igualdade continua relativa: a banqueira, os advogados e o publicitário continuam na cadeia e os insignes companheiros que tinham mandato ou ministério estão "presos" em casa.

A prisão dos empreiteiros mostra que a delação premiada é mesmo pra valer. Mas os políticos eventualmente delatados ainda continuam soltos.
Herculano
19/11/2014 16:55
MAIS UMA DO HOSPITAL DO PT DE GASPAR

Não passa uma semana sem um caso em que a culpa é de todos, menos do Hospital. Será que desta vez o Samu fará dupla?
Herculano
19/11/2014 16:53
A MARCHA DA INSENSATEZ, por Elio Gasperi para os jornais Folha de S.Paulo e O Globo


Empreiteiras defendem-se desprezando o 'Efeito Papuda', uma tática vencida, desafiadora e talvez suicida

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, também conhecido como "Kakay", é uma espécie de Sobral Pinto do andar de cima. "Doutor Sobral" era um homem frugal, sempre vestido de preto, defendendo causas de presos ferrados pelo poder dos governos. O espetaculoso "Kakay" é amigo dos reis e vive na Pasárgada de Brasília. Defendendo empreiteiras apanhadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, disse o seguinte: "Dentro da normalidade, você teria de declarar (as empresas) inidôneas. Se isso acontecer, para o país".

Ele não foi o primeiro a mencionar esse apocalipse, no qual está embutida uma suave ameaça: se a faxina não for contida, o Brasil acaba, pois com essa gente não se deve mexer. O presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, propôs uma "repactuação" dos contratos que essas companhias têm com a Viúva: "Parece que as empresas estão demonstrando boa vontade, todas elas ajudando, estão se dispondo a devolver recursos, portanto há uma boa vontade". Mais: "Poderíamos repactuar, eles perderiam o que está acima do preço. Como consequência, faríamos economia para o erário". O vice-presidente Michel Temer foi na mesma linha, propondo a "repactuação de eventuais exageros". Falta saber o que Nardes entende por "acima do preço" e o que Temer define como "exageros".

Como até hoje nenhuma empreiteira, salvo a Setal, reconheceu ter delinquido, parece até que a delinquência é da Polícia Federal, do Ministério Púbico e do Judiciário. A "repactuação" só pode começar pactuando-se a verdade. Se de fato houve uma "denúncia vazia de um criminoso confesso", como disse Marcelo Odebrecht, referindo-se ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, então sua empresa nada tem a ver com a história, merece os devidos pedidos de desculpas e "Paulinho" deve voltar para a carceragem. Se a Camargo Corrêa, a Mendes Júnior e a OAS nunca praticaram atos ilícitos, dá-se o mesmo e nada há a repactuar.

Grandes empresas metidas nas petrorroubalheiras adotaram uma atitude desafiadora, talvez suicida. Tentaram tirar o processo das mãos do juiz Sérgio Moro. Em seguida, fizeram uma discreta oferta de confissão coletiva, rebarbada pelo procurador-geral da República com três palavras: "Cartel da leniência". "Repactuação" pode ser seu novo nome.

As grandes empreiteiras oscilam entre o silêncio e a negativa da autoria. Deu certo até que surgiu o "Efeito Papuda". Não só José Dirceu, o "capitão do time" de Lula, foi para a penitenciária, como as maiores penas foram para uma banqueira (Kátia Rabelo) e um operador de palácios (Marcos Valério). Ocorrido esse desfecho inédito, seguiu-se a descoberta da conveniência de se colaborar com a Viúva em troca da sua boa vontade. Já há dez doutores debaixo desse guarda-chuva e tudo indica que outros virão. As empreiteiras estão rodando um programa vencido.

Quem olha para o trabalho do juiz Moro e do Ministério Público pode ter um receio. Abrindo demais o leque, ele se arrisca a comprometer a essência da investigação. Como ele tem conseguido preservar sigilos, pode-se ter a esperança de que o principal objetivo da operação é ir de galho em galho, para chegar ao topo da árvore
Herculano
19/11/2014 16:49
A MARCHA DA INSENSATEZ, por Elio Gasperi para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Empreiteiras defendem-se desprezando o 'Efeito Papuda', uma tática vencida, desafiadora e talvez suicida

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, também conhecido como "Kakay", é uma espécie de Sobral Pinto do andar de cima. "Doutor Sobral" era um homem frugal, sempre vestido de preto, defendendo causas de presos ferrados pelo poder dos governos. O espetaculoso "Kakay" é amigo dos reis e vive na Pasárgada de Brasília. Defendendo empreiteiras apanhadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, disse o seguinte: "Dentro da normalidade, você teria de declarar (as empresas) inidôneas. Se isso acontecer, para o país".

Ele não foi o primeiro a mencionar esse apocalipse, no qual está embutida uma suave ameaça: se a faxina não for contida, o Brasil acaba, pois com essa gente não se deve mexer. O presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, propôs uma "repactuação" dos contratos que essas companhias têm com a Viúva: "Parece que as empresas estão demonstrando boa vontade, todas elas ajudando, estão se dispondo a devolver recursos, portanto há uma boa vontade". Mais: "Poderíamos repactuar, eles perderiam o que está acima do preço. Como consequência, faríamos economia para o erário". O vice-presidente Michel Temer foi na mesma linha, propondo a "repactuação de eventuais exageros". Falta saber o que Nardes entende por "acima do preço" e o que Temer define como "exageros".

Como até hoje nenhuma empreiteira, salvo a Setal, reconheceu ter delinquido, parece até que a delinquência é da Polícia Federal, do Ministério Púbico e do Judiciário. A "repactuação" só pode começar pactuando-se a verdade. Se de fato houve uma "denúncia vazia de um criminoso confesso", como disse Marcelo Odebrecht, referindo-se ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, então sua empresa nada tem a ver com a história, merece os devidos pedidos de desculpas e "Paulinho" deve voltar para a carceragem. Se a Camargo Corrêa, a Mendes Júnior e a OAS nunca praticaram atos ilícitos, dá-se o mesmo e nada há a repactuar.

Grandes empresas metidas nas petrorroubalheiras adotaram uma atitude desafiadora, talvez suicida. Tentaram tirar o processo das mãos do juiz Sérgio Moro. Em seguida, fizeram uma discreta oferta de confissão coletiva, rebarbada pelo procurador-geral da República com três palavras: "Cartel da leniência". "Repactuação" pode ser seu novo nome.

As grandes empreiteiras oscilam entre o silêncio e a negativa da autoria. Deu certo até que surgiu o "Efeito Papuda". Não só José Dirceu, o "capitão do time" de Lula, foi para a penitenciária, como as maiores penas foram para uma banqueira (Kátia Rabelo) e um operador de palácios (Marcos Valério). Ocorrido esse desfecho inédito, seguiu-se a descoberta da conveniência de se colaborar com a Viúva em troca da sua boa vontade. Já há dez doutores debaixo desse guarda-chuva e tudo indica que outros virão. As empreiteiras estão rodando um programa vencido.

Quem olha para o trabalho do juiz Moro e do Ministério Público pode ter um receio. Abrindo demais o leque, ele se arrisca a comprometer a essência da investigação. Como ele tem conseguido preservar sigilos, pode-se ter a esperança de que o principal objetivo da operação é ir de galho em galho, para chegar ao topo da árvore
Miguel José Teixeira
19/11/2014 15:39
Senhores,

Será que a corja vermelha saqueia e estupra a Nação dormindo?

?Trazer o comunismo para a América do Sul é um sonho de quem nunca acordou.? (Alguém que serviu cafezinho em uma visita secreta, segundo o Ari Cunha, hoje no CB)
Juju do Gasparinho
19/11/2014 14:43
Prezado, Herculano:

Postado às 08:31 hs. Cláudio Humberto - Rabo Preso, comentário do
Blogueiro Manoel:
"Mulher de fibra X General covarde:
Não carríssimos!
Não se trata de nenhuma porradaria entre grandalhões da UFC ou MMA.
Mas de uma briga que vai obrigar o General Enzo Martins Peri a honrar a farda que teima em vestir.
Trata-se da Procuradora da República ELIANA PIRES DA ROCHA que,
através do Ofício 8122/2014/PRDF, o que a procuradora quer saber do general cagão por que eLLe ainda não tomou de volta a medalha do pacificador, criminosamente ostentada no peito do ladrão condenado Genoíno.
No mesmo ofício, esta corajosa Procuradora pede a retirada das medalhas de Valdemar Costa Neto, José Dirceu, João Paulo Cunha, todos com a ORDEM DO MÉRITO MILITAR, no GRAU DE GRANDE OFICIAL.
Agora o general cagão não pode mais se esconder na covardia com que tem evitado desagradar a Anta Palaciana por medinho da Véia".

Herculano, devagarinho sempre aparece alguém para por fim ao nome novo do BRASIL, que elles insistem em mudar para Brazuela ou outro medonho como Cubrasil.

#viragentepetralha#
Juju do Gasparinho
19/11/2014 13:55
Prezado, Herculano:

Do Blog Gente Decente:

"Desde a operação Satiagraha que a polícia federal sabe que existe uma conta curral do partido-quadrilha de LuLLa que recebe a grana roubada em grandes transações.
Esta conta era gerenciada pelo canalha Dirceu.

Agora Youssef, em depoimento, prometeu (já entregou) todas as contas do Partido Quadrilha no exterior.
Com certeza, a tal de conta curral finalmente pode dar as caras nesta operação da PF.

Caracterizada, investigada e tendo sua existência e vínculos estabelecidos, o Partido Quadrilha de LuLLa pode ter seu registro cassado.
E essa será uma campanha deliciosa de ser feita".

Aqui em casa, já compramos foguetes e estamos aguardando.
Viva o Juiz SÉRGIO MORO!
Herculano
19/11/2014 13:11
PREFEITURA VAI DAR AUMENTO PARA POUCOS

Tramita na Câmara, um projeto de lei que reajusta o vencimento de poucos servidores. Coisa feita e tramada. Tem cheiro partidário. E de preparação para a campanha eleitoral de 2016.

Ontem a noite, o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, e o chefe de gabinete Doraci Vans, "reuniram" para um "churrasco" amigo na Associação dos Servidores Municipais, oito vereadores.

Pressão. Poucas explicações. A princípio, o PT já tem os oito votos para aprovar esta matéria. Mas, ele quer que o assunto anda mais depressa do que está andando.

E onde o negócio está pegando? Na Comissão de Gestão. E qual o problema a ser vencido? A vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. Ela quer saber por que só alguns vão receber aumento e não todos. Simples. Lovídio e Doraci não querem explicar e nem que esta discussão seja pública. Com a palavra o Sintraspug. Acorda, Gaspar!
sidnei luis reinert
19/11/2014 12:40
Olim-piada

Meta irônica de preparação para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro:

"Quero correr mais rápido que um empreiteiro fugindo da Polícia Federal na Operação Lava Jato".

Treinamento perfeito para o Brasil desgovernado pelo crime organizado, seus clubes, facções e condomínios...
sidnei luis reinert
19/11/2014 12:38
DEU NO NEW YORK TIMES:

"Estrela do Brasil, Petrobras está de mãos atadas por escândalo e estagnação"

http://mobile.nytimes.com/2014/04/16/business/international/brazils-star-petrobras-is-hobbled-by-scandal-and-stagnation.html?referrer=&_r=1

"O declínio da Petrobras tem sido impressionante, rápida e dolorosa", disse Fábio Fuzetti, sócio da Antares Capital Management, uma empresa de investimento de São Paulo. "Esta é a empresa de energia que serviu de modelo para outros países em desenvolvimento", disse ele. "Agora é o exemplo de exatamente o que não fazer."

BRASIL UM PAÍS DE TOLOS.
Herculano
19/11/2014 11:08
A QUEBRA DE SIGILO DE VACCARI E O ENIGMA DE UM TAL BARUSCO, O HOMEM QUE PERTENCIA AO ESQUEMA PETISTA E QUE TEM US$97 EM CONTAS NO EXTERIOR. SERÁ QUE ROUBAVA PARA SI MESMO?, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Por 12 votos a 11, a CPI Mista da Petrobras aprovou a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. Ele é acusado por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef de ser o homem que coordenava o propinoduto para o partido, cujo representante na empresa seria Renato Duque. A comissão aprovou ainda as convocações do próprio Duque, de Sérgio Machado, presidente licenciado da Transpetro, e de outros dois ex-diretores da Petrobras: Ildo Sauer (Gás e Energia) e Nestor Cerveró (Internacional), que terá de fazer uma acareação com Costa. Pode ser um momento bem interessante.

O PT fez de tudo para evitar a quebra dos sigilos de Vaccari, mas acabou derrotado. Parlamentares da base, como os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Enio Bacci (PDT-RS), não foram sensíveis aos apelos dos companheiros. Os depoimentos e a acareação podem até render alguma emoção, a menos que a gente tenha de ouvir o famoso "Eu me reservo o direito de ficar calado?", mas duvido que algo de muito interessante saia das quebras de sigilo de Vaccari ou de outros. E por várias razões.

Em primeiro lugar, essa gente já está escolada, não é?, e não costuma cometer certos erros primários. Em segundo lugar porque, é bom não esquecer, há um doleiro no meio dessa lambança toda. E doleiros só participam de falcatruas para esconder recursos fora do país, em contas secretas. Basta olhar para o festival delas que está por aí.

Acho pouco provável que Vaccari seja do tipo que opera para enriquecimento pessoal. Ele está mais para Delúbio Soares, de quem é sucessor, do que para Paulo Roberto Costa. Se é quem Youssef e Costa dizem ser nesse esquema, não trabalhou para si mesmo, mas para a máquina partidária. Como a gente se lembra, Delúbio não fraquejou um só instante, nem quando foi posto para fora do partido - formalmente ao menos. Quando voltou, mereceu tapete vermelho, com direito a festança e tudo. Vaccari é um burocrata da máquina cinzenta. É homem da natureza de um Gilberto Carvalho. É núcleo duro. A essa gente, garantida a boa vida necessária, interessa mais o projeto de poder do que o enriquecimento pessoal. Há quem ache isso nobre. Eu, obviamente, não acho.

Coisas estranhas
De resto, há coisas estranhíssimas nessa história toda. E, para mim, o tal Pedro Barusco é a chave de um segredo de Polichinelo. Vamos ver. Esse sujeito era mero estafeta de Renato Duque, o petista graúdo que estava na diretoria de Serviços da Petrobras, homem de Dirceu e do partido. Pois esse Barusco admitiu, sem muita pressão, ter US$ 97 milhões em contas do exterior - o correspondente a R$ 252 milhões.

Custo a acreditar que um sujeito na sua posição, subalterna, tivesse autonomia para roubar tanto em seu próprio benefício. Nem se ocupou em pulverizar as contas em nome de terceiros, de familiares, de amigos ou conhecidos, sei lá. Também não converteu parte dessa fantástica dinheirama em patrimônio. Por que alguém mantém em moeda sonante, em contas secretas, tal volume de recursos? Será que Barusco operava para si mesmo ou para uma estrutura muito maior do que ele?

Volto a Vaccari
Tendo a achar que, se alguém aposta no enriquecimento pessoal de Vaccari, vai se frustrar. Ele não pertence a si mesmo. Ele pertence a uma máquina. Encerro com uma lembrança: no depoimento dado no âmbito da delação premiada, Youssef disse que poderia ajudar a PF a chegar a contas que o PT manteria no exterior, o que é ilegal e rende cassação do partido.
Herculano
19/11/2014 08:39
JUSTIÇA ESTENDE A PRISÃO DE CINCO EXECUTIVOS E EX-DIRETOR DE EMPEITEIRA NA OPERAÇÃO LAVA JATO

Renato Duque e cúpula da Camargo Côrrea, da OAS e da UTC continuam detidos. Lobista, que segundo a PF é ligado ao PMDB, se entregou nesta terça; juiz determinou quebra do sigilo de 16 alvos, informam os enviados a Curitiba e repórteres do jornal Folha de S.Paulo , David Friedlander, Fabiano Maisonnave, Flávio Ferreira, Guilherme Voitch e Mário César Carvalho

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela operação que apura fraudes em licitações da Petrobras e propina a políticos, estendeu na noite desta terça (18) a prisão de cinco executivos de empreiteiras e do ex-diretor da estatal Renato Duque por mais 30 dias. Todos eles tiveram a prisão temporária convertida em prisão preventiva.

De apenas cinco dias, a prisão temporária é feita para interrogar o preso e confrontá-lo com as primeiras provas. Com duração de 30 dias prorrogáveis por mais 30, a preventiva é aplicada quando o juiz considera que o réu pode continuar a praticar crimes, interferir no processo, ameaçar testemunhas ou deixar o país.

Tiveram a prisão prorrogada dois integrantes da cúpula da Camargo Corrêa: João Auler, presidente do conselho, e Danton Avancini, presidente da empreiteira.

José Aldemário Pinheiro Filho e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, presidente e vice-presidente da OAS, também ficarão presos por 30 dias.

O quinto executivo é Ricardo Pessoa, presidente do grupo UTC/Constran.

Na decisão, Moro afirma que o presidente da OAS "seria o principal responsável pelos crimes no âmbito do grupo empresarial, sendo citado por todos os colaborares" que fizeram acordo de delação premiada e admitiram fraudes envolvendo contratos com a Petrobras.

O Ministério Público Federal havia pedido a conversão de prisão temporária em preventiva para dez réus, mas o Sergio Moro negou em quatro dos casos.

Dessa forma, foram liberados na noite desta terça 11 dos que haviam sido detidos entre sexta (14) e sábado (15), quando a PF deflagrou a sétima etapa da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final.

Três executivos foram proibidos de deixar o país, e um agente federal que transportava dólares para o doleiro Alberto Youssef foi punido com a perda da função pública.

A defesa de Renato Duque afirma que a decisão do juiz é injusta, já que "ele não é acusado de nenhum crime", e que ingressará nesta quarta (19) com pedido para libertá-lo.

Alberto Toron, advogado de Ricardo Pessoa, da UTC, disse ter a impressão de que "mais uma vez a prisão é utilizada como forma de pressão para obter uma confissão". "Não havia motivo algum para a temporária e a preventiva, o Ricardo sempre esteve à disposição das autoridades para dar explicações".

Celso Vilardi, que defende os diretores da Camargo Corrêa, disse que a prisão preventiva de seus clientes foi decretada sem que eles tivessem sido ouvidos. "Estou estupefato [...] não foram ouvidos, não houve manifestação da Polícia Federal sobre eles e não ocorreu nenhum fato novo que justificasse as prisões preventivas", afirmou.

A Folha não conseguiu falar com os advogados da OAS.

LOBISTA

Apontado como o elo entre o PMDB e os desvios na Petrobras, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, se entregou na tarde desta terça na superintendência da PF em Curitiba.

Ele foi acusado por um dos delatores, o executivo Julio Camargo, da Toyo Setal, de ter recebido US$ 8 milhões para que a firma obtivesse um contrato de sondas da diretoria internacional da estatal, ocupada à época por Nestor Cerveró, indicado pelo PMDB.

O PMDB nega ter ligação com o lobista. Soares estava foragido desde sexta. O advogado dele, Mario de Oliveira Filho, disse que a prisão é ilegal, já que seu cliente colaborava com a apuração.

Com as mudanças, 13 pessoas permanecem presas a partir desta quarta na carceragem da PF em Curitiba (os seis que tiveram a prisão estendida, outros seis que já estavam em prisão preventiva e Fernando Soares). Só um dos 25 alvos está foragido: Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA).

QUEBRA DE SIGILO

Sergio Moro também determinou a quebra do sigilo bancário de 16 alvos da PF. Além disso, três empresas de Fernando Soares tiveram a quebra de sigilo determinada.

O pedido foi enviado ao Banco Central. Entre os que tiveram o sigilo quebrado estão Renato Duque, Othon de Moraes Filho (Queiroz Galvão), João Auler, Dalton Avancini e Eduardo Leite (Camargo Corrêa) e Fernando Soares.
Herculano
19/11/2014 08:31
GLEISI ROGA A SENADORES NÃO SER CONVOCADA À CPMI, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Ministra da Casa Civil do governo Dilma, Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem procurado senadores de vários partidos, inclusive de oposição, para tentar impedir sua convocação na CPMI da Petrobras. O megadoleiro Alberto Youssef disse ter entregue R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado, em 2010, e Paulo Roberto Costa, também preso na Operação Lava Jato, disse ter recebido pedido do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), marido de Gleisi, para "ajudar na campanha" dela.

DESGASTE
Quem viu Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann nos últimos dias afirma que o casal anda bem abatido, após as delações do Petrolão.

FATOR DECISIVO
Desnorteada e dividida, a base aliada não pôde impedir a quebra de sigilo do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na CPMI da Petrobras.

CHUMBO TROCADO
Após a convocação de Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros à Transpetro, o PMDB deu o troco: votou pela convocação de Vaccari.

ROUBÔMETRO
O Petrolão por enquanto só perde para a Copa, no campeonato de superfaturamento de obras: R$ 10 bilhões contra R$ 25,6 bilhões.

"HOMEM DA MALA" DA FRIBOI FOI PUPILO DE SEVERINO
Apelidado de "Homem da Mala da Friboi" na campanha, após atuar como office-boy do Grupo JBS, Ricardo Saud foi assessor e pupilo de Severino Cavalcanti (PP-PE), que exigiu "diretoria que fura poço" na Petrobras para apoiar o governo Lula. Saud continuou no ramo: dividiu apartamento em Brasília e carregava pasta de Eduardo da Fonte (PP-PE), deputado citado na delação premiada de Paulo Roberto Costa.

PIADA AMBULANTE
O "deslumbramento" de Ricardo Saud entrou para o anedotário de Brasília e neutralizou em parte as generosas doações do JBS/Friboi.

RECORDE MUNDIAL
Após torrar R$ 253 milhões nas eleições, o JBS/Friboi é o recordista mundial em doações - desinteressadas, claro? - para políticos.

Á BEIRA DE UM ATAQUE
Políticos ligados a Lula estão preocupados: a investigação do Petrolão o deixou mais preocupado (e nervoso) que nos tempos de mensalão.

É A DEMOCRACIA, ABESTADOS
Dilma cuspiu fogo, reclamando que "ninguém controla" e nem sequer tem acesso à informações da Polícia Federal. Até o ministro da Justiça, chefe da PF, só soube da fase "juízo final" da Lava Jato como qualquer brasileiro: pela imprensa. Que essa turma também adoraria controlar.

QUESTÃO DE ISONOMINA
Políticos do PMDB reclamam tratamento isonômico: o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deveria fazer companhia a Fernando Baiano na cadeia. Um e outro eram contato dos partidos na quadrilha do Petrolão.

RABO PRESO
A Procuradoria da República no DF intimou o comandante do Exército a explicar por que se recusa a confiscar honrarias militares concedidas a mensaleiros. O general Enzo Peri ainda se esconde de jornalistas, e o Ministério da Defesa informou que "não faz atendimento à imprensa".

GANHA PESO
A oposição está na torcida para que a CPMI da Petrobras sequer consiga votar o relatório este ano, o que só aumenta a necessidade de criar uma nova comissão de inquérito na próxima legislatura, em 2015.

EMPILHANDO CONTRATOS
Amiga do prefeito de S. Bernardo (SP), Luiz Marinho (PT), a agência de propaganda Sotaque levou licitação de R$ 9 milhões do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Agora é favorita na licitação de R$ 6,7 milhões na vizinha São Caetano, do aliado Paulo Pinheiro (PMDB).

TROCO PETISTA
Logo após a quebra de sigilo bancário de João Vaccari, petistas escreveram requerimento à mão para incluir na pauta da CPMI a inútil convocação de José Gregori, tesoureiro do PSDB.

SURPRESA
Candidato à Presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem garantido a deputados que não aparecerá entre os envolvidos no Petrolão: "Se eu tivesse o que temer, não estaria na disputa", afirma.

DECADÊNCIA
Um boné enviado da Irlanda para um leitor chegou ao Brasil em 72 horas, mas até hoje - 33 dias depois - os Correios não o entregaram no destino. Pior: nem se dão ao trabalho de fixar prazo.

Pensando bem?
?sem furar um único poço, a gangue do escândalo da Petrobras descobriu por que petróleo é chamado de "ouro negro".
Herculano
19/11/2014 08:00
LEVITÃ SE MOVE, por Igor Gielow para o jornal Folha de S. Paulo

Enquanto a Petrobras definha, o governo agoniza e o mundinho político estremece a cada revelação ("Se o Duque e o Baiano falarem o que sabem...") da Operação Lava Jato, outros temores cercam os envolvidos na investigação.

Demonizar uma categoria é tentador, e empreiteiras sempre foram candidatas a sofrer a prática. De seu lado, têm o argumento até aqui secundado pelo Tribunal de Contas da União de que "o país não pode parar" - obras têm de ser tocadas.

Mas é inegável que as empreiteiras fazem por merecer a fama de Leviatã, ainda que nem todos sejam "malvados" ou "culpados". Seus tentáculos são visíveis em toda a teia sob escrutínio no escândalo atual, e estiveram à vista em inúmeros casos anteriores.

Assim, as empresas estão a vasculhar cada detalhe da execução da operação e da vida das autoridades do caso. É do jogo, e previsível: surgirão acusações diversas, restando saber se são reais. Como disse um envolvido na apuração: "Todo mundo acha que políticos são os grandes vilões. Eles são só os empregados, os patrões pela primeira vez foram pegos. E isso não ficará barato".

O comportamento da Justiça também será alvo de observação.

O caso que assombra a PF é o da Operação Castelo de Areia, que em 2009 esquadrinhou negócios da Camargo Corrêa. Em 2011, foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça sob alegação de que se baseava em denúncia anônima, embora houvesse uma montanha de evidências e provas construída a partir disso.

A Lava Jato é diferente e, depoimento após depoimento, desenha um quadro aterrador. Possui mecanismos orgânicos de defesa, como a pulverização de suas descobertas em cerca de cem inquéritos até aqui, dificultando ataques em bloco.

O sucesso da abertura desta centena ou mais de caixas de Pandora, umas miúdas e outras gigantes, é o que dirá se o Brasil está de fato à beira de uma Operação Mãos Limpas.
cleber
19/11/2014 07:59
O que era aquele fogo todo na terça feira a noite logo depois da entrada do Macuco??
Herculano
19/11/2014 07:56
JUÍZO SEMIFINAL, por Carlos Brickmann

O nome Operação Juízo Final, para a prisão de dirigentes de grandes empreiteiras, é muito pretensioso. O Juízo Final ainda está para vir. E não se refere, por mais armagedônico que pareça, ao envolvimento de políticos importantes no caso do Petrolão.

O pior é a investigação internacional: não apenas a americana, mas de outros países em que tenha havido negociações suspeitas, seja de Bolsa, seja de compras e vendas, seja do que for. Um bom exemplo é o que já aconteceu na Holanda, que multou a SBM, entre outros motivos, por ter pago propinas em seus negócios no Brasil (e, fora do Petrolão, há as revelações da Siemens às autoridades europeias, o que obrigou os investigadores brasileiros a debruçar-se sobre o cartel do Metrô e dos trens urbanos nas gestões do PSDB em São Paulo).

Nas investigações internacionais a possibilidade de pressões, de apresentação de dossiês contra denunciantes, é muito remota. Que essas coisas podem acontecer, podem; nada é impossível. Mas é muito, muito, muito difícil. E no Exterior não há o temor reverencial, nem a preocupação com a possibilidade de enfraquecer a legitimidade do Governo brasileiro. A investigação poderá atingir qualquer nível de poder. Como diria o então presidente Collor, "duela a quien duela".

Mas, até lá, teremos muito a aprender, e mais ainda a relembrar. Por exemplo, há pouco menos de dois anos, o hoje famoso Paulo Roberto Costa, o da primeira delação premiada, mostrava numa entrevista aquilo que considerava seu maior troféu: o uniforme laranja da Petrobras com o autógrafo do presidente Lula.

Furando poços
Vale a pena lembrar também o deputado Severino Cavalcanti, do PP de Pernambuco, que foi presidente da Câmara (e teve de renunciar por cobrar propina do restaurante da Casa). Numa discussão a respeito de cargos, Severino rejeitou o que lhe ofereceram e exigiu "aquele que fura poços". Considerando-se que Severino não sabe nada de perfurações petrolíferas, imagina-se que esteja interessado no poder que terá seu indicado.

E tudo passou batido: ninguém quis saber qual o interesse do parlamentar nos poderes perfuratórios de quem indicasse.

Estarreça-se
A Mega-Sena acumulada sorteia, nesta semana, R$ 80 milhões. É o sonho de alguns milhões de brasileiros. E é menos de um terço do que um gerente, funcionário de médio escalão da Petrobras, Pedro Barusco, se comprometeu a devolver, nos termos de sua delação premiada. A devolução de Barusco é de R$ 252 milhões.

Se um gerente junta essa quantia, quanto terá cabido ao primeiro escalão?

Estarrecido?
Barusco era gerente executivo de Engenharia da Petrobras, trabalhando com o diretor Renato Duque. Prometeu devolver mais que o total oferecido por outros quatro delatores premiados. No total, as devoluções atingem R$ 425 milhões, sendo R$ 252 milhões de Barusco e R$ 173 milhões dos demais. A conta bate?

Os maldosos
A presidente da Petrobras, Graça Foster, decidiu criar uma nova diretoria: a de governança, para implantar e fiscalizar boas práticas corporativas. Segundo o colunista Lauro Jardim (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/), há quem brinque que a nova diretoria de governança será disputada por PMDB, PP e PT.

Boa notícia
Esta coluna divulgou, há dias, a informação de que o engenheiro Jaime Waisman, leitor desta coluna, tinha comprado no Magazine Luíza um aquecedor Britania, que queimou na primeira vez em que foi usado. A Britania não deu a menor bola ao cliente (que já pensava em recorrer ao Procon), deixando até de enviar as peças para o conserto à sua concessionária.

Pois bem: assim que a notícia saiu, a jornalista Lisiane Marques, da assessoria Fonte, em nome do Magazine Luiza, telefonou a esta coluna, pedindo os dados do cliente. Enviou-lhe um aquecedor novo, em garantia, sem custo; e, diante da informação de que o aparelho estragado continuava na oficina, disse ao cliente para não se preocupar, que o próprio Magazine Luiza iria buscá-lo. Ótimo trabalho. E mais um bom exemplo: o atendimento aos clientes do Magazine Luiza está diretamente ligado à Presidência, com ordem explícita de resolver rapidamente qualquer problema.

Uma bela amizade
O Conselho Federal de Enfermagem contratou Weber de Oliveira como palestrante. Custo: R$ 19.380 reais. Nada contra o palestrante, que deve ser ótimo - mas que é também ministro substituto do Tribunal de Contas da União e, portanto, audita as contas do Conselho Federal de Enfermagem, que o contratou. As palestras fazem parte de "serviços técnicos profissionais especializados de treinamento de pessoal a serem prestados pela associação privada Instituto de Magistrados do Distrito Federal" - escolhido sem licitação.

Mas que não se acuse o Cofen de privilegiar magistrados. Outro contratado é Oscar Schmidt, o Mão Santa, figura maior do basquete brasileiro. Para ele, o pagamento é bem melhor: R$ 45.000,00. O presidente do Cofen é Osvaldo Albuquerque Souza Filho. As contratações constam na página 246, seção 3, do Diário Oficial da União nº 222, de segunda-feira, 17 de novembro de 2014.
Herculano
19/11/2014 07:51
HOJE É DIA DA BANDEIRA DO BRASIL
Anônimo disse:
18/11/2014 21:50
Herculano. Que hilário, é o Hilário! Um boneco desse Teatro Mambembe no meio do Casal de Pato Manco com outros fantoches.
Mas não foi o PT que garganteou que a prefeitura tinha a quantia da contra partida para o término da ponte? Então, o Zuchi vai ficar com a pinguela na mão. A Guerrilheira Assassina Terrorista Ladra do Paletó Vermelho não tem mais dinheiro. Mesmo o Zuchi tendo a catraca livre no Palácio do Planalto, não adianta, elle dormiu de touca.

Na entrevista delle ao Jornal do Almoço, elle não fez cara de paisagem. Sua fisionomia era de quem viu o cavalo passar encilhado e não montou.

Concordo com o Sidnei Luis Reinert.
As grandes mídias não mostraram as manifestações contra Dilma é para não perder anúncio de estatal.
Belchior do Meio
18/11/2014 21:24
Herculano, os moradores da rua Bonifácio Deschamps reclamam da constante falta d'água.
É que há uma bomba velha sem potência suficiente para bombear água para aquele povo.
Problema: Sucessivas falhas provocadas pelo desgaste da mesma.
Solução: Vender o carro que o SAMAE doou para um que come sem trabalhar, e comprar uma bomba novinha para abastecer as casas dos que trabalham para comer.
Arara Palradora
18/11/2014 21:15
Querido, Blogueiro!

Agradeço ao Editor pela forma sutil em mostrar-me que a palavra querido é vocativo. Obrigada!

Que foto! Mesmo com a ausência do Capo de Tutti, ela me remeteu à família de Don Corleone , no filme O Poderoso Chefão.
Qual entre elles é o mais bonito?
O vereador Melato não é, porque para elle receber o 1º lugar falta na cabeça a gaforina da árvore genealógica.
Não é que os outros são feitos, elles são pessoas desabonitadas.
Os PeTralhas e simpatizantes, não tem a beleza de caráter:
Educação, Inteligência, Bons Princípios, Cultura, Honestidade, Bons Modos, Gentileza.
Isso sim é um luxo de beleza!

Voeeeiii...!
servidor indignado
18/11/2014 19:58
Herculano

Parece que voce incomodou alguem no sintraspug, hoje tinha uma nota indignada no cruzeiro do vale na pagina do sindicato, rebatendo tuas criticas. Mais parece até que não ha motivos, é claro que o juvino só quer se livrar da sala de aula, por isso a omissão, sem dizer que ele quer proteger sua esposa. agora eu acredito, que quem esta dando as cartas por lá, é o vice eduardo, aquele que na greve saiu falando mal do juvino e do advogado. um mais vaidoso do que o outro, e as questoes que envolve nos servidores, nao fazem nada, tanto que tive que pedir ajuda para outros advogados, porque os do sindicato, sao muito novinhos e inexperientes, estao sendo pagos apra aprender. o juvino pensa que somos bobos, todo mundo sabe que ele na greve tentou negociar na moita com o prefeito e secretarios, sozinho, sem pergunatr para nos servidores. quem tira essa dupla pra bobos, bobos somos nós que vamos acabar dando mais um mandado pra essa gente.

obrigado pelo espaço.
Herculano
18/11/2014 17:05
A VIDA COMO ELA É

O PT esturricado com a operação Lava Jato, está comemorando a entrega de Fernando Baiano, à Polícia Federal. Baiano é rotulado como um homem do PMDB neste ritual de sacanagens de políticos bandidos contra os cidadãos de bens obrigados por eles a pagarem pesados impostos que prova-se estão nos bolsos de poucos.

Fogo amigo, é pouco. Parceiros, mas nem tanto na hora do perigo. Salvem-se quem puder. E acusa-se que não tem costas largas. Marcos Valério que o diga. Está arrependido até os cabelos que não possui mais. Foi assim que o PT fez: jogou ele aos leões como isca para se salvar da fome dos felinos...
Herculano
18/11/2014 16:36
FORAGIDO, FERNANDO BAIANO SE ENTREGA À POLÍCIA FEDERAL EM CURITIBA

O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, acaba de se entregar na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Acusado por delatores de cobrar propina de obras na Petrobras para o PMDB, ele era procurado pela polícia desde a operação que resultou na prisão de uma dezena de envolvidos na semana passada.

Desde a última sexta-feira (14), ele estava escondido em São Paulo.

Baiano é suspeito de ser o elo entre PMDB e esquema de corrupção na Petrobras.
Herculano
18/11/2014 16:13
ESCONDIDO, RAIMUNDO COLOMBO É OPERADO DO CORAÇÃO EM SÃO PAULO

Hoje no início da tarde o governador Raimundo Colombo, PSD, foi operado para implantação de stents ? pequenos tubos para liberar o fluxo do sangue nas artérias do coração.

O governador fez um check-up no Sírio Libanês, em São Paulo, no final de semana. O procedimento é realizado anualmente por Colombo e vinha sendo adiado por causa das eleições e da infecção que atingiu seu olho na época.

O governo do estado não divulgou este check up, nem a cirurgia, nem o resultado dela, e o quadro clínico do governador após a cirurgia. Limitou-se a confirmar de que houve o procedimento. Detalhe: trata-se de um governador, com cargo público, e satisfação a dar à população. Não se trata de algo particular, como insinuam alguns.

Herculano
18/11/2014 16:00
SEM GOLPISMOS, por Merval Pereira, para o Globo

As manifestações a favor do impeachment de Dilma, seja nas ruas, seja de políticos oposicionistas ou de meios de comunicação, podem ser precipitadas, inconvenientes politicamente, mas nunca golpistas, como defensores do governo as rotulam na expectativa de reduzir seu ímpeto. Nada têm a ver, pois, com pedidos de intervenção militar, esses, sim, vindos de uma minoria golpista.

A razão da demanda existe pelo menos em tese: seria a indicação, feita pelo doleiro Alberto Youssef, de que a campanha de 2010 foi financiada por dinheiro do petrolão. E ainda está para ser aprovada a prestação de contas da campanha deste ano, que até segunda ordem será analisada no TSE pelo ministro Gilmar Mendes.

Ou ainda um crime de responsabilidade por não ter a presidente impedido o uso da Petrobras para financiamentos de sua base política, ou ter compactuado com esse esquema, durante o período em que foi a principal responsável pela área de energia.

No mensalão, quando o publicitário Duda Mendonça confessou que havia recebido pagamento no exterior, num paraíso fiscal, pelo trabalho de campanha de 2002, abriu-se a possibilidade concreta de impeachment do então presidente Lula, que não foi adiante por uma decisão política da oposição.

E quem diz que não há golpismo em usar a Constituição para destituir um presidente é o ex-presidente Lula, que aparece em um vídeo que se espalha pela internet defendendo essa tese em um programa de televisão após o impeachment de Collor, liderado pelo PT na ocasião. Disse Lula: "(...) foi uma coisa importante o povo brasileiro, pela 1ª vez na América Latina, dar a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege um político destituir esse político. Peço a Deus que nunca mais o povo esqueça essa lição".

As democracias mais sólidas do planeta preveem a possibilidade de impeachment do presidente, e um exemplo disso são os EUA, onde nos anos recentes dois presidentes foram alvos de uma ação dessas pelo Congresso. Um, o ex-presidente Bill Clinton, envolvido em um escândalo sexual na Casa Branca, escapou da punição no Congresso, e outro, Richard Nixon, acabou renunciando diante da certeza de que seria impedido pelo Congresso.

No Brasil, o presidente reeleito pode ser impedido por fatos ocorridos no mandato anterior, pois o artigo 15 da lei 1.079, de 10 de abril de 1950, que "define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento", diz que a "denúncia só poderá ser recebida enquanto o denunciado não tiver, por qualquer motivo, deixado definitivamente o cargo".

De acordo com o parágrafo primeiro, e seus incisos, do artigo 86 da Constituição, "O presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado".

Pelo mesmo motivo, Lula não pode ser acusado de crime de responsabilidade por atos cometidos nos oito anos de sua gestão à frente da Presidência. Caso venha a ser acusado de algum crime, será julgado na Justiça de 1ª instância, sem foro privilegiado.

Julgado procedente o pedido de impedimento, pelo Senado, do presidente (artigo 52, § único, da Constituição), assumirá o vice-presidente, em caráter definitivo, nos termos do artigo 79, caput, da Constituição.

No caso da presidente Dilma, no entanto, se a acusação for o financiamento da campanha eleitoral por dinheiro ilegal provindo do petrolão, também o vice Michel Temer estará impedido, pois é a chapa que será impugnada, e, nesse caso, de acordo com o artigo 81, caput, da Constituição, "far-se-á eleição, noventa dias depois de aberta a última vaga".

Seria um caso diferente do que aconteceu com o ex-presidente Fernando Collor, pois naquela ocasião apenas ele foi acusado dos desvios de dinheiro, enquanto seu vice Itamar Franco pôde assumir a Presidência, pois não foi envolvido nas acusações. Caso, porém, a acusação contra a presidente for por crime de responsabilidade pela sua atuação no caso da Petrobras, apenas ela será impedida, podendo assumir o vice-presidente Michel Temer
Roberto Sombrio
18/11/2014 15:12
Oi, Herculano.

Sobre o Trapiche.

Pensando bem. Qual a razão para um prefeito ir agora à Brasília? Precisará de muita cara de pau para justificar as diárias.

Eu lhe digo.

As inúmeras vezes que o prefeito Pedro Celso Zuchi foi à Brasília não tem nada a ver com verbas para obras em Gaspar. Todo esse circo que montaram com assinaturas é apenas para que pareça que estão trabalhando. Desde 2011 venho afirmando que o país está falido. Todos do PT, ou os tolos que acreditam ou querem ficar numa boa sugando os cofres públicos, estão cansados de saber.
As idas do prefeito à Brasília são para aprender com a cúpula do governo as manobras, os próximos passos, para se manter no poder enganando e como tomarão o Brasil dos brasileiros.

O pior nessa história é que ainda tem quem dá voto a esse grupo elegendo Décio Neri e Lima, Ana Paula Lima e, continuam acreditando no prefeito Pedro Celso Zuchi, nos vereadores Antonio Carlos Dalsochio, Amarildo Rampelotti, Hilário Melato.

O roubo já está aparecendo na Petrobrás e vai continuar descendo até o povo se dar conta de que o maior tolo é quem votou acreditando no Lula e sua escola. Não tivessem eleito Lula, o Brasil seria outra nação.

Quando o brasileiro perder a liberdade, vai lembrar que nunca devia ter votado em qualquer integrante do PT.
Herculano
18/11/2014 13:18
PENSANDO BEM...

O Brasil está mesmo quebrado ou sem controle? Esta de que o dinheiro da ponte está depositado na Caixa, mas não pode ser mexido porque não teve a aprovação do Congresso, é algo espantoso.

Espantoso que um administrador público possa dizer tamanha besteira, ou revelar ignorância e falta de preparo para administrar.

Espantoso mesmo é alguém da imprensa possa acreditar nisso e divulgar, passando por editores, como se fossem assessores do político esperto ou burro. Vergonha.

Como do nada pode se criar uma verba pública, sem aprovação e sem rubrica? Meu Deus.
Herculano
18/11/2014 13:12
VEM AI O ELOTRÃO

Depois do Petrolão, os poucos depoimentos dos executivo ou empreiteiros, miram para outra mina de corrupção: a área de energia elétrica. A mesma origem de Dilma Vana Rousseff, PT
Herculano
18/11/2014 13:07
A PASSEATA DE 15 DE NOVEMBRO EM SÃO PAULO. NÃO REPERCUTIU NA IMPRENSA PORQUE ERA FEITA DE GENTE DECENTE. FALTARAM OS BLACK BLOCS, OS VÂNDALOS

Para completar os reclamos do leitor Sidnei Reinert

Este link pode responder http://youtu.be/xnnkIk6mHB4
Herculano
18/11/2014 13:02
O AR DO PALÁCIO ESTÁ IRRESPIRÁVEL, por Lauro Jardim

Dilma Rousseff está de volta ao Brasil e ao Palácio do Planalto após uma semana. Nos últimos sete dias, as facções internas do governo brigaram como nunca. De acordo com um auxiliar de Dilma, "o ar no Palácio está irrespirável".
Herculano
18/11/2014 12:56
NÃO TEM JEITO. O PT SEM SAÍDA NESTE MAR DE LAMA DA PETROBRÁS, NÃO PERDEU A POSE. ARRUMOU CULPADOS DA ROBALHEIRA DE HOJE PARA 15 ANOS PASSADOS. E AINDA TEM CORAGEM DE SUSTENTAR TOLICES COMO ESTA. E TEM GENTE QUE ACREDITA

Qual a manchete do 247 (que teve o editor e colunista citados por delatores no Petrolão como beneficiários de recursos sem origem certa), o canal de comunicação do PT, sustentado preferencialmente por publicidade de empresas (Petrobrás) e bancos estatais (entre elas a Caixa que preferiu raspar R$720 milhões de cadernetas de poupança de clientes para fazer lucro falso em seu balanço)?

Ministério Público: cartel de empreiteiras opera desde a Petrobrax

E a história? É esta. O texto do 247

Se você não leu esta informação antes, não se sinta culpado. Ela foi mesmo escondida pela imprensa brasileira de forma deliberada. No Estado de S. Paulo, que foi o primeiro veículo de comunicação a defender o impeachment da presidente Dilma a pregar o golpe ela está publicada, nesta terça-feira, numa tripa de pé de página.

Mas é extremamente relevante. De acordo com os promotores envolvidos na Operação Lava Jato, o esquema criminoso liderado pelas maiores empreiteiras do País operava há pelo menos 15 anos. Ou seja: no mínimo, desde 1999, quando o Brasil era presidido por Fernando Henrique Cardoso e a Petrobras comandada por Henri Philippe Reichstul.

"Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobrás, pelo que a medida proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se mostra excessiva", sustentou o Ministério Público Federal, ao requerer o bloqueio dos ativos das construtoras - pedido este que foi negado pelo juiz Sergio Moro. O magistrado permitiu apenas sequestro de bens dos executivos.

Quinze anos atrás, Reichstul se notabilizou pela tentativa de mudar o nome da Petrobras para Petrobrax. Seria uma forma de começar a prepará-la para uma eventual privatização. Diante da resistência, a mudança na marca foi arquivada. Outra polêmica da era Reichstul foi a troca de ativos com a espanhola Repsol no apagar das luzes do governo FHC - em análise pela Justiça, o caso já chegou aos tribunais superiores com estimativas de prejuízos bilionários para a Petrobras.
sidnei luis reinert
18/11/2014 12:51
A mídia amestrada tupiniquim, que promove um morde e assopra contra o governo em busca de verbas publicitárias oficiais, insiste em promover a criminosa autocensura e não dá a devida atenção a manifestações populares contra o governo Federal - como as ocorridas dia 15 de novembro.

Quem quiser saber sobre a repercussão das passeatas deve consultar o noticiário internacional.

Como este link, lá do Canadá:

http://canadafreepress.com/index.php/article/67485
Herculano
18/11/2014 11:39
FRASE DA SEMANA

Atenção. Devido ao aumento da gasolina, ao aumento da energia, dos salários dos políticos e da corrupção, informamos que a "luz do fim do túnel" foi cortada.
Herculano
18/11/2014 11:15
VOVÓ LICA. O INCÊNDIO NÃO FOI MAIOR PORQUE A COMUNIDADE AGIU

1. O Alarme Felix alertou
2. O guarda foi ver o que era.
3. Ele e o pai de uma professora do CDI contiveram o foco com extintores.
4. A prevenção e a ação cidadã funcionaram a favor dos que trabalham e não tem onde deixarem os filhos durante o dia.
Herculano
18/11/2014 09:20
ODEBRECHT MERECE CAPÍTULO À PARTE NA LAVA JATO, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Estranhou-se que a cúpula da Odebrecht não tenha sido presa na Operação Lava Jato, mas isso não significa que tenha escapado. Seu papel privilegiado na era Lula-Dilma fez por merecer uma investigação praticamente exclusiva, dizem fontes ligadas à apuração. A empreiteira foi alvo de acusação grave: o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confessou haver recebido, na Suíça, propina de R$ 59,8 milhões.

Rico cala-boca
A propina na Suíça foi para Paulo Roberto não atrapalhar a Odebrecht, em consórcio com a OAS, obter um contrato de R$1,5 bilhão.

Contrato lotérico
O contrato do consórcio Odebrecht-OAS é o terceiro de maior valor nas obras superfaturadas da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Gatunagem
Na sexta (14), a Polícia Federal vasculhou a sede da Odebrecht e as casas de três executivos, suspeitos de envolvimento na gatunagem.

Dono do mundo
Agressivo nos negócios, Marcelo Odebrecht preside a empreiteira que mais faturou na era Lula-Dilma: cerca de 53% dos R$71 bilhões gastos.

Engevix também é conhecida da Polícia Federal
Preso na 7ª fase da Lava Jato, o presidente da Engevix, Cristiano Kok, está na mira da Polícia Federal desde 2007 quando o lobista Sérgio Sá, contratado da empreiteira, foi preso na operação Navalha. Na época, Kok admitiu que o lobista era um "auxiliar" e disse que seu erro foi escolher o "consultor errado". Em 2010, a Engevix virou alvo de CPI por negociatas em programa de energia em Goiás.

Pulo do gato
A empresa mudou de nível se unindo ao magnata argentino Eduardo Eurnekian, que administra 53 no Brasil, América Latina e Europa.

Voos altos
A Engevix é dona de 50% da Inframérica que pagou R$ 4,5 bilhões pelo aeroporto de Brasília, e mais R$ 170 milhões pelo de Natal.

Bilionários
Cristiano Kok comprou a empresa do antigo patrão por US$ 30 milhões em 1997 e a transformou obtendo contratos bilionários no governo.

Prefeito amigo
O prefeito de São Bernardo (SP), Luiz Marinho (PT), se esforça para ajudar uma agência amiga, a Sotaque, a vencer outra licitação na região do ABC. A Sotaque é velha conhecida do prefeito: ganhou mais de R$ 62 milhões do Ministério da Previdência quando ele era ministro.

Movimento intenso
Autoridades aeroportuárias de Curitiba estão com dificuldades para administrar o intenso tráfego de jatinhos que levam e trazem advogados e parentes de empreiteiros presos na Operação Lava Jato.

Precedente
Na defesa do nome de Michel Temer para o cargo de chanceler, os diplomatas citam, o precedente do ex-vice José Alencar, que também foi ministro da Defesa, entre novembro de 2004 e março de 2006.

PT refundado?
A delação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco repercutiu entre os enrolados no Petrolão: ligado do ex-diretor da estatal Renato Duque, que foi preso na última fase da Lava Jato, ambos foram indicados pelo ex-ministro José Dirceu. Barusco prometeu devolver US$ 100 milhões.

Bucha de canhão
O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS-CE), foi incentivado pelo Planalto tentar organizar uma frente com PCdoB e o PDT, para contrapor Eduardo Cunha (PMDB), candidato a presidente da Câmara.

Casa vai cair
Responsável por indicar cargos importantes na Petrobras, a bancada do PMDB-MG está em pânico com a expedição do mandado de prisão do lobista Fernando Soares, o Baiano, apontado o operador do partido.

Contagem regressiva
O PSDB começa em São Paulo, semana que vem, a auditoria dos votos de Aécio Neves, autorizada pelo TSE. A equipe de oito pessoas, com técnicos em informática, prevê um mês de trabalho.

Em articulação
Dirigentes do Solidariedade, PPS, PV e PSB marcaram em café da manhã nesta quarta (19) para discutir a criação de uma federação dos quatro partidos. O objetivo é manter a aliança para a eleição de 2016.

Pensando bem?
?se com Mantega o bolo da economia não cresceu, só resta a Dilma nomear um Fermentto para a Fazenda
Herculano
18/11/2014 09:03
SEMPRE ANTES NA HISTÓRIA, por Gustavo Patu para o jornal Folha de S.Paulo

Acreditar, como quer a presidente Dilma Rousseff, que a vertiginosa sucessão de prisões e delações ligadas à Petrobras vai "mudar o Brasil para sempre" equivale a torcer, como se fez na Copa, por uma reformulação definitiva do futebol nacional após a goleada vexatória sofrida da Alemanha.

Reviravoltas nos hábitos políticos e sociais (incluindo os futebolísticos) são raras, mesmo nos escândalos cuja gravidade sobrevive ao alarido inicial. E não foram poucos: só no período após o restabelecimento da democracia, houve o afastamento de Collor, os anões do Orçamento, a compra de votos em favor da reeleição, o mensalão e seus parentes.

Não é que os episódios não tenham impulsionado mudanças ao longo do período - mas os avanços são parte de um processo lento, nem sempre contínuo, cujos resultados ainda são controversos.

São candidatos à lista a ampliação do alcance do Ministério Público, a Controladoria-Geral da União, as operações da Polícia Federal, a Lei da Ficha Limpa, as condenações de autoridades ao encarceramento.

A despeito do aprimoramento institucional, a descoberta e a investigação dos desmandos continuam associadas a conflitos de facções na arena partidária e no aparelho estatal.

O impeachment começou com um irmão magoado, e o mensalão foi denunciado por um deputado aliado sob ameaça. O governo FHC reclamava de procuradores da República que, de fato, se tornaram menos atuantes nos governos do PT; agora, o ministro da Justiça quer investigar possíveis inclinações tucanas entre delegados da Operação Lava Jato.

Desde Vargas, a esquerda acusa a direita de explorar casos reais e imaginários de corrupção para chegar ao poder, a mesma queixa que governos passados faziam do PT oposicionista. No eleitorado, subsiste boa dose de tolerância às malfeitorias; no debate político, indignação e complacência se alternam conforme o réu.
Herculano
18/11/2014 08:59
GRAÇA ADMITE SÓ AGORA ESCÂNDALO QUE VEJA REVELOU EM FEVEREIRO E QUE ELA PRÓPRIA NEGOU EM MARÇO. VÁ PRA CASA, MINHA SENHORA!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

É? Quando Dilma Rousseff vai demitir Graça Foster? Ou quando Graça Foster vai se demitir? Quando essa gente vai ter um pouco de bom senso? Por que escrevo essas coisas?

Em fevereiro, a Veja denunciou que a empresa holandesa SBM havia pagado propina para funcionários e intermediários da Petrobras. A revista, claro!, apanhou da canalhada. No fim de março, Graça anunciou com solenidade que a empresa havia feito uma investigação interna e não havia encontrado nada de errado.

Na semana passada, o Ministério Público da Holanda aplicou uma multa de US$ 240 milhões à SBM por propinas pagas mundo afora, inclusive? no Brasil, em negócios com a Petrobras!

E eis que acontecem, então, milagres. O ministro Jorge Hage, da Corregedoria-Geral da União, revela que há, sim, uma investigação em curso. É mesmo? E, mais surpreendente, Graça Foster revela hoje que a Petrobras, de fato, tinha conhecimento do pagamento de propina desde meados do ano.

É? Alguém foi punido? Algum funcionário foi preventivamente afastado? Providências foram tomadas? É razoável que a confirmação oficial da roubalheira parta do Ministério Público da Holanda? Disse:
"Passadas algumas semanas, alguns meses [da investigação interna da Petrobras], eu fui informada de que havia, sim, pagamentos de propina para empregado ou ex-empregado de Petrobras. Imediatamente, e imediatamente é "imediatamente", é que informamos a SBM de que ela não participaria de licitação conosco enquanto não fosse identificada a origem, o nome de pessoas que estão se deixando subornar na Petrobras. E é isso que aconteceu, tivemos uma licitação recente, para plataformas nos campos de Libra e Tartaruga Verde, e a SBM não participou."

É pouco e errado, minha senhora! Quem estava informado sobre tudo isso? A Petrobras não é patrimônio seu, mas do povo brasileiro.

Esta senhora falou ainda outra coisa estranha. Disse não haver nenhuma "informação avassaladora" que justifique rompimento de contrato com empreiteiras. Epa! Eu também me oponho a que se paralisem todas as obras ou a que se rompam todos os contratos. Mas daí a dizer que não existem "informações avassaladoras" vai uma distância imensa.

Graça não considera "avassalador" que um mero estafeta do PT, como Pedro Barusco, aceite devolver R$ 252 milhões? Ela não considera "avassalador" que uma única empresa, a Toyo Setal, confesse ter pagado pelo menos R$ 154 milhões a dois diretores?

Graça, ouça um bom conselho, eu lhe dou de graça, como dizia Chico Buarque: vá para casa, peça demissão, facilite a vida da presidente. Seu tempo acabou.
Herculano
18/11/2014 08:53
CASO PETROBRÁS: MARINA E AÉCIO IRONIZAM DILMA, por Josias de Souza

Ex-rivais de Dilma Rousseff na campanha presidencial, Marina Silva e Aécio Neves utilizaram uma entrevista da presidente sobre a corrupção na Petrobras como matéria-prima para suas ironias. Em textos veiculados na internet, ambos realçaram a ausência de autocrítica na manifestação da presidente.

Para Marina, Dilma não tirou os pés do palanque. "?Continua a fazer exaltações a seu governo em manifestações descoladas da realidade." Ela reproduziu três comentários da presidente: 1) o caso do petrolão é "o primeiro da nossa história investigado"; 2) "isso pode, de fato, mudar o país para sempre"; 3) a investigação "não é algo engavetável".

Na sequência, Marina espetou: "Dilma gosta de falar das 'gavetas' de governos anteriores, mas seria positivo para a sociedade brasileira que ela esvaziasse as próprias. Em vigor desde 29 de janeiro, a Lei Anticorrupção (12.846/13) ainda não está sendo aplicada, segundo estudiosos do Direito, porque não foi regulamentada pelo Palácio do Planalto. [?] O Brasil aguarda ansiosamente que a presidente Dilma retire das gavetas do palácio o decreto que ajudará a combater a ação dos corruptores no país."

Aécio escreveu que Dilma reage ao noticiário "como se fosse apenas uma espectadora, uma cidadã indignada, como se o seu governo não tivesse nenhuma responsabilidade com o que ocorreu na empresa nos últimos anos. Como se não tivesse sido ela a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, responsável pela aprovação de inúmeros negócios, hoje sob investigação."

Para o ex-presidenciável tucano, Dilma "zomba da inteligência dos brasileiros" ao "agir como se a Petrobras não fizesse parte do seu governo." Aécio lembrou que, nos debates eleitorais, convidou Dilma a ?pedir desculpas ao Brasil pelo que acontecia na empresa." Reiterou a provocação: "Presidente, a senhora não acha que está na hora de pedir desculpas ao país pelo que o seu governo permitiu que ocorresse com a Petrobras?"

Auxiliares de Dilma e líderes do PT acusam a oposição de tentar criar no país uma atmosfera de "terceiro turno''. Comportam-se mais ou menos como um oficial alemão que foi visitar o estúdio de Picasso durante a ocupação de Paris. Ele viu na parede uma reprodução de Guernica, o quadro que mostra a destruição da cidade espanhola na guerra civil. "Foi o senhor que fez isso?", perguntou o oficial. E Picasso: "Não, foram os senhores".
Miguel José Teixeira
18/11/2014 08:52
Senhores,

Enquanto no Reino Bolivariano PeTralha prepara-se a criação da diretoria de governança da PeTrobras para cuidar dos desvios e, em breve, a diretoria dos cara-de-paus, para cuidar do óleo de peroba, eis a realidade na antiga República Federativa do Brasil:

Como ficamos?

Parte dos brasileiros que pensam e que sempre foram avessos às aventuras e aos experimentalismos na administração pública sabem que se o país fosse uma empresa, já estaria em processo de liquidação extrajudicial ou com falência decretada. Desconfiados dos números apresentados pelo governo sobre a saúde financeira do país, depois de seguidos balanços maquiados e de escândalos rotineiros, muita gente começa a fazer as contas dos 12 anos de governo petista. Para um governo de bandeira vermelha, a conta espetada nas costas dos contribuintes também está no vermelho. Para um partido que abdicou de um projeto de governo por um projeto de poder, não poderia ser diferente. Qual o custo da proliferação desenfreada de sindicatos, ONGs e partidos políticos? Quanto tem custado para os brasileiros o perdão de dívidas dos países africanos comandados por ditadores longevos e sabidamente corruptos? Quanto têm custado os empréstimos e negócios secretos feitos com a ilha dos Castros? E quanto ao custo dos cartões corporativos usados e abusados e cujos valores aumentam a cada ano? Quanto tem custado, até agora, a razia feita nos fundos de pensão? E os custos com o reconhecimento da China como economia de mercado? A introdução desenfreada das culturas transgênicas, quanto nos custará? A modificação feita no estatuto do BNDES, permitindo que a instituição venha atuando para financiar ditaduras na América Latina, quanto tem custado? E quanto ao desmonte praticado nas empresas estatais, usadas para financiar partidos políticos, quanto tem custado? E quanto aos seguidos casos de corrupção, com a Petrobras à frente? Qual o custo desse megaescândalo? Para essas e outras perguntas, a resposta pode ser dada em centenas de bilhões de reais. Para as futuras gerações, o prejuízo certamente é incalculável.

A frase que foi pronunciada

?Escrever sobre a política econômica brasileira assemelha-se cada vez mais a um trabalho de médico legista.? (Rolf Kuntz)

Fonte: Correio Braziliense, hoje, Coluna do Ari Cunha
Herculano
18/11/2014 08:42
EXECUTIVO ADMITE PROPINA E DIZ TER SIDO EXTORQUIDO

Diretor da Galvão Engenharia afirmou à PF que destino do dinheiro era o PP. Segundo Erton Fonseca, pagamentos foram feitos para garantir contratos em curso com a Petrobras, escreveu Flávio Ferreira, enviado especial do jornal Folha de S. Paulo à Curitiba

O diretor de Óleo e Gás da construtora Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, afirmou à Polícia Federal que aceitou pagar propina ao esquema do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef após ser extorquido pelos dois.

Em depoimento na tarde desta segunda (17) em Curitiba, ele disse que o destino do dinheiro foi o PP, o Partido Progressista.

De acordo com Fonseca, o pagamento foi realizado após ameaças feitas por Costa e Youssef. Eles teriam afirmado que, se não fossem atendidos, a empresa seria prejudicada pela Petrobras nos contratos em andamento.

Antes disso, Fonseca já havia sido procurado, em meados de 2010, pelo então deputado José Janene (PP-PR), que comandava à época o esquema de propinas destinado ao PP, segundo o depoente.

Com a morte de Janene, em setembro de 2010, Costa e Yousseff assumiram a dianteira das negociações.

Acompanhado de seu advogado, o criminalista José Luis de Oliveira Lima, Fonseca disse estar disposto a fazer uma acareação com Costa e Youssef.

O doleiro e o ex-diretor fizeram acordo de delação premiada com o Ministério Público e confessaram serem operadores de um esquema de corrupção na Petrobras.

No depoimento desta segunda, o executivo negou que a Galvão tenha formado cartel com outras empresas ou que tenha pago propina para ganhar licitações.

Segundo ele, a propina só foi paga para que não fossem prejudicados os contratos já em execução. A principal ameaça era a de que poderiam ser suspensos os pagamentos devidos pela estatal por obras já concluídas.

O diretor da Galvão é um dos 23 executivos presos na Superintendência Regional da PF no Paraná. Eles são alvos da sétima fase da Operação Lava Jato, batizada de Juízo Final, que apura supostos crimes cometidos por executivos de firmas que tinham contratos com a estatal.

Fonseca é um dos seis suspeitos em regime de prisão preventiva. Outros 17 estão detidos sob prisão temporária, com duração de cinco dias. A maioria dos prazos das detenções expira nesta terça (18).

Pelo menos 15 executivos já foram ouvidos por quatro delegados em Curitiba desde sábado. Os relatos variaram de uma hora e 20 minutos a quatro horas e meia.

O depoimento mais longo foi o do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, que, segundo seu advogado, Renato de Morais, negou qualquer participação nos esquemas de corrupção.

"O que existe são fragmentos de delação premiada. Não conhecemos o conteúdo dessas delações. Não tem acusação. O que teria é um depoimento judicial do Paulo Roberto Costa", disse o advogado. "Ele [Duque] nega isso, isso nunca aconteceu. Não sei em que condições ele [Costa] prestou esse depoimento. É um disse que disse, um ouviu dizer e isso não tem valor legal", acrescentou.

A previsão da PF é concluir a fase de depoimentos ainda nesta terça.

OUTRO LADO

O defensor de Youssef, Antonio Augusto Figueiredo Basto, afirmou que ainda não teve acesso ao depoimento de Fonseca e que não iria se manifestar. O advogado de Costa não foi localizado até o fechamento desta edição.

O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, não retornou as ligações. O secretário-geral nacional do PP, Aldo da Rosa, disse estar no posto há apenas um ano e que não tem informações sobre o assunto.
Herculano
18/11/2014 08:36
PARECE PROPAGANDA ELEITORAL

É repetição do mesmo. Incrível é ver a RBS passar o recibo.

Cole este endereço e acesse o link. Parece programa de humorismo. Mas, não é: é jornalismo. http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/bom-dia-santa-catarina/videos/t/edicoes/v/obra-de-uma-ponte-em-gramal-e-suspensa-devido-atraso-de-pagamento-da-empreiteira/3772199/
Herculano
18/11/2014 08:29
OS NÚMEROS QUE NÃO FECHAM E QUE A IMPRENSA COME CRU DO PT DE GASPAR. VOU COLABORAR COM A PREGUIÇA

A licitação 62/2012 feita pela prefeitura de Gaspar para a construção da Ponte Vale, previa ela própria que a obra custaria R$45.409.975,74

Quatro empreiteiras apareceram e ofertaram os seguintes preços.
A Artepa Martins, e vencedora: R$42.117.752,50
A Arteleste: R$42.978.248.62
A Heleno e Fonseca: R$43.554,842,95 e a
Construtora Gaspar: R$45.409.975,74, ou seja, exatamente o preço proposto pela prefeitura no edital.

Sobre o preço a vencedora pode aditivar até 25%, segundo as leis de licitações, a 8.666/93. E a prefeitura conhece bem deste assunto, pois com frequência seus contratos com fornecedores de obras é aditivado por para exigências técnicas provadas. Ou seja. Esta ponte pode custar até R$52.647190,62 sob o amparo da lei em vigor.

Mas, nos discursos do PT de Gaspar, estes custos estranhamente tendem sempre a diminuir. Um exemplo as avessas do que acontece no poder público. E por que? Porque deu errado a jogada de construir uma ponte sem dinheiro, feita para a propaganda, a irresponsabilidade e a reeleição.

Orçada em R$42,1 milhões, o governo federal liberou R$19,5 milhões. Faltou então mais da metade. Exatamente o que a prefeitura prometeu colocar do seu bolso, garantiu em documento, e que mencionei na coluna, R$ 21.298.172,65.

Como nunca teve este dinheiro, foi atrás das verbas federais dos canais abertos que dizia ter em Brasília que não vieram. Agora culpa os outros. Ora se faltam mais de R$ 21 milhões para termina-la, por que com R$17,5 prometidos inicialmente por Ideli Salvatti, seriam suficientes? Pior, os mais de R$21 milhões, que viraram R$17,5 milhões e agora minguaram para R$14,5 milhões que se esperam do Congresso, mal dão para pagar o que está pendurado, e que soma mais de R$8,5 milhões.

É uma conta que não fecha. Os discursos e as enrolações continuam. E a imprensa, movida pela preguiça, com a crença que político sabem fazer contas, e na ausência de uma calculadora de quatro operações, propaga bobagens para enganar analfabetos, ignorantes, desinformados e dependentes, manipulados por fanáticos e espertos. Acorda, Gaspar!
Herculano
18/11/2014 07:44
TEATRO PETISTA IX

No quadro "Trânsito 24 Horas", do Bom Dia Santa Catarina, da RBS, a apresentadora Mariana Paniz, afirmou que 80% da Ponte do Vale está pronta.

Mas, segundo ela, faltam recursos. Agora Gaspar quer que o governador Raimundo Colombo, PSD, libere o dinheiro.

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, informou que os R$14,5 milhões estão depositados na Caixa Econômica Federal. Segundo o prefeito, só falta o Congresso votar o PLN 002/2014. Existe a expectativa desta votação aconteça nesta semana.

Vamos por partes.

Que o prefeito enrole o povo, tudo bem. Mas, que a imprensa coma cru a enrolação dele e do óbvio, ai já é demais. Ou seja, o que escrevi sobre a imprensa bobinha, o Bom Dia Santa Catarina assinou em baixo, e não deu chances a desmentidos.

1. Oitenta por cento da ponte está pronta? Pode ser. Não vou contestar. Mas, ela não serve para nada no atual estágio. A utilidade dela para a comunidade é igual a zero por cento. Discurso para boi dormir.

2. O prefeito Zuchi fez discursos durante anos louvando Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Vana Rousseff, Ideli Salvatti, Décio Neri de Lima como padrinhos da ponte. Agora do nada, quando o discurso foi para o saco, quer transferir a bomba para o governador Raimundo Colombo? Esperteza pura.

Zuchi deveria cobrar de Colombo o Anel de Contorno de Gaspar que ele prometeu e também enrolou Gaspar e o Vale do Itajaí. Se Colombo cumprir o que nos prometeu neste aspecto, já estaremos no lucro para a mobilidade de Gaspar e do Vale.

3. Zuchi informou que os R$14,5 milhões informou que já estão depositados na Caixa. É mesmo? Depositaram antes mesmo da aprovação do Congresso? E um jornalista, numa empresa como a RBS, repassa esta bobagem? Hum! Deve estar sobrando dinheiro no Brasil de Dilma e do PT, sacaneando Gaspar e os gasparenses.

4. Esta liberação, está sendo anunciada pelo prefeito e seus puxa-sacos faz tempo. De semana para semana. Um descrédito. Será que é para justificar a sua ida a Brasília?

5. Esta votação vai acontecer se o Congresso resolver dar uma lição em Dilma Vana Rousseff, impondo suas emendas parlamentares. Brasília está sem dinheiro, e sob investigação do roubo instalado institucionalmente no governo, bancos e empresas estatais. Basta a jornalista ler as manchetes diárias sobre os escândalos que paralisa tudo no governo. Acorda, Gaspar!
gasparensepagadordeimpostos
18/11/2014 06:57
PonTe do Vale ???
Pois é...
A coisa tá feia,a coisa tá PreTa
Quem não for filho deles tá na mira do caPeTa...

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