28/10/2014
O HOSPITAL DO PT I
O Hospital do PT em Gaspar não vai bem. Depois de lutar por seis anos para tomá-lo da comunidade e finalmente intervir nele, a comemoração se tornou uma dor de cabeça para o PT- que a tudo aparelha e instrumentaliza na cidade - e a administração de Pedro Celso Zuchi. Como sempre, a primeira coisa que se fez foi denegrir e constranger gente de bem, quem se sacrificava há anos e até colocava o nome limpo com crédito na praça e dinheiro do próprio bolso para manter o hospital aberto à comunidade mais pobre, doente e desassistida. Insinuaram os assaltantes da honra alheia, serem os ex-conselheiros voluntários e administradores do hospital uns incompetentes, se não coniventes com as dúvidas e descontroles das verbas públicas. Como se vê, a tática de dividir e desqualificar é uma praga da franquia nacional de sacanagens.
O HOSPITAL DO PT II
Passados seis meses, lutam os interventores petistas para que a imprensa esconda os problemas que inventaram ou não conseguem solucioná-los. Na semana passada, mais uma denúncia de negligência que desembocou em morte (e o Samu, mais uma vez envolvido). Ela ficou restrita ao repórter Jota Aguiar e ao Cruzeiro do Vale. A vítima? Adalberto José de Oliveira Torquato. É pesado. Enquanto na luta que se trava entre os políticos, algozes dos doentes e dos que estão em risco, o governo do estado desmentiu literalmente a prefeitura e a secretária de Saúde de Gaspar, Márcia Adriana Cansian, de que havia retenções de verbas vindas do governo federal do PT para Gaspar. Falou-se em algo em torno de R$ 1,8 milhão.
O HOSPITAL DO PT III
Aliás, Márcia possui um discurso em Florianópolis e uma prática em Gaspar. O governo do Estado já percebeu isto. E por que a verba do convênio do governo do Estado não chega ao Hospital do PT de Gaspar? Porque ele não consegue fazer o que prometeu: trabalhar. Ou seja, fazer as cirurgias e procedimentos e ser remunerado por isto. Simples. Ora, se não trabalha, não recebe. E os dirigentes petistas que se meteram no hospital agora têm a coragem de reclamar em discursos e entrevistas preparadas para os analfabetos, ignorantes, desinformados e necessitados da culpa que só lhes cabe neste caso. Pior. A dívida que era de quatro milhões e meio de reais, em seis meses de administração petista, quase dobrou e está perto de oito milhões de reais, segundo o terrorismo que se leva à imprensa sem provas concretas.
O HOSPITAL DO PT IV
Não é fácil. A auditoria que mandaram fazer com gente companheira do interior de São Paulo por uma pequena fortuna de R$ 150 mil, ainda não apareceu. E ela vai apontar o que já indicou o administrador colocado lá pelo PT ? que teve que recuar no que disse ? meses atrás: o pronto atendimento do hospital faz o trabalho que deveria ser feito pelos postos de saúde da prefeitura. É ali que vai o dinheiro do hospital. Isto Gaspar inteira já sabia fazia anos e a prefeitura e o PT negavam, debochavam e desmentiam. E para completar, o SUS paga uma miséria e faz ?sumir? o dinheiro que não vem e não se tem no hospital. Pior, para recebê-lo, é preciso antes estar com os tributos em dia, como sempre recomenda a gasparense honorária, Ideli Salvatti, que até agora não trouxe nada para o hospital. Diante das dificuldades, o PT até ameaçou devolver o hospital aos antigos conselheiros. Eles, entretanto, não o querem. É uma bomba de efeito retardado. A dívida estaria maior do que quando o PT tomou e manchou o nome de todos. E se o PT tem alguma coisa a reclamar desta incômoda situação, deve fazê-lo diretamente a Rodrigo Fontes Schramm, o teimoso inspirador de mais esta aventura de aparelhamento das instituições de Gaspar. Acorda, Gaspar!
CRIME AMBIENTAL
Mais um. O Ministério Público de Gaspar está indignado com a insistência. Ele acaba de estabelecer na Terceira Vara uma nova ação por ?crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral?. Foram arrolados os secretários Soly Waltrick Antunes Filho (hoje no Planejamento), Patrícia Scheitt (hoje na secretaria de Turismo, Indústria e Comércio), Jadison Alexsander Fernandes (ex-coordenador de meio ambiente e já exonerado) e a Didama Construtora e Incorporadora. Quem trabalha neste assunto é o promotor Henrique Ziesemer da Rosa e que cuida do meio ambiente. Refere-se à autorização da construção de um prédio contra a legislação que protege as nascentes e os cursos de água. É algo sério e complicado para os envolvidos. Vem mais. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Problemas. A Dicotone, uma especialista em tingimento têxteis que veio há anos de Blumenau para se instalar ali no Bela Vista, estava proibida de funcionar. O problema dela? Poluição com produtos químicos dos mananciais e do Rio Itajaí-Açú. E o Ministério Público agiu em nome da comunidade. Tentou de tudo. Ao final, a Dicotone foi condenada aqui, em Florianópolis e até Brasília. Mas, insistiu.
O que aconteceu na semana passada? O juiz Rafael Germer Condé, expediu um mandado de constatação. Foi para a verificação do eventual descumprimento da medida liminar que suspendeu as atividades da Dicotone. Ele quer saber, por todos os meios e precisão, quantas vezes e desde quando a empresa está descumprindo a decisão judicial: o de não poluir.
Por outro lado, o juiz oficiou à Fatma e à Polícia Ambiental para que em 48 horas houvesse vistoria para ver se a decisão havia sido cumprida, inclusive em relação às licenças ambientais. Agora, o juiz quer que se lacre a empresa, se as irregularidades persistirem.
Não tem jeito. As carteiras vermelhas da nova Escola Angélica de Souza Costa, foram mesmo compradas pela prefeitura do PT de Pedro Celso Zuchi. Um press release da prefeitura confirma esta compra (não a cor, é claro).
Um avanço. O coordenador do Núcleo Setorial Imobiliário da ACIG, Elói Tomio, enviou um ofício à Câmara para ?colaborar e agilizar no trabalho de análise do projeto do Plano Diretor de Gaspar, ora em andamento, sugerir a contração para assessoria técnica da Câmara de Vereadores de Gaspar, o engenheiro Civil, Maurílio Schmitt, que, no nosso entendimento, tem plenas condições técnicas de assessorar os trabalhos da Casa?. Maurílio foi secretário de Planejamento, foi quem formulou a implantação do Plano Diretor de Gaspar e é irmão do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, o que sancionou o primeiro Plano Diretor.
Dançando miúdo e conforme o Estatuto da Cidade. Na sessão da semana passada, o vereador José Hilário Melato, PP, disse que eu era um desocupado ao me interessar pela revisão do Plano Diretor de Gaspar. Melato o colocou debaixo do braço para aprovar algo que não possui legitimidade na comunidade e não segue o mínimo que pede o Estatuto.
Não é que o promotor Henrique Ziesemer da Rosa se interessou por este assunto? Está na pauta da Câmara de hoje, a correspondência em que ele pediu uma cópia da tal revisão. Já recebeu. E está enviando aos especialistas no assunto do Gaeco. Só depois, para não errar, pois se trata de algo muito técnico, vai tomar uma decisão. Enquanto isto, eu continuo desocupado e olhando a maré.
Esta coluna ainda vai virar a coluna do Ministério Público, diante de tantos fatos assustadores. Pudera, são quase 200 processos e inquéritos. É uma fonte rica de notícias a favor do cidadão, da cidadã, da cidadania e da cidade. É o pavor dos políticos e gestores públicos a ação do MP e o que eu divulgo.
Incompetência até na desculpa e na ação. O presidente do PT de Gaspar, José Amarildo Rampelotti, na rádio saiu-se com esta para a baixíssima votação: não conseguimos passar o recado da presidente Dilma Vana Rousseff. Mas, por outro lado, os eleitores foram bem claros. Será que Rampelotti e o PT entenderam?
Faltaram povo e militância na comemoração do PT de Gaspar. Mudou!
Edição 1635
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