09/09/2014
BICHARADA I
Na coluna de terça-feira, publiquei esta pequena e desimportante nota. ?O que está na sessão de hoje da Câmara de Vereadores? A indicação 350 da suplente Marcia Aparecida Deschamps, PT. Nela, Márcia quer que a prefeitura faça um projeto de lei e remeta à Câmara para dar desconto parcial de IPTU a quem adotar um animal abandonado. Meu Deus!?. Na sessão da mesma terça, Márcia retirou a indicação. Ela não era a autora. Antônio Carlos Dalsóchio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, era o dono da ideia e segundo ele, por um erro interno na Câmara, foi parar na conta de Márcia. Hum! Explicado.
BICHARADA II
Esta proposta revela a prioridade do PT e do governo da família Zuchi, seus protegidos do governo e na política. Não há dinheiro para se construir mais creches, para pôr médicos nos postos de saúde, para calçar ruas, fazer drenagens, dar segurança nos prédios escolares, para limpar bueiros, para dar abrigo e assistência a menores abandonados, em situação de risco... A lista é longa. Mas haverá disposição para dar isenção de impostos que estão faltando nos cofres da prefeitura para estas prioridades e assim conceder privilégios a poucos, espertos e donos de causas ?sociais? com animais.
BICHARADA III
Por que, antes, não se faz campanhas de conscientização contra o abandono de animais pelos humanos, estes sim, desumanos neste ato? Por que não se investe num programa de controle populacional de animais de rua ou abandonados pelos ?desalmados?? Por que não se cria uma política pública municipal de zoonoses? Talvez porque isto não dê votos e visibilidade para determinados políticos que precisam esconder a incompetência gerencial.
BICHARADA IV
Na sexta-feira, o editor-chefe e proprietário deste Cruzeiro do Vale, Gilberto Schmitt, na sua coluna Chumbo, publicou sob o título ?Pintinho e perereca?, esta nota séria e com certa dose de humor: ?Deu a louca no vereador Antônio Dalsochio. Ele entrou na Câmara de Vereadores com uma indicação para projeto de lei sugerindo desconto no IPTU para quem adotar um animal de estimação. Meu Deus! Tem tanto pintinho e perereca de estimação que, se o projeto passar, vai ser uma chuva de pedidos de desconto no imposto. Eu morro e não vejo tudo. Ou vejo tudo e morro?.
BICHARADA V
Pra quê? A família Dalsochio caiu de pau e estimulou outros. Baixaria pura nas redes sociais, desqualificando o jornal e principalmente Gilberto. E por quê? Porque Gilberto não é um banana, influencia, possui história, coerência, é identificado com a comunidade e tem, neste caso, uma opinião diferente da deles. Só isto. Tudo a ver. Esta gente é assim mesmo. E faz tempo. Ela é a favor da proteção de animais. Um direito, que merece espaço, que deve ser respeitado e debatido. Mas, ao mesmo tempo, como se demonstrou na prática, esta gente é contra a proteção de crianças e adolescentes em risco em Gaspar. Tanto que a prefeitura só regularizou esta obrigação constitucional a mando do Ministério Público, Justiça e do Tribunal de Contas. Enfurecida, a claque política do poder local e ajudada por políticos de Blumenau e Brasília ? e que hoje treme com o caso Petrolão , desqualificou uma juíza referência nacional do assunto via Fantástico. Insatisfeita, na tribuna da Câmara onde se achava imune, em entrevistas e nas redes sociais, quem desqualifica Gilberto e o jornal tripudiou, constrangeu e a difamou. A claque está respondendo na Justiça por tal ato insano. Então não mudou a tática.
BICHARADA VI
?Política, ao menos na democracia, é diálogo. A condição para o diálogo é a disposição genuína de ouvir - isto é, de mudar de ideia. O fanático não dialoga, prega. Ele pretende converter o interlocutor, mas não contempla a hipótese de rever suas próprias convicções. No fundo, almeja um poder absoluto: moldar o outro segundo o figurino de crenças que selecionou como verdadeiro?, esclarece o sociólogo Demétrio Magnoli. O PT de Gaspar é uma franquia nacional e segue fielmente a cartilha. O partido quer todos de joelhos, calados ou propagando as suas ideias como se fossem elas únicas e absolutas. A eleição nacional diz nas pesquisas que a maioria está cansada deste tipo de tirania, humilhação e intolerância.
BICHARADA VII
Por fim. Penso ser uma concessão indevida a isenção parcial do IPTU para favorecer quem faz calçada na frente do seu próprio terreno. É uma obrigação do dono do imóvel. É mais do que isto: um ato de cidadania. Mas, aceito a ideia. E por quê? Porque esta isenção tem nexo com o imposto cobrado, o da propriedade e principalmente, porque a calçada é pública. Ela serve não apenas ao proprietário do imóvel, mas à comunidade, que passa por ela e assim se beneficia desta melhoria e bem custeado pelo dono do imóvel. Agora, animal de estimação abandonado? E numa cidade que nem esgoto possui, onde o IDH é sofrível, que possui um dos maiores índices de violência e não cuida de seus menores abandonados por culpa dos seus políticos no poder? É ruim, heim! Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
João Alberto Pizzolatti Júnior, 52 anos, e que comanda o PP por aqui, é um político impetuoso. Quando ele bota um objetivo, sai da frente. Insistente, o impossível se torna realidade. Todavia, ele já perdeu uma destas obstinações: o dia em que ele quis ser o secretário da Fazenda do então eleito governador Esperidião Amim Helou Filho, também PP, só por conta dos votos que recebeu. Amim tinha e ainda possui ? agora muito mais depois da revista Veja do final de semana ? restrições técnicas e políticas ao servidor da Fazenda Estadual, o engenheiro de formação. Ele está no quinto mandato de deputado federal ? este último sob a proteção da Justiça para livrá-lo dos efeitos do Ficha Limpa. A outra obstinação e que agora se torna mais difícil, é a do ?pomerodense? ser prefeito de Blumenau.
Pizzolatti, cabo eleitoral incondicional de Dilma Vana Rousseff, PT, queria ser presidente do PP de Santa Catarina, e foi. Amim, que não o tolera, resmungou. Queria ser mais uma vez candidato a deputado federal. Insistiu e desistiu. A Justiça Eleitoral o impediu e não deu chances a recursos. O filho, João Alberto Pizzolatti Neto, recebeu o espólio eleitoral, facilitado pelo nome. Queria fazer de José Hilário Melato, PP, deputado estadual para ser cabo exclusivo dele ou do filho. Melato, esperto, ensaiou-se no factoide, e na última hora preferiu continuar com o ex-prefeito de Sombrio, Milton José Schaeffer, PP. Foi abençoado pela sorte.
Quem agora Pizzolatti culpa pela tragédia que nega e que se abate os políticos do poder? A imprensa livre, investigativa e mesma que usam para se projetar. Aliás, Pizzolatti deve aos gasparenses, Gaspar e ao próprio Melato. Ele sempre foi um silêncio só sobre as verbas da ponte do Vale. Elas foram embora como anunciou na época a gasparense honorária, Ideli Salvatti, PT. E quem era o dono das verbas? O ministério das Cidades, feudo do PP de Pizzolatti, repartido por Dilma Vana Rousseff e o PT na composição de poder em Brasília.
Edição 1621
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