22/08/2014
SECRETÁRIO DE ZUCHI É CONDENADO
O secretário de Agricultura de Gaspar, Alfonso Bernardo Hostert, PRB,foi condenado a um ano e oito meses de prisão em regime aberto, mais 45 dias multa, mais R$1.350,00 para cada advogado do caso. A pena privativa de liberdade foi substituída neste caso por duas restritivas de direitos com prestação de serviços à comunidade pelo prazo da condenação à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação e prestação pecuniária no valor de um salário mínimo, em favor de entidade beneficente a ser indicada pelo juízo. A compra de votos que originou a condenação aconteceu durante a campanha eleitoral de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. Alfonso até o fechamento da edição continuava secretário da Agricultura de Zuchi. Ele pode recorrer, mas não tinha anunciado esta disposição.
RAUL SCHILLER INOCENTADO
Na mesma sentença proferida pelo juiz eleitoral da Comarca, Raphael de Oliveira e Silva Borges, ele inocentou o ex-vereador Raul Schiller, PMDB (que neste processo foi defendido por Carlos Roberto Pereira, ex-presidente do PMDB de Gaspar), arrolado no mesmo caso. Também foram inocentados os denunciantes Luiz Jorge Pereira e José Carvalho. Eles se tornaram réus neste mesmo processo. E comemoraram.
COMPRA DE VOTOS I
O rumoroso caso da compra de votos acontecido na localidade conhecida como Marinha, no bairro Bela Vista, deu-se durante a campanha a prefeito em 2008. A denúncia foi levada a juízo eleitoral da Comarca pelo advogado Aurélio Marcos de Souza, baseando-se em depoimentos de moradores da comunidade. Aurélio foi o procurador-geral do município do então perdedor da corrida eleitoral, Adilson Luiz Schmitt, PPS (estava no PSB), que tentava a reeleição. A denúncia envolvia inclusive o prefeito eleito da época, Pedro Celso Zuchi. Ele foi absolvido antes da sua reeleição (ao terceiro mandato) pelo Tribunal, em foro especial a que tem direito por estar no exercício do mandato.
COMPRA DE VOTOS II
Mas esta absolvição ficou fragilizada com a sentença do juiz Raphael. Zuchi poderá ainda se incomodar com este assunto mais uma vez. É que o juiz acolheu o pedido formulado pelo Ministério Público. É que ?novos depoimentos colhidos na fase judicial concedem novos indícios de ter o Sr. Pedro Celso Zuchi praticado, em tese, a conduta prevista no artigo 299 do Código Eleitoral; lembrando que o inquérito arquivado nos termos doartigo 18 do CPP pode ser reaberto caso posteriormente surjam novas provas, cabendo ao órgão à análise de referida abertura, uma vez que o investigado é detentor do cargo de Prefeito?, acentuou o juiz eleitoral na sua sentença.
COMPRA DE VOTOS III
Alfonso, residente no bairro Bela Vista, envolvido na época dos fatos com a Associação de Moradores, candidato a vereador pelo PV, foi pego comprando votos no aglomerado urbano e pobre chamado de Marinha. Alfonso sempre negou e tentou descaracterizar de todas as formas a ação em que era acusado. E por conta deste problema que se arrastou por quase oito anos, Alfonso sempre esteve protegido como secretário da Agricultura. Era tido como um ?melancia?, verde por fora e vermelho (PT) por dentro. Com esta duplicidade, Alfonso perdeu espaço no PV e se filiou ao PRB.
A SEDE PRÓPRIA I
Muito oba, oba e entrevistas para comemorar o que já é tarde: a ocupação das instalações da antiga Malharia Morgana. Isto prova, definitivamente, que a prefeitura comprou aquilo sem saber para que e para favorecer não se saba bem a quem. Se fosse para apenas por lá os desabrigados da catástrofe de 2008, como aconteceu no início, alugar bastaria, pois se tratava de algo provisório e passageiro. O Samae lá, todavia, fica bem e em longo prazo pode economizar dinheiro do aluguel.
A SEDE PRÓPRIA II
A festa de agora não está completa. Falta o Samae dizer quanto vai gastar para reformar e tornar viável aquele prédio fantasma de onde se roubou patrimônio da prefeitura e se há tamanha dificuldade para encontrar os ladrões e principalmente os receptadores. Pouco não será, pelas adaptações necessárias e pelo abandono da área. Mas o que moveu a prefeitura tirar a sede do Samae onde está? Não foi planejamento, mas vingança. E contra ex-suplente de vereador Laércio (Pelé) Krauss, o dono do prédio onde está o Samae atualmente e que não se ajoelha para a atual administração.
SOBRE O TRAPICHE
Procura-se uma caneta (sem tinta, certamente). Aquela que a gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti, PT, presenteou no ano passado o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, como garantia de compromisso da liberação da verba da Ponte do Vale para inaugurá-la em março deste ano.
Ai, Ai, Ai. Tem candidato participando de solenidades oficiais públicas, em prédios públicos. E sem medo da lei, tanto que publica no Facebook. Será que não confia no taco de que pode ser eleito?
O que apareceu no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet e que agora não tem mais horário para ser publicado? O decreto 6032 de quatro de agosto de 2014. Ele reconhece despesas do exercício anterior. O que ele diz? ?Fica reconhecida a despesa no valor de R$ 89.283,00 não realizada e não processada no exercício financeiro de 2013-saldo remanescente do contrato SAF-45/2012 -, em prol de JGS Construção e Revitalização de Obras Ltda. ME, referente à medição de n. 04 da obra de conclusão da quadra da escola Vitório Anacleto Cardoso, haja vista a liberação dos recursos em atraso por parte do Ministério dos Esportes, através da Caixa Econômica Federal?. E por que isso? Porque esqueceram aqui na prefeitura de fazer o empenho para o pagamento. E depois querem fiscalizar os outros. Como? Não conseguem nem fazer o mínimo que lhe competem.
Meia volta, vou ver! A vereadora Ivete Mafra Hammes e o Ciro André Quintino, ambos do PMDB, queriam se licenciar para dar chances ao terceiro suplente da coligação, José Ademir de Moura, PSC, que apoia o candidato do PMDB de Gaspar a deputado estadual. O segundo suplente, Sérgio Almeida, PSDB, melou. O primeiro é Charles Petry, PV, que só assume o cargo por no mínimo três meses.
Asfalto para a Cascaneia. Nada como época pré-eleição. O que foi lançado agora? O edital 171/2014(?). E para quê? Para a pavimentação asfáltica e drenagem pluvial da Rua José Patrocínio dos Santos, no Belchior. É o acesso à Cascaneia, a fonte de turismo de Gaspar e que a administração petista tanto se orgulha, mas só agora ofereceu uma infraestrutura mínima. E com seis anos de atraso. A licitação será no dia três de setembro e a prefeitura pretende gastar pouco mais de R$ 1.061.000,00 para executar este serviço.
E o nepotismo incide sobre a secretária de Educação Marlene Almeida e o diretor da Ditran, Jackson José dos Santos? Está no Ministério Público.
O Samae está obrigando os seus empregados a fazerem plantão. O caso foi parar no Sintraspug e na Justiça.
Ilhota em chamas. Uma semana daquelas de dar manchete em qualquer lugar. Briga feia envolvendo secretários e vereadores. Embriaguez. Vice, no exercício de prefeito, perdendo os seus homens de confiança. Carro alugado da prefeitura plantando placas para candidato. Cobranças fortes dos eleitores. Prefeito licenciado articulando...
Pensando bem. Qual a garantia para se permanecer no emprego comissionado na prefeitura de Gaspar? Ter processos na Justiça. A lista é grande
Finalmente temos a chance de economizar energia. Todos os dias não assistir o programa eleitoral gratuito na tevê.
Edição 1616
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