29/07/2014
O LIXO. O LUCRO I
Amanhã, o Samae de Gaspar faz a licitação 35/2014 para a coleta de 110 toneladas de lixo reciclável por mês. Agora, a empresa que ganhar a licitação, vai ter que pagar à prefeitura (aos gasparenses, na verdade) para fazer este serviço. Algo lógico e que Gaspar contrariava esta lógica há anos. Lixo reciclável é um negócio lucrativo para quem faz. Mas, até agora, a Arnaldo Muller e suas empresas que cuidam deste serviço desde 2009 via a Reciclar (que mudou de nome no meio do contrato) cobram da prefeitura (dos gasparenses) para fazer este serviço e lucrar com a venda do material. Começou com R$311 mil por ano na licitação 50/2008. Agora está em R$372 mil nos aditivos. Uma conta simples mostra quanto à cidade perdeu nestes anos.
O LIXO. O LUCRO II
Aliás, este negócio do lixo aqui fede desde que o PT reassumiu o poder em 2009. E Arnaldo Muller esteve sempre no centro dos episódios comandados pelo ex-presidente do Samae, e hoje secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi. O PT bancou a criação da nova empresa de coleta, sem experiência, sem equipamentos, sustentando-se numa decreto emergencial até ela se legitimar e se habilitar às concorrências. Arnaldo Muller, com suas empresas familiares, esteve envolvido também na irregular exploração dos cemitérios municipais e que acabou numa CPI marota na Câmara, onde tudo se abafou, mas que ainda rola em Tribunais e Justiça.
O LIXO. O LUCRO III
Para comparar. Este exemplo não poderia ser aqui? Em Rio do Sul, quem separar o lixo reciclável vai ganhar 15% no valor da taxa de coleta de lixo cobrada no IPTU.
FALHAMOS. FALTAMOS I
Para quem não respeita o patrimônio e a cultura, só poderia dar nisso. Os bastidores e a família (com a dor da perda e da ingratidão) esconderam a inércia, os desencontros e até a má vontade dos vivos. O ex-prefeito Dorval Rodolfo Pamplona, UDN (1956/61), morto na terça-feira aos 92 anos, como qualquer outro ex-prefeito, liderança pública relevante, ou mesmo uma reconhecida autoridade no cargo, merecia um lugar público para ser velado, reverenciado e homenageado pelo que foi e fez pela cidade. Isto é um gesto. É um símbolo de agradecimento e de justiça.
FALHAMOS. FALTAMOS II
Mas, aqui isto virou debate e escusa pela mesquinhez. Vergonhoso. Outra. O ginásio de esportes João dos Santos, não era (ou é) apropriado. Deboche. Decretar luto oficial é necessário. Mas, é frio para quem não foi solidário. Dar o nome à ponte do Vale, também não repara nada à falta de atitude de quem foi distante. Nem a Câmara (ridícula aquela entrevista na rádio de Marcelo de Souza Brick, PSD, sobre este assunto) se mexeu. Nem nos partidos. Nem no paço onde tudo se embrulha em trapalhadas por falta de comando, ou por comando dissimulado. Proposital. Na frente uma. Atrás, outra. Falhamos. Faltamos. Acorda, Gaspar!
Desperdício. Esta é a máquina (foto) que a prefeitura comprou para pintar faixas nas ruas de Gaspar Ela não é usada há mais de dois anos pela Ditran.
SOBRE O TRAPICHE
Nepotismo. Até o fechamento da coluna, o caso de nepotismo denunciado aqui não tinha sequer sido considerado pela administração de Pedro Celso Zuchi, PT. Zombaram da coluna (mais uma vez). Fizeram apostas de que não vai dar em nada. A ordem é segurar até onde der. Só será avaliado (veja bem, avaliado) se o Ministério Público for atrás. Para esse pessoal, a lei é letra morta e usada só quando fere os seus próprios interesses ou contra seus adversários.
O presidente do PT de Gaspar é candidato a deputado estadual. Então, o que fazem os petistas daqui colocarem propaganda de candidato de Blumenau e com remotas chances de ser eleito? Eu escrevi que isto iria acontecer. E está acontecendo.
Tiro curto. Tereza da Trindade, PSB, não é mais candidata a deputada Federal.
As verbas da ponte do Vale, segundo o padrinho e quem, verdadeiramente manda no PT e administração de Gaspar, Décio Neri de Lima, PT, à Carolina Bahia, da RBS TV de Brasília (e está gravado), foi enviado pelo Ministério das Cidades, PP, para outro lugar do Brasil. E tudo isto com o aval da presidente Dilma Vana Rousseff, PT, que é quem manda no ministério. E esse pessoal quando pede votos, diz que precisamos votar neles para eles poderem defender a nossa cidade onde possuem influência direta: o Palácio do Planalto. Ou seja, se isto é verdade, esse pessoal é culpado pelo descaso com a cidade e o ?desvio? desta verba.
Os vereadores de Gaspar continuam de férias.
Na edição de sexta-feira, o jornal Cruzeiro do Vale mostrou a farra das diárias em Ilhota e Gaspar. Esta coluna há anos vinha lembrando estes exageros. Uma reportagem bem argumentada. A coluna Chumbo, do proprietário e editor Gilberto Schmitt, deu o arremate primoroso e indignado. Quem na imprensa de Gaspar possui capacidade, isenção e coragem para abordar tais assuntos? O Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais lido e o mais acreditado. Isto sim é a verdadeira premiação e que seus profissionais e leitores podem se orgulhar.
Além do que mostrou a reportagem do Cruzeiro, há ainda uma esperteza do prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi, PSD, e que não deu certo. Pode lhe complicar ainda mais. Para evitar problemas com o Tribunal de Contas que mostrava ter Ilhota uma folha de pagamento acima do limite prudencial, Daniel fez o decreto 23/2013. Ou seja, ?reduziram? em 20% os vencimentos dos agentes políticos, incluindo o dele e do vice. Mas de mentirinha, para alguns mais achegados. Daniel estaria compensando esta redução com di¬árias. E por quê? São salários disfarçados que não aparecem como despesas na folha. Resumindo. Daniel tentou se livrar do Tribunal de Contas e caiu nas garras da Promotoria.
E eu completo a reportagem. Você sabe quanto o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, já levou de diárias este ano? R$8.714,00. E no ano passado quanto embolsou? R$15.373,00. E olha que a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon o mandou devolver aquelas da Alemanha.
Perguntar não ofende. Giovânio Borges, PSD, é vereador por Gaspar ou Ilhota? Pois é. E ele estava em Florianópolis com o secretário de Assistência Social de Ilhota, Fernando Neves, na procura de verbas para Ilhota. Está na rede.
A Câmara de Gaspar prepara um novo trem da alegria. Escaldado, o presidente Marcelo de Souza Brick, PSD, quer se livrar desta armadilha e obrigação com o menor dano possível ao que já está marcado. O estudo da ?comissão? de funcionários mostrou uma necessidade mínima (?) de novos funcionários. Será por concurso, se aprovado. Então Brick decidiu compartilhar o tal estudo com o quem ?entende?, o que fez o trem da alegria com aqueles dez assessores comissionados, e irregulares perante o Ministério Público, Hilário José Melato, PP. Ele não gostou do que viu. ?Só a Câmara ganha. Os vereadores não??, perguntou em tom de desaprovação. Ou seja, vem mais uma conta para os gasparenses pagarem. Tudo ensaiadinho. Preparem-se.
A CDL de Gaspar, para não sofrer a concorrência predadora desta tal Feira do Braz (que já tentou aqui e fez estragos em Ilhota) pediu um projeto para barrar legalmente esta farra. Como a prefeitura não se mexeu. A própria CDL mesmo esboçou alguma coisa e remeteu para o paço, a fim de facilitar o processo. De lá, o material sem o devido tratamento foi para a Câmara. Juridicamente estava imperfeito. Voltou para a prefeitura para adequação, inclusive na constitucionalidade, argumentos dos feirantes (bem preparados juridicamente) para derrubar a lei de Ilhota. E na prefeitura de Gaspar está parado. Mais um descaso do prefeito com o comércio e comerciantes locais. E os vereadores esperando o conserto nesta matéria para poderem votar a favor do comércio de Gaspar.
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