11/07/2014
REVISÃO DO PD I
A revisão do Plano Diretor de Gaspar flerta com algo distante da realidade da cidade, cidadãos, cidadãs e seu futuro. Isto é fruto da alienação ? intencional ou não ? na forma e resultado. É apenas um trabalho técnico exuberante, mas pouco prático. Ele NÃO nasceu da discussão da nossa realidade. Quem é o culpado disso? Nós, os ausentes; também do PT autoritário que governa Gaspar com mão de ferro e entre poucos (amigos e familiares); dos submissos e fracos que integram a administração municipal; das entidades aparelhadas, algemadas e caladas (incluindo as associações de moradores) e que deveriam possuir legítima representação neste processo.
REVISÃO DO PD II
O denso trabalho técnico mostra que não há plano de governo e principalmente, preocupação com a sustentabilidade com o nosso futuro. Há exercício de poder, mascarado nos discursos para ignorantes, desinformados, fanáticos e os que se beneficiam desta confusão ou ?revisão?, digamos assim. Nada do que deveria ter nascido nas ?oficinas? de debates nas comunidades aconteceu. Contrariou-se a lei e a obviedade. Quis-se consertar entre poucos, em reuniões secretas, entre quatro paredes, afrontando mais uma vez a lei específica que regula este assunto. Pior. A imprensa esteve ausente deste processo.
REVISÃO DO PD III
?Cada lei, artigo, inciso e parágrafo são de arrepiar?, relata-me um engenheiro, especialista, familiarizado tecnicamente com o assunto e a cidade. Ele repete na resposta, a consulta que fiz a outros e a quem ofereci a revisão do Plano Diretor para análise, naquilo que me foge à compreensão ou que é necessário, por prudência e no mínimo, de outra opinião para confrontação técnica.
REVISÃO DO PD IV
?Sem querer ser catastrófico e já sendo, gostaria de dar algumas observações: transforma a cidade num atrativo para a baixa renda. Com todo o respeito que merecem: não é por aí. O embasamento das cheias e deslizamentos está calcado em suposições e ou estudos não realizados? Toda sistemática se baseia nas chamadas cotas de cheias (foto da catástrofe severa de 2008), mas comprovadas em que bases??, pergunta meu interlocutor técnico. ?Os chamados lugares de perigos de deslizamentos são baseados em que estudo geofísico e ou de mecânica de solos??
REVISÃO DO PD V
As inconsistências e incoerências são muitas e repetitivas, segundo os que já leram o documento e estão acostumados com estas tecnicidades. ?O que me preocupa é que na lei da revisão do Plano Diretor há artigos permitindo que se faça estes estudos em até um ano após entrada em vigor do que se quer aprovar agora?. Ou seja, estão criando dificuldades ao mesmo tempo anunciando a venda de facilidades nos ajustes políticos ou a interesses imobiliários. Criam-se disfunções técnicas contra o que se ajusta neste momento e se diz necessário. Ao final, como é próprio de Gaspar, vira-se tudo um improviso e uma colcha de retalhos. E olha que esta revisão é, segundo a própria lei enviada à Câmara, para dez anos. Como assim, se há esta escandalosa brecha para ajustá-la dentro de um ano? E nos bastidores há gente que trabalha com esta brecha.
REVISÃO DO PD VI
?Outra pérola é a destinação das chamadas águas pluviais e ou de esgotos sanitários que, talvez copiados de alguma cidade litorânea, recomenda e usa como proposta a infiltração?. Ou seja, retrocesso, ou algo de alguém que não conhece a realidade daqui. ?Ora como podemos achar que em Gaspar com solos de diversas formações geológicas, as águas irão se infiltrar em terrenos, por exemplo, compactos??, pergunta com propriedade meu interlocutor técnico que consultei.
REVISÃO DO PD VII
?Os Códigos de Obras e Posturas são verdadeiros manuais de como não se deve planejar e receber projetos. Todos cheios de medidas sem funções principais. Irá sim, complicar a vida daqueles que precisam aprovar seus projetos. Necessitará de um exército a analisá-los e fiscalizá-los. Amplia-se os perímetros urbanos [um forma de cobrar mais IPTU sem dar a infraestrutura] para as regiões do Barracão, Bateias, Óleo Grande e Macucos onde se situará o futuro Distrito Industrial. Onde estão os defensores do Estatuto das Cidades com o chamado Plano Participativo?? pergunta o técnico ouvido.
REVISÃO DO PD VIII
Então, a Câmara vai continuar em algo que não possui a marca da cidade, da participação e da legitimidade? Por quê? Quem está ganhando com ele no estado em que foi apresentado, exatamente em tempo de campanha eleitoral, tempo das trocas de interesses e favores? O que a prefeitura, os políticos e técnicos dela escondem dos gasparenses? E por quê? Por ignorância, por incapacidade ou... Preocupante. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
E-mail de Luiz Antônio Bressanini, presidente da Associação de Moradores da Lagoa à redação do Jornal Cruzeiro do Vale. ?Gostaria de esclarecer o comentário deixado na coluna Olhando a Maré (04/07/2014) a respeito do nosso maravilhoso bairro Lagoa. Sobre o assunto da bateira que deveria ser fornecida pela Defesa Civil, ela só não está de posse da comunidade por ainda não termos pessoas com capacitação para usá-la com segurança. E também quero informar que ninguém veio até mim atrás da bateira, portanto eu não fui taxativo, como foi colocado?.
Pois a coluna mantém tudo, inclusive as vírgulas que noticiou. Quem pediu pela bateira foi à vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. Está gravado na sessão da Câmara. É público. Não inventei. Quem foi lá pressionar o Bressanini a esta nota à desmoralização e imbecilidade da coluna foi a titular, Mari Inez Testoni Theiss. Para que? Para limpar a barra e a inoperância da sua Indefesa Civil. É incrível, que decorrido um ano do projeto aprovado na Câmara e que não falava nada no tal curso (nem mesmo na justificativa fajuta feita para tal projeto), ela não conseguiu e se dignou a dar ?cursos? de uso da bateira às lideranças das comunidades. Agora isto serve de desculpa esfarrapada. Pressão, aparelhamento, mentira, circo e incompetência trabalham juntas contra os que precisam da bateira, inclusive aquelas crianças da ?maravilhosa Lagoa?, que andavam na água suja durante a enchente como se registrou em fotos. Acorda, Gaspar!
O delegado Paulo Norberto Koerich explica a coluna. Não foi no seu gabinete que se fez o Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento dos pneus da prefeitura lá na Morgana e denunciado aqui, mas foi no plantão da Delegacia. O nome dele saiu no BO porque o é ?padrão sistema?. O secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, foi recebido no gabinete do delegado para tratar dos problemas do trânsito e não do roubo. Até o fechamento da coluna, a polícia ainda não tinha encontrado o ladrão, nem o carrinho-de-mão que transportou aquela montanha de pneus.
O centroavante Fred não parece um comissionado? Sinceramente? Durante todos os jogos da seleção brasileira de futebol, ele foi improdutivo. Todos viram isso. Estava na cara. Mas, o técnico Felipão, o pai, o teimoso, sempre o manteve. O Fred, o que tem a missão de fazer gols, de resolver a situação do jogo e do time em campo, tem a cara de um parasita do serviço público, um experto, ou um nomeado por políticos para postos de comando na gestão pública.
Parado, comemorando e usufruindo do grupo que trabalhava por ele naquilo que era obrigação dele. Não funcionou, mas teimosamente foi mantido lá, desafiando a nossa inteligência e testando a nossa paciência. Atrasando a todos. Resultado? Um vexame nunca antes acontecido na história destepaiz. Quantos Freds nós temos aqui na administração de Gaspar? É por isso, que a cidade perde, mas eles continuam ganhando os polpudos salários sem retornar em serviço e satisfação para a cidade, os cidadãos e cidadãs. E por anos afio. Acorda, Gaspar!
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