24/06/2014
A frase do filósofo alemão Georg Lichtenberg (1742-1799) cabe como luva para o que se vê hoje.
AUDIÊNCIA I
Seis observações sobre audiência das ?mudanças? do trânsito no Centro de Gaspar. Antes, porém, quero deixar claro: concordo com parte do que a Ditran quer. Entretanto, todas precisam ser testadas e, na maioria dos casos, elas provocam reações aos interesses contrariados: 1. Tentaram recuperar a autoridade de Jackson José dos Santos, da Ditran. Inútil, é um caso perdido como o da Defesa Civil; 2. O secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, a todo instante, queria ver o fim da audiência e dos presentes, aplausos (que não vieram); 3. Se é o comércio o mais prejudicado como se alegava, qual a razão da CDL ficar calada? São coisas do aparelhamento, alinhamento ou medo do poder de plantão; 4. Viu-se que as intervenções foram, quase sempre, na busca de salvar interesses particulares. Tem gente que poderia começar tirando o seu carro defronte da loja e dar espaço a seus próprios clientes; 5. As mudanças já estão definidas, a audiência foi ?feita para inglês ver? e com isto, tentar tirar a tampa da chaleira; 6. O presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, foi um dos muitos que ficaram quietos, todavia, logo depois, no Facebook se posicionou a ?favor do povo?(?) e hoje apresenta um requerimento na Câmara com as suas ?sugestões?.
AUDIÊNCIA II
A prefeitura e a Câmara a todo instante inventam audiências públicas para a discussão de assuntos de interesse da comunidade. São disfarces para ao enfrentamento dos verdadeiros problemas da cidade. Na última semana foram duas. A única audiência que interessa aos gasparenses há meses, não sai. Mais: é manobrada para não acontecer. É sobre a revisão do Plano Diretor. Será por quê? Quem gerencia manobra na prefeitura e na Câmara? E com que interesse? Está-se com medo de quem e do quê? O que se esconde? Por que a Iguatemi Engenharia está em silêncio há tanto tempo? Faz dois anos que a revisão começou. Faz mais de seis meses que se protelam as audiências. Está na hora do Ministério Público se interessar mais a amiúde por mais esta distorção de prioridade grave. Acorda, Gaspar!
ACORDOS I
O PT espalhou há dias, inclusive na imprensa, que o acordo que só ele quis e construiu e por ele colocou José Hilário Melato, PP, e Marcelo de Souza Brick, PSD, na presidência da Câmara de Gaspar, respectivamente nas legislaturas do ano passado e deste, não seria cumprido no caso da vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, para o ano que vem. A menos de que ela mude o comportamento e deixe de fiscalizar a administração petista, como fez Brick para estar na presidência do Legislativo. E para o lugar de Andréia, o PT já ensaia Melato, até como paga por ele (e seu grupo, não exatamente o PP) não ter tido espaço em uma Scretaria (da Agricultura, por exemplo ou no Samae) como se juraram o PT e Melato.
ACORDOS II
Andréia diz que este assunto não está na sua pauta de trabalho, prioridades, articulações políticas e comunitárias. ?É cedo demais. Tenho coisa mais importante para tratar. Em dezembro vejo isto. Quem me procurou e fez o acordo não fui eu. Foi o PT. Aceitei e sem nenhuma contrapartida. Fui clara sobre isto. Concordaram. Não vou mudar. Quem quiser romper, que rompa. Será uma honra ser presidente da Câmara, mas isto não significa que eu tenha que mudar o meu jeito de ser e pensar para alcançar este cargo. Estou preparada para ser presidente. E não sendo, continuarei sendo vereadora obstinada contra o erro, buscando os acertos, o diálogo e a favor da minha comunidade?. Mais direta contra as pressões, ameaças, chantagens e ?negócios?? Impossível.
ACORDOS III
Este assunto divide o próprio PT. Há os que querem dar uma lição na Andréia por ela não ter sido até agora domada e ?agradecida? no acordo que aceitou. E por isso, seis meses antes já a intimidam e mandam recados. Há também os que olham este tema de outra forma. É que rompendo o acordo fortaleceria ainda mais a vereadora, tornando-a uma vítima do PT e daria discurso fácil na Câmara e na cidade. Mais. Com Andréia no plenário haveria quase sempre um voto contra a atual administração petista. Com ela, na presidência, é um voto a menos (presidente só desempata) e o serviço a favor do PT e da administração de Pedro Celso Zuchi é feito no plenário por Giovano Borges, PSD (mapeado presidente da Câmara para o último ano), José Hilário Melato, PP e Jaime Kirchner, PMDB, o dissidente imprevisível de sempre e que também quer se presidente fora do acordo já feito há dois anos.
SOBRE O TRAPICHE
Esta coluna nunca ganhou prêmios entre amigos, nunca recebeu moção honrosa de políticos e nunca precisou se curvar e agradecer aos que se acham os donos da verdade contra a realidade da comunidade. Por isso, ela é a mais lida e acreditada, no jornal mais antigo, líder de leitura, que possui o portal mais acessado, atualizado e respeitado pela isenção e profissionalismo que demonstra. É serviço, crédito e trabalho de verdade de um grupo de abnegados. Isto é legítimo. Insofismável. É reconhecimento.
Por que de tão longe? A prefeitura anunciou quando tomou o Hospital de Gaspar que faria uma auditoria. E chegou a anunciar que seria a mesma empresa que fez este serviço quando a prefeitura petista de Busque fez a mesma coisa com o Hospital Azambuja. Parece que desistiu. E o assunto foi decidido entre companheiros, numa viagem feita a Brasília na semana passada. Estranho. Muito estranho.
A empresa de auditoria contratada pela prefeitura para fazer o levantamento das contas do Hospital de Gaspar é a CFG Consultoria em Saúde e Educação (?). Ela é de Marilia, no interior de São Paulo. Quem vai pagá-la? Quanto vai custar este serviço. Pior. Por que ela tem a sua sede ?comercial? num endereço residencial? Rua Francisco Morato 155, apto A2, Jardim São Geraldo? Ai, Ai, Ai!
O PSB prometeu ao deputado Paulinho Bornhausen dois mil votos aqui, além dos dados na disputa de 2012 para a recém-chegada ao partido, Tereza da Trindade. Bom se esta estimativa for verdadeira, o partido está desafiado desde já a apresentar o vereador que ele elegeu na última eleição.
Na coluna de sexta-feira informei aqui, que o recém-colocado asfalto da estrada da Lagoa estava se esfarelando. No mesmo dia a Secretaria de Transportes e Obras começou a recuperação dele. Ela culpava os caminhões das olarias. Parece que desistiu desta culpa. E estava na cara de que não era culpa deles.
Os políticos de Gaspar estão incomodados com a celeridade do juiz eleitoral, Raphael de Oliveira e Silva Borges. Hum!
Está na Câmara, o projeto de lei 43/2014. Ele autoriza a permuta de imóveis entre o município de Gaspar e a Diocese de Blumenau. Na verdade, a prefeitura precisa regularizar a situação da escola Rodolfo Günther, no Gaspar Alto, e também quer construir uma praça em frente ao Morro da Igreja na rua Coronel Aristiliano Ramos. Assim, na troca de imóveis, a Mitra Diocesana será dona do terreno onde está atualmente a Capela Santa Bárbara, nas Águas Negras. É que esta da Capela era do governo do Estado, onde antigamente havia uma escola isolada.
Edição 1599
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