20/05/2014
HOSPITAL I
Mais uma vez o tema era outro, mas... Sinceramente? O que acorreu na sexta-feira, de forma sorrateira e articulada, eu já havia escrito aqui várias vezes que ocorreria. Então não é novidade para o meus leitores e leitoras e os do jornal Cruzeiro do Vale, o mais lido e acreditado. Este golpe de tomar o Hospital de Gaspar para um grupo de pessoas que não está nem aí para os doentes, pobres, desassistidos e desinformados contra a cidade, cidadania, cidadãos e à humanidade, nasceu em 2006. Lá, médicos, intencionalmente, para o caos num primeiro instante e num segundo para vantagens, pediram o fechamento do pronto atendimento do Hospital. O objetivo? Inviabilizá-lo. Enquanto isto, outros anunciavam via Rádio Sentinela, um ?Hospital Dia? da Unimed para Gaspar.
HOSPITAL II
O fechamento do Hospital não deu certo como o ?urdido? entre poucos. Um punhado de abnegados pela cidade, sem interesses partidários e de poder, cortou o barato: resolveu recuperar o Hospital para os gasparenses doentes, pobres, desassistidos e desinformados. Preferiu-se a saúde à agonia. Entre eles a Acig, de Samir Buhatem (não a aparelhada pelo PT), e o ex-presidente da Bunge Alimentos, Sérgio Roberto Waldrich. Pela iniciativa voluntária e sem a intenção de contrariar diretamente os que queriam o fechamento do Hospital, viraram inimigos do grupo de interesses. Baixaria. A Acig foi enfraquecida via o Rodrigo Fontes Schramm, aquele que acabou com a ExpoGaspar e sempre quis o Hospital nas mãos dos companheiros. Waldrich está sendo testado na paciência; está sendo desmoralizado na qualidade de executivo de sucesso só porque não se alinhou ao PT. E a Unimed? Só conseguiu vender mais planos por aqui com a notícia montada na Rádio. Com problemas financeiros em Blumenau, vendeu o terreno para o seu ?hospital? aqui. E para fazer caixa.
HOSPITAL III
Com o Hospital de Gaspar recuperado fisicamente sem dinheiro da prefeitura, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o PT fizeram propaganda falsa. Anunciam até hoje serem eles que o abriram. Culparam o outro prefeito, Adilson Luís Schmitt, PPS, por fechá-lo. Mentira contada e já desmascarada, várias vezes aqui. Sabiam o PT e Zuchi que o Hospital estava recuperado fisicamente, mas não financeiramente. Armaram o golpe. Prometeram o aporte financeiro para se fazer a inauguração, a festa e a propaganda eleitoreira antes da hora. Waldrich caiu no conto e ficou refém da armadilha. Fernando César Buchen, genro de Zuchi, virou até diretor clínico. Um desastre. Saiu de lá para a cadeia por exercício impróprio da nobre profissão como atestou a Justiça e o próprio Conselho em suspensão recente.
HOSPITAL IV
A prefeitura, ao invés de pagar o que é de sua obrigação ao Hospital por atender os gasparenses naquilo que é obrigação dela e não faz, arrumou toda a sorte de desculpa, armadilhas e não repassou recursos financeiros. Feroz e ardilosamente sufocou, tornou-o moribundo, pedinte. Quer para si o Hospital renovado fisicamente para ela e seu grupo de amigos. Nada mais. Golpe e vingança. Tentou até doar o que não era dela para a Furb, uma instituição que não consegue tocar de forma exemplar e eficaz o seu próprio hospital em Blumenau. Uma operação triangular maquiavélica para o Hospital de Gaspar mais tarde aos amigos. Não colou. É coisa de doido, de irresponsáveis sociais e fanáticos.
HOSPITAL V
Questões básicas. Quem não paga o que é devido ao Hospital, pode geri-lo? Quem não consegue atender nos seus postos de saúde os gasparenses, pode atender no Hospital? Quem não consegue manter os médicos nos postos de saúde no horário contratado e principalmente nas sextas-feiras, pode administrar um Hospital? Quem não consegue manter o CAR aberto 24 horas por dia, sete dias por semana como jurou e prometeu à população, possui crédito para dar saúde à população carente? Quem não controla, não possui remédios essenciais na Farmácia Básica e acha que quem pede esta obrigação é algo fora de propósito, pode controlar um hospital? Quem de forma esperta não termina e não entrega à cidade a Policlínica, na verdade um mini hospital, tem moral para tomar de assalto o Hospital de Gaspar alegando incompetência administrativa de outrem? Acorda, Gaspar!
MANGUEIRA DA ARENA
Lembram-se daquela mangueira de gado da Arena Multiuso, patrimônio da prefeitura, em que particulares venderam a madeira e o telhado, repartindo as vantagens entre eles próprios? Prevaricação? Improbidade administrativa? O caso foi parar no Ministério Público onde tem tudo para dar em complicações sérias. Rapidamente, todos com a cola no meio das pernas, devolveram parte (só parte) do material. Olha só esta foto da quinta-feira da semana passada. Ela documenta que estão queimando as provas do que se está lá e em litígio. E não me digam que não sabem de nada. Estava lá uma camionete da prefeitura, placas MJA 8846. Sugestão a quem me ofereceu as fotos. Enviem-nas à promotoria para serem anexadas àquele inquérito. Fariam mais sucesso do que aqui.
PRIVILÉGIOS I
Querem apenas um pequeno mau exemplo de privilégios e de como o poder de plantão agem para os seus e contra os comuns mortais? Então volto ao tempo. No dia sete de maio e antes de ir marchar em Brasília com seus secretários, gastando o dinheiro que falta aqui inclusive para o Hospital, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi ao posto de saúde da prefeitura. Legal. Fez bem. Ele é um cidadão e como tal possui o legítimo direito de acesso ao SUS que não funciona para os pobres, doentes, desassistidos, mas para ele...
PRIVILÉGIOS II
Zuchi não marcou consulta, se marcou não enfrentou fila, nem esperou de três a quatro meses para ser atendido pela conceituada dermatologista Giane Elis Gauze. Um gasparense normal enfrentaria filas de madrugada no posto de saúde para pegar uma senha. Seria atendido por um médico cubano se tivesse sorte. O médico avaliaria a necessidade de ser ir a um especialista. Constatada esta necessidade, como sorte marcaria a consulta e teria que esperar até quatro meses para ser atendido. Sendo o prefeito, ou outro companheiro, tudo muda. E quem facilitou tudo? O esquema, o partido, a secretária Márcia Adriana Cansian? Assim, será o Hospital na mão da prefeitura e do PT. Duvidam? Então esperem. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Os vereadores José Hilário Melato, PP, e Jaime Kirchner, PMDB, uniram-se ao PT de José Amarildo Rampelotti no plano de tomar Hospital. Escrevi na coluna de 17 de abril, ou seja, há um mês, ?Como é o jogo pesado contra o Hospital de Gaspar. A prefeitura convenceu os vereadores a aprovarem um convênio que o Hospital não queria na forma em que ele está. E agora está apostando que a verba de R$600mil do governo do estado não chegue de verdade. Jaime Kirchner, PMDB, mais uma vez convencido pelo PT [vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado de Pedro Celso Zuchi], votou na Câmara contra requerimento que ele próprio assinou?.
Aquele texto do convênio que Melato bateu o pé em não muda-lo (e ele conhece muito bem de leis e é o mais experiente dos vereadores) e que Kirchner (que é graduado em Direito e se diz especialista em leis) mudou de opinião 15 minutos antes da votação, é o que está sendo usado pelo PT para tomar o Hospital na mão boba. Falta de aviso não foi!
?Então querem o Hospital só porque sabem que vai ter dinheiro certo do Estado? Sabem que assim o Hospital é perfeitamente viável e sabem que está no caminho certo. Então querem o Hospital para ao custo do esforço e trabalho alheio (comunidade, Estado e Administração hospitalar) e posar de salvadores??, advogado Sérgio Hammes.
Edição 1589
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