13/05/2014
GUBBERT I
O gerente do Orçamento Participativo de Gaspar, Mauro José Gubbert, vai, finalmente, responder por crimes eleitorais. É o que decidiu o então juiz eleitoral da Comarca, Clayton César Wandscheer. Ele acolheu a denúncia do Ministério Público de um caso muito antigo. ?Compulsando os autos, observo a existência de prova da materialidade do delito e suficientes indícios de autoria, que autorizam o recebimento da peça acusatória, conforme se verifica nos documentos e depoimentos colhidos na fase policial?.
GUBBERT II
Isto aconteceu às vésperas das eleições de outubro de 2010, ou seja, há quase quatro anos. Gubbert enviou do seu computador na prefeitura de Gaspar pesquisa falsa. Ela dava conta que a sua companheira de partido, a gasparense honorária Ideli Salvatti, PT, estava em plena ascensão em uma pesquisa (montada pelos petistas para a propaganda enganosa aos eleitores desinformados, ignorantes e fanáticos). Era um ?dopping?. Queria mostrar as chances dela num segundo turno e que não aconteceu pelo governo do Estado. Ou seja: fraude com a máquina e dinheiro públicos. Em janeiro de 2011 a denúncia virou inquérito na Polícia Federal. E aí se enrolou em sucessivas dilações na busca de depoimentos e provas para configurar e tipificar o crime.
GUBBERT III
Depois do caso, como prêmio, Gubbert ficou mais forte na prefeitura e protegido pelo partido. Uma sindicância dos seus pares apura o mesmo delito. Até agora nada, a não ser as sucessivas prorrogações. Caso assemelhado acontecido em Lages, naquela mesma eleição. O servidor público municipal de lá sofreu inquérito e foi sentenciado em seis meses. O PT tinha interesse no esclarecimento. O crime de Gubbert está tipificado no § 4º do art. 33 da Lei n. 9.504/1997 (?divulgação de pesquisa fraudulenta?) é punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de 50.000 a 100.000 UFIR, tratando-se de crime de menor potencial ofensivo (art. 61 da Lei n. 9.099/1995).
NA JANELA I
A presidente estadual do PPS, a deputada Federal Carmem Zanotto, esteve aqui na segunda-feira. Poucos a viram. A imprensa não soube de nada. Ela veio falar com o presidente do PPS de Gaspar, Vitório Marquetti, e seu filho Andrione que a convocaram. Querem a ajuda de Carmem com Paulo Gouveia da Costa para indicar por três meses um suplente do PPS- o próprio Vitório - no lugar da vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM. Dizem que há um ?acordo?, mas não possuem documento dele.
NA JANELA II
O presidente do DEM de Gaspar, Luiz Nagel, marido de Andréia, diz que o trato foi um mês por ano ? como acontece com os demais casos. ?Já fiz dois ofícios e estou aguardando?. Os Marquetti foram categóricos a Carmem Zanotto: ou os três meses, ou nada. Pelo andar da carruagem vão ficar sem nada. Afinal, a eleita foi a vereadora do DEM e ao PPS restou a suplência, a qual não dá direito ao PPS a assumir um só dia, se a titular da vaga não quiser. Faltaram votos ao PPS. Agora ele quer entrar no ônibus e sentar na janela? É ruim, heim!
PONTE DO VALE
Este cartaz nenhum gasparense teve coragem de segurar, incluindo o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. O vereador blumenauense Ivan Naatz, PDT, fez por nós. Foi na semana passada e diante da ministra Ideli Salvatti e dos deputados Décio Neri e Ana Paula Lima, todos do PT. No Facebook, Naatz escreveu: ?Puto da cara. Mais uma assinatura rolando agora em Blumenau. Eu protesto sim, eu sou povo e também já cansei! Queremos ação não apenas show de assinaturas. #I...deliSalvatti, #PontedoValeParada, #Br470aPassosdeTartaruga?.Ideli, fingida, disse que não conhecia Naatz. Agora, ela o conhece.
SOBRE O TRAPICHE
Manchete do jornal Cruzeiro do Vale. ?Obra segue parada na Rua Amazonas, no Bela Vista?. Faz décadas de espera e imposição de sofrimento. Mas de quem é a culpa? A reportagem do próprio jornal esclarece: a prefeitura ainda está aguardando a liberação de repasses pela Caixa para que as obras possam continuar. Resumindo: o culpado é o governo do PT, em Brasília. O anúncio desta obra tinha padrinho, divulgação farta e festa: Décio Neri de Lima, PT. Já agora...
Aliás, o líder comunitário e comerciante do bairro, Jean Carlos Grimm, tem uma solução mais pragmática para os casos de constantes alagamentos e que foram permitidos pela bagunça urbana. Indenizar todos os afetados e retirá-los de lá. Sairia mais barato. ?O problema não é a enchente que a comporta resolve, mas água das chuvas que se acumula e não possui escoamento?, resume.
A prefeitura de Gaspar mostrou a nova cara do seu site. Visualmente ficou mais moderno e interessante. Apenas plástica. Enganação. Maquiagem. Propaganda. Por quê? A transparência é quase zero e não cumpre a legislação. Falta acessibilidade, não é amigável e esconde dos gasparenses caminhos e dados essenciais para se acompanhar e elucidar as dúvidas da administração petista. Devem ter razões para isto. Acorda, Gaspar!
Cena gasparense. Sexta-feira pela manhã. Um simples cafezinho num bar do Centro aos olhos de todos e como duas pessoas civilizadas, provocou a ira de petistas e pemedebistas locais. Juntos o presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, e o ex-prefeito Adilson Luis Schmitt, PPS. A notícia se espalhou e as conjecturas para 2016 também. É a Gaspar do atraso e de donos.
Manchete do jornal Cruzeiro do Vale, o mais lido e acreditado. Prefeitura diz esperar documentos para honrar o novo convênio com Hospital de Gaspar. Isto estava escrito fazia tempo. A administradora Dilene Jahn dos Santos alertou e tentou impedir as pegadinhas da prefeitura no convênio que foi parar na Câmara, feito por gente profissional que quer inviabilizar o Hospital. Entretanto, o PT ?fez a cabeça? e exigiu os votos dos vereadores José Hilário Melato, PP, e Jaime Kirchner, PMDB, para nada mudar. O resultado está aí. E contra a comunidade, os mais pobres, doentes e desinformados. É uma atrás da outra.
Gaspar é feita de guetos. Com Gaspar dividida, Blumenau vai levando o que é nosso, como o Anel de Contorno. Depois do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, afirmar aqui no jornal Cruzeiro do Vale que o problema do Contorno é de Blumenau e eu mostrar a jogada que subtrai algo essencial para a cidade e a mobilidade do Vale, os vereadores daqui, puxados por Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, reuniram-se e entenderam a importância da luta pela cidade e os cidadãos neste caso. O prefeito faltou e não foi representado. As entidades, à exceção da Acig, também.
O que apareceram na quinta-feira no gabinete do prefeito Pedro Celso Zuchi? As entidades. Levadas por quem? Por Rodrigo Fontes Schramm, aquele que acabou com a Expogaspar, o que aparelhou e reduziu a representação das entidades e o que quer ver o Hospital moribundo para entregá-lo ao PT e à prefeitura. Rodrigo se ?engajou? na luta e foi levar apoio das entidades. Legal. Viu que a omissão era um jogo perigoso para o partido e a administração municipal e entidades. Chegou tarde e de cara dividiu mais uma vez a cidade. Blumenau agradece. Acorda, Gaspar!
Mais um juiz de Gaspar sai daqui e por promoção vai para Blumenau. Quem deixou a Comarca desta vez foi Clayton César Wandscheer. Ele acumulava a Vara da Justiça Eleitoral daqui. Clayton assumiu em janeiro de 2012 a vaga deixada pelo juiz Sérgio Agenor Aragão na 3ª Vara da Comarca. Aragão foi-se embora no final de agosto de 2011, e de lá até janeiro de 2012, a 3ª Vara foi do juiz Sandro Pierre.
Edição 1587
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