11/04/2014
KLEBER CORREU I?
Na semana passada o presidente do PMDB e vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, esteve aqui. Veio à assinatura do asfaltamento da Leonardo Pedro Schmitt. Depois, ele participou da reunião do Diretório do partido aqui em Gaspar. Estava lá à cúpula de sempre e o presidente Kleber Edson Wan Dall, jovem, ex-vereador, candidato a prefeito. Ele quase bateu Pedro Celso Zuchi nas últimas eleições e hoje é empregado comissionado na tal Secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau, severamente fiscalizado (o que é bom) pelo PT daqui.
KLEBER CORREU II?
Tudo ia bem até Pinho Moreira, experimentado, levantar uma questão simples: ?Por que você não é o candidato a deputado??, perguntou diretamente a Kleber. Mal estar. Não pela presença possível candidato do partido, Joel Júlio da Costa e que estava no PSDB. Mas pela obviedade explícita. Ora, se Kleber possui mesmo pretensões políticas e quer ser o candidato a prefeito em 2016, nada melhor do que se testar agora, ocupar espaços, criar núcleos de lideranças, comunicar-se, expor-se, fortalecendo-se naturalmente para 2016 e ser um candidato a deputado estadual. Vai perder? Vai, como qualquer outro. Entretanto terá marcado o seu território, ou terá sinalizado a sua fragilidade, a qual poderá ser corrigida por ações sobre si, ou então, a escolha de nova alternativa dentro do partido.
KLEBER CORREU III?
Kleber está fugindo desta avaliação? Parece que sim. E a simples pergunta incômoda de Pinho Moreira revelou isto. Qual a razão de Kleber ser o presidente do PMDB de Gaspar? Não era se fortalecer para ser candidato em 2016? Por enquanto assiste. Ou acha Kleber que o simples programa de rádio inventado agora, com sobrevida curta, vai torná-lo viável? Vai deixá-lo mais exposto, inclusive nos questionamentos. Ou, Kleber acredita mesmo que a quase vitória de 2012 lhe credencia como vencedor em 2016?
KLEBER CORREU IV?
Kleber estará enganado se pensa assim. A quase vitória de 2012 se deveu a sensação dos gasparenses por mudanças e que não as enxergaram em Adilson Luiz Schmitt, PPS, já testado e reprovado; e em Teresa da Trindade, PSB, que não convenceu por ter raízes com o próprio PT. O cenário de 2016 será outro. Talvez a sorte ocasional que balançou para Kleber em 2012 balance para o outro lado. É circunstancial. É momento. Pinho Moreira, sabe o que diz. Resta saber se o PMDB de Gaspar e o Kleber entenderam; inclusive naquele no recado sobre alianças. O PMDB de Gaspar chora muito e age pouco.
FARRA I
Sempre escrevi aqui que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e os vereadores de Gaspar, de todos os partidos e principalmente na outra legislatura, unidos e em conluio, para a troca de votos, afrontavam a lei e o bom senso. Davam nomes às ruas e com isso regularizavam o irregular e até o clandestino. Fui acusado, desmoralizado e zombado por todos. Afrontava interesses, é claro. Escrevi que isto ainda daria dor de cabeça a todos. E deu. Pois não é que o juiz João Baptista Vieira Sell, acaba de dar uma liminar numa Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Ela proíbe qualquer tipo de construções residenciais, comerciais e industriais nestas ruas até a sua regularização. E a lista é grande.
FARRA II
Em outra ação e de igual decisão, o juiz João Batista Vieira Sell impede as construções no loteamento de Nélio Gaetner, sem a respectiva regularização, inclusive na Fatma e na Polícia Ambiental. Nem o Cemitério Municipal do bairro Santa Terezinha escapou. Faltaram-lhe as licenças ambientais.
SOBRE O TRAPICHE
Qualquer semelhança com o que se faz em Gaspar não é mera coincidência. E por quê? Porque se trata de uma franquia nacional de sacanagens. Esta frase é de Augusto Nunes, de Veja. "Se mentiras forjadas para enganar o povo fossem punidas com um dia de cadeia, muita gente no poder não escaparia da prisão perpétua". Aqui em Gaspar tem gente mente a todo o momento, mas que desmente até o que ele próprio disse e se gravou.
O presidente da Câmara Marcelo de Souza Brick, PSD, após mais de um ano de mandato, abandonou o autismo político. Na sessão de terça-feira, depois de ter sido acusado pelo PT e o líder de governo, Amarildo José Rampelotti, de fraco porque permitiu após a sessão o uso democrático da tribuna pelos líderes do movimento grevista dos servidores e sem infringir o regimento interno da Casa, Brick fez um breve e duro discurso. ?Fracos são aqueles sem capacidade para o diálogo; fracos são os que preferem enfrentar a adversidade com palavrões e acusações?.
Medo e abuso. Sabe quanto a Viação do Vale quer cobrar pelas passagens urbanas aqui em Gaspar administrado pelo PT? R$3,60. Em Blumenau, onde o PT é oposição, ele acha R$3,00 (os mesmos daqui), um absurdo e movimenta a sociedade organizada. Para não cobrar os R$3,60, a prefeitura oferece de presente a Viação do Vale uma renúncia de 3% para 0,10% no ISS. Menos dinheiro em caixa para saúde, educação... Pior, a prefeitura não exige nenhuma contrapartida da empresa para a melhoria do serviço que é de péssima qualidade (muito pior do que o de Blumenau) para os trabalhadores gasparenses. Falta ao Ministério Público se interessar verdadeiramente sobre este assunto.
O jornalista Osni Rodolfo Schmitz, que é do Belchior, tenta superar grave doença que o acomete.
Turismo e diárias. Gabriel José Corrêa, diretor do Departamento de Cultura e Dayro Bornhausen, assessor de lá (já foi secretário de Turismo, Indústria e Comércio) foram conhecer o Instituto Inhotim em Minas Gerais. Ele abriga um complexo de museus. Eles mostram uma seleção de obras de importantes artistas da linha contemporânea. Mas, prá que esta viagem paga por nós?
O próprio Gabriel nos responde: ?não possuímos um espaço adequado. Muitas exposições são caras e precisam de iluminação, amplo espaço e até mesmo de seguranças?. Para um município onde faltam vagas em creches, o IDH é baixo, o Ideb vergonhoso, a assistência social é nula, convivemos com assentos precários como os da Marinha, Vila Nova, Lagoa, Sertão Verde e as casinhas de plástico, esta patrocinada pela prefeitura, além da falta de preservação da nossa memória, fazer visita a museus e admirá-los com o dinheiro que falta à cidade é um privilégio para poucos alinhados.
Começou a novela da renovação do convênio da prefeitura com o Hospital de Gaspar. O texto é algo espantoso. A prefeitura inflige vergonhosamente e coloca de joelhos o Hospital.
Maicon Oneda, ex-petista e líder da Margem Esquerda está arrependido. Está pedindo perdão e diz que ao sair da política e do PT se tornou mais puro, mais cristão e outra pessoa. Eu, heim!
Mais diárias e capacitação para a campanha. O Diretor do Orçamento Participativo, Mauro José Gubert, aquele que difundiu pesquisa falsa a favor de Ideli Salvatti, PT, do computador da prefeitura e o caso se enrola por quatro anos na Justiça, participou do VIII Encontro Nacional da Rede Brasileira de Orçamento Participativo. O evento foi em Brasília, em parceria com o governo petista do Distrito Federal.
A secretária de Saúde de Santa Catarina, Tânia Eberhardt, PMDB, oriunda de Joinville e indicada pelo senador Luiz Henrique da Silveira, PMDB, tomou posse no dia 9 de julho do ano passado. Logo recebeu a visita de uma comitiva do Hospital de Gaspar. Prometeu visitá-lo na semana seguinte para ajudá-lo. Esta semana, quase um ano depois, cumpriu a promessa. Ficou encantada com o que viu, mas não falou nada de efetivo sobre a participação do governo no Hospital.
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