01/04/2014
A LIÇÃO
Esta foto é histórica. Ela desafiou os arrogantes e os intransigentes. Este é um gesto de cidadania. É a recusa à intolerância. Ele obrigou os teimosos administradores de Gaspar ao diálogo mínimo, sempre negado, combatido e sufocado. São os servidores de Gaspar acordados.
TUDO PARA BLUMENAU I
Há um mês, um artigo de Clóvis Reis para o Jornal de Santa Catarina dava a dica (http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,183,4427293,23787). Um movimento naquela cidade faria virar pó o Anel de Contorno de Gaspar para os gasparenses e o Vale. A ponte sobre o rio Itajaí, parte do Anel de Contorno de Gaspar e prevista no bairro Bela Vista seria deslocada para ser uma ponte urbana no Sesi, em Blumenau. E por quê? Porque como parte do Anel, a dita ponte possui recursos federais; trata-se de uma ligação da cidade (originalmente Gaspar) com uma rodovia Federal, a BR 470 (Blumenau não possui recursos próprios para construir pontes). E neste plano sórdido para favorecer Blumenau e prejudicar Gaspar, a estreita e perigosa rua Silvano Cândido da Silva Sênior ? a da nova penitenciária do Vale - se tornaria uma via de duas pistas ligando o bairro Ponta Aguda de lá à BR 470. E o nosso Anel? Ficaria na BR 470, quando duplicada. Piada.
TUDO PARA BLUMENAU II
Com a jogada, o silêncio das lideranças e entidades daqui, estas aparelhadas e desmobilizadas pelo PT, o que gosta de todos de joelhos, o ?Anel de Contorno de Gaspar? resolveria os problemas urbanos e de mobilidade de Blumenau. Fiz um artigo denunciado tal ideia de jerico contra Gaspar. Todos aqui, providencialmente, quietos. Até porque o PT abafou, mais uma vez as vozes e pelo jeito, concordou. E ontem o governador Raimundo Colombo, PSD, esteve em Blumenau. Sobre o assunto? Nada. Sabe-se que adiou o nosso Anel ?aprofundar os estudos?. E o dinheiro que dizia ter para ele? Já foi para a duplicação de parte da Brusque Itajaí. Sabidamente, Blumenau e Brusque possuem mais votos. E estamos em ano eleitoral em que Colombo busca a reeleição. Mas, você pensa que terminou por aí?
TUDO PARA BLUMENAU III
E o que apareceu desta vez? A revelação da trama. O próprio Clóvis Reis num outro artigo há duas semanas no mesmo jornal defendeu a ?permanência? em Blumenau do secretário de Obras, Paulo França, PMDB, para terminar, realizar estes sonhos de lá e contra nós (http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,183,4453727,23956). França, o que já foi secretário de Desenvolvimento Regional ? e deu um baile no Hospital de Gaspar -, é o eterno candidato a deputado estadual dos peemedebistas daqui. Como se vê, um ingrato com Gaspar e seus correligionários. Desde já ele está obrigado a jurar de que não defende esta ideia. Jurar que não é apenas contra Gaspar, mas contra a mobilidade no Vale. E que se for indicado a secretário tampão no governo de Raimundo Colombo, PSD, ? numa manobra para não tê-lo mais uma vez como candidato pangaré ? defenderá e viabilizará o Anel de Contorno de Gaspar.
SOBRE O TRAPICHE
A casa caiu. Este é o resumo simples do fim da greve dos servidores para o PT do presidente Amarildo José Rampelotti, do prefeito Pedro Celso Zuchi, da vice Mariluci Deschamps Rosa (servidora berçarista), do chefe de Gabinete Doraci Vans (professor de carreira), do secretário de Administração e Finanças Michael Maicon Zimmermann (o homem de confiança de Décio Neri e Ana Paula Lima) entre outros.
Não foi o 0,24% que é uma mixaria frente à outra indecência de 4% que sempre se disse que não se negociaria. Os servidores municipais provaram que não estavam dispostos a ficar de cócoras, algemados e alienados mais uma vez, como queriam Amarildo, Zuchi, Mariluci, Doraci, Maicon e outros. Impuseram, humilharam, erraram, blefaram e foram claramente intolerantes, principalmente com gente esclarecida como o professorado. O PT e a prefeitura que se negavam a dialogar; tiveram que ceder à realidade. Não vão descontar os dias parados, não vão punir e não vão perseguir, segundo juraram.
Mais uma vez tinha tudo para ser ?um cristal bonito que se quebra quando cai?. Entretanto, o desatino do PT de Amarildo e da prefeitura de Zuchi foi tanto, que o cristal não caiu; não quebrou; foi admirado e valorizado. Ficou forte e dobrou contra quem brutalmente apostou no desastre. Aquele abraço na prefeitura, a prece e foto na escadaria da nossa Matriz são históricas, demolidoras e em alguns pontos, emocionantes por serem verdadeiras e não partidárias. Será que o PT, Zuchi e o seu grupo não perceberam que Gaspar está cansada?
O presidente do Sintraspug, Jovino Masson, iniciou humilhado, saiu consagrado. Simplesmente deixou o barco andar ao sabor do vento, aquele que o PT de Amarildo soprou contra os servidores e os uniu cada vez mais.
O que o prefeito Zuchi, o Doraci e principalmente o PT de Amarildo fizeram com a vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, também servidora e professora, é algo que beira o crime, a ditadura, a discriminação, o coronelismo, à vingança baixa e sórdida. Desqualificável. Qual foi o pecado dela? Ser incansável porta-voz à procura do diálogo mínimo entre as partes. Não fez nada mais do que isto. Aliás, este deveria ser ter sido o papel de todos os vereadores. Vergonhoso. Lamentável. Perseguição pura e desrespeito à Câmara, à Comissão de Gestão Pública da qual é presidente, à mulher. Tudo feito ao soslaio, quando tiveram que recuar e encontrar culpados pelos seus próprios erros, teimosias, discursos e mentiras. Fortaleceram o que estava fraco. Esta é a Gaspar do açoite, do tronco, da escuridão, dos berros, do senhor dos nossos destinos. O PT de Gaspar detesta quem pensa e quer se expressar. O PT de Amarildo quer todos humilhados, calados e aplaudindo os desatinos e a arrogância. E sob ameaças, chantagens e humilhações.
Falando em desatino. Quem era mesmo que às quatro horas da tarde de sexta-feira tomou a sua possante camionete e investiu contra os grevistas defronte a praça? É reincidência. É algo que vem de berço. Loucura!
Nesta greve quem se destacou além dos conhecidos e já citados aqui como a vereadora Andréia? O suplente de vereador Cirino Amaro, PSD, (funcionário do Samae, simples, direto, surpreendente); Osvaldo Moreira, Luiz César Henning, Carlos Eduardo Junges, Sandra Mara Hostins (filha do ex-professor e prefeito Francisco Hostins) e Lucimara Silva, professora, mulher de Pedro (Ditran). Ela foi a porta-voz do movimento. Serena, articulada, fundamentada. Uma lição. Deu de goleada na porta-voz técnica da prefeitura, a Elisabeth Thomé, que para ganhar mais como comissionada, está lotada na procuradoria geral.
Ao ridículo. Depois do acordo entre servidores, PT e prefeitura, quem apareceu na praça para comemorar? O presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, e o ?deretor? Jaime Kirchner, PMDB. Marcelo descuidou do próprio quintal. Por muito pouco os servidores da Câmara não aderiram ao movimento dos que estavam na praça. Resta saber se eles terão o reajuste aumentado nos 0,24% como os da prefeitura. Hilário José Melato, PP e todos do PT, providencialmente sumidos.
Reescrevendo a história. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, diz que ?nunca antes neste país...?. O presidente do PT de Gaspar, Amarildo José Rampelotti, insiste que ?nenhum prefeito nestes 80 anos fez o que o Celso fez...?.
Houve uma aposta. Era de risco, avisei. Será que vai ser cumprida? Doraci e Maicon disseram que se o Sintraspug fosse capaz de reunir mais de 600 servidores na praça, eles pediriam as contas. Então...
Edição 1575
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