28/03/2014
A FOTO DO MÊS
Este é o piscinão do Zuchi. É a quinta vez que isto acontece. E fica do lado do Ribeirão Gaspar Grande. Nenhum engenheiro do PT foi capaz de resolver a drenagem a favor dos gasparenses.
A BUROCRACIA I
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, sempre desafiou quem duvidasse sobre os prazos que deu para a conclusão das obras na nossa cidade, entre elas a da ponte do Vale. São impublicáveis os comentários e adjetivos que ele me dá quando comento (e contesto) com fatos, argumentos e números as suas afirmações feitas nas entrevistas montadas nas rádios e nos discursos desconexos para desinformados, ignorantes, fracos, dependentes e sua claque que o apoia por fanatismo, vantagem, medo ou necessidade. Aquela calma, uma certa dose de ingenuidade e a pose de vítima é um jogo de cena muito bem calculado e orientado por um grupo de interesses, poder e familiar que o cerca. Agora, ele inventou mais uma para o atraso das verbas da ponte do Vale: a burocracia.
A BUROCRACIA II
E Zuchi está certo, certíssimo. Ele acaba de provar com mais esta desculpa esfarrapada de que o PT, o partido ao qual pertence e defende (e faz bem), é tão incompetente, inclusive com os seus como ele que cegamente usufrui. Quem inventou esta verba mandraque? O PT, o governo de Dilma Vana Rousseff, de Ideli Salvatti, de Décio Neri de Lima. E para quê? Para o espetáculo, não exatamente para fazer a obra para a cidade e seus cidadãos. E a imprensa comeu cru, mais uma vez. Eu não. E o PT não teve competência para me desmentir desde o início, quando eu afirmei aqui que isto era uma enrolação. E ela já dura oito meses. Estou de alma lavada mais uma vez? Não, decepcionado com as trapalhadas dos políticos contra Gaspar e principalmente os gasparenses. Estou tão constrangido quanto o prefeito. Ele foi enganado e por seus próprios companheiros. E nós, por políticos matreiros que sabem o que fazem contra a população e os eleitores.
A BUROCRACIA III
Culpar a burocracia é muito fácil e simplório. Mas os malabarismos que envolvem esta ponte da propaganda davam conta de que isto aconteceria. Não deu outra. Uma ponte orçada em R$43 milhões nasceu torta na licitação. Quando o PSD e o PMDB foram apurar na transparência do processo, o PT torceu para que tudo terminasse ali mesmo. Queria um culpado para se desfazer do compromisso que sabia ser difícil de ser cumprido nos prazos como anunciava nos discursos. A jogada não deu certo. Teve que ir adiante. Tinha-se apenas R$20 milhões de verbas federais. O restante, R$23 milhões, eram da contrapartida do município. E o prefeito se comprometeu com ela. Está escrito. Foi uma jogada arriscada. Esconderam e negaram muito tempo, inclusive com discursos inflamados na Câmara contra esta coluna.
A BUROCRACIA IV
Ao final o PT e a prefeitura reconheceram que jogavam. Foi quando a bancada catarinense fez uma emenda de R$31 milhões ? apesar de se precisar só pouco mais de R$21 milhões. Alívio que durou pouco. A presidente Dilma vetou esta verba no Orçamento. Vieram então, do nada, num ato público aqui no ginásio João dos Santos, os R$17,4 milhões anunciados com festa. Na semana seguinte a verba estaria aqui para calar a boca dos incrédulos. Não veio. Também, pudera. É fácil: quem acredita em político? Agora se provou nas próprias palavras de Zuchi da semana passada depois de três meses à espera de um telefonema e uma viagem a Brasília para se receber diárias, que estes R$17,4 milhões nem existem de verdade na rubrica certa que lhes permitem a liberação. Agora vai para o tal de PAC. Então se trata de burocracia ou de enganação? Outra: há uma conta que não fecha. Orçada em R$43 milhões, recebeu R$20 milhões, pediu R$31 milhões para finalizá-la e se contenta com R$17,4 milhões? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Deverá ser paga hoje a nota da contratualização do Hospital de Gaspar pelo governo do Estado. O empenho dos serviços foi no dia 19 de março.
O Hospital de Gaspar não aprendeu a lição. Não recebeu o que a prefeitura o devia nos meses de outubro, novembro e dezembro. Está recebendo janeiro e fevereiro, por ordem da Justiça e muito menos do que deveria receber. Está prestes a assinar novo convênio, aquele que a prefeitura quer para cortar a qualquer hora e não o que deveria ser feito sobre os serviços executados. Mais. Vai assiná-lo confessando que fraudou prestação de contas anteriores e um desconto de R$20 mil por mês. Com a palavra Dilene Jahn dos Santos e Sérgio Roberto Waldrich.
A companheira e gasparense honorária Ideli Salvatti, PT, está sem força. O expresidente Lula a quer fora do Ministério das Relações Institucionais. O deputado Federal Jorginho Mello, PR, acaba de tirar o enrolão mor do Dnit catarinense, João José dos Santos e que reinou por 11 anos contra o Vale e os catarinenses. Jorginho, que já esteve por aqui, emplacou um seu Vassilar Pretto. Tomara que tudo se aclare.
Mais uma da falta de planejamento. O que vai acontecer no dia 2 de abril? A licitação para aquisição de persianas, para atender a demanda do CDI Dorvalina Fachini, ali no bairro Sete. Mas o CDI não está funcionando? Sem persianas? Hum!
Olha só esta notícia oficial da prefeitura de Gaspar. Representantes de Gaspar participam nos dias 26 e 27 de março da 2ª Conferência Estadual de Proteção e Defesa Civil, em Lages. O evento teve como tema: ?Proteção e Defesa Civil: novos paradigmas para o Sistema Nacional?. Nesta etapa, Gaspar foi representado por cinco participantes: a coordenadora de Defesa Civil Mari Inez Testoni Theiss e o agente de Defesa Civil Luiz Mário da Silva, representando o Poder Público; e Altair Theiss, Euclides Rampelotti e Luiz Carlos dos Santos, representando a sociedade civil. Espera aí. Altair, que é marido de Mari Inez? Ele não é funcionário público? E ele foi fazer como representante a sociedade civil? Ah, sim!
Nesta sexta-feira pela manhã o titular do registro de Imóveis de Gaspar, Renato Benucci, é palestrante no Encontro Operacional do Meio ambiente do Ministério Público, Em Florianópolis. O desarranjo de Gaspar é o tema. Aqui Benucci encontra muita dificuldade para cumprir a lei. É usual pedir socorro ao MP. Deu entrada mais uma Ação Civil Pública na segunda vara, a da Moralidade Pública, contra a Ordem Urbanística de Gaspar. Hum!
?Embora eu tenha sido, no início de minha atuação, um crítico ferrenho desta espécie de tutela do MP, mudei radicalmente meu posicionamento, em razão da situação caótica do parcelamento de solo em Gaspar, onde imperam as aprovações, pela Prefeitura, de parcelamentos de solo, na modalidade desmembramento, com inúmeras irregularidades (com ?áreas para ruas?; sem qualquer infraestrutura; com ruas aprovadas sem processo de desapropriação, e sem infraestrutura; etc e etc)?, explicou Benucci. É preciso esclarecer mais?
Edição 1574
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