25/03/2014
UMA E OUTRA COISA I
O presidente do PT, o líder de Pedro Celso Zuchi, o vereador Amarildo José Rampelotti, tenta dizer aos gasparenses que o dinheiro que a prefeitura ?possui? para comprar a Bunge (até agora, só fez marola, manchete, entrevista e não arrumou garantias de que pode e vai pagar para aí sim fechar o negócio) nada influencia na negação dela dar os reajustes pretendidos pelos servidores municipais. Supondo que isto seja verdade, há algo que a prefeitura administra mal sob as barbas de Michael Maicon Zimmermann, o homem das finanças. Por isso, falta-lhe dinheiro para pagar o que se reivindica e dá base para uma greve dos servidores.
UMA E OUTRA COISA II
Alguns caminhos para se gerenciar os recursos e se dar o aumento pretendido aos servidores: cortar as horas extras desnecessárias (tem gente que faz e não trabalha; isto já deu o que falar); cortar os cargos comissionados desnecessários (e são muitos); rever a compra de um terço das férias (há um decreto em vigor e proíbe isto; só os amigos do rei burlam este dispositivo) e licença prêmio que se transforma em pecúnia; rever a disponibilização dos funcionários efetivos; instituir o instituto de Previdência Municipal, o qual se enrola e a revisão das empreiteiras de mão de obra que oneram substancialmente esta rubrica no Orçamento.
UMA E OUTRA COISA III
E se pode começando com a farra dos comissionados que só serve aos amigos, aos partidários, às composições de bastidores e aos parentes dos parentes. A lista é grande, está desatualizada. Ela causou um mal estar danado quando lida na Câmara pela presidente da Comissão de Gestão Pública, Andréia Symone Zimmeramnn Nagel, DEM, que também é professora. Ela é real, mas o presidente do PT e líder de Zuchi, Amarildo José Rampelotti, queria vê-la escondida naquela sessão cheia de servidores na plateia, todos fulos e reivindicando.
UMA E OUTRA COISA IV
Em Gaspar há 146 comissionados. Destes, 43 são os diretores de escolas. Então de verdade, são 103 estranhos. Todas as contas feitas, cem estão pendurados na prefeitura petista. É um número alto, e com os maiores vencimentos, os quais impactam substancialmente na folha. Ou seja, tem razão o secretário Michael Maicon Zimmermann: falta dinheiro naquilo que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. E por quê? Porque a farra já está instalada e o PT quer preservá-la a custo de negar, enfrentar os que pedem um mísero aumento ao prefeito Zuchi. Tem razão Amarildo quando diz que uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Tem que ser do jeito e como ele quer, e ponto final, mesmo diante de tanto desperdício e números.
UMA E OUTRA COISA V
Onde estão os comissionados de Gaspar? No gabinete do prefeito: 18 (7 efetivos); na Procuradoria Geral 1 (0 efetivo); na Secretaria da Agricultura: 2 (1 efetivo); na Secretaria de Planejamento e de Desenvolvimento: 8 (2 efetivos); na Secretaria de Administração e Finanças: 15 (11 efetivos); na Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo: 4 (0 efetivo); na Secretaria de Transportes e Obras: 22 (5 efetivos); na Secretaria de Saúde: 13 (5 efetivos); na Secretaria de Educação: 11 (7 efetivos) mais 43 que são diretores de escolas, diretores adjuntos e secretários escolares; na Secretaria de Desenvolvimento Social: 7 (1 efetivo) e na Fundação Municipal de Esportes: 2 (1 efetivo).
OS PRISIONEIROS I
Sobram assuntos. Sobram incoerências. Falta diálogo, competência e aqui, espaço é pouco para desnudá-los. Mas, vamos ao exercício desta terça-feira. O PT quando retornou ao poder em 2009 em Gaspar lançou, insistiu e colou a fama de doido no ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS. O PT foi competente nesta missão. E para completar, ainda costuma hoje (foi assim na sessão da Câmara na semana passada) contar a folclórica estória de que Adilson, um dia, com o seu então procurador geral Aurélio Marcos de Souza, ?prendeu? os servidores no prédio da prefeitura. Eles negam. Mas isto não será tema deste comentário, a não ser o paralelismo do qual é refém o próprio PT de Gaspar. Não vou escrever do passado, mas de fatos graves que se repetem hipocritamente no presente.
OS PRISIONEIROS II
Teimoso? Quem é mais teimoso hoje em dia do que Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa, Doraci Vanz e Amarildo José Rampelotti em outros e neste caso do reajuste de míseros 4% de perda salarial nos vencimentos dos servidores municipais? Nem dialogar, esclarecer e convencer como civilizados querem. E todos fazem isto de forma coordenada. Desqualificam os interlocutores, rejeita-se o Sintraspug, o legítimo representante da classe. Pior, agem e aprisionam os servidores em várias artimanhas, ameaças e chantagens por reuniões e recados diretos e cifrados. E tudo sob a chancela do presidente do PT, do líder do governo de Zuchi, o Amarildo, o ex-servidor (Celesc) o ex-sindicalista, o porta voz da intransigência, da valentia e da censura. Nesta história, quem é mesmo o doido, o teimoso, o que aprisiona a voz os pleitos dos servidores e os impede ao diálogo mínimo no presente? Nada como um dia após o outro. Há alguma dúvida? Todos reféns de uma tirania. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Saia justa. Ao defender os servidores, a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, lembrou que o candidato dela a prefeito, o ex-vereador Kleber Edson Wan Dall, prometeu reduzir em 20 por cento os cargos comissionados na prefeitura se fosse eleito. ?É mais o povo não quis...?, queixou-se mostrando que o dinheiro que falta ao reajuste dos servidores e negado pelo PT, é carreado para os comissionados da atual administração. Hamilton Graff, líder do PT, não perdeu a oportunidade. ?O seu candidato era tão contra os comissionados que virou um deles na Secretaria de Desenvolvimento Regional de Blumenau...?.
Serviço mal feito. O Samae vai pagar R$ 1.735,00 a Sandro Roberto Bonin. Foi um acordo. ?A indenização compreende as despesas suportadas pela vítima do evento danoso, incluindo os prejuízos de natureza material, pessoal e moral?. O carro Siena de Sandro caiu num buraco aberto pelo Samae e irresponsavelmente mal sinalizado.
Por onde andava o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi? Ele foi convocado às pressas diante da ameaça de greve na sua Secretaria?
Sem festa. A inauguração da ampliação e reforma do CDI Vovó Leonida foi cancelada. Ela seria na quarta-feira. Explicação oficial não há. Entretanto, a ameça de greve e a possível presença de manifestantes fez com que Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa desistissem da badalação.
Perguntar não ofende. O decreto nº 1550, de 11 de julho de 2006, ainda está em vigor? Está-se, ele veda a compra parcial pelo poder público de licença prêmio e férias devidas ao servidor. E como isto está sendo feito para alguns... Está fora da lei. Então...
Enquanto os interlocutores do Sintraspug e dos servidores imploravam por diálogo, o secretário Michael Maicon Zimmermann comandava uma peixada aos seus na Associação dos Servidores.
Autorizado. Pelo decreto 5,868 e publicado no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet e não tem mais horário para ser publicado ? fica autorizada a realização de até 50 horas extras, individualmente, pelos servidores Gilberto Fernandes de Souza, Claudiomiro Mendonça e Rogério Agostinho Laurindo, totalizando 150 horas, conforme escala, no período de 15 de março de 2014 a 14 de abril de 2014, em virtude da necessidade dos motoristas atenderem a demanda de transporte escolar, bem como as demais atividades da Secretaria Municipal de Educação. Por que outros servidores, por transparência e legalidade, não ganham a mesma autorização, mas recebem horas extras?
Carlos Eduardo Junkes é servidor e é vice do Sintranspug. Tentou se licenciar da prefeitura para exercer o cargo no Sintrapug. Não conseguiu. Nem mesmo na Justiça. A prefeitura provou que a vaga dele é ocupada pelo ex-presidente, Sérgio Almeida. No atual movimento de reivindicações, Eduardo está sendo discriminado na prefeitura por sua ação em favor do Sindicato e dos servidores.
Luiz César Henning não tem papas na língua. E no movimento dos servidores se tornou um portavoz natural. O presidente do PT, Amarildo José Rampelotti, totalitário, não suporta ser contestado. Por isso, advertiu: o Sintraspug precisa escolher melhor seus interlocutores se quiser ter sucesso. Ou seja, Rampelotti quer apenas os mansos. Primeiro: Luiz não é interlocutor do Sindicato. Segundo: quem deve escolher melhor os seus representares são os eleitores de Gaspar.
Brusque, que é uma prefeitura do PT e tocada por ex-assessor de Pedro Celso Zuchi, Paulo Roberto Eccel, tem o salário do prefeito, vice e secretários no portal transparência. Em Gaspar, isto é escondido do povo. Mas, revelo: o prefeito ganha R$18.688,16, os secretários R$8.741,17 e a vice R$8625,30 por mês.
Edição 1573
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