18/03/2014
VAGA LEMBRANÇA I
Hoje é dia para comemorar os 80 anos de Emancipação de Gaspar. Livramo-nos administrativamente de Blumenau e não a imitamos na sua pujança, coragem, organização e grandeza. Até alguns anos atrás, os ônibus interurbanos entre as duas cidades faziam a linha urbana mais longa daqui e de lá direto ao Centro de consumo de lá, colégios de lá, a vida de lá. Levamos quase 80 anos para entender que estávamos livres de Blumenau e que Centro de Gaspar tinha vida própria, podíamos ter bons restaurantes, baladas, bares, casas comerciais incluindo as das redes, escolas particulares e orgulho.
VAGA LEMBRANÇA II
As nossas entidades ainda são fracas e sem autonomia. Faltam homens e mulheres de coragem. Gasparenses acima de tudo. E por quê? Porque elas, infelizmente, são aparelhadas por partidos e patrulhadas por políticos interesseiros em ter e permanecer no poder, sem qualquer espírito comunitário. E olha que a Acig já fez um presidente da Facisc que influenciou em seu tempo Santa Catarina e teve o apoio da Acib (Blumenau), Acij (Joinville) e Acif (Florianópolis). Hoje a Acig é um remendo. É uma filial da Ampe, que é um braço do PT que domina a prefeitura. A Acig que já se organizou para reconstruir o Hospital de Gaspar assiste as bandalheiras da prefeitura contra ele, contra os cidadãos, os mais fracos.
VAGA LEMBRANÇA III
Numa cidade em que o titular do Registro de Imóveis é um problema exatamente por exigir o que a lei determina igualmente para todos na ocupação do solo e precisa se socorrer ao todo momento no Ministério Público para provar que só segue a lei, isto revela o baixo grau de cidadania dos ?líderes? e políticos de hoje. Eles salvam apenas a si, os aparentados, alguns correligionários e às vezes, poucos amigos quando estes não dividem as vantagens. E depois, festejam com escárnio diante de toda a prepotência e o privilégio. Perdemos o senso coletivo, comunitário e até social.
VAGA LEMBRANÇA IV
E sobre a preservação da memória? Há uma vaga lembrança. Ela fica nos relatos dos cadernos dos jornais e dos memoriais de poucos que se dedicam à nossa história. Talvez esteja ai a origem do problema: a vaga lembrança. Estamos perdendo a referência social da Freguesia de São Pedro Apóstolo, com mais de 153 anos e que na verdade remonta aqui a Semana Santa de 1850, e anterior à fundação de Blumenau e muitos anos antes se olharmos a origem do Belchior. E pedermos esta referência da pior forma possível. Falta-nos respeito à origem e comprometimento com o futuro. Frei Elzeário Schmitt, já falecido quase perto dos 100 anos, foi uma referência no resgate histórico e social gasparense. Poucos sabem dele e do seu legado. É uma vaga lembrança. Acorda, Gaspar!
CADÊ A PONTE? I
Eu escrevi aqui, que esta afirmação era estúpida e irresponsável, fazia parte da propaganda, de gente sem noção e de outros que não fazem perguntas, não observam etc e tal. Pois mesmo que houvesse recursos financeiros, esforço técnico eoperacional extra, era impossível tal obra ficar pronta em tão pouco tempo, considerando o estágio que ela estava na data da declaração irresponsável. Qualquer auxiliar de pedreiro sabia da impossibilidade. Todos do PT daqui, incluindo o presidente e líder do governo de Pedro Celso Zuchi, PT, Amarildo José Rampelotti, desmoralizaram-me, acusaram-me de semear o pessimismo na cidade, como tem sido o hábito desta gente que quer todos calados, acuados e os aplaudindo de joelhos. Imprensa boa, descente e imparcial é aquela que os bajula, e de graça.
CADÊ A PONTE? II
Agora comparem e concluam vocês mesmos. Esta nota foi publicada estadualmente na coluna do Moacir Pereira, no dia 22 de outubro de 2013. ?Prefeito de Gaspar, Celso Zuchi (PT), marcou para o dia 18 de março de 2014, a inauguração da tão esperada Ponte do Vale, que unirá a BR-470 à Rodovia Jorge Lacerda, no Vale do Itajaí. Tem garantia de liberação de mais R$ 17 milhões do Ministério das Cidades. As obras começaram em junho de 2012, com previsão de entrega em março de 2013. Ficará pronta com um ano de atraso?. Há inúmeras entrevistas por aqui, no mesmo teor e sentido. Uma trama organizada. E agora ninguém foi capaz de perguntar o que aconteceu comparar e relatar a manobra que os políticos fazem com radialistas, jornalistas, colunistas e veículos de comunicação. Zombam. Usam. Humilham. Descartam.
CADÊ A PONTE? III
Resumindo. A ponte não foi entregue em 2013. Não será entregue, hoje, 18 de março de 2014. Talvez nem seja entregue este ano. Os R$17,4 milhões não vieram e faz oito meses que a gasparense honorária Ideli Salvatti, a enrolada, os anunciou como liberados na semana seguinte. Há três semanas, para justificar mais uma daquelas viagens mensais a Brasília, Pedro Celso Zuchi informou que trataria pessoalmente da liberação destes recursos. Tempos depois do seu retorno, cobrado aqui, anunciou a liberação naquela semana e para isso só aguardava um telefonema de Brasília (?) paa calar a boca dos cobradores. Já se passaram duas semanas e até agora nada. Está quase na hora do prefeito voltar a Brasília no seu giro mensal. Talvez desta vez, ele irá para receber a informação de viva voz. Pior, quando pronta, esta ponte não terá alças de acesso para o povo da Margem Esquerda. Ele terá que ir até a BR 470 e se arriscar na rodovia da morte, sem trevo. No lugar das alças, o terreno foi reservado pela prefeitura do PT para a fedentina e a merda do tratamento dos esgotos do Centro, Coloninha e Santa Terezinha. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
A secretaria do Planejamento e Desenvolvimento de Gaspar já age como se o Plano Diretor estivesse em vigor. É o jeito Soly Waltrick Antunes Filho de agir. E faz muito tempo que é assim nos momentos decisivos. Os projetos que aparecem por lá, são vetados com esta desculpa esfarrapada, ou seja, o novo Plano Diretor não vai permitir. Esta desculpa não encontra consistência jurídica. Nenhum veto pode ser colocado, se não houver um embasamento técnico na lei que o define e esteja em vigor. Os casos estão parando na Justiça.
E por falar em novo Plano Diretor. Ele vai ser aprovado em gabinetes como se trama? O que é feito das audiências públicas. E por que o medo de audiência pública com maciça presença de gasparenses, que não seja a claque do poder petista de plantão?
Os vereadores de Gaspar e os funcionários da Câmara vão ter reajuste de 5,26%. É isto o que dizem os projetos de lei 15 e 16/2015 da mesa da Câmara que entra na pauta de amanhã. E qual a justificativa? Ser o reajuste igual ao que propôs o Executivo para o os servidores municipais no projeto de lei 14/2014 que está lá na Câmara para ser debatido e aprovado. Hoje a Câmara gasta por mês R$55.654,34 com salários de vereadores.
O que se deduz dos PLs? Que os vereadores já dão como certo de que nada adiantará a greve, as negociações e outros nhenhenhéns. Vai ser como Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa, Doraci Vans e Amarildo José Rampelotti querem. Vai ser como nos outros anos. O Sintrapusg, mais uma vez ficará falando sozinho e os servidores chupando os dedos. Ponto final.
Basta de violência. Indignados pela falta de segurança os moradores da Margem Esquerda promovem nesta quinta-feira uma manifestação.
Demorou mais de um ano quando a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, que também é professora denunciou a situação, baseando-se na tragédia da boate Kiss, da gaúcha Santa Maria. Na semana passada foi assinada ordem de serviço para execução do sistema preventivo contra incêndio da Escola Norma Mônica Sabel. Vão custar R$33 mil e demorar 30 dias. Falta secretaria de educação apresentar o cronograma das demais escolas.
Brincando com fogo. Não é que o show pirotécnico do César Paraná, pago pela prefeitura do PT, iria se iniciar com uma estrela desenhada no chão? Na última hora mudaram para um círculo com algumas pontas. Alguém de juízo mudou o perigo.
Estou de alma lavada mais uma vez. Depois de classificar a greve dos servidores públicos de Gaspar como oportunismo, o secretário de Administração e Finanças, Michael Maicon Zimmermann, PT, alegou que com o dinheiro do possível aumento aos servidores, a prefeitura terá que abrir 900 vagas nas creches para as trabalhadoras gasparenses. Ué! Mas, não foi o secretário da Educação, Nivaldo da Silva, que disse este déficit não chegar a 300? Afinal, são 300, 800 (MP) ou 1.200 (Conselho Tutelar) perguntei na coluna passada. Agora, a prefeitura confirma que é 900? Ai, ai, ai.
Edição 1571
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