25/02/2014
INCOERÊNCIA I
Dois pesos e duas medidas, diferentes. Em novembro do ano passado, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, rejeitou a doação de um mamógrafo doado pelo governo do Estado. Alegou para tal decisão, que era usado (e era verdade, mas revisado tanto que a mesma doação foi a outros 18 municípios que a aceitaram). Zuchi não queria assumir as responsabilidades de sua manutenção. E por que disto? Porque este equipamento, necessário por aqui para não ser ir a exames a Blumenau ou até Pomerode, por exemplo, foi intermediado por adversários no governo do Estado do PSD, a vereadora Ivete Mafra Hammes (e que já teve câncer nos seios), PMDB.
INCOERÊNCIA II
Pois é. Olha só o que aconteceu na mesma época. O vereador José Hilário Melato, PP, no exercício da presidência da Câmara, no jogo a favor da administração do PT e de Pedro Celso Zuchi, conseguiu como doação do governo do Estado um caminhão velho, para se tornar um pipa e para rodar em seus currais eleitorais combatendo a poeira. Uma festa. Agora todos reclamam, neste calorzão e sol de rachar, quando era para funcionar de verdade, o caminhão não dá conta do serviço como o prometido. E quem dá a senha? O novo secretário de Transportes e Obras, Lovídio Carlos Bertoldi, PT. O motor do caminhão é fraco. Espera aí: com o mamógrafo não podia vir para cá por ser usado, um caminhão sucateado de verdade, pode? Esta gente não tem jeito. E ainda há os que acreditam e votam nela. É uma atrás da outra. Acorda, Gaspar!
AS CINZAS DO HOSPITAL I
Mais uma vez tive que mudar o tema da coluna. Escrevi sobre o crime que se arma contra o nosso Anel de Contorno. Virá outro dia. E faço isto em nome de outra boa causa e contra, mais uma vez, os aproveitadores de plantão. Foi uma semana dura, decisiva e ao mesmo tempo boa para o Hospital de Gaspar e seus abnegados administradores. Muitos estão de alma lavada. Enquanto o Hospital de Gaspar era tratado na terça-feira pelo presidente do PT e líder do governo (Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa) na Câmara, José Amarildo Rampelotti, como uma sucata sem aproveitamento algum, com a única intenção de menosprezá-lo tecnicamente e levá-lo à lona onde já estava, no dia seguinte, quarta-feira, qual o Fênix, o que ressurge das cinzas, o Hospital passou pela vistoria de especialistas do governo do Estado, e com méritos. Um cala-boca neste jogo sujo e incompreensível contra a comunidade, os doentes, pobres, desinformados, desassistidos e manipulados da nossa cidade, inclusive, via a mídia local.
AS CINZAS DO HOSPITAL II
Agora, o Hospital será contratado pelo governo do Estado para as cirurgias eletivas. A reunião é esta semana do Conselho Gestor para ratificar esta disposição técnica. É um fôlego financeiro. Não por esmolas e dependência eterna como quer o PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi, a prefeitura, a secretária de Saúde, Márcia Adriana Cansian, nos convênios, mas por serviços efetivamente prestados. E por quê? O Hospital provou ter capacidade técnica. O PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi, a prefeitura e o vereador Rampelotti sabem disso muito bem. Mas trabalham juntos de forma organizada contra. E arrumam problemas para justificar o que não podem explicar. Não constroem soluções. Não compartilham convergências.
AS CINZAS DO HOSPITAL III
Márcia Cansian teve dois momentos diametralmente opostos na quarta-feira. O primeiro deles quando da visita dos técnicos do Estado. Trabalhou contra o tempo todo. Surpreendida com a decisão da contratação, não perdeu e lascou esta da insensibilidade e oportunismo: se vocês [Hospital] agora têm condições de funcionar [vão receber dinheiro do estado] então o CAR não precisa ficar aberto 24 horas. O que ela quis dizer com isto? Ao ver o Hospital recuperando-se na lona, sem titubear e quebrando as regras do jogo minimamente ético, quis mandar mais contas e prejuízos para o Hospital que ela própria vem inviabilizando. O contrato do Estado não é para o Pronto Atendimento, mas para cirurgias eletivas, que Gaspar manda até para outros municípios, incluindo Penha, por diagnosticar errada e propositadamente, como sendo sucata o nosso Hospital.
AS CINZAS DO HOSPITAL IV
Enquanto o Hospital de Gaspar se chamar oficialmente de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ele estará à míngua e pedindo socorro até nas manchetes dos coleguinhas. O Hospital de Gaspar só não sucumbiu, devido à persistência e capacidade de Dilene Jahn dos Santos (nunca me comuniquei com ela). As sucessivas pernadas abriram, apesar de tarde, os olhos de Sérgio Roberto Waldrich, que nos últimos meses resolveu peitar o prefeito, a secretária e a armação do PT; Sérgio até então estava hipnotizado e abduzido pelo jogo de interesses e falsidades que o PT representa aqui.
AS CINZAS DO HOSPITAL V
A entrada no circuito de gente como o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS [que um dia foi acusado na campanha política pelo PT de fechar o Hospital]; do líder do governo na Assembleia, Aldo Schneider, PMDB, fez com que outras lideranças políticas daqui, para não passar recibo de ausência, acelerassem o processo de aproximação com o governo do Estado neste caso, entre elas, a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, com o contato direto com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, PMDB. Tudo ficou mais fácil com forças, mesmo que antagônicas politicamente, ?unidas?. Funcionaram os bastidores. Ganhou não o Hospital exatamente, mas a comunidade de Gaspar. Modestamente, este espaço também e o Cruzeiro do Vale, o comunitário, contribuíram. A maior parte da mídia preferiu ser um espectador das manobras e pressões petistas. Ainda explicarei o que move quem articula o fechamento do nosso Hospital. E não é de hoje que isto se trama. Um escândalo. Dá um livro, eletrizante.
SOBRE O TRAPICHE
O presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, o novo para a política, foi a Balneário Camboriú, Pomerode e Camboriú ver como funciona as Câmara de lá. Parece que não aprendeu. Ele toma as decisões aqui, não compartilha com seus pares e as divulga como se fossem da mesa diretora. A reclamação é geral.
Na semana passada divulguei que a Câmara de Ilhota prepara um trem da alegria. O assessor Aurélio Marcos de Souza me repreende. ?A sua notícia merece reparo. A Câmara está contratando empresa para realizar concurso público para tão somente preencher os de cargos efetivos que vinham sendo preenchidos por meio de processo seletivo simplificado. É para cumprir o Termo de Ajuste de Conduta firmado com o Ministério Público. Não há que se falar em criação ou ampliação do quadro existente?.
Discordo e reafirmo o que escrevi. Existe apenas um servidor efetivo. Se se está fazendo concurso, é para ampliar o quadro. E se ampliar o quadro efetivo, na proporcionalidade se abre espaço para os tais comissionados, os empregos políticos e de apadrinhamento. É assim que a coisa funciona. Devagar e sempre para ninguém perceber e sentir dor. A vaselina muda apenas de nome. A trama é igual na Câmara de Gaspar. Ela passa pela mesma exigência do Ministério Público.
É uma vergonha o asfalto da Rua Fernando Krauss. O que a prefeitura está esperando para acionar a empresa Múltiplo Serviços, de Brusque? Ela brincou de asfaltar aquela rua.
Oficialmente não há liberação de recursos para a Ponte do Vale. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, recomeçou as suas viagens mensais a Brasília. Ele voltou quietinho. Agora diz que prometeram liberar R$3 milhões. Quando, ninguém sabe. Outra. Aquele serviço da ligação da Margem Esquerda com a BR 470 está se desmanchando. Quem fez aquilo mesmo?
Venceu a prefeitura. Perdeu, mais uma vez a vontade democrática da comunidade do Sertão Verde. Começaram a construir a Escola Angélica de Souza Costa no terreno das casinhas de plástico. A obra vai ser erguida pela Sul Brasil, a mesma que reformou o Hospital de Gaspar.
Todos na cidade já perceberam que o PT e a administração de Pedro Celso Zuchi perseguem o Hospital de Gaspar. Ele também. Tanto que no sorteio da rifa, Zuchi estava lá, com a maior cara de pau para passar a impressão diferente ao povo, dar entrevistas e faturar. Acorda, Gaspar!
Na coluna de sexta-feira, eu lhes revelei em ?Circo II?, que se está contratando um show de rodeio por R$128 mil para os 80 anos de Emancipação de Gaspar, enquanto enrola o Hospital, não se tem creches, escolas... O pessoal da prefeitura e outros envolvidos praguejaram. Ótimo. Aí tem. Então seria bom o Ministério Público olhar com lupa este negócio e as subcontratações desta licitação. Cheira igual ao modelo Expo Gaspar, que já deu problemas ao Executivo, ao secretário que arquitetou e terminou com a feira. Não aprenderam.
Edição 1565
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