11/02/2014
PROJETO POPULAR
O advogado e ex-procurador geral do município na época do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, (hoje não convidem os dois para a mesma mesa), Aurélio Marcos de Souza, não é vereador (está filiado ao nanico PSC). Entretanto, Aurélio quer mostrar aos gasparenses que o eleitor, mesmo não sendo vereador, pode fazer leis e atuar em favor da sua comunidade. E para isto, o cidadão e advogado Aurélio Marcos acaba de protocolar na Câmara um pedido para ?saber quais são as informações que se fazem necessárias em uma petição pública para comprovar a subscrição de cinco por cento do colégio eleitoral de Gaspar em um Projeto de Lei de Iniciativa Popular?. E por que ele fez isto? Porque está escolado com as enrolações e interesses dos políticos, bem como com a burocracia estatal. ?É para evitar que eles, quando forem fazer a conferência dos dados, não comecem a colocar empecilios?, justifica. A pergunta que o doutor Aurélio ainda não respondeu e faz segredo, qual é o projeto que ele está bolando. Coisa fácil e sem polêmica, por certo não é.
FUTURO INCERTO I
A Saúde, a Educação e a Assistência Social são áreas essenciais ao ser humano e a um governo sério. Menos aqui. Em Gaspar, e estranhamente no governo popular do PT de Pedro Celso Zuchi, são críticas e não funcionam. Escrever sobre a Saúde Pública é ?chover no molhado?; até Decreto de Calamidade temos, num reconhecimento tácito da falta de ação em favor dos doentes, desfavorecidos e desassistidos. Da assistência social, a melhor e espetacular ação foi a de levar uma juíza referência no Brasil nas ações e resultados pela causa da infância e adolescência a um escândalo nacional. Tudo sem provas e no programa Fantástico da Rede Globo, cuja reportagem até hoje, vergonhosamente, não se concluiu. Quanto à educação e aos dez anos do secretário Neivaldo de Souza? Os índices oficiais do Ministério da Educação nos respondem por si próprios. Uma miséria humana. Um crime continuado.
FUTURO INCERTO II
Sexta-feira, como se aqui a Educação fosse uma referência, houve o início oficial do ano letivo. Só entre os educadores (espera-se este dia não valha como aula dada para os 200 dias ou 800 horas mínimas por ano na sempre conta mágica da Secretaria). ?Educação: que futuro nos espera?? foi o tema da palestra do especialista Mozart Neves Ramos. Teorias. Ideologia. Uma anestesia para esconder a nossa dura realidade. Quantas escolas em Gaspar possuem o contraturno? Quantas escolas possuem o regime integral? Quais as ações mitigadoras e parceiras nas áreas de risco social que assustam e degradam o município? Qual o déficit de vagas, principalmente nas creches? Afinal, que futuro nos espera? Este, da verdade nua e crua, nem o palestrante, muito menos o eterno secretário de educação do PT, o prefeito e sua vice, Mariluci Deschamps Rosa, PT, a berçarista, puderam responder à cidade, aos cidadãos, às cidadãs e sinalizar aos que estavam no encontro.
FUTURO INCERTO III
Exagero? Tem mais. As aulas começaram ontem na rede municipal, menos na Angélica Costa e na Norma Mônica Sabel. Adiou-se para hoje. Por quê? As obras de elétrica não ficaram prontas. E não podiam. Por falta de planejamento a na Norma, por exemplo, foram elas licitadas apenas no dia 29 de janeiro. Um trabalho pela metade. Tem ainda pela frente a tomada de preços para o preventivo de incêndios que se adiou da semana passada. Vergonhoso. Quer mais do improviso? Hoje é a licitação do portão do CDI Dorvalina Fachini. Só na semana passada é que se licitou a compra de materiais esportivos para as escolas e os CDIs. Também na semana passada, a companheirada rindo, comemorando e a imprensa achando um grande feito, aconteceu a assinatura da ordem de serviço para a reforma do telhado da Zenaide Costa e do CDI Cecília Venturi. Tudo não poderia ter sido feito nas férias escolares, longe do perigo e contratempos para os estudantes? A mesma coisa com a reforma da cozinha e da eletricidade do CDI Sônia Gioconda Beduschi Buzzi.
FUTURO INCERTO IV
A lista é longa. E este é o melhor retrato de descaso da Educação por aqui. Faz mais de cinco anos que a escola Angélica de Souza Costa foi soterrada lá no Sertão Verde. Faz quatro anos que a Fundação Bunge quer reconstruí-la e doá-la para a cidade. E por que não fez ainda? Porque a prefeitura não dialogou com a comunidade e não indicou até hoje, o lugar onde reerguê-la. Os jovens estão no improviso da Norma Mônica Sabel. As crianças, neste calor, expostas no salão comunitário da Capela São Sebastião. É assim que funciona aqui. Educação, conhecimento? Para quê? Analfabetos e ignorantes são melhores para serem manipulados e ?ajudados? por políticos e gestores públicos inescrupulosos. ?Educação: que futuro nos espera?? foi o tema da palestra do especialista Mozart Neves Ramos. Apropriado. Pena que ele não conheceu e nem abordou a nossa triste realidade que trabalha contra o futuro das nossas crianças. Afinal, que futuro nos espera, elas perguntam. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
A secretária de Saúde de Gaspar, Marcia Adriana Cansian, pode estar metida numa enrascada daquelas. Foi ela quem adiantou ao ex-administrador do Hospital, Orivald Maciel Filho, uma parcela do convênio. E Orivald não prestou contas, segundo ela própria informou. Neste caso, então se aplica o decreto 1126/2005. Ele delega a competência de executar o Orçamento aos ocupantes dos cargos de gestão na prefeitura. O decreto considera o ordenador da despesa, o responsável pela emissão de empenho, autorização de pagamento ou dispêndio de recursos do município. E é claro: o ordenador responderá pelos prejuízos que, direta ou indiretamente, causar à Fazenda Pública.
Da vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, que deixou de ser professora neste ano para se dedicar integralmente à vereança: ?fez bem o prefeito em assinar o Decreto de Calamidade na Saúde Pública de Gaspar. Apenas reconheceu uma realidade do seu governo. Não é só Hospital que tem problemas por causa da prefeitura, os postos de saúde, o CAPS entre outras estão uma calamidade?.
Três integrantes da Embaixada do Reino da Arábia Saudita, Abdulaziz Mohammed Albadi, Yousef Saleh Alotaibi e Ibrahim Aleisa finalmente foram ver as casas de plástico no loteamento às margens da perigosa BR-470, no bairro Belchior Baixo. As casas foram doadas pela Embaixada para moradores atingidos pela catástrofe em 2008. A prefeitura tentou abafar o mal estar, mas o pessoal saiu constrangido e decepcionado com a infraestrutura e as gambiarras que fizeram lá.
O presidente da Câmara, Marcelo de Souza Brick, PSD, foi com Giovano Borges, PSD, a Pomerode. Dizem que foram conhecer a Câmara de lá. Isto é bom. Brick agora pode nos dizer como funciona bem a Câmara de lá com apenas 30 dias de férias por ano e menos assessores do que aqui. Só para lembrar. Brick foi contra as férias de 30 dias aqui quando relator da matéria no ano passado, e ensaia um trem da alegria, para validar a irregular proporção de efetivos e comissionados na Câmara e que a promotora da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon, quer ver resolvida. Acorda, Gaspar!
Alô promotoria da Moralidade Pública. Este press release de terça feira, dia quatro, mostra muito bem como funciona a campanha política antecipada e disfarçada em Gaspar. ?Educação entrega kits escolares para filhos dos servidores da Secretaria de Obras?. Por que só a Secretaria de Obras? Os filhos dos demais servidores não merecem o mesmo tratamento? Por que o Sintraspug está omisso? E os vereadores, especialmente os da Comissão de Gestão Pública? É a plantação do recém-instalado secretário Lovídio Carlos Bertoldi.
Asfaltaram a Rua Rio Negrinho defronte ao Posto de Saúde do Bairro Figueira. É aquele que a propaganda petista disse que a presidente Dilma Vana Rousseff a tornaria referência nacional, mas se infestava e se comia poeira.
Desaparecido. O Hospital de Gaspar entrou com um processo (0000080-55.2014.8.24.0025) contra o seu ex-administrador Orivald Maciel Filho. O juiz da segunda Vara de Gaspar despachou por um esforço redobrado na sua citação.
O tapa. Na quinta-feira, o PT de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa ?inaugurou? com pompa, muitos comissionados e parte da comunidade, os 300 metros de asfalto da Rua Leonardo Pedro Schmitt, ali no Macucos. A retificação, alargamento e asfaltamento de três quilômetros desta rua foi uma promessa do PMDB estadual e Kleber Edson Wan Dall a prefeito. A comunidade e empresários esperam até hoje. O PT foi mais eficaz do que o PMDB, pelo menos em 300 metros.
Edição 1561
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