28/01/2014
A AGONIA DO HOSPITAL I
A prefeitura de Gaspar, por vingança e sem dinheiro, cozinha e não celebra nenhum convênio novo com o Hospital. E mesmo que tudo desse certo como se sinalizou na reunião com o Ministério Público há duas semanas, isto iria demorar pelo menos mais de um mês e em regime de urgência. A Câmara e suas comissões ainda estão de férias; depois virão a sansão do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT; o trâmite burocrático do empenho e a liberação financeira. Enquanto isso, a prefeitura economiza com os doentes. Se o Hospital tivesse fôlego deveria mandar a prefeitura as favas. É que ela no CAR, na ponta do lápis e segundo os seus próprios técnicos, gasta muito mais do que pagar os procedimentos no Pronto Atendimento do Hospital. Ou seja: é um jogo onde quem se sacrifica é a população mais pobre, sofrida, doente, frágil e desinformada.
A AGONIA DO HOSPITAL II
Esta história de se exigir caução de parte do convênio passado e sob dúvidas, não possui qualquer amparo legal. Nem no convênio assinado, nem o decreto 900/2005 que orienta esta matéria em Gaspar. Está se inventado e o Hospital avalizando a bobagem. Faltou-lhe assessoramento na prestação de contas do antigo administrador. Falta-lhe assessoramento agora neste assunto manipulado por politicagem de espertos. Esta exigência poderá ocorrer no próximo convênio, se nele isto estiver explícito e aprovado na Câmara.
A AGONIA DO HOSPITAL III
Outra. Por que o Controle Interno do Município não abriu um procedimento administrativo até hoje no caso das prestações de contas sob dúvidas? Medo de apurar suas próprias responsabilidades e com isso atingir por incúria alguém no comando da prefeitura? Aberto o procedimento, nomeia-se a comissão; ela apura as responsabilidades; identifica os responsáveis e se houver, os valores devidos; inclui-se em dívida ativa e cobrança judicial; encaminha-se ao Tribunal para solicitar a abertura de Tomada de Contas Especiais e posterior cobrança dos responsáveis por tal dano ao patrimônio público. Por que estão com este nhenhém na imprensa que não entende do assunto e não sabe o perguntar? Porque deveriam ter comunicado ao Tribunal na época dos indícios, mas nada fizeram. Porque jogam para galera de desinformados. Porque a orientação é humilhar e deixar o pessoal do Hospital de cócoras. Porque o Hospital já passou da hora de apanhar calado e com o pires na mão. Vergonha.
A AGONIA DO HOSPITAL IV
A prefeitura já deveria ter responsabilizado os membros do Conselho Adiministrativo do Hospital se quisesse mesmo resolver e sanear todos os problemas que diz ser de malversação e gestão administrativa e técnica. Foram os membros do Conselho que aprovaram as contas e as encaminharam para a prefeitura para o devido pagamento. Ela foi omissa até agora com os seus representantes no Conselho. Ainda. Como o Hospital vai dar em garantia um bem seu sem ter a aprovação dos sócios provedores para isto? E por fim. Caso fique comprovado o desvio de R$ 900 mil como se aventa na prefeitura, como é que o Município vai justificar a incorporação no seu patrimônio deste bem dado em garantia? A Câmara, no mínimo, terá que aprová-lo em lei específica. Ou ele já está ?marcado? e querem-no repassá-lo a terceiros? Acorda, Gaspar!
CADÊ OS CELULARES?
Olha só o que apareceu no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet ? de quarta-feira? A portaria 3.274/2014. E para que? Determinando a abertura de sindicância para apurar a responsabilidade por desaparecimento de aparelhos celulares de propriedade do patrimônio público municipal. Hum! Pois é. Uma penca. Três de uma só vez. Em quem são os ?felizardos?? Diretor de Fiscalização da secretaria de Planejamento e Desenvolvimento, Emerson Mauricio Costódio Barth; Rozangela Aparecida Alves Elias, diretora geral da Secretaria de Educação e a coordenadora de Tratamento Fora Domicílio, Erbenia Maria Fernandes. E bota fora nisto. Ela estava no Nordestequando deu por falta do aparelho Nokia.
CADÊ A PLACA?
Eu denunciei aqui o sumiço e o descaso da placa de inauguração da ponte Hercílio Deecke. O meu alerta, fez com que o servidor da Ditran, subordinada à secretaria de Obras, Emerson Seberino da Silva, orientado ou não, a achasse e a recuperasse, como ele próprio declarou. Fez mais. Foi ao mais lido jornal, o Cruzeiro do Vale, dar provas da relíquia e trabalho. Fez pose. Até o momento em que fecho a coluna, a placa não está no lugar onde devia ela estar. No Facebook e nos comentários desta coluna na internet no dinal de semana, uma festa. Afinal: onde está a placa? Se tivesse nela o nome de Zuchi, Ideli, Lula, Dilma ou Dirceu estaria sumida e fora do lugar de onde foi arrancada? Alguém entendido em Direito Administrativo poderia explicar o que acontece quando alguém some ou se apropria de um bem público? Por que a prefeitura não instaurou uma sindicância interna ou inquérito administrativo contra servidor que sumiu ou guarda para si a dita placa que registra um ato e a memória da cidade?
A ESCOLA E SÃO SEBASTIÃO
Ao bem proceder, recusando-se ao improviso, ao bafo do poder de plantão e aos jeitinhos tão comuns aqui, o novo comando da Polícia Militar - que um dia pensou ser o trânsito uma prioridade sua, talvez por não conhecer a violência e os desajustes sociais - negou o alvará para a festa na comunidade de São Sebastião, na Margem Esquerda. Um bafafá sem razão. Questões puramente técnicas e de prazo, principalmente. Elas sem querer revelaram o drama de um improviso que vem desde 2009 e que vai se repetir este ano. O salão comunitário que serviria para parte da festa é alugado e ocupado para a educação infantil do que se fazia na Angélica de Souza Costa, a qual foi destruída pela catástrofe ambiental de 2008, ali no Sertão Verde. Isto mostra o tamanho da incúria das nossas autoridades municipais com as crianças, a comunidade, o bem estar e a segurança delas. Perguntar não ofende: esta escola ? após quatro anos de enrolação - não seria construída a partir de novembro passado?
SOBRE O TRAPICHE
Em Gaspar, a área ambiental exige a placa de licenciamento nas áreas em que estão sendo aterradas. Faz certo. Então qual a razão para alguns desses aterros não terem estas placas informativas? E você pensa que isto é feito em alguma tifa? Não. Acontece aqui no Centro, nas barbas da fiscalização e de todos da administração. O disfarce acontece nos finais de semana.
O que Gaspar tem a ver com o Hospital da Penha? Um doce para quem responder.
Está mais do que na hora da então atuante Comissão de Gestão Pública da Câmara de Gaspar dar uma passadinha no milionário e demorado CDI Dorvalina Fachini. Ele nem abriu, mas os defeitos já apareceram nas calçadas e outros locais novamente. Em meados do ano passado esta mesma comissão esteve lá e ficou estarrecida com o que viu. A administração petista ficou indignada com o relatório, mas consertou. Agora, nem funcionando está e já apareceram novos problemas.
Se a moda pega. O pessoal da prefeitura daqui leu a notícia e ficou com os cabelos arrepiados. Justiça manda abrir 933 vagas em creches de Jaraguá do Sul, estampou o jornal A Notícia, de Joinville. Decisão atende pedido do Ministério Público por causa da fila de espera e que nunca se resolve. Agora tem que ser resolvido em 120 dias.
Saiu a desapropriação do terreno para se construir a penitenciária do Vale e o presídio de Blumenau. Fica na Divisa com o Belchior Baixo, em Gaspar, a Silvano Cândido da Silva Sênior.
O médico Mirgon Arend está deixando a função de médico pediatra do CAR 10, o qual foi nomeado pela portaria nº 1.963/2009.
Os vereadores de Gaspar, por causa do parecer do hoje presidente Marcelo de Souza Brick, PSD, estão há 40 dias férias. Só voltam na próxima terça-feira. Então para disfarçar eles de vez em quando dizem que estão vivos e lançam algum press release para a imprensa. Olha só este: Hamilton Graf cobra ações contra alagamentos no bairro Sete. Espera ai, o vereador Mitinho, do PT, não sabe que o PT é governo há mais de cinco anos seguidos por aqui? Ele vai cobrar de quem mesmo? Só agora ele enxergou estes repetidos alagamentos? Acorda, Gaspar!
O que entrava a compra do prédio da Bunge pela prefeitura de Gaspar? É que a Bunge quer garantias reais (caução mesmo) de que a prefeitura cumpra o acordado, principalmente o prefeito que vier a substituir Pedro Celso Zuchi, PT, e seu sucessor. E ai a coisa pegou. Bastou para se sair da fantasia, do discurso...
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).