14/01/2014
MENOS DO MESMO I
A prefeitura de Gaspar voltou a trabalhar somente ontem depois das férias que se iniciaram bem antes do Natal. Até ai, nada de novo. Nem mesmo no que aconteceu no dia 20 de dezembro. Com um ano de atraso, o prefeito Pedro Celso Zuchi,PT, mandou publicar nas férias da imprensa: ?prefeitura remaneja secretariado a partir de 2014?. O ?press release?, sem repercussão na cidade, afirmou: ?o prefeito promove mudanças no secretariado municipal a partir do dia 13 de janeiro. As alterações foram discutidas numa reunião no gabinete?. Mudanças? Onde, se ele próprio admite ser um mero remanejamento? Discutidas no gabinete? Mas, qual gabinete? É tudo do mesmo. Pior: é menos do mesmo. São jogos para as eleições deste 2014 e 2016. Profissionalização, planejamento, gestão, perspectivas e resultados? Zero. Talvez por isso, esperou a imprensa entrar de férias.
MENOS DO MESMO II
?Dayro Bornhausen deixa a secretaria de Turismo, Indústria e Comércio. Ela será de Patrícia Scheidt?. O que fez Dayro, o ilustre desconhecido? Nada. Nos bastidores, Rodrigo Fontes Schramm deu as cartas; mais uma vez, erradas. O que fará Patrícia? Não sei. Mas o currículo dela diz que fará pouco. A melhor qualidade é dar a cara ao tapa e às cobranças da população para as bobagens, teimosias e erros da atual administração contra a cidade, cidadãos e cidadãs. Será o consolo do desembarque, como foi para o engenheiro, radialista e empresário Joel Reinert, quando foi retirado da secretaria de Transportes e Obras sob ataques e descrédito por parte do poder e PT locais. Patrícia, sem ambição política, sem grupo de interesse a protegê-la ganhou o conselho do esquema na fritura. No caso de Joel, ele recebeu de Zuchi a secretaria de Obras e depois a sempre esvaziada secretaria de Turismo como paga da ajuda que deu com a sua rádio, a 89 FM para a eleição de Pedro Celso Zuchi, em 2008.
MENOS DO MESMO III
O eterno Soly Waltrick Antunes Filho deixa a secretaria de Transportes e Obras. Ela será de responsabilidade de Lovídio Carlos Bertoldi. Soly assume a secretaria de Planejamento e Desenvolvimento. Qual a novidade? Soly é o engenheiro faz tudo nos bastidores de Obras (inclusive naquele toco que pôs no pilar da ponte Hercílio Deeke para segurá-la) e Planejamento, desde 2000. Lovídio sai da presidência do Samae para testar e expor o nome, e se submeter como alternativa do ?novo? do PT, candidato a prefeito de Gaspar em 2016. Esta invenção possui a assinatura de gente como os ex-vereadores Odilon Áscoli e Ivo Carlos Duarte. Eles manobram os bastidores e há muito, com outros, no esquema do poder em Gaspar. E vem desde Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, passou até por Adilson Luís Schmitt, PPS, que ao renegá-los, foi amaldiçoado para sempre no esquemão.
MENOS DO MESMO IV
A atual vice de Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa, PT, não está rifada. Ao contrário. Entretanto, terá as sombras testadas. Mais. Os dois grupos que manobram no PT gasparense fazem de tudo para desgastar e anular qualquer possibilidade do vereador José Amarildo Rampelotti, presidente do PT local. São resquícios da forma autoritária, autônoma de atuar e de como conquistou no grito ? a sua melhor marca ? o diretório. Agora perde tempo juntando os cacos do enfrentamento. O PT com disfarces torce pelo vexame dele em 2014. Quer ele fraco, definitivamente. O prefeito Zuchi, refém dos esquemas gasparenses e do casal Décio Neri e Ana Paula Lima, assiste a tudo se fazendo de bobo. Sabe que ainda não é hora para as fichas. A política é feita de reviravoltas. No fundo ele preferiria mesmo é a sua Liliane, que a tudo manobra e impõe, inclusive no gabinete. Coisa antiga. E nos planos familiares estava mesmo o genro de Zuchi, o médico ortopedista Fernando Buchen. O próprio Fernando tratou de dificultar a oportunidade de ouro naqueles casos que foram parar na polícia, no judiciário e na imprensa.
MENOS DO MESMO V
Voltamos às mudanças. Assume como diretor-presidente do Samae, Élcio Carlos de Oliveira. Esta sim poderia ser uma novidade. A nomeação do Élcio, ex-tucano, ex-presidente do PT é uma vitória pessoal do vereador Antônio Carlos Dalsóchio, PT, cunhado de Pedro Celso Zuchi. Élcio foi secretário de Agricultura numa passagem relâmpago ao acumular dois cargos públicos; perdeu o cartório, foi cabo eleitoral, assessor de Dalsóchio na Câmara, diretor na secretaria de Turismo, Indústria e Comércio. Fez pouco. Qual a experiência de Élcio para o cargo? Nenhuma. Mas isto é importante? E como depende do seu padrinho, será guiado pelo esquema. Não tem ambição política e de poder. Isto sim é o que vale. Pega uma autarquia com R$ 1 milhão em caixa, e várias caixas pretas, como a do lixo. Então... Já Dayro Bornhausen assume a função de assessor Administrativo no departamento de Cultura. Para quem era o secretário, uma baita promoção, tudo pela boquinha. Resumindo: um retrato lamentável do atraso, o menos do mesmo, entre eles próprios, sem renovação. Acorda, Gaspar!
A RAMPA
O acidente daqueles carros que matou três no Ribeirão Gaspar Grande era anunciado. Quem passa por ali, sabia que isto mais cedo ou mais tarde, aconteceria. Eu já escrevi aqui várias vezes e fui idiotizado por isto, até porque não sou um técnico, mas apenas um motorista. E demorou muito para acontecer. Aquele viaduto é um improviso só. É o retrato da administração, planejamento, engenharia da prefeitura e da equipe liderada pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. É uma rampa de lançamento ou afundamento de veículos. E foi isto que aconteceu. Dois carros em velocidades desiguais, mergulharam na descida brusca da ?rampa? (e bota brusca nisto) do tal viaduto ? sem altura para quem passa por baixo e que em dias de chuvas fortes vira um piscinão. O negócio é tão repentino que até dá um vácuo no estômago quando se passa por ali. Parece uma montanha-russa.
SOBRE O TRAPICHE
Depois de 60 meses o contrato do lixo de Gaspar, num serviço que se tornou um dos mais caros para a população, ganhou uma sobrevida de mais 12 meses. Dizem que há uma brecha na lei para se fazer isto. O Ministério Público já está acostumado com estas brechas. Não será surpresa se houver uma Ação Popular.
A não renovação do contrato de serviços pela prefeitura com o Hospital de Gaspar está claro para todos de que se trata de uma manobra política, vingativa e para melhorar o caixa do paço com o sofrimento e a doença de pobres, desinformados e desassistidos. O jogo da prefeitura já não cola mais nos veículos de comunicação. Bastou o Hospital explicar e tentar sobreviver com os seus meios, sem se ajoelhar como sempre fez, mesmo sob forte açoite. A prefeitura não está gostando do que a imprensa está relatando. A versão dela não cola mais.
Quem mais perdeu nas mudanças administrativas anunciadas pela prefeitura? O ex-presidente da Câmara José Hilário Melato, PP. Anunciava-se como certa a ocupação do seu grupo no Samae, a mina de ouro. O PT o conhece bem. Sabe o quanto custa tê-lo ao seu lado e o cheiro de voo próprio que o acompanha no mundo dos negócios políticos. Ele tem planos. Quer o poder, como ser candidato a prefeito. E com uma mina de dinheiro e ação política na mão... Então cortaram as asinhas do moço. Ainda mais na companhia de João Pizzollatti Júnior, outro sedento.
O exemplo. A prefeitura do PT em Brusque interveio no Hospital Azambuja no dia 4 de junho e o devolveu à administração dos padres ? que a administram por filantropia há 113 anos - no dia 27 de dezembro. O jeito de governar do PT aumentou a dívida para R$2,5 milhões do hospital no período. Mais. Os interventores ficaram sabendo que as despesas são muito maiores que os repasses municipais que diziam ser exagerados ou mal geridos. Brusque comprava R$ 305 mil em serviços e o hospital recebia do SUS R$ 438 mil, num total de R$ 743 mil. Agora a prefeitura do PT (Paulo Roberto Eccel) vai repassar R$ 1.371.776,97 mensais.
?No Brasil, muitos marginais estão se tratando de Excelência pra lá e Excelência pra cá ficando difícil para a população saber diferenciá-los dos homens de bem. Daí entenderem muitos, a obrigação de falar grosso, de falar duro, de maneira grosseira, desagradável até para quem assim se expressa, mas faz parte do processo político?. Do lagunense, o médico, o fundador do MDB, ex-senador, um dos senhores das Diretas Já, 80 anos, Jaison Tupy Barreto.
Edição 1553
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