20/12/2013
FELIZ NATAL. 2014 CHEGOU
Aos leitores e leitoras da edição impressa e aos quase 150 mil que acessaram a coluna no portal Cruzeiro do Vale, um feliz Natal, aquele com o senso religioso do Cristo que renasce no exemplo, na humildade, no diálogo, temperança, na palavra, a favor dos excluídos e do perdão; contra a mentira, a intolerância, a dissimulação, o roubo e a falta de diálogo. O ano de 2013 se foi. Bom ou ruim, ficaram as lições, o aprendizado. Nada foi em vão. Esta é a última coluna do ano. Sobrou assunto. E como! Gaspar é rica em assuntos. Antes que chegue o dia 10 de janeiro de 2014, quando oficialmente circulará o Cruzeiro, estarei de plantão (se vereador que ganha pode, por que eu que banco tudo não posso?). Neste intervalo, farei colunas extras para o portal Cruzeiro do Vale na internet. Os políticos gostam do silêncio e da preguiça da imprensa. E torcem o nariz à minha hora extra. Viva 2014. Será tempo para mudanças, se assim você quiser. Será o ano da Copa, do protesto nas ruas e do voto. Eu de qualquer forma estarei mais uma vez Olhando a Maré, com seus altos e baixos.
CAIXINHA I
O novo presidente da Câmara de Gaspar, o jovem, boa pinta, que se intitula a renovação na política, que não é de direita, de esquerda, de centro, de situação e de oposição, mas ?independente? (o que é isto mesmo?) Marcelo de Souza Brick, PSD, deu entrevista (está gravado), dizendo que vai criar uma caixinha. É isto mesmo, não escrevi errado, redação (a que providencialmente sempre me socorre quando insisto na mancada, traído pela mente): uma caixinha para construir um prédio próprio para a Câmara se instalar e até trabalhar. Caixinha? Como assim? Que contabilidade é esta?
CAIXINHA II
A Câmara tem duodécimo no Orçamento Municipal e um orçamento próprio. Ou seja, tudo está no PPA (Plano Plurianual) e na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual) que o vereador aprovou. Ali não tinha nada de caixinha e prédio para a Câmara. Ou ele não leu o que aprovou? Ou ele está falando outra coisa que é proibida? O vereador de cinco mandatos e pai de todas as jogadas, José Hilário Melato, PP, não foi tão longe quanto Marcelo. Ele que só tem um ano de presidência, está falando como fosse ficar lá eternamente. O máximo que conseguirá é terraplanar o terreno, que confessou não saber se existe e onde fica. E as sobras do que não aproveitar no Orçamento da Câmara, terá que devolver à prefeitura, que vai usá-las para tapar os buracos do paço. Nem para o Hospital vai mandar. Marcelo precisa de orientação. E urgente. A vitória mais uma vez o tirou da casinha.
FIO DO BIGODE
A eleição da mesa diretora da Câmara para o próximo ano se deu como o acordo comandado pelo PT no início do ano. Uma lição. Principalmente ao PMDB, que mais uma vez fez o seu show, sem maestro, numa banda desafinada. Mostrou-se desarticulada, dividida e ainda rifou Jaime Kirchner, que durante o primeiro ano esbanjou infidelidade ao seu partido. Valeu a máxima de José Hilário Melato, PP, que entre políticos, trato é trato, e é para ser honrado. Tanto que fez um novo trato, mas com Ciro André Quintino, PMDB. E mostrou força.
BRICK EXPOSTO
Marcelo de Souza Brick, PSD, é um jovem de sorte. Mas, o político Marcelo briga com a sorte a todo o momento e isto não vai dar certo. Rifou a sua candidata Tereza da Trindade, mas foi o vereador mais votado. Fez campanha contra o PT, mas fez acordo com ele. Quis negar o parceiro, o PT o engoliu nas manobras que fez para o teste contra o Marcelo. Relatou favorável ao servidor comissionado não bater ponto, foi contra as férias de 30 dias para os vereadores, foi contra a nominação de Rosa Muller Lanznaster para o Centro de Convivência dos Idosos, e armou a Audiência Pública do Sertão Verde ao gosto do novo patrão que o testou e ameaçou romper o acordo se não caminhasse junto. Pronto. É o presidente da Câmara. E parece que o teste não terminou. Brick, que já foi Souza no sobrenome, deverá ser chamado para o desempate (6 a 6) em quase todas as matérias polêmicas. São quatro votos do PT, um de José Hilário Melato, PP e outro de Giovano Borges, PSD, para o governo do petista de Pedro Celso Zuchi. Ganhou o cargo, mas levou uma grande encrenca. E será maior, devido a sua inexperiência e jogo duplo. Vai ter que sair do muro. Vai mostrar o tamanho da tal independência.
PRESENTE DE NATAL
Como a coluna adiantou, Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, ganharam um presente de Natal do Tribunal Regional Eleitoral na terça-feira. A imprensa fingiu que não houve o fato. O que aconteceu? O recurso apareceu na pauta justamente quando o relator titular, o experimentado juiz federal Ivorí Luis da Silva Scheffer, estava de licença. Foi substituído pelo também juiz Federal Marcelo Krás Borges. Demonstrou conhecer pouco do processo. Mas achou que não era tanto pela cassação. Pediu para transformar a cassação em multa: R$ 53 mil para cada um. Ou seja, como no outro caso (e que por aqui se inventou, inclusive na imprensa, de que houve absolvição), o crime existiu, mas não foi tão grave no olhar do relator substituto. O primeiro a votar foi o juiz de Direito Hélio do Vale Pereira. Pediu vistas. Um alívio. Até fevereiro de 2014. O PPS, o DEM e o advogado Aurélio Marcos de Souza, que ajuizaram e ganharam a causa por aqui numa decisão favorável da então juíza eleitoral da época, Ana Paulo Amaro da Silveira, nem foram a Florianópolis. O PMDB, interessado na causa, estava lá, mas sem qualquer entusiasmo. Luiz Magno foi quem fez a sustentação oral.
SOBRE O TRAPICHE
Registro para ser conferido. No Hospital de Gaspar surgiu esta semana a informação de que ele seria municipalizado. E de que o acerto e a documentação já estavam todas prontas para tal. O presidente do conselho, o ex-executivo, Sérgio Roberto Waldrich, afirmou: ?desconheço completamente este assunto?. Então Sérgio não sabe de nada, não está sendo traído, não está mentindo, não estão contra a transparência de algo sério e público, coisas próprias dos políticos.
O tapa do PT no PMDB. Desde o ano passado, o PMDB de Gaspar e o estadual, com o vice-governador e presidente estadual do partido, Eduardo Pinho Moreira, vêm prometendo a retificação, alargamento e asfaltamento da Leonardo Pedro Schmitt, do Poço Grande ao Bateias, passando pelo Macucos. Nada até agora. Só reuniões, fotos e propaganda. Esta semana, a prefeitura colocou 300 metros de asfalto da Ceramifix até a capela Santo Agostinho.
Conforme o Decreto Municipal nº 5699, de 5 de dezembro de 2013 e que até ontem não tinha sido publicado no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet ? para ter força de lei, a ponte Hercílio Deeke de Gaspar está liberada para passagem de caminhões até 25 toneladas de peso. Decreto? Como assim? A interdição não foi por força de uma Ação Civil Pública? Foi pedida antes do Decreto esta revisão ao Ministério Público, autor da ação ou ao Juiz da Primeira Vara da Comarca de Gaspar?
Como são as coisas entre os protegidos do PT. Mauro José Gubbert, o gerente do orçamento Participativo de Gaspar, propagou do seu computador na prefeitura pesquisa eleitoral falsa a favor de Ideli Salvatti. A Justiça, depois de três anos, ainda não se pronunciou. Na prefeitura, a sindicância foi prorrogada mais uma vez. Em Lages, em caso assemelhado, em seis meses, inquérito, instrução e julgamento se encerraram. Só que lá o réu não era do PT. O PT era o interessado indireto
Como funciona. Pobre sofre na mão de governos que se dizem populares. A prefeitura do PT de Gaspar orquestra a enrolação desde 2009. Este despacho do juiz da segunda Vara é de 4 de dezembro. ?Decorreu mais de um ano da intimação do perito nomeado, sem que tenha sequer feito sua proposta de honorários?. O perito é Celso Papp. Ele tinha que avaliar para a Justiça quanto vale o terreno onde estão as casinhas de plástico, na BR-470, no Belchior Baixo. Enquanto isto lá é tudo precário.
Ilhota em chamas. A Câmara ficou nas mãos da oposição, o Orçamento de 2014 até ontem, quando fechei a coluna, não havia sido aprovado, a prefeitura virou freguês das advertências do Tribunal de Contas e as empreiteiras reclamando da falta de pagamentos.
Edição 1551
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