10/12/2013
CALADOS E OPRIMIDOS I
Como o PT e a atual administração de Pedro Celso Zuchi fazem para calar, dominar, constranger, chantagear, desinformar, humilhar, comprar, arbitrar e emburricar Gaspar e os gasparenses? Aparelhando (colocando gente supostamente sua e na maioria das vezes sem capacidade alguma além da canina fidelidade). Vai desde clubes de amigos, até entidades civis, as quais prioritariamente deveriam lutar com isenção e independência pelos interesses de seus associados. Posso descrever aqui fatos reais com fartas e robustas provas. Elesencheriam páginas deste jornal. Entre eles, a do Hospital, que agoniza, por exatamente resistir ao aparelhamento, ao empreguismo de companheiros e familiares do poder pelo poder com a sua conhecida incompetência de gestão técnica e administrativa. Hoje, todavia, vou detalhar um só. Os demais se repetem.
CALADOS E OPRIMIDOS II
A Associação de Moradores do Sertão Verde, na Margem Esquerda, acaba de perder mais uma batalha comunitária. É grave. Uma pena. Não propriamente a reconstrução da escola na sua própria comunidade, mas a batalha na preservação da sua identidade da sua autonomia na busca de soluções para as suas 700 famílias, as quais sofrem há anos, com todo o tipo de precariedade e abandono dos setores públicos de todos os níveis. Pior, saem enfraquecidas as suas legítimas lideranças. O PT, o prefeito Pedro Celso Zuchi e seus assessores colocaram a Associação e aquela gente, mais uma vez de joelhos, mendigas e as desacreditaram. Mais do que isto. Humilharam-na e comemoraram. E tudo de caso pensado. Articulado há muito tempo.
CALADOS E OPRIMIDOS III
E quando isto começou? Quando Pedro Celso Zuchi chamou o companheiro petista Carlos Alberto Barbacovi, o Carlão, e disse que ele deveria tomar e ser o presidente da Associação. E assim foi. Foi bom enquanto Carlão foi manso, usado e manipulado durante anos para enrolar o seu próprio povo; fornecer ao poder de plantão e ao PT instalado no governo o que eles queriam: a reeleição e o domínio. Agora que Carlão se cansou das promessas, percebeu e cobrou um ato de cidadania mínimo para a sua gente que representa, tentando reverter a situação humilhante, mesmo sendo um fiel petista, foi frontalmente abatido, chamado de traidor, falso, encrenqueiro, mentiroso, vendido... Não só ele, mas outros líderes do Sertão Verde, como a própria petista Elza Gauer Garbin, moradora do Sertão Verde há 13 anos, quando lá só existiam em torno de 50 famílias (e a escola Angélica de Souza Costa funcionava e era necessária apesar da pouca população da época).
CALADOS E OPRIMIDOS IV
Fundada em 24 de julho de 1999, numa reunião na Igreja Assembleia de Deus, a Associação de Moradores do Sertão Verde, teve seus estatutos revistos e atualizados ao então novo Código Civil, em 27 de março de 2009. Quem fez este ?servicinho? assim como para outras associações de moradores dos bairros de Gaspar? O coordenador de campanha, o chefe de Gabinete, Doraci Vanz. Ele assinou toda a documentação como advogado responsável (OAB 14.511), apesar de totalmente impedido pelos estatutos da própria OAB. Como ele é PT, pode. A OAB de Gaspar fecha até hoje os olhos para esta infração gravíssima. Antes, no dia 7 de março de 2009, Doraci em outra irregularidade funcional grave, já tinha assinado a ata da Assembleia da Associação que elegeu os seus, Carlos Alberto Barbacovi e Antônio Carlos Pereira, como presidente e vice, respectivamente, sacramentando o aparelhamento por cabresto da Associação.
CALADOS E OPRIMIDOS V
O porquê disto tudo? É pensado. É ditadura. É a perpetuação do poder. É para o enfraquecimento não apenas da oposição, mas o surgimento de outras lideranças, mesmo que seja dentro do próprio PT. Tudo sob o rigoroso controle. Opressão. Enfraquecimento da autodeterminação da comunidade. Vamos aos fatos. Quando Pedro Celso Zuchi assumiu em 2009 pela segunda vez, escaldado pela derrota de 2004 por uma aliança da cobra e o sapo que elegeu Adilson Luiz Schmitt, no então PMDB, tratou de não dar sopa para o azar mais uma vez. Tratou de impedir a formação de uma possível organizada oposição nas bases. Por isso, aparelhou as Associações de bairros, entidades de classes, clubes sociais, clube de amigos, etc...
CALADOS E OPRIMIDOS VI
A conversa sobre este assunto com o Carlão, foi no próprio gabinete do prefeito Zuchi, onde ele foi chamado, orientado e concordou, pois fazia parte do ?time?, do ?jogo? e falava com o ?dono? da bola que lhe prometia campo, torcida, vitórias (mesmo que forjadas) e comemorações. Uma maravilha. Mas este mantra e esta causa lhe custaram caro agora. Ele foi enrolado e alijado por cinco anos na reconstrução da escola Angélica de Souza Costa dentro da comunidade, como todos lá quereme como ficou claro na audiência pública da Câmara de Vereadores, mas que a prefeitura, não quer, aliás, só ela com Neivaldo da Silva, Soly Waltrick Antunes Filho, Patrícia Scheit, todos os vereadores do PT e Doraci Vanz, o articulador. Tudo sob as mais variadas alegações, inclusive a de não discutir, esclarecer e convencer a comunidade.
CALADOS E OPRIMIDOS VII
E a prefeitura, o prefeito e o PT não medem consequências para desmoralizar e enfraquecer os moradores de lá aos seus interesses ? que estão atrasados em cinco anos, num despautério sem precedentes das nossas autoridades. Na audiência, o prefeito insinuou de que havia por detrás interesses imobiliários em jogo dentro da comunidade; insinuou e entendido como tom de ameaça. Sem piedade, Zuchi e os seus, ao levar a escola Angélica de Souza Costa para a favela das casinhas de plástico que ele criou há quatro anos, decretou o aumento dos problemas urbanos e a precariedade social do Sertão Verde. Não disse, mas com a atitude, é certo que o abandono que existe por lá é proposital. E só vai aumentar; agravar ainda mais tudo, inclusive a violência. E a Fundação Bunge, também ausente em todo o processo, agora faz pressão para validar todo este desastre. E Pedro Celso Zuchi ainda teve a coragem de achar que o povo do Sertão Verde é ingrato. Por que ele, a vice Mariluci Deschamps Rosa, o Doraci, o Neivaldo e outros não vão morar lá então? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Alma lavada? O governo de Pedro Celso Zuchi, PT, acaba de pedir a retirada do controverso projeto 39/2013. Ele simplesmente permitia irregularmente a doação de parte da Arena Multiuso, uma área pública, ainda não consolidada juridicamente, para uso gratuito do CTG Coração do Vale e Clube de Moto clube de Gaspar, este presidido por seu filho. Voltou atrás? Nem tanto. Recuou devido aos atos falhos que o expunham perante a Justiça. Virá algo mais ?robusto? e com pedido de urgência, outra vez. Tudo para impedir o esclarecimento.
Registro. Finalmente a prefeitura de Gaspar agiu firme contra um abuso fiscal, jurídico e comercial competitivo. Aquela chamada Feira do Brás, feita de camelôs itinerantes, que para surpreender e sufocar, ergue tendas improvisadas em finais de semana e para isso, possui a tiracolo um corpo de advogados, não conseguiu dar o golpe em Gaspar. Depois de perder quase todas para a inércia da prefeitura, a CDL finalmente foi ajudada. Ufa!
Enrolação 1. Já começou. O contrato com a Habitark Engenharia para o projeto do sistema de esgoto dos bairros Santa Terezinha, Sete e Centro, não vai mais ficar pronto este final de ano, como se contratou e se prometeu. A prefeitura já assinou o primeiro aditivo esticando o prazo para 1º de Maio do ano que vem. Enrolação é um adjetivo suave.
Enrolação 2. A reforma da ponte Hercílio Deeke não vai terminar antes de 15 de fevereiro do ano que vem. É o que prevê o quarto aditivo publicado sexta-feira no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet.
Enrolação 3. A Praça de Esporte e Cultura atrasada em 15 dias não ficará pronta mais este ano. A prefeitura já publicou o aditivo que prorroga até 31 de março a entrega da obra pela empreiteira preferida dos companheiros, a Soberana, de Blumenau.
Enrolação 4. A empreiteira Belga não vai mais entregar o Centro de Convivência da Terceira Idade este ano. Só no dia 12 de fevereiro. Até lá, o PT espera que o povo de Gaspar tenha esquecido o nome de Rosa Muller Lanznaster e assim emplacar um nome seu e do prefeito Pedro Celso Zuchi, o soberano, para a obra.
Edição 1548
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