06/12/2013
O APARELHO E A PATRULHA I
Fez-se a audiência pública, pedida por vereadores, para a compra pela prefeitura do prédio da Bunge. O PT não a queria. E só foi aprovada por um erro do próprio PT na votação. Aprovada, o PT tratou de realizá-la em tempo recorde. Um fiasco do ponto de vista técnico, do clareamento das fontes de recursos, dos impactos comerciais, sociais, mobilidade, ocupação urbana e da responsabilidade fiscal para os próximos governos. Os próprios vereadores já declararam que não são contra, mas queriam explicações. E elas não vieram. Mas se deram por satisfeitos. O PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi, armaram o palanque, afinaram o discurso com a pressão dos comissionados que lotaram o auditório e intimidaram, pela claque.
O APARELHO E A PATRULHA II
A CDL, timidamente, se posicionou pela imprensa, contra a compra. Acha que os comerciantes do Centro vão ser prejudicados. Pode estar certa. Pode estar errada. Depende como se age. Depende de como se olha o desafio. Depende como o governo de plantão fará ? se fizer - a compensação. Havia uma carta expressando este temor, alega a CDL. Entretanto, nada foi lido. Seus representantes, se lá estiveram na audiência, também nada falaram contra. E o cala-boca veio de Rodrigo Fontes Schramm, o petista que complica e constrange o que não conseguiu aparelhar a Acig enquanto tesoureiro na gestão de Samir Buhatem e por isto saiu dela para fortalecer a Ampe, que agora é dona, apequena e amordaça a Acig. ?A CDL não tem que dar opinião, se no Contur ? onde tem uma cadeira ? não aparece para ocupar o seu lugar?. É assim a erva daninha. Prolifera, sufoca e mata.
O APARELHO E A PATRULHA III
No fundo o Rodrigo tem razão. A CDL ? na representação patronal do comércio - foi a mais prejudicada por três anos com a tal reurbanização do Centro. Lembram-se ou a memória já se encurtou? E teve que se conformar. Foi a mais prejudicada com mais outros dois anos e três meses de reforma da ponte Hercílio Deeke, e teve que ficar quieta. Foi prejudicada por mais de cinco anos, com a enrolação para a implantação da Área Azul que democratizou o estacionamento no Centro para favorecer o comércio, e esperou. Tudo orquestrado pela prefeitura e pelo PT. Agora, teve que ouvir o pito do Rodrigo. E silenciou mais uma vez. Curvou-se. Perguntar não ofende: quando reagirão?Afinal é no mínimo uma falta de respeito a quem gera tantos impostos para estas obras, todas feitas com desdém. Acorda, Gaspar!
DANÇANDO MIUDINHO
O vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, está sendo obrigado a dar provas de lealdade ao PT e ao governo de Pedro Celso Zuchi, em troca do acordo que fez para obter a presidência da Câmara no ano que vem. Esta semana ele conduziu a audiência da reconstrução da escola Angélica de Souza Costa. Ela nada concluiu, entretanto a administração de Gaspar jura nas entrevistas que produziu, que ficou acertado que a escola será lá nas casinhas de plástico. Marcelo nada falou ao contrário, nem mesmo fechou formalmente a audiência com as conclusões. Na terça-feira rejeitou o nome de Rosa Muller Lanznaster ao Centro da Terceira Idade como queria o PT, juntando-se a Giovanio Borges, do seu partido, e José Hilário Melato, PP. O nome foi proposto por Ivete Mafra Hammes, PMDB.
O DRIBLE NA PROMOTORA I
A prefeitura ou a Bunge enganaram a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, da Moralidade Pública da Comarca de Gaspar. De fato, o projeto de Índio da Costa feito para a Fundação Bunge para reerguer casas dos desabrigados da catástrofe natural severa de novembro de 2008, é um primor e um exemplo de sustentabilidade. Sempre aplaudi. Mas, o primeiro a jogar no lixo o projeto foi a administração liderada por Pedro Celso Zuchi, PT. Preferiu uma favela, com casinhas de plástico doadas pela Arábia Saudita, numa área sem infraestrutura até hoje, passados quatro anos, sem saneamento, sem calçadas, sem calçamento, sem áreas de lazer, sem documentação... Há dois anos, como denunciei aqui, a própria Bunge divulgava em portal nacional como um grande feito este projeto, que nunca saiu do papel. Sem dar explicações, retirou a informação falsa do ar fruto de um press release não atualizado.
O DRIBLE NA PROMOTORA II
Então se o loteamento sustentável não existe como o projeto original previa, vai nele colocar uma escola sustentável? Pode ser apesar da incoerência e usada agora apenas como escape para um discurso que tenta esconder atos concretos da irresponsabilidade da administração petista com as crianças, a educação, os mais fracos, desassistidos e a comunidade do Sertão Verde. Estes sim, reais e que deveriam ser objeto de questionamentos. Cinco anos de ausência, enrolação, teimosia e manipulação. Por fim a pergunta que não quer calar. O que é mesmo escola sustentável? Sustentável não seria o sítio, o conjunto, onde ela seria inserida? Sustentável seria uma escola em tempo integral, numa área carente socialmente e sedenta de respeito dos políticos e gestores públicos. Sustentável seria também a reurbanização do Sertão Verde, mesmo que não receba a escola pretendida. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Será que a Arcos Engenharia ? que ?reformou? a ponte Hercílio Deeke, obra que está atrasada em mais de um ano e três meses, terá o mesmo tratamento ? e correto - da prefeitura de Gaspar que ela deu à Zavatraro Engenharia? Ela construiu o viaduto da Avenida das Comunidades, atrasou em seis meses e executou parte da obra aquém do previsto em contrato.
E qual foi a conclusão no dia 27 de novembro do processo administrativo 001/2013? ?Como ficou comprovado no processo que a empresa não executouou executou de forma inadequada a obra, considerando que o valor da última medição seria de R$ 411.990,32, será glosado o valor de R$ 160.309,35, pelo fato de os serviços não terem sido aceitos ou executados?.
O projeto de lei para os vereadores repassarem as suas sobras para o Hospital, não veio e não virá. Pedro Celso Zuchi, PT, não quer repassar nada ao Hospital. Alega que faltam as certidões de débitos do Hospital perante o fisco Federal. Até nisso ele se perde. Se for verdade, era de mandar o projeto, aprová-lo e mostrar para a cidade a sua boa intenção, mas que não se concretizou porque o próprio Hospital não se ajudou na hora de receber o que ganhou do município.
Enquete. Quem é mais teimoso? O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, ou Pedro Celso Zuchi?
A escola Angélica de Souza Costa não tem prédio, mas tem diretora. Até agora o diretor da Norma Mônica Sabel, Juliano Edney Gehrke, respondia pela Angélica. Para 2014, Nilsa Gertrudes Sabelj á foi escolhida.
Qual é mesmo o nome que o PT quer colocar no Centro de Convivência da Terceira Idade?
O PT de Gaspar está preocupado. Está exposto. ?Dominou? a audiência da compra do prédio da Bunge. Fugiu da segunda audiência para as alças de acesso do povo da Margem Esquerda à ponte do Vale. Enfrentou a comunidade do Sertão Verde, negando-se à reconstrução da escola por cinco anos e agora, fora do Sertão Verde. É cada vez maior a frustação e logo nos redutos e eleitores do próprio PT de Gaspar.
Mais dinheiro no bolso. Está na Câmara o projeto de lei 70/2013. Ele vai dar a 12 servidores efetivos e comissionados do Legislativo, R$ 5.963,97 de Vale-Alimentação não pagos a servidores quando em afastamentos considerados de efetivo exercício. O entendimento é do Tribunal de Contas de Santa Catarina.A dívida é dos exercícios anteriores e entre 1º/5/2008 a 1º/5/2012.
De Rodrigo Fontes Schramm, PT, no Facebook para o Maicon Oneda, ex-PT. ?Acho bom você se informar melhor. Quem começou a Expogaspar fui eu e também fui eu quem começou a viabilizar o parque de eventos, porque hoje, a Expo não tem espaço: só se em cima da ponte em construção. Mas como diz meu amigo Renato Zimmermann, como não dou Ibobe pro Herculano também não vou ficar dando pra você, até porque você tem muito mais a explicar?. Rodrigo só não explica para os gasparenses porque acabou com a Expogaspar há quatro anos quando intimida Maicon insinuando que há muita roupa suja entre eles. Acorda, Gaspar!
Edição 1547
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