15/11/2013
NÃO, NÃO E NÃO. NÃO INSISTAM I
O que estava na pauta da sessão de terça-feira passada da Câmara de vereadores de Gaspar? Um golpe. Coisa de tiranos, de quem rejeita a lei comum, de quem se acha o imperador. O retrato acabado da ditadura praticada pelo PT de Gaspar e especialmente pelo líder do governo de Pedro Celso Zuchi, a serviço dele, José Amarildo Rampelotti, agora presidente do PT. A vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB ? e de origem petista histórica -, ex-secretária de Saúde e ex-candidata a prefeito, apresentou o projeto 44/2013. Ele dá o nome de Rosa Maria Lanznaster ao Centro de Convivência da Terceira Idade. O PT não quer este nome. O prefeito não quer este e outros se ele pessoalmente não nominá-los. O vereador Antônio Carlos Dalsóchio não quer. Amarildo não quer. Todos acham que isto é prerrogativa única do prefeito, o senhor das decisões e do partido, o dono da cidade e que a quer de joelhos.
NÃO, NÃO E NÃO. NÃO INSISTAM II
O prefeito, Amarildo e o PT já deram uma lição à cidade e aos vereadores. Comandaram a rejeição do nome do industrial Leopoldo Schmalz (Linhas Círculo) para a ponte do Vale. Deram o recado para Ivete (autora) e também para Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, que assinou a proposição. Como elas levaram a ideia adiante, toma rasteiras. Como relator geral (Jaime Kirchner, PMDB, Marcelo de Souza Brick, PSD; e Hamilton Graf, PT, os membros da comissão) Amarildo mandou arquivar a proposta, por inadissibilidade total, sem dar os 15 dias de manifestação à autora. Outra pegadinha para liquidar o assunto no tapetão: invocou o artigo 57 do Regimento Interno que concede cinco dias úteis para a autora reapresentar a matéria em plenário se assim um terço quiser (cinco vereadores). Se não fosse o feriado de sexta-feira, dia 15, tudo teria ido para o saco como Amarildo queria. Deu-se mal. Na terça-feira o assunto, aparentemente sem importância, volta. E quente. E para se enrolar como quer o prefeito e o Amarildo e não aprová-lo este ano. Acorda, Gaspar!
A FAVOR DO HOSPITAL I
A ideia não é nova. Nem aqui. Nem em outros municípios. Aqui ela não vai adiante. Teimosia. Ditadura. Em Blumenau a mesma ideia prosperou e ajudou a comunidade. E por quê? O prefeito da época ? João Paulo Kleinubing, PSD -, e as lideranças de lá, incluindo os vereadores e Acib, quiseram. Como prometeu, não sabendo da história bem como da aversão do PT a este assunto, a vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, protocolou uma indicação, a 587/2013 para que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, envie à Câmara um projeto de lei autorizando o repasse da sobra financeira (aquilo que não vai ser usado totalmente) referente ao duodécimo (verba oficial da Câmara) do exercício de 2013, para o Hospital de Gaspar.
A FAVOR DO HOSPITAL II
Quem concorda de que esta sobra seja repassada ao Hospital de Gaspar? Ciro André Quintino, Ivete Mafra Hammes, Jaime Kirchner e Marli Iracema Sontag, todos do PMDB, bem como Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e Marcelo de Souza Brick, PSD. Todos assinaram a indicação.
CONTRA O HOSPITAL
E quem é contra? O prefeito Pedro Celso Zuchi. Quando Andréia disse em público naquela reunião de empresários no Hotel Fazzenda o que faria em favor do Hospital como vereadora, em particular, Zuchi tentou desistimulá-la. Disse que isto é contra a lei (só se for a dele e a do PT). Em anos anteriores, quando vereadores tentaram este tipo de repasse, Zuchi vetou; ficou com o dinheiro. Então vai acontecer a mesma coisa desta vez. Tudo armado. O Hospital vai chupar no dedo, pois da prefeitura, o Hospital só recebe o que a Justiça determinar, como diz Zuchi. E quem é contra e não assinou a indicação coletiva? O presidente e que se diz amigo do Hospital, José Hilário Melato, PP. Ele inclusive, dias atrás, fez coro com o prefeito e ?recomendou? aos vereadores não irem adiante com esta ideia de repassar as sobras do orçamento da Câmara. E quem mais? Toda a bancada do PT (José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsóchio, Daniel Fernandes dos Reis, Hamilton Graff), além de Giovano Borges, PSD.
SOBRE O TRAPICHE
Resultado das eleições impositivas do poder de plantão para o diretório do PT de Gaspar: sobraram cacos para todos os lados. O trabalho agora será juntá-los. Ainda mais para um elefante numa cristaleira. Este é o que dá trocar a democracia por ditadura, o diálogo por ordem unida.
Duas sobre o Hospital. O pedágio do sábado passado arrecadou R$ 13.379,70 e na transparência teve a sua prestação de contas publicadas no mesmo dia; o resultado se assemelha aos da Apae e Rede Feminina. O novo site do Hospital já está no ar. Se for elogiável à iniciativa, falta o essencial: apontar quem são os médicos do corpo clínico.
Papagaiada. Discursos. Entrevistas. Imprensa embriagada a serviço dos políticos malandros. Afinal, quando vai começar mesmo a duplicação da BR 470? Quem mesmo ganhou a licitação? Foi a Sulcatarinense? Onde está o canteiro de obras? E a imprensa calada. Nenbuma contagem progressiva do palanque de Gaspar.
Orquestrado. O casal Paulo Morangoni e Ofélia Maria Campigoto tem sido o melhor e mais insistente crítico do vereador Luiz Carlos Spengler Filho, o Lú, PP. Culpam-no pelo fechamento da Feira Livre que estava irregular perante a lei. Detalhe. Ambos já foram presidentes da Aquipar; são filiados ao PRB, o mesmo partido do secretário da Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert e que insistiu na Feira fora da lei.
Aos que ainda insistem em discursos enganosos aos ignorantes, desinformados ou fanáticos dando conta que o uso da Feira Livre de Gaspar era regular, que foi apenas uma ação política que a fez fechá-la. Se não era afronta à lei, qual a razão do Tribunal de Contas e o Ministério Público pedirem a regularização? Segundo: por que a prefeitura para ceder seu espaço para a Blucredi usar no paço municipal fez a concorrência 19/2009, de 31 de março daquele ano? Ela venceu ao dar o lance de R$200.100,00. Qual a diferença entre o caso da feira e da agência bancária? Acorda, Gaspar!
Mais uma desapropriação na Justiça. É daquele terreno da Furb que fica no trevo do Ginásio João dos Santos com a Rua Itajaí, e que já foi uma estação experimental da Souza Cruz e local de estudos geoespaciais da Furb. O processo é o 0005110-08.2013.8.24.0025
Mais uma. A prefeitura estima gastar R$ 3.094.253,60 em de serviços de escavação, assentamento de tubos, recobrimento das tubulações, confecção de caixas coletoras pluviais, com fornecimento de mão de obra, máquinas, caminhões e ferramentas. A licitação 216/2013 acontece na terça-feira, dia 19.
O vereador Hamilton Graff, Mitinho do PT, confessou na sessão de terça-feira que não conhecia o que faz há mais de 30 anos a Conferência Vicentina e ficou surpreso. Pois é. E ele é vereador de Gaspar.
Fogo amigo e cara de pau. José Hilário Melato e André Waldrick foram aos feirantes e agricultores na segunda-feira no Sindicato Rural afirmar que o vereador Luiz Carlos Spengler Filho é o únco culpado pelo fechamento da feira livre. Todos são do PP.
Onde mesmo a prefeitura de Gaspar compra legumes, verduras, frutas e produtos orgânicos para a merenda da Gaspar? Na Cooperativa de produtores familiares de Jaraguá do Sul. E por quê? Porque não gosta dos produtores rurais de Gaspar? Talvez. Ou porque eles não produzem frutas, legumes e verduras? Acorda, Gaspar!
Para encerrar. O teimoso (e está ganhando de goleada de Adilson Luiz Schmitt, PPS) prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, disse que a escola não sai no Sertão Verde. Caso encerrado para ele. Pior. Vai se enrolar e não vai sair em lugar nenhum. Por quê? A prefeitura e a Fundação Bunge estão se esquecendo de assinarem um termo de cooperação e convênio, para um Projeto de Lei a ser aprovado na Câmara. Pois como pode uma empresa do setor privado investir em um espaço público sem autorização dele para construir e depois incorporar a construção ao patrimônio do Município? Acorda, Gaspar!
Esta manchete foi da quinta-feira, dia sete de novembro. ?Governador Raimundo Colombo, PSD, sanciona lei que concede poder de polícia aos bombeiros. Para o comando, esse é um grande avanço na história da corporação?. Eles lutaram por tanto tempo e agora não há mais desculpas para o descumprimento da legislação de prevenção em Gaspar, principalmente nos prédios públios como escolas, creches e CDI. Ou existe? Uma tragédia, por exemplo?Acorda, Gaspar!
Edição 1541
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).