05/11/2013
A CÂMARA E O HOSPITAL
O hospital de Gaspar não deve ser um assunto importante para a Câmara, a não ser para retirar o pagamento da prefeitura pelo serviço que ele faz no lugar dela. No debate que houve na quarta-feira no Fazzenda Park Hotel, só dois vereadores se interessaram pelo assunto: Jaime Kirchner, PMDB, e Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM. E lá pelas tantas, ela resolveu dar uma sugestão na tentativa de colaborar com o hospital: destinar a sobra (dinheiro que volta para a prefeitura) do orçamento (duodécimo) da Câmara. Antes tivesse ficado quieta. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, virou um bicho. Ele não concorda. Ele diz que fere a lei. Aliás, outros ex-presidentes da Câmara, Claudionor da Cruz Souza, PSDB e o próprio José Hilário Melato já tiveram ideia igual. Ambos podem contar à Andréia a angústia. A prefeitura quer a sobra dos vereadores para fechar as suas próprias contas.
O HOSPITAL, ALGOZES E ANJOS
No encontro no Fazzenda, liderado por seu proprietário Francisco Graciola (gasparense de sucesso), feito em favor do Hospital de Gaspar e secundado por Sérgio Roberto Waldrich (filho de gasparense), ficou claro que o Hospital possui, tecnicamente, solução. O caminho é a profissionalização e a eliminação dos curiosos, favores e principalmente da maldosa infestação da política partidária. A superintendente administrativa do hospital,Dilene Jahn Mello Santos, mostrou os caminhos para os anjos que acreditam nesta solução e assustou alguns algozes que o quer inviabilizado. Dilene precisa entender desde já, quando sonha e compara com o sucesso que teve em mesmo desafio no Hospital Santo Antônio: lá ela tinha ajudando-na um conselho do Hospital forte, uma Acib infuente e desaparelhada, um Conselho Municipal de Saúde construindo soluções, bem como um prefeito e uma secretária de Saúde que queriam mudanças e resultados para a comunidade. Já aqui...
LIMPEZA
O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, quer ?limpar a pauta?, antes de terminar a legislatura. Segundo ele, há 18 projetos de leis para serem votados e que estão ?parados? nas comissões. Todo final de ano é a mesma coisa. Espertamente, o PT deixa os polêmicos para os últimos dias da legislatura. Com a teoria de limpar a pauta, e dando importância onde não se possui, quer aprová-los de afogadilho, com a manjada desculpa de que se não aprovados, por culpa dos vereadores da ?oposição?, quem perderá serão os gasparenses. A comissão que mais investiga o jogo da prefeitura, a de Gestão Pública, já avisou ao Melato: ?aqui não há projeto de lei parado, vá procurar em outro lugar?, assegurou o presidente da comissão, Luis Carlos Spengler Filho, PP. Os projetos estão parados em outras comissões e na presidência, mas serão remetidos no último minuto para a Comissão de Gestão Pública, para deixá-la exposta. Esta é a jogada.
ROTATÓRIA DA MORTE I
Depois de insistir por meses e ignorar as reivindicações dos moradores da Margem Esquerda, Lagoa e Arraial pelas alças do acesso à Ponte do Vale; diante da realidade e das criticas comunitárias, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, finalmente deu sinais de que poderá, sensatamente, recuar.E faz muito bem. Aplausos.Ao ser questionado sobre o assunto, o qual ganhava repercussão negativa perante a população, a prefeitura anunciou que irá esta quarta-feira ao Dnit. Discutirá a ?rotatória? ou o acesso para livrar o povo da Margem Esquerda daquela armadilha da morte na BR 470. Espera-se que não seja uma esperta e providencial ação para esvaziar mais uma audiência pública da Câmara de Vereadores ? a segunda - sobre o assunto. Ela está marcada para o dia 18 de novembro.
ROTATÓRIA DA MORTE II
Desculpas contra a realidade. A prefeitura só faz este gesto da busca de uma solução, porque ela própria admite que a duplicação da BR 470 (que nem foi licitada naquele trecho onde está a rotatória da morte) vai demorar; e como. Bingo.Independentemente disto, todos os técnicos sabem que uma coisa é o tráfego de longo curso ou regional (para os passantes por aqui) e outra, é a mobilidade dos gasparenses dentro da sua própria cidade e que as comunidades querem ver resolvido.
ROTATÓRIA DA MORTE III
E é com esta necessidade que o prefeito Zuchi e sua turma deveriam se preocupar, prioritariamente. Entretanto,para fugir da responsabilidade, querem criar um falso embate político partidário a algo que coloca as pessoas expostas diariamente ao perigo. A vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, não é a dona da ideia. Na comissão que se reuniu ontem à noite, estão a vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB, e os líderes da comunidade, Luciano Coradini, Valéria Rohr, Amarildo de Andrade e Aurélio Gamborgi. Como moradora da Lagoa, Andreia é apenas a porta-voz do óbvio que a prefeitura rejeita contra Gaspar, sua gente efuturo. Por pura teimosia luta-se contra uma realidade. O PT, o prefeito e seus assessores deixaram o problema se agigantar.Se não houver solução lógica, satisfatória e compartilhada, os que moram na Margem Esquerda vão melar a festa de inauguração da ponte do Vale. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O PT aparelhou de vez a Acig. Ela já era um arremedo de Associação. Agora o vice-presidente José Eduardo de Souza assumiu a entidade no lugar de Rogério Alves de Andrade. Não é piada. A Ampe virou grande. A Acig, pequena. Representatividade, zero. Assim é Gaspar.
Por que Gaspar está ?perdendo? a corrida para ter a penitenciária do Vale, quando já foi a ?favorita?, pois terrenos adequados existem? Primeiro pelo que já foi amplamente noticiado aqui: é preciso criar uma pesada estrutura para uma Vara de Execuções; não temos e o Tribunal não quer. Segundo por que o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, PSDB, criou o próprio entrave do qual queria se livrar. Ele quer no complexo da penitenciária, o novo presídio da cidade. E não fica bem o presídio de Blumenau ser em outro município.
Dois pesos. Duas medidas. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, diz que para o Hospital de Gaspar ele só repassa recursos quando obrigado pela Justiça. Justifica que é uma proteção contra qualquer questionamento futuro. Pode-se entender sob certa circunstância e se esta fosse uma prática rotineira da municipalidade. Há muitos exemplos bem diferentes do cuidado que toma com o hospital. Os mais recentes: o da feira livre onde preferiu afrontar a lei, a Arena Multiuso...
Vai demorar. Vai se enrolar. O que estava na edição de ontem do Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet? O extrato do quinto aditivo do contrato SAF 89/2011 com a Iguatemi Engenharia. É a prorrogação, mais uma vez, da revisão do Plano Diretor de Gaspar. Esticaram até 28 de fevereiro do ano que vem. Como dezembro e janeiro são mortos...
O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, estava sem fazer intervenções em eventos públicos. Apareceu no do Hospital lá no Fazzenda. E fez perguntas. Da resposta de Francisco Graciola soube que ele vai aumentar o empreendimento para mil leitos para viabilizar feiras e convenções. Do executivo Sérgio Roberto Waldrich ficaram sabendo que o empreendimento que ele tenta estruturar aqui há anos poderia atrair 40 empresas, centenas de empregos e milhares de Reais em impostos para a cidade.
E para completar a participação Adilson foi direto ao ponto do seu jeito para desnudar a farsa da saúde pública comandada pelo PT: quis saber da superintendente do Hospital como ela via a prefeitura ter um orçamento de R$23 milhões para 11 postos, que não faziam o serviço deles para a população, repassando isto ao Hospital e que recebe, quando recebe, apenas 10% desta dinheirama. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, sentado na primeira fila do evento, não se conteve e virou o pescoço para achar Adilson, como a dizer: ?até aqui??.
Irregularidades. O PMDB de Ilhota terá que devolver ao Fundo Partidário, R$10.572,97, por receber doações de fonte considerada vedada pela legislação eleitoral. Por isto, o partido que também não pode por um ano receber recursos do Fundo. O PMDB se fez de desentendido. O juiz Clayton César Wandscheer lembrou e intimou.
Um hospital sem médico não é hospital. No encontro de quarta-feira algo sintomático se perpetua. O único médico do Hospital que estava lá era o decano João Leopoldino Spengler para testemunhar a busca comunitária de soluções para o Hospital de Gaspar. E ele quer se aposentar, mas...
Mais impostos. A prefeitura de Gaspar acaba de contratar SC Engenharia E Geotecnologia Ltda. (05.039.594/0001-68) por R$ 72.041,63. É para elaboração e atualização do Código Tributário Municipal.
Edição 1538
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