25/10/2013
SERTÃO VERDE I
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e sua equipe tiveram mais de quatro anos para escolher o terreno para construção do prédio da escola Angélica de Souza Costa. Ela foi tragada pela lama da catástrofe ambiental severa de 2008. Desde lá, o povo do Sertão Verde, na Margem Esquerda, está esquecido e enrolado por insensíveis. Os filhos daquela comunidade sofrida e pobre se improvisam na Mônica Sabel e no salão da comunidade São Sebastião. Uma vergonha. A Bunge prometeu reconstruir o prédio, mas espera pelo terreno da prefeitura este tempo todo. Agora, sem ouvir a comunidade, a prefeitura decidiu que ele ficará junto às casinhas de plástico, na BR 470, perigosamente distante do Sertão Verde.
SERTÃO VERDE II
Uma reunião de clima quente há um mês já tinha revelado a insatisfação da comunidade com a escolha. Como sempre, a prefeitura preferiu enfrentá-la. Alegou que faltam terrenos seguros e grandes no Sertão Verde. É uma área de risco. As lideranças rebatem. Se a área é de risco como é que foi aprovado um loteamento e se permitiu a construção de uma igreja? A prefeitura pula que nem pipoca. Faltou a uma reunião para se livrar das cobranças. Na terça-feira não conseguiu escapar. Foi lá com a secretária Patrícia Scheitt, do Planejamento; Nivaldo da Silva, da Educação;e Mauro José Gubbert, do Orçamento Participativo. Prometido e esperado, o prefeito e sua vice, respectivamente Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, não apareceram. Uma decepção para Elza Gerbin, liderança e candidata a vereadora pelo PT; Carlos Barbacovi, o Calão, petista, e presidente da Associação de Moradores; Antônio Zonta, PPS, ex-vereador entre outros que clamam ao diálogo e à transparência.
SERTÃO VERDE III
O prolongamento desta discussão não interessa à educação, à comunidade, às crianças, aos pais e à Bunge, a qual quer construir o prédio o mais rápido possível. Mas, os políticos no poder insistem no debate do nada e que leva a lugar nenhum. Já enrolaram quase cinco anos. Vão enrolar ainda mais os fracos, pobres, desinformados, manipulados e desassistidos. Virão mais palanques e campanhas políticas. Soluções? Improváveis. Patrícia alega que estudos geológicos impedem a construção no bairro. Zonta contesta e diz ter um laudo de geólogo atestando fato diferente. Mas, nenhum dos protagonistas os apresenta. Uma área de cinco mil metros quadrados foi adquirida de Benvindo Miglioli pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS. A prefeitura escriturou para ser uma creche. Nada até hoje. A creche de lá veio parar no Bairro Sete, numa construção milionária e que ainda não se inaugurou.
SERTÃO VERDE IV
A quem interessam estes desentendimentos, esta enrolação? Por que a prefeitura não esclarece e harmoniza uma solução com a comunidade? Por que a enfrenta? Só por que é da Margem Esquerda? Por que não faz imediatamente uma creche lá? Por que não garante o acesso por túnel para se evitar a perigosa duplicada BR 470 e por acesso marginal à nova escola lá nas casinhas de plástico, se realmente provar de que a área do Sertão Verde é de risco e que não há terrenos seguros disponíveis para desapropriá-los e reconstruir, em curto prazo, uma nova escola para a comunidade? Não tem dinheiro? Como assim? Para a compra do prédio da Bunge possui? Chega de enrolação. É preciso respeitar o povo e as lideranças do Sertão Verde. É preciso dialogar de frente e não por intermediários,sem poder de decisão que vão propositalmente às reuniões com a comunidade. Apareçam lá no Sertão Verde,Zuchi e Mariluci. Tomem decisões em favor do povo de lá.Acorda, Gaspar!
SEM ALÇAS DE ACESSO I
Um assunto importante para os moradores da Margem Esquerda, Arraial e Lagoa passou despercebido durante o ato de assinatura do convênio com o Ministério das Cidades e que disponibilizou R$17,7 milhões para a conclusão da Ponte do Vale. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi claro: não fará as alças de acesso aos bairros (em vermelho na foto). Não tem dinheiro e entende ele, como ?engenheiro? certamente, as alças são inapropriadas e perigosas. ?Não sei como algumas pessoas insistem neste assunto?, respondeu quando ouviu a pergunta naquele dia. A questão parece fechada no comando petista e na prefeitura. A ponte será para os passantes por Gaspar (Blumenau, Brusque, Indaial, Timbó, Rio do Sul). Os que moram na outra margem do rio e querem vir para Gaspar ou daqui do Centro para o outro lado do rio, terão que pegar a rotatória que será feita na BR-470 (que nem projetada está como mostra a foto). Ou seja, mais longe e mais perigosa. Outra: a área da rotatória também não foi desapropriada. Então...
SEM ALÇAS DE ACESSO II
Este assunto já foi até tema de audiência pública na comunidade. Deu o que falar. Já tinha causado desconforto ao prefeito e sua equipe na época. Para não se complicar naquela noite, até deram esperanças. Mas, pelo jeito pouco adiantou. Zuchi e seus técnicos ainda não se convenceram. Agora decidiram peitar as lideranças ? de todos os partidos - da Margem Esquerda. Na reunião que a vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, moradora da Lagoa, teve com os técnicos do DNIT, em Florianópolis, ficou claro que em nenhum momento a prefeitura de Gaspar pediu estas alças e por isto, o projeto não as contemplou. Elas, segundo estes mesmos técnicos, são possíveis e necessárias. Mais. Este é o último momento para se pensar, projetar e realizá-las. Caso contrário, corre-se um grande risco de protesto na inauguração. Uma nova audiência pública da Câmara vai acontecer no dia 18 de novembro.Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Beira o crime. Tudo o que os vereadores de Gaspar da dita ?oposição? se posicionam para esclarecer, modificar ou legítima e democraticamente contrariar, o governo de Pedro Celso Zuchi, PT, avisa nas entrevistas e contatos, que a população está sendo prejudicada pelos vereadores. Constrangimento. Foi assim no caso das mudanças do Orçamento. Espalhou-se ao povo da Margem Esquerda que a drenagem daquele bairro não saía porque os vereadores não aprovavam o ?novo? Orçamento. Os vereadores da Comissão de Gestão Pública simplesmente queriam detalhes e explicações, para entender e votar conscientes. Não tiveram. E votaram a favor. O governo Zuchi comemorou. Mesmo assim, um mês depois da votação, nada da drenagem na Margem Esquerda.
O PMDB de Gaspar perdeu o controle de Jaime Kirchner, do Belchior. Ao chororô de Ciro André Quintino, PMDB, José Hilário Melato, PP, vaticinou: ?acordo é acordo. E político não quebra?. Jaime quebrou. E vai quebrar sempre em que lado estiver. Então...
Foi rejeitado o nome do industrial e fundador das Linhas Circulo, Leopoldo Jorge Theodoro Schmalz, para a ponte do Vale. O projeto de lei era de autoria do vereador Ciro André Quintino, PMDB. O PT comandou a rejeição. O prefeito Pedro Celso Zuchi quer o monopólio da indicação de nomes de logradouros públicos em Gaspar. Isto já foi até motivo de uma reunião especial na Câmara. Pelo jeito, a maioria dos vereadores concorda com esta vergonhosa submissão.
Estou mais uma vez de alma lavada. O PT sempre espalhou que eu não produzia nada em Gaspar. Esta semana para me intimidar e desqualificar, propagou o que sabia há anos. Espalhou que sou proprietário de imóveis e pagador pontual de impostos. Ou seja, tenho legitimidade naquilo que falo a sobre a cidade.
O PT quer jogar o Ministério Público contra os feirantes como um ato de vingança pela vigília cerrada que faz a profusão de atos ilegais. A prefeitura e a Câmara juntas fizeram lambança naquilo que se sabia irregular desde o início: a concessão da Feira Livre a Cooper Gaspar. O Ministério Público aguçou o olho na manobra na prefeitura.
Dois pesos e duas medidas diferentes para o mesmo assunto. A assessoria jurídica da Câmara de Gaspar deu como inconstitucional o convênio para o estado asfaltar a estrada do Morro do Serafim (PL 43/2013). A mesma assessoria em 2007, deu parecer pela constitucionalidade de igual convênio para o asfaltamento da Vidal Flávio Dias. E assim foi feito (Lei 2959/2007). Durma com estas contradições.
Edição 1535
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