15/10/2013
MARCELO BRICK I
Volto ao tema ao qual pretendia esquecê-lo. Há outros (e muitos) importantes na fila. Marcelo de Souza Brick, PSD, está mais uma vez, indignado com o que escrevi. Problema dele. Queixou-se inclusive formalmente ao proprietário e editor do jornal, Gilberto Schmitt. Pior. Brick está indignado com a opinião e a incompreensão da maioria dos seus eleitores e eleitoras na internet. Então, eu não estou sozinho. Uma pena. Perigosamente, ele tem tudo para se tornar uma unanimidade. Resumindo: entre outras incoerências praticadas, Brick como relator da matéria na Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação foi contra as férias de 30 dias para os vereadores numa proposta, olhe bem o detalhe, dos próprios colegas seus de Câmara, e que muitos cidadãos e cidadãs gasparenses assim também querem. Ponto final.
MARCELO BRICK II
Brick diz que também é a favor das férias de 30 dias para os vereadores. Entretanto, quando teve esta oportunidade de assim concretizar este fato, fez exatamente o contrário. Enrolou. Votou contra. Agora, vive contando histórias contraditórias. E quanto mais fantasia, mais afunda e fica exposto. Nem todos são tolos como ele quer que sejam. E num ato de desespero pela bobagem juvenil que fez, orientado por espertos, Brick protocolou às 14h37min, de quinta-feira, um ofício 58/2013 (está na pauta de hoje) ao presidente José Hilário Melato, PP, pedindo um ?projeto/estudo? para que se possam ter os vereadores férias de 30 dias. Parolagem. Um remendo. Uma ofensa a quem pensa e a quem protocolou o projeto na Câmara que o próprio Brick detonou.
MARCELO BRICK III
Brick se era a favor dos apenas e justos 30 dias de férias (ou recesso, como queiram) para os vereadores e isto não podia ser feito na proposta que analisou como tenta explicar, mas não convence, deveria ter tomado um destes passos: a) não aceitar à relatoria de tal projeto; b) aceito, ter desistido e perante a comunidade ter dito a razão pela qualrenunciava; c) poderia muito bem ter deixado a relatoria para o presidente da Comissão, José Amarildo Rampelotti, PT, que claramente, diz que as férias de 30 dias para vereador é demagogia e incólume com o serviço feito por Brick, passa-se por bonzinho; d) construir na relatoria uma solução de verdade, como quer fazer agora, depois do pau que levou de quase toda a cidade.
MARCELO BRICK IV
Quem disse ao Brick que ele tinha um prazo tão exíguo para produzir o seu relatório sem as condições que julgasse necessário para concluir pelas férias de 30 dias? Foi afoito. Faltou-se assessoria, ou ela foi inadequada, ou ele, como senhor da razão, tomou a decisão precipitada e imprópria. Agora paga.Resumindo, mais uma vez: Brick fez o serviço para os outros, achando que ia se sair bem. Deu-se mal: ou porque não foi capaz de impor o que diz pensar e defender, ou porque foi, no mínimo, mula para os experientes em política. Eles estão testando-o e batizando-o no vício. Pior, estes mesmos ainda vão deixá-lo no meio do caminho depois de desacreditá-lo. Por fim. Pedi a uma empresa de fora e especializada em clipping e análise de conteúdo, para resgatar nas mídias sociais as trocas de mensagens do candidato Marcelo Brick de Souza e compará-las com as atitudes do vereador eleito. Sem comentários.
MOTOCROSS I
Aos que não sabiam a razão do regime de urgência do projeto que cedia por dez anos parte da Arena Multiuso ao GTG Coração do Vale e ao Motoclube, nesta notícia está parte da resposta: ?a etapa do Estadual do Motocross em Gaspar é mais uma vez adiada?. A primeira foi nos dias 20 e 21 de julho. Alegou-se na época que as chuvas atrapalharam a ?confecção? da pista. Uma nova data para este 12 e 13 de outubro foi cancelada. Foi uma prevenção jurídica. O presidente do Motoclube é Rafael Zuchi.
MOTOCROSS II
Por outro lado, a prefeitura está com dificuldades para responder o requerimento 194/2013 da Câmara aprovado no dia 3 de setembro. Coisas simples e esclarecedoras. 1 - Qual Secretaria responde pela Arena Multiuso? 2 - Apresentar, de forma detalhada, o Estudo de Impacto Ambiental do aterro em execução na área em litígio; 3 - Qual procedimento e encaminhamento inicial para que as entidades ou cidadão possam fazer uso do local denominado Arena Multiuso? 4 - Quanto o Município gasta, por mês, de energia elétrica (apresentar cópias das faturas, mês a mês)? 5 - Quanto o Município arrecadou nos eventos já realizados (apresentar, detalhadamente, por entidade): a - demonstrativo Contábil; e b - contrato de uso com os promotores. 6 - Por se tratar de área em litígio judicial, em caso de sentença transitado e julgado desfavorável ao Município, quem responderá pelas despesas e investimentos já realizados no local? 7 - Responder a quem pertencem os animais que ocupam o referido local, apresentando-se a respectiva documentação que comprove a posse.
SOBRE O TRAPICHE
Exemplo. Na lista dos que estão aptos a votar e serem votados nas eleições internas do PT de Gaspar (que publiquei na coluna da internet no sábado), não estão os nomes de gente graúda como o prefeito Pedro Celso Zuchi, a sua mulher e ostensiva ?assessora? dele, Liliane; o irmão dela, o vereador Antônio Carlos Dalsochio, o líder do governo na Câmara e pré-candidato a deputado estadual, José Amarildo Rampelotti, bem como a maioria do secretariado. Então...
A julgar pelas últimas decisões da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação da Câmara de Gaspar, uma boa sugestão seria retirar do seu título a palavra ?cidadania?.
Para que serve a Secretaria de Desenvolvimento Regional? Cabide de emprego, local de enrolação e sangria de dinheiro público que dizem faltar para as prioridades públicas, vindo dos pesados impostos que pagamos. Faz quase dois meses que o secretário César Botelho, PMDB, titular da SDR, fez uma reunião para fotos e imprensa com a secretária da Saúde, Tânia Eberhardt, PMDB, lá na Capital, na busca de soluções para o Hospital de Gaspar. Um teatro, com muitos atores.
Escrevi aqui sobre esta encenação. Os políticos, como sempre, protestaram. Mas o cala boca de verdade contra as minhas palavras, ou seja, a solução prometida, até agora, nada. Em Timbó, que não pertence à SDR de Blumenau, a solução para o Hospital de lá já chegou e foi liberado R$1,25 milhão.
Vem chumbo (êpa, nada a ver com a coluna homônima do editor Gilberto) grosso por ai. O Tribunal de Contas acaba de determinar uma ?auditoria ?in loco? sobre os atos de pessoal realizados entre janeiro de 2012 a setembro de 2013? na prefeitura de Gaspar. O processo é o 13/00624725. A relatora é Sabrina Nunes Iocken e a ordem saiu na semana passada.
A prefeitura afirmou que não sabe quem explora aquele estacionamento em área pública. Ele já foi o camelódromo e há cinco anos foi prometida para ser uma praça, um espaço tão carente aqui no Centro.
A contragosto. O cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, Antônio Carlos Dalsochio, ambos do PT, é também o primeiro secretário da mesa diretora da Câmara de Gaspar. Por ofício, ele lê as correspondências nas sessões. Na maioria dos casos, como se permite o regimento, ele só anuncia o assunto da correspondência. Quando apareceu o ofício do Tribunal de Contas dizendo que vai apurar as denúncias das mazelas dos cemitérios públicos, motivo de uma CPI na Câmara, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, pediu que ele lesse o ofício por inteiro. Tonho, por obrigação, assim o fez. Só por obrigação.
Estranhas coincidências? Só aos ingênuos. Quem ganhou a licitação da concessão de guinchos em Gaspar, numa novela de cinco anos, como relatei na coluna de sexta-feira?A gasparense AC Kar. E de quem ela é? Adilson Muller (irmão de Arnaldo Muller, da Say Muller e outras). E quem foi em maio do ano passado ao Tribunal de Contas(processo 12/00217494) denunciar as possíveis ?irregularidades atinentes a licitações/prestação de serviços de remoção e guarda de veículos apreendidos?? Adilson Muller. É que este assunto se enrola desde novembro de 2008, quando Adilson Luiz Schmitt, PPS, ainda era prefeito e lidava com a catástrofe ambiental. Ele é quem deveria ter iniciado o processo de licitação deste assunto. Zuchi e o PT querem se livrar e colocar a culpa em outros, por enrolarem e não regularizarem este caso por cinco anos seguidos. Acorda, Gaspar!
Edição 1532
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