01/10/2013
ANA PAULA I
Na sessão de terça-feira, o vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, não se conteve. Processado por difamação pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira, voltou ao palanque espumando como se juiz da causa fosse. Segundo ele, o afastamento do juiz baiano Vitor Bizerra pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no caso de adoções de lá, reforça a tese de que o daqui terá o mesmo desfecho. Assim Tonho sonha se livrar do processo que está respondendo com outros, em segredo de justiça, por falar demais e sem provas. Nos planos dele, a juíza Ana Paula, será mais uma vez execrada nacionalmente como foi no início do ano em reportagem sem pé, cabeça e conclusão. Tonho espera que a Globo faça mais este servicinho para ele e seus amigos.
ANA PAULA II Longe daqui, para desespero do PT, José Amarildo Rampelotti, Maristela Cizeski e do próprio Tonho, a juíza Ana Paula ainda é um exemplo nesta área de proteção à criança e aos adolescentes. Ela foi o centro das atenções na semana passada em Chapecó, onde se realizou o X Encontro de Grupos de Apoio à Adoção de Santa Catarina patrocinado pelo Tribunal de Justiça. E quem veio a convite da juíza dar o testemunho deste trabalho? Gilberto de Carvalho, católico, fundador do PT, pai adotivo ministro secretário da presidência da República (foto com Ana Paula). Mais. Tonho não sabe, mas a doutora Ana Paula será palestrante convidada da Escola Nacional da Magistratura no curso para juízes de todo Brasil sobre adoção.
ANA PAULA III
Sobre os seus detratores daqui, a juíza Ana Paula não economiza. ?Para esclarecer ao desmemoriado vereador, sempre ?preocupado? com as crianças de Gaspar, em que pese nunca tenha feito nada por elas que, se tinha alguma dúvida (das adoções), ele teve a oportunidade de esclarecê-las na audiência pública para a qual não foi e tampouco queria que se realizasse. E lembrando, que o mesmo CNJ que afastou o juiz da Bahia, esteve em Gaspar. Ele falou para a TV Gaspar que já viajou por todo este Brasil e que não conheceu nada parecido com o que foi feito em Gaspar. Em Monte Santo, lamentavelmente não existe instituição de acolhimento, como também não havia em Gaspar até 2001? (ano em que ela chegou aqui).
ANA PAULA IV
?Hoje, Gaspar é conhecido no Brasil, não graças à boa vontade do Executivo sempre interessado em destruir, mas graças ao trabalho árduo de juízes, técnicos e pessoas da sociedade civil que abraçaram uma causa de muitos esquecida, mas que a nossa Constituição Federal diz ser prioridade absoluta que se demonstra na prioridade de recursos públicos e investimentos nesta área?, observa a juíza Ana Paula.
SOBRE O TRAPICHE
Sacramentado. Agora não há mais o que duvidar. O advogado Aurélio Marcos de Souza pediu à Justiça Eleitoral a sua desfiliação do PPS. O protocolo das 14h02min, do dia 24 de setembro é o 81.458/2013. Ele tem até o fim desta semana para escolher um novo partido. Provavelmente o PSC.
Ilhota em chamas. O secretário de Administração de Ilhota e presidente do PSD de Gaspar, Fernando Neves, registra que ele não tem nada a ver com a não entrega dos relatórios para o Tribunal de Contas do chamado e-Sfinge. Fernando está certo. A responsabilidade é do secretário de Finanças, Odair Pereira. O Tribunal vem treinando as prefeituras desde o início do ano e Ilhota falhou feio. Então vai sobrar para o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, que escolheu seus assessores por critérios políticos.
A Bunge quer construir a escola Zenaide de Souza Costa, do Sertão Verde. Ela foi soterrada na catástrofe de 2008. Entretanto, a prefeitura de Gaspar se enrola para aprovar o projeto desde então. No dia sete haverá nova reunião. Se aprovada, a construção administrada pela própria Bunge (e não pela prefeitura como ela quer) se dará em seis meses. Ou seja, mais uma lição para obras que por aqui além de mal feitas e caras, demoram em média dois anos, quando contratadas e administradas pelo município.
Jornalismo premiado. A diretora da Luiz de Franzoi, Kelli Silva Santos, publicou carta em outro jornal desmentindo a Comissão de Gestão Pública, a qual foi vistoriar a escola recém-construída. Uma pergunta que não quer calar: aquelas fotos do relatório são falsificadas ou montadas pelos vereadores da Comissão? Com a palavra a diretora, o secretário Neivaldo da Silva, o vereador Antônio Carlos Dalsóchio e o prefeito Pedro Celso Zuchi, todos do PT e que contam a mesma história para a cidade acreditar, se é que ela acredita.
Manchete falsa: Acig cobra da prefeitura respostas da revisão do Plano Diretor. Primeiro, a Acig não fez o dever de casa: devia estar acompanhando com gente técnica este trabalho desde o início. Segundo, não acompanhou porque está aparelhada ou está de braços dados com o poder local em detrimento da defesa de seus associados. Terceiro. Como entidade, a Acig falhou: agora quer entrar na onda dos reclamões que se dizem surpreendidos, alguns até amigos do poder de plantão e ameaçados nos interesses particulares.
Se você leitor ou leitora fosse fazer uma reforma e diante de três orçamentos com promessa de mesmo resultado e qualidade, um de R$18 mil, outros de R$23 mil e R$33 mil, qual deles você escolheria? Está na cara de todos nós. Mas, tem gente que não só descartou os mais baratos, como queria outra empresa amiga e mais cara do que estas três. Pode?
A ditadura do PT em Gaspar. Os vereadores da Comissão de Gestão Pública não podem fiscalizar o que a prefeitura faz mal feito. Se fizerem isto, pau neles. Os vereadores não podem pedir informações ao Executivo; os vereadores do PT ou os dependentes de empregos na barrosa impedem os esclarecimentos via a Câmara. Mais: a prefeitura e o PT espalham proposital, falsa, errônea e criminosamente pela cidade que estes vereadores atrapalham a administração quando pedem esclarecimentos. Pior: o cidadão ou a cidadã gasparense não pode mais em audiência pública se manifestar (e ser respeitado). Se se expressar no que pensa, os representantes do PT vão à imprensa concorrente humilhar, constranger, desmoralizar e ameaçar quem exerceu este direito legítimo e assegurado como premissa d?uma audiência pública. Vergonha.
Pois foi isto o que aconteceu com o editor e proprietário deste jornal, Gilberto Schmitt. O vereador Antônio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Zuchi, ambos do PT, mais uma vez tomou as dores familiares, de poder e partidária. Por falta de argumentos e coragem, Tonho foi ao jornal concorrente enxovalhar o Gilberto pelas posições que ele defendeu na audiência pública da revisão do Plano Diretor como morador do Poço Grande (e não como editor do jornal, como deixou claro na oportunidade). Vergonhoso é constatar como ainda há gente que se presta a este serviço contra a cidadania, à liberdade de expressão e a ética.
Na inauguração da quadra da escola Vitório Anacleto Cardoso, no Porto Arraial, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, na estada rapidíssima por lá para não ser questionado pela comunidade, disse que os vereadores não deviam se preocupar com fiscalização de rachaduras e outras coisinhas das construções da prefeitura, mas em trazer mais verbas para Gaspar. Trazer mais verbas? Para fazer coisas mal feitas? Isto não é jogar os nossos impostos fora? E os vereadores não podem fiscalizar a qualidade destas obras? O recado tinha endereço: a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. Ela vice-diretora na escola e está na Comissão de Gestão Pública, a qual vem fazendo várias denúncias fundamentadas contra as obras mal feitas do governo Zuchi.
Sem paternidade e politicagem. Todos os vereadores assinaram o pedido de moção e congratulações a Dom Jaime Spengler pela sua indicação papal como Arcebispo de Porto Alegre. Ufa!
Rola um rolo e descontentamento de horas extras que beneficiam uns e discriminam outros na prefeitura de Gaspar. É preciso esclarecer isto. O silêncio do Sintraspug deixa alguns indignados. Eles ameaçam ir ao Ministério Público. Uma coisa é certa: comissionado não tem direito a hora extra, igualmente ?dimenor? estagiário, ainda mais a noite e finais de semana. Há uma legislação específica, clara e dura contra isto.
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