20/09/2013
CABIDE
O Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet ? traz uma manobra do PT de Gaspar para acomodar prestadores de serviços e alinhar parceiros para 2014. Foi recriada a 2ª. JARI ? Junta Administrativa de Recursos Infrações de Gaspar. É a junta que julga os recursos das multas de trânsito. Ela havia sido criada no dia Primeiro de Abril de 2004, foi extinta pelo decreto 5139, de 15 de agosto de 2012. Um ano depois, alegando que há uma demanda grande - fato que demonstra a falta de seriedade e planejamento ou é uma justificativa pífia e enganadora - o decreto 5.592, de 28 de agosto de 2013, publicado 20 dias depois no Diário para não chamar a atenção, recria a segunda JARI. E quem ela vai empregar? Como representante do poder executivo o titular será Roberto Oscar Pedroso da Luz, homem do PDT de Blumenau, e como suplente? Roberto Procópio de Souza, o homem do PDT de Gaspar. Entenderam? Acorda, Gaspar!
MAIS UMA OBRA I
Na edição de terça-feira lhes falei sobre o descaso do governo do PT e do governo de Pedro Celso Zuchi com a escola Angélica Souza Costa, no Sertão Verde (Margem Esquerda). O prédio foi destruído pela catástrofe de 2008. Até agora, um governo que se orgulha de obras físicas e de relacionamentos em Brasília que disponibilizam verbas, não foi capaz de reerguer o prédio. Nega o essencial. Nega a obrigação constitucional. Nega a inclusão social e educacional. Nega a autonomia dos alunos e professores de uma comunidade carente. Improvisa num galpão de igreja e na Norma Sabel. E pior: coloca a culpa em outrem por tal relapso inqualificável.
MAIS UMA OBRA II
Na mesma terça-feira outro desastre, outra irresponsabilidade, outro desatino contra pessoas vulneráveis foi revelado na Câmara pela Comissão de Gestão Pública composta pelos vereadores Luiz Carlos Spengler Filho (filho de professora exemplar na rede pública), PP, Ivete Mafra Hammes e Marli Iracema Sontag (professora), ambas do PMDB, e Andreia Symone Zimmermann Nagel (professora), DEM. O novo prédio da Escola Luiz de Franzoi, na Bateia, que levou anos para ser erguido, e em local, que era de preservação permanente segundo laudo da Fatma, parece velho, improvisado, mal planejado e cheio de problemas.
MAIS UMA OBRA III
Há tantas falhas que me custa crer que os Bombeiros tenham oferecido e expedido o alvará como anunciei aqui, bem como a própria prefeitura tenha dado o habite-se, uma obrigação mínima em obra nova e que autoriza a sua ocupação. Ao ver a apresentação de tais sandices na Câmara, pois é assim que as classifico, o vereador Antônio Carlos Dalsóchio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, todos do PT e da Bateia onde está a escola, não se conteve. Quando da inauguração a classificou aquilo como obra extraordinária para calar a boca dos críticos. Desmascarada o que classificou de extraordinária, censurou a Comissão por revelar os extraordinários e inaceitáveis problemas. Quis desmentir, como sempre faz, mas as fotos dos fatos o impediram. E sem saída mínima para a barbaridade feita com dinheiro do povo e o descaso das autoridades públicas, disse que tais registros da Comissão não poderiam ter sido feitos. Numa ditadura, num jogo de mentiras, a proposta do vereador Tonho até que é aceitável.
MAIS UMA OBRA IV
Os membros da Comissão provaram que existe vida sensata além desta coluna. Foram retos. Não fizeram o papel de oposição, mas de defensores de uma comunidade, do dinheiro bem aplicado, de fiscais que são e foram eleitos. Foram corajosos. Defenderam crianças, o ensino e o mínimo que se espera de uma escola recém-inaugurada com muita festa. A lista de erros é grande. A antiga escola possuía 11 salas. A nova veio com 12. Mas voltou a ter 11. É que a sala dos professores é tão pequena, que uma sala de aula foi suprimida e improvisada para ser a sala dos professores. Pior: não há espaço para a expansão da escola, ou seja, o bairro, as demandas e a escola não vão crescer. Não há uma quadra para a prática de esportes, mesmo que ela seja de improviso e de areia. Uma obra extraordinária, realmente mal projetada, erguida e fiscalizada.
MAIS UMA OBRA V
É mais uma obra com a marca do secretário Neivaldo da Silva, da Educação. Ele está com Zuchi nos quase dez anos de governo dele (2001/2004, 2009/2013) e é o responsável pela queda absurda do IDHM de Gaspar. Os problemas da ?nova? Luiz Franzói vão desde a inadequada altura dos ?quadros negros? ( primeira foto acima) para professores e alunos, a caixa da água em local que pode gerar acidentes, instalação elétrica inacabada, armadilhas para acidentes em várias partes, falta de acessibilidade, armários da cozinha sem fundos, instalações de gás que são proibidas, falta de bebedouros e improviso como o refeitório (segunda foto acima), locais indefinidos para lavação e depósitos, ou até a impossibilidade de veículos como uma camioneta adentrarem pelo portão da escola. Impensável. Indescritível. É mais uma obra que vai para a propaganda eleitoral. Mas, qualidade, funcionalidade e segurança todos abaixo do nível crítico. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Ilhota continua em chamas. Desta vez o Tribunal de Contas enquadrou o ex-prefeito Felisky, PMDB e seus assessores por gestão financeira inadequada do Ilhotaprev ? o Instituto de Previdência dos Servidores de lá. Felisky foi multado em R$800,00; João Roberto Vieira, presidente do Ilhotaprev e o diretor de RH, Délcio Dário Custódio, Ana Lúcia Wilbert, ex-secretária de administração vão ter que desembolsar R$1.600,00 cada um; o superintendente do Ilhotaprev, Guilherme Luiz Zimmermann, R$1.200,00; para o tesoureiro Pedro Schneider, R$400,00. Além das multas, o instituto e a prefeitura deverão proceder à imediata correção das irregularidades encontradas.
A Iguatemi Engenharia, que faz a revisão do Plano Diretor de Gaspar, falou na quarta-feira que o trabalho dela preserva a memória de Gaspar. Como assim? Já foi tudo derrubado e devidamente autorizado pela atual administração que patrocina a revisão do Plano Diretor.
A observação é de Eliane Cantanhede para o jornal Folha de S. Paulo. ?Um dado salta aos olhos nessa arena. Acatados os embargos infringentes e, depois, o mérito desses embargos, o julgamento terminará com os núcleos publicitário e financeiro na cadeia, puxados por Marcos Valério e Kátia Rabello, e com o núcleo político em ostensiva comemoração, liderado ainda por José Dirceu. Aos ?técnicos?, o peso da lei. Aos ?políticos?, a leveza do sei lá o quê?.
Há duas semanas o PT e o governador Raimundo Colombo assinaram com festa o asfaltamento do Morro do Serafim, no Belchior Alto. Escrevi que era farra para a imprensa propagar. O que vai aparecer na terça na Câmara? Projeto de Lei 43/2013de 24/09/2013. Ele autoriza o estado a realizar no município. Primeiro a politicagem. Depois a formalidade que pede a lei.
A ex-vereadora Teresa da Trindade e candidata a prefeita pediu a desfiliação do PSD na terça-feira na reunião do diretório. Era esperado. A funcionária pública da saúde, já foi PT, PP e vai para o PSB, do deputado e secretário Paulo Bornhausen, seu parceiro político. Ela controlava o PSB daqui, apesar de estar no PSD. O vereador Marcelo de Souza Brick se sentiu aliviado de alguns quilos do seu calo no PSD.
Duelo. O vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, está inconformado com as sucessivas cobranças da vereadora Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM. Alega que falta dinheiro e sugere que a vereadora peça o aumento do IPTU para gerar recursos capazes de pagar os seus pedidos. Andréia pensa diferente e retrucou: ?corte os comissionados da prefeitura, vereador. Vai sobrar dinheiro para o que estou pedindo para o povo?.
Edição 1525
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