17/09/2013
AS CRIANCINHAS I
O vereador José Amarildo Rampelotti, PT, de fera virou gatinho; de valentão, virou vítima. Mesmo assim, continua arrogante. Faltam-lhe provas a quem imputa crimes, mas nem isso o faz reconhecer o próprio erro. Pode lhe custar caro. Sabe disto muito bem. Por isso, choraminga aos quatro cantos e conta histórias. Ninguém acredita. E Amarildo não está sozinho neste drama. Com ele está o vereador Antônio Carlos Dalsochio, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, bem como a secretária de Desenvolvimento Social, Maristela Cizeski, todos do PT.
AS CRIANCINHAS II
?Vou ser condenado por falar a verdade?, justificou Amarildo aos pares na volta à Câmara depois da licença de dois meses. Será? Se for assim, basta ele apresentar as provas em juízo, o melhor fórum para se esclarecer estas dúvidas. Fácil! O problema é que ele não as possui. Se não as possui, foi usado, ou induzido ao erro. Então que aponte os culpados, ou assuma equívoco perante o processo. Na Justiça ? e aqui mesmo na Comarca - há meios para atenuar e até perdoar, sem se recorrer indefinidamente aos recursos, como os embargos infringentes, tão bem usados pelo pessoal do PT. Aliás, de recursos, sob todos os aspectos, o PT é um especialista.
AS CRIANCINHAS III
Amarildo, como vereador, achava-se imune e o dono da verdade naquele metro quadrado do palanque da Câmara. Produziu mentiras, aleivosias, difamação e vingança. ?Cadê as criancinhas de Gaspar??, repetia e se deliciava no teatro acusatório.Agora ele sabe que não é bem assim. Foi mal orientado. Ele, e outros, armaram e afirmaram que houve tráfico de crianças e adoções irregulares em Gaspar; que a ex-juíza daqui, Ana Paula Amaro da Silveira, estava por detrás de todas estas barbaridades. Alimentaram até um escândalo nacional via o Fantástico, da Globo, naquela reportagem armada, sem pé e cabeça. Tudo porque a juíza que saía daqui ? e covardemente só fizeram isto depois que ela própria pediu para ser transferida para Florianópolis - tinha sido um calo para os políticos ao longo de 11 anos, não apenas do PT ? o Adilson Luiz Schmitt, PPS, que o diga. Resumindo: Amarildo amarelou, mas não perdeu a pose.
A OBRA DE VERDADE I
O Sete de Setembro não teve a voz das ruas em Gaspar e se acontecesse, corria-se o risco de vereadores tirarem satisfações com os jovens manifestantes. Entretanto, no morno desfile cívico, uma faixa, educada, verdadeira, mostrou a cara da mentira da administração do PT de Gaspar. Expôs mais uma obra municipal de cinco anos de governo: o descaso, a enrolação. O prefeito Pedro Celso Zuchi e seu secretário de Educação, Neivaldo da Silva, aquele que jogou para baixo o IDHM de Gaspar, leram e ficaram calados, entreolhando-se. Cobrados, no dia seguinte botaram a culpa na Bunge para livrá-los de responsabilidade que é só deles. E providencialmente a mensagem da faixa foi abafada na imprensa local. Ela foi carregada (foto) pelos pais dos alunos da ?falecida?, escola Angélica de Souza Costa, do Sertão Verde (novamente na Margem Esquerda), e que hoje ainda se improvisam nos galpões da igreja São Sebastião ou nas salas da Norma Mônica Sabel.
A OBRA DE VERDADE II
Relembrando. Na catástrofe ambiental de novembro de 2008, o prédio da Escola Angélica Costa desmanchou-se na lama. Comovida com a cidade, a Bunge prometeu fazer um projeto (não construir) de uma vila modelo de sustentabilidade. E fez.
Ganhou a imprensa. O prefeito o validou e usufruiu da propaganda vantajosa. Para isto, a prefeitura arrumou aquele terreno perigoso ? por estar à beira da BR 470 e da tubulação de gás que explodiu naquela catástrofe. Na vila, além das casas, haveria creche, escolas, saneamento, área de lazer, aproveitamento da água da chuva, energia solar, materiais reciclados, enfim um exemplo para o mundo. Uma maravilha para se ressurgir da lama.
A OBRA DE VERDADE III
Ao invés disso o que aconteceu? A prefeitura colocou ali as casinhas de plástico que ganhou da Arábia Saudita. Ao invés de uma vila sustentável, improvisou (como é seu gosto e costume) e montou uma favela, sem área de lazer, sem área verde, sem calçadas, sem calçamento, sem saneamento, sem segurança jurídica, sem creche e sem escola, refém de ajudas e produtora de votos de cabresto. Jogou literalmente fora a ideia e o projeto pactuados com a Bunge. E agora para se livrar das cobranças da comunidade ou por esperteza, diz que a escola não foi construída por culpa da Bunge. Mas, quem tem a obrigação de reconstruí-la? A Bunge ou o município? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O PT de Gaspar reclama desta coluna. Defende a democratização dos meios de comunicação dos outros. Na verdade, quer o controle, a censura, o monopólio... O Facebook o Twitter são ferramentas individuais, democráticas e modernas da comunicação, mas nelas não há controle, a não ser o constrangimento, a pressão por interesses sobre indivíduos. E sem controle, o PT se perde. O tempo ferveu. O presidente do PT de Gaspar, o tucano Élcio Carlos de Oliveira, teve que se rebolar neste final de semana. Apenas reproduzo.
?Quando a saúde será prioridade em nosso município??, perguntou Marcelo Tiago Marques. ?Prefeitura de Gaspar irá desembolsar R$100 mil para reformar uma pista de skate, enquanto isto, o hospital sem condições de atendimento, postos de saúde sem médicos...?. O presidente do PT, no circuito, justificou. Outros também. Élcio aproveitou para lembrar: ?para resolver o problema da saúde em Gaspar, a prefeitura constrói a policlínica?.
Eu daqui e que não tenho Facebook, reforço o que expressou o advogado Sérgio Hammes, marido da vereadora Ivete Mafra Hammes, PMDB: ?hospital e saúde não são prioridades por aqui?. Resumindo, está construindo prédios, a parte mas fácil e cômoda do processo. O problema na saúde pública continuará: a falta de atendimento, a falta de médicos e técnicos, a falta de equipamentos, exames, equipamentos, transparência...
Amanhã é dia de audiência pública que vai tratar da primeira revisão do Plano Diretor de Gaspar e que é feita pela Iguatemi Engenharia. O assunto virou polêmica entre poucos. Algo precisa ser explicado. A lei 2803, de 10 de outubro de 2006, precisa ser revisada de cinco em cinco anos (e já passou do prazo) ou reformulada como querem agora?
A ideia do vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, de conceder a isenção de 36 meses do ISSQN ao Hospital de Gaspar é boa. Ganhou as manchetes por aqui. Entretanto, ele sabe que não vai prosperar. Toda renúncia fiscal precisa de uma compensação. Ele não a apontou. Criou apenas despesas. E ao Legislativo isto não é permitido. O Hospital precisa que o SUS funcione; que os médicos queiram o Hospital como referência; que a prefeitura, o estado e a união cumpram cada um a sua parte; e que esteja ele livre de curiosos, políticos e partidos, permitindo apenas profissionais a gerenciá-lo. Nada mais.
Início da campanha de 2014. É o esquenta de 2016. O PMDB de Gaspar que já censurou um jornal e uma rádio na campanha passada, agora cria o seu próprio espaço com dois radialistas de aluguel: Kleber Edson Wan Dall que se ensaia a prefeito novamente e Roni Muller, colunista aqui no Cruzeiro, liderança da Margem Esquerda e presidente da ?juventude? do partido. O programa é ?Alô Gaspar?, aos sábados pela manhã na Rádio Sentinela do Vale.
O presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, deve passar o posto para o ex-vereador Kleber Edson Wan Dall. O que pretende? Expor Kleber para A eleição de 2016; comprometer Kleber com a candidatura local a deputado estadual, evitando assim, a influência total da Igreja Evangélica pelos candidatos dela; não se indispor com a dupla Paulo França e César Botelho de quem é parceiro. Agora, só falta combinar com as circunstâncias.
Edição 1524
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