10/09/2013
CABRESTO I
A falta de ?pluralidade? de opinião do poder em Gaspar liderado pelo PT está num gesto que passou despercebido por muitos na semana passada. Aqui publiquei uma pequena e despretensiosa nota sobre as insistentes cobranças da vereadora Andreia Simone Zimmermann Nagel, DEM, na Câmara, para a Margem Esquerda, Arraial e Lagoa (onde mora). É o papel dela. O líder do governo e cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, o vereador Antônio Carlos Dalsóchio, não gostou das cobranças da vereadora. No papel dele, o qual não contesto, pois faz parte do jogo do gato e do rato, rebateu-a no plenário da Câmara.
CABRESTO II
E com certo sarcasmo, Tonho ?listou? obras da prefeitura na Margem Esquerda. Chamou Andreia de ingrata. E a lista era inexpressiva, como a maior obra para a Margem Esquerda, Tonho citou a Ponte do Vale. Na verdade esta é uma obra para a cidade, e principalmente para os passantes do Vale do Itajaí por Gaspar. Esta ponte para ser da Margem Esquerda e seu povo, precisa antes do projeto das alças de acesso que a prefeitura esqueceu (foi o corpo técnico do Dnit quem afirmou isto publicamente); é a prefeitura quem reluta em fazê-la exatamente se negando a ouvir o povo da Margem Esquerda que fez uma audiência pública e o prefeito saiu antes do fim dela; e é a prefeitura para se perpetuar na teimosia que não vai atrás de uma solução, e é quem diz que não ter dinheiro para executá-la.
CABRESTO III
O empresário Maicon Oneda, petista de carteirinha, ex-assessor comissionado do Orçamento Participativo e principalmente, ex-presidente da Associação de Moradores da Margem Esquerda na qual vive, trabalha e a defende, na internet postou um comentário nesta coluna ? a mais acessada e acreditada. Ele deu aval às reclamações da vereadora Andreia em favor de todos da Margem Esquerda, Arraial e Lagoa, independente de partidos. Maicon ousou discordar do discurso e argumentos de Tonho. Cobrou mais investimentos da prefeitura na Margem Esquerda.
CABRESTO IV
Pronto. Armou-se o circo. Foi isto que bastou para ser Oneda repreendido pelo tucano presidente do PT de Gaspar, Élcio Carlos de Oliveira, numa troca de postagens na Face book de ambos. Para Élcio, não se deve entre companheiros, bater boca em público ? muito menos na minha coluna. Para ele tudo pode ser resolvido entre paredes, lá na prefeitura ou principalmente, no comitê do partido na Rua Itajaí. Oneda não se calou, revidou e cobrou. Dias depois, o ?diálogo? de ambos, as provas do embate, foram deletadas do mundo virtual. Ou seja: se não houve censura, houve no mínimo, constrangimentos. Uma regra aos que ousam ter opinião em Gaspar. Ninguém chuta cachorro morto. Quem perdeu mais uma vez? Gaspar, a Margem Esquerda... Acorda, Gaspar!
PLANO DIRETOR I
Alguns estão surpresos com os resultados da revisão do Plano Diretor de Gaspar. Mas, isto não atinge o povão, raciocina um empresário gasparense com quem travei um diálogo por telefone sobre este assunto no final de semana. ?Quem está preocupado é quem cumpre a lei, é o empresário que precisa na prefeitura pedir licença para construir galpão, o prédio, acertar a ocupação do terreno. Precisa do aval da promotoria. Precisa do registro do imóvel para financiamento. Quem compra um lote, é enganado ou sabe que está irregular, não está nem ai para o Plano Diretor. Constrói, vai morar e quando a prefeitura vai lá, se um dia for para fiscalizar, nem notificá-lo pode. Primeiro morador não possui dinheiro para pagar alguma punição e nem entende à razão da proibição; segundo, o infrator é um eleitor potencial numa massa que define as eleições por aqui; terceiro, se o poder público obriga-lo a alguma coisa para a regularização ou desmanchar o que fez irregular, isto se torna uma polêmica e ao final, prova-se que quem está errado é a lei?, desabafa.
PLANO DIRETOR II
Este mesmo empresário exemplifica. ?A própria prefeitura construiu uma favela e ninguém fala nada?, apontando o loteamento das casinhas de plástico ali na BR 470. ?Nem vou falar de outros assentamentos precários como a Marinha, a Vila Nova... O loteamento nasce com uma casinha. Em pouco tempo há meia dúzia de casas. É sabidamente clandestino, mas daqui a pouco o Samae liga água e cobra o que fornece para algo clandestino; a prefeitura manda o IPTU e cobra para algo que ela diz ser clandestino ou irregular; a Celesc permite um rabicho e cobra, ai um vereador dá nome as ruas que nem rua é, sabe o que faz, tudo intencional, estruturado; as reclamações dos moradores em áreas de risco, clandestinas e irregulares se avolumam e na campanha os políticos prometem resolver tudo em troca de votos. E para o empresário? A lei, a multa, o não pode. Assim é em Gaspar. Quem inventou estas cotas que inviabiliza aterros por quase toda a cidade? Não sei. Quem cuida das tais é a Defesa Civil da Mari Inez e a secretaria de Planejamento da Patrícia Scheitt. Só fazem o que a turma do prefeito manda fazer. Quem disse que a nossa expansão industrial só se dará na Bateias e Barracão? Não sei. Só sei que o prefeito e o seu vereador cunhado são de lá?, conclui na choradeira. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Para o colunista e o jornalista, ter fontes críveis é tudo. Ah! Também precisa trabalhar. Ou seja, confirmar e filtrar as informações em outras fontes para não criar dependência da fonte. Outra: não deve confiar ele em políticos, pois os políticos são bichos nômades e incontroláveis: gostam de usar os veículos e os profissionais para os seus joguinhos e depois descartá-los com a cara de pau própria das desculpas que sempre possuem. Sem estes cuidados, corre-se o risco de passar recibo publicamente. Escrevo por experiência.
O nome do Industrial Leopoldo Jorge Theodoro Schmalz é sugerido para a Ponte do Vale. Corre o risco de sempre ser chamada de Ponte do Vale. Schmalz é pioneiro e foi quem fundou a Linhas Círculo, geradora de milhares de empregos. Justa homenagem. Preserva a memória da cidade, tão carente neste aspecto. O projeto é do vereador Ciro André Quintino, PMDB. Há muito, o PT quis botar outro nome: o do ex-prefeito Dorval Rodolfo Pamplona (1956-1961). Também justa. Só que ele está vivinho e lúcido aos 96 anos.
O buraco da Rua Anfilóquio Nunes Pires. Quem assistiu na internet (e tenho uma cópia comigo) o último Minha Cidade, um programa de propaganda, pago, da prefeitura de Gaspar na Rádio Sentinela do Vale, viu na internet o gesto de deboche do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, contra os vereadores Giovano Borges (alinhado com os petistas), Marcelo de Souza Brick (ainda em cima do muro) e o deputado Jean Jackson Kuhlmann, todos do PSD. A contragosto, Zuchi falou que foram eles quem intermediaram com o governador Raimundo Colombo, PSD, a verba de R$100 mil para aquela obra, que acha pouca. Zuchi até ensaiou esquecer o nome do deputado. Júlio Carlos lembrou-o. Circo. Fizeram bem os vereadores e o deputado. Fizeram pela cidade e não por seus partidos.
O buraco. A prefeitura possui para ele três orçamentos que vão de R$100 mil a R$340mil. De cara, a gerente da Defesa Civil, a professora de educação física, Mari Inez Testoni Theiss, que está lá na obra como fiscal, mestre de obras, orçamentista e engenheira, falou que custaria uns R$200mil. Horas depois passou para R$300 mil. O problema de verdade é o que se bota lá. Está sendo engolido pelo rio. Já foram quase mil carradas de barros e pedregulhos. Um exagero, se verdade.
O buraco. O próprio prefeito na entrevista dissimulou com o comunicador Júlio Carlos Schramm. Afirmou estar preocupado com o fato do barro estar sendo engolido pelo rio. Isto mostra claramente a fragilidade técnica dos seus assessores que o deixam exposto. Falta engenheiro. Falta gente para tomar decisões técnicas, como a contração de um especialista e um laudo de geologia. E com base nele fazer talvez, um enrocamento (uma base de pedras grandes), proibir a retirada de areia do rio naquele trecho entre outras providências. Zuchi prefere sempre os amigos e parentes, como Soly Waltrick Antunes Filho, o homem do toco da ponte. Então quem é o culpado? Acorda, Gaspar!
De Maicon Oneda, PT, líder da Margem Esquerda no Face book: ?é realmente lamentável todo esse ?investimento? com aterro e máquinas para fazer, com todo respeito, ?CTG? e uma pista meia boca para o moto clube. Multiuso? Para bem poucos, pois são duas práticas caras, para poucos, realmente bem poucos. E cadê o Ginásio e todo aquele discurso da prática esportiva, do lazer do bem estar??
?Quem pensa com cabresto se ofende ao saber que existem pessoas livres?, por Reinaldo Azevedo.
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