16/08/2013
QUAL A PIOR OBRA I?
Qual a melhor obra do governo do PT em Gaspar? Na minha avaliação, foi à implantação ainda em 2002, no primeiro mandato de Pedro Celso Zuchi, do transporte coletivo. É um assunto que ainda rola na Justiça. Vira e mexe questiona-se aquela concorrência. Quem ganhou, não cumpriu totalmente o que se exigia no edital. Ou seja, trapaceou e eliminou a rival. E por que em tese foi a melhor obra? Porque é inadmissível que uma cidade como Gaspar não tivesse transporte coletivo urbano algum; era inadmissível que o gasparense fizesse de Blumenau a melhor opção de compras e lazer via o precário sistema de transporte que existia; era inadmissível assistir Gaspar sem uma identidade própria; era inadmissível não ver a Gaspar e sua gente integrada entre bairros e com o Centro. E por que foi a melhor obra? Porque cuidou dos mais fracos, rompeu vícios e interesses poderosos, preocupou-se com a cidade e ao mesmo tempo, com o coletivo.
QUAL A PIOR OBRA II?
Mas, qual a pior obra de dez anos de governo de Pedro Celso Zuchi? Não há uma, más várias: a saúde, a educação, a assistência social e a habitação. Ora, e exatamente com os mais fracos, desafortunados, desassistidos e desinformados, massa de manobra e votos dos que estão no poder por este tempo todo. É algo incompreensível, para um partido que se diz social, socialista, esquerdista e de massas. Na saúde constrói postos e policlínica, mas neles não há o essencial: médicos, enfermeiros, técnicos, aparelhos e o principal, o atendimento. Do Hospital nem vou repetir o que todos estão carecas de saber: o boicote é algo doentio e de longa data. Parece estar a serviço de algum grupo para destruir o Hospital se não tomar para si e torna-lo um cabide de emprego do aparelho partidário e assim, virar mais um posto de saúde sem médicos e atendimento.
QUAL A PIOR OBRA III?
A Assistência Social está sem rumo faz tempo. Não precisa de números. Basta olhar os bolsões de pobreza e violência. Enquanto isto, para economizar, a prefeitura resolveu desmoralizar o sistema de inclusão de crianças e adolescentes. Não quer mais abrigá-los. Quer deixa-los à sorte de famílias desestruturadas econômica, familiar, ética e de valores, envolvidas em crimes, tráfico e desajustes de toda a sorte. E, para isto, não teve nenhuma dúvida em desmoralizar nacionalmente, sem provas, uma juíza. Justamente ela que durante 11 anos impediu esta dissidia dos governantes com os vulneráveis. A Assistência Social prefere que eles se tornem párias da sociedade. E pior: há gente que apoia. E é por estas que o noticiário policial por aqui é farto.
QUAL A PIOR OBRA IV?
A habitação. Podem exibir os números que quiserem. E os rebato todos. Pois neles não estão a inclusão e integração. A Marinha se tornou um foco de problema social exatamente nas mãos do PT. E para dourar, chamaram-na de Jardim Primavera. Vieram as promessas. Virou troca de votos. Veio a Vila Nova. Agora vão remediar com o PAC II. Antes tarde do que nunca. Um remendo caro. Mas, há mais: o Santa Terezinha, o Sertão Verde, a Bateias e outras áreas. Quando se tentou mitigar os problemas, resolveram construir pombais, sem infraestrutura. O do Poço Grande rechaçou esta solução à meia boca. E aí os problemas dos condomínios populares sem planejamento e sustentabilidade foram para a Coloninha e para o Gaspar Mirim. Propaganda e votos. Os problemas de toda a sorte, todavia se avolumam. A própria prefeitura faz questão de dar o péssimo exemplo. Cria assentamentos problemas, como vergonhoso das casinhas de plástico na BR 470 e que se arrasta por quatro anos, sem acesso, sem saneamento, sem calçamento, sem área de lazer, sem escola, sem escritura e envolvido, mais uma vez, em suposta compra de votos.
QUAL A PIOR OBRA V?
A lista é grande. Aqui as pessoas ? e seu futuro - estão em último lugar. Mas, o que se escondia apareceu. E se robusteceu com números do IBGE gerenciados pela ONU para o IDHM ? Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios. Gaspar ficou vergonhosamente entre os últimos do Vale do Itajaí. E quem piorou o IDHM? A Educação. São dez anos de governo do PT. São dez ? não consecutivos - anos com o mesmo secretário: Neivaldo da Silva. Para as 800 horas mínimas de aulas obrigatórias, mágicas; faltam creches, faltam escolas como a Angélica Costa que desabou na catástrofe de 2008 e nunca mais se reergueu no Sertão Verde; falta o contraturno principalmente e até a escola em turno integral para as áreas carentes, problemas e violentas. Falta ocupação, assistência, saúde e educação para as nossas crianças. Sobra propaganda enganosa. Esta é a pior obra dos governos de Pedro Celso Zuchi. Ela compromete o futuro das pessoas e da cidade. Ela compromete a qualidade de vida e a cidadania. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Na edição de terça-feira eu informei que o novo prédio da Escola Luiz Franzói foi inaugurado e funcionava sem o alvará dos Bombeiros. Logo veio a informação de que eu havia errado. Tento confirmar o erro. Pelo sim, pelo não, registro o fato apesar de não ter acesso ao documento oficial e que libera a Luiz Franzói. Na quarta-feira, o Tenente Fragas, foi ?visitar? a nova escola. De lá se ofereceu para regularizar a situação para a sua inauguração no sábado. E fez. Em tempo recordíssimo, mas com a recomendação de não se usar o fogão a gás da cozinha. Agora, o prestativo Tenente Fragas está obrigado a visitar as demais escolas do município e com a mesma presteza, eficiência e rapidez proceder a regularização delas.
Leitores e leitoras, vamos combinar o seguinte: Gaspar ainda procura um candidato a deputado estadual viável. Por enquanto trabalha com experimentos. O prazo final é maio de 2014. Até lá, muita água vai passar debaixo da ponte Hercílio Deeke.
Apesar de achar interessante, sempre afirmei que a Universidade Federal não viria para Gaspar. Era uma forma do PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi arrumarem mídia e aparecer. Além disso os deputados Décio e Ana Paula Lima não iriam deixar Blumenau na mão. Sempre afirmei que é mais fácil Gaspar ter a penitenciária do Vale, cujo terreno escolhido está em Gaspar e até já o identifiquei. Agora, todos se esconderam sobre este assunto, inclusive a SDR, um local de políticos sem empregos sérios, e a própria imprensa, desinteressada pelo assunto. Só falta eu acertar os dois. E depois sou eu quem exagera, invento e faço fofoca.
O PT e o PMDB trocaram acusações na última sessão da Câmara de Gaspar. Especialistas, disputou-se quem tem mais tetas nos governos ou espaços que dominam nos governos municipais, estaduais e federais. Uma pergunta básica: quem paga tudo isto?
A paciência do PMDB de Gaspar chegou ao limite. Resolveu enquadrar o vereador Jaime Kirchner. E nas votações na sessão de terça-feira, Jaime teve que contrariar o seu mais novo amigo, Antônio Carlos Dalsóchio, PT, e cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi. Resultado? O PT foi derrotado nas emendas no Plano Plurianual ? PPA. Quem votou incondicionalmente com o PT? Giovanio Borges, PSD. Protegeu os seus indicados no governo petista.
O vereador e líder do PT na Câmara, Hamilton Graff, o Mitinho foi ao Paulo Flores, da 87,9 FM. Mostrou documentos que provam que o Hospital de Gaspar prestou contas com notas fiscais duvidosas desde dezembro até o mês passado. Foram R$ 505mil. A empresa se dizia do Paraná, mas no CNPJ, o endereço é de Blumenau.
O Hospital está calado com a denúncia, que é séria e precisa ser esclarecida. O presidente do conselho, Sérgio Roberto Waldrich, está obrigado a dar explicação à comunidade, ou ao desmentido. O fato denunciado por Mitinho pode dar pistas para a saída da Coopervida e do ex-administrador Orivald Maciel Filho. Mas é pouco. Sérgio deveria se cercar de gente competente e de confiança, inclusive no Conselho. Está vulnerável, sendo usado e enganado.
Enrolação. A secretária de Saúde Tânia Eberhardt recebeu em reunião lideranças para discutir saídas para o Hospital de Gaspar. Isto foi na semana passada. Prometeu vir aqui pessoalmente na naquela semana ou nesta. Nada. A SDR que armou a reunião ? e que eu afirmei que não daria em nada ? está calada. Na quarta-feira, o vereador Ciro André Quintino, PMDB, na andança por Florianópolis, cobrou do líder do governo na Assembleia, o deputado Aldo Schneider, PMDB, a promessa. A secretária jurou que técnicos apareceriam hoje por aqui. Será?
Edição 1515
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