09/08/2013
O DIABO FOGE DA CRUZ I
O Ministério Público que cuida da Moralidade Pública na Comarca convidou a prefeitura Gaspar para juntos sentar e promover um TAC ? Termo de Ajustamento de Conduta ? e assim limitar a contratação de servidores temporários, comissionados e os terceirizados no que hoje extrapola ao máximo permitido e fere a lei. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, fingiu até agora que isto não é com ele. Aos mais achegados, diz que a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, da segunda Vara, está querendo dar lições em algo que lhe é de exclusiva competência administrar.
O DIABO FOGE DA CRUZ II
Bom, se isto é verdade, por que o prefeito não oficializa o TAC e termina com esta história de uma vez? Ou faz por birra? Esta seria a melhor lição de transparência a cidade e a promotora. Outra. O prefeito e o PT, quando acuados, sempre reclamam que quem os interpelam fazem isto por falta de diálogo. Está ai uma boa oportunidade para este exercício, antes que seja tarde. A doutora Chimelly insiste que o que pede está na Lei. Em um documento ela escreve com todas as letras: ?esgotados o diálogo com os poderes Executivo e Legislativo de Gaspar e Ilhota, e na hipótese de não assinar o TAC, haverá uma Ação Civil Pública?. Ou seja, antes é o diálogo. O prefeito de Ilhota, Daniel Bossi, PSD, já assinou o TAC; a Câmara de lá, com uma única irregularidade, caminha para o TAC.
O DIABO FOGE DA CRUZ III
Mas, Gaspar é diferente. O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, mandou dizer que está tudo regular; não quer o TAC. A doutora Chimelly possui um entendimento diferente. Talvez ela saiba com quem está lidando. Quanto ao prefeito, nem um piu. O prazo já se foi e faz tempo. Zuchi e seu procurador geral, José Carlos Schramm que sabem das graves irregularidades que cometem e apontadas pela promotoria, fogem da doutora Chimelly como o diabo da cruz. Pelo jeito, preferem mais uma Ação Civil Pública. No judiciário jogam com os recursos dos advogados e o tal corpo fechado, o qual propaga possui-lo. São do ramo. Acorda, Gaspar!
NÃO TERMINOU
A juíza Ana Paula Amaro da Silveira, que atuou aqui na primeira Vara de Gaspar, entrou com uma representação do Tribunal de Contas contra o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. E foi aceita esta representação. É pelos repasses financeiros feitos a entidades privadas durante o ano de 2012, sem que as mesmas desempenhassem qualquer tipo de programa social autorizado por lei, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal; e a revisão dos vencimentos de servidores públicos, reajuste de vencimentos de servidores públicos e criação de gratificação para determinada classe de servidores públicos, sem previsão na LDO. Estes dois assuntos ela julgou aqui na Comarca como juíza eleitoral e por eles, impugnou a candidatura de Zuchi. No recurso que fez ao Tribunal Regional Eleitoral, Zuchi escapou da cassação, mas não da configuração do crime e a multa. Se o assunto prosperar no TC, a situação se complica para o futuro político de Zuchi e a vice Mariluci Deschamps Rosa.
SOBRE O TRAPICHE
Dezessete cidades catarinenses receberão profissionais da saúde pelo programa do governo federal ?Mais Médicos?. Ninguém quis Gaspar.
A mídia de Gaspar deu até agora pouca atenção. Mas, na última sessão da Câmara, a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, pediu que a prefeitura estudasse, discuta com a comunidade e apresente uma nova ligação do bairro da Lagoa, onde ela reside, com a BR 470. E justificou: a região está crescendo, empresas se instalando e a atual ligação com a rodovia, hoje, passa em parte até pelo município de Ilhota.
A prefeitura de Gaspar deu prazo de 30 dias para a Ambevi ? Associação de Moradores do Bela Vista ? regularizar o seu imóvel. Fez bem. Se não regularizar virá uma multa de R$10 mil. Um exagero. A Ambevi diz que não tem dinheiro. Ou seja, gerenciou mal as compensações no acordo que fez quando doou parte do seu terreno- que recebeu em doação da antiga Ceval para uso exclusivo da comunidade - para a construção do IFSC. O seu presidente usa a obrigação de regularização como desculpa para colocar à venda parte do valorizado terreno que a Ambevi ganhou. Quer entrega-lo a especuladores imobiliários. Parece coisa arranjada a intimação, o prazo, a multa e a solução. Fazer contrato de comodato ? ceder parte do terreno por um período de tempo e ganhar por esta cessão ou aluguel, sem perder o patrimônio -, o corretor de seguros ? que entende deste riscado - Pedro José Garcia, nem quer saber ouvir, entender, negociar e falar em benefício da sua Ambevi. Será por quê? Acorda, Gaspar!
Há quase um mês a licitação para a permissão do serviço de guinchos está em ?diligências?. Foram verificar as condições de uma das concorrentes: a Videira Eirele. A licitação se enrola já por cinco anos. Há um nervosismo na prefeitura em relação ao assunto.
A escola Luiz de Franzoi será inaugurada amanhã na Bateias. Na segunda-feira haverá aulas. Mas, esta não era uma área de preservação permanente e que até gerou inquérito policial o aterro que fizeram lá de um dia para o outro?
Sabe quanto a prefeitura pretende gastar na reforma da pista de skate que ela abandonou por anos? R$ 130.980,76. A licitação vai acontecer no dia 22 de agosto.
Quando se pensa no poder, no imediatismo e esquece o futuro, o povo... O jornal Cruzeiro do Vale retratou muito bem na edição passada, a precariedade da Rua Anfilóquio Nunes Pires, a ex-rodovia estadual Jorge Lacerda. O PT municipalizou para poder nela ganhar dinheiro com multas. Esqueceu que a municipalização obriga Gaspar na manutenção, que é cara e ainda mais agora quando nem multas se podem aplicar porque a Ditran se enrola há um ano nas licitações das lombadas eletrônicas. Quando alguém da imprensa de Blumenau vem aqui, Jackson José dos Santos, diz que na semana seguinte tudo será resolvido.
O jogo dos números. A prefeitura de Gaspar fez o segundo aditivo com a Múltiplos Serviços e Obras. Ela faz a drenagem pluvial e a pavimentação asfáltica da Rua Fernando Krauss, a que se diz inaugurada, mas não está pronta. E pelo jeito vai demorar, pois o aditivo vai até janeiro de 2014. O que está no aditivo? A supressão de R$ 118.313,90 e o acréscimo de R$128.171,32. Então noves fora...
Sabe quanto Gaspar está pagando por semestre para internar idosos ou deficientes mentais acima de 18 anos na Casa Geriátrica de Repouso de Brusque? R$ 137.140,08 é o que revela o contrato FMAS-4/2013.
Mais tempo. A prefeitura acaba de assinar o quarto aditivo com a Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia no contrato 89/2011, feito para a revisão do Plano Diretor. Ele foi publicado no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet. Agora o prazo foi para final de outubro, quando o trabalho deverá ser apresentado em audiência pública. Este assunto ? a revisão - está incomodando a atual administração. O trabalho que ela viu e seus técnicos acompanham, contraria os interesses de amigos do poder. A então queridinha Iguatemi, também está incomodada com as ?sugestões? e interferências locais. Elas ferem o óbvio previsto pelo estatuto das cidades e a ética profissional.
Curiosidade. Na licitação 103/2013 para a contratação de um data Center (onde se guarda os dados e arquivos digitais) competiram duas empresas: a Linha Livre Internet, de Florianópolis, que venceu; e a queria vencer, a Centro de Tecnologia Armazém Datacenter, de Brusque. É coisa pouca, mas de significação simbólica. A prefeitura estimava gastar com este serviço R$2.106,66 por mês. No pregão, a Linha Livre venceu por R$1.489,00. Uma bela diferença. A Armazém contestou. A curiosidade fica para o final desta história de enlaces: em nome de quem está registrado o domínio da Armazém Data Center? Da Recicle Catarinense de Coleta de Lixo e Entulho Ltda.
Está na moda. O PMDB de Gaspar ingressou com Embargos de Declaração e Infringentes da decisão do Tribunal Regional Eleitoral a qual livrou recentemente Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, da cassação.
Pelo Hospital de Gaspar, estavam em Florianópolis, entre outros os deputados Ana Paula Lima, PT, Ismael dos Santos, PSD, Aldo Schneider, PMDB e líder do governo Raimundo Colombo, PSD. Ausente, Jean Jackson Kuhlmann, PSD. Dos vereadores daqui, José Hilário Melato, PP e Ciro André Quintino, PMDB.
Edição 1513
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