16/07/2013
DEBOCHE I
Esta nota vocês a leram na coluna de sexta-feira. Foi proposital. Alguns não entenderam e me telefonaram ou escreveram. A prova da ironia. Primeiro a nota. Depois o desenho. ?Deboche. Na entrevista propaganda das quintas-feiras na Rádio Nativa, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, agradeceu aos vereadores pela aprovação de projetos que implicam em mais asfaltamento e compras de máquinas (?). Ele não deve estar tão mal informado assim. O que Zuchi diz estar aprovado, o seu cunhado e líder na Câmara, Antônio Carlos Dalsóchio, ainda tenta goela abaixo, convencer os vereadores para tal, em mutirão de votação na semana que vem e antes do descanso de julho?.
DEBOCHE II
Volto e para o desenho. É assim que funcionam o PT e Pedro Celso Zuchi. Com deboche, arrogância e o jogo. Assim querem se sair bem no erro da dita oposição. Está na Câmara os projetos de lei 28 e 29/2013. Cozinharam até o último minuto na votação. Proposital. E agora vão até para as extraordinárias. É que depois de três meses de trabalho, os vereadores daqui precisam de férias. O 28 autoriza a prefeitura a um financiamento de até R$ 3 milhões no BNDES, via a Caixa, para o programa chamado de Provias. Ele é destinado para a compra de máquinas e equipamentos. O 29 até o limite de R$ 26.181.824,090, na Caixa, é para o programa Pavimentação e Qualificação de Vias Urbanas, do PAC 2.
DEBOCHE III
Por que o prefeito ?agradeceu? aos vereadores a aprovação destes dois projetos sabendo que nenhum deles ainda tramitou na Câmara? Apenas para intimidar, entisicar, debochar e provocar ao invés de respeitar, governar, esclarecer e dialogar com os vereadores. Se os vereadores enrolarem, Gaspar pode perder esta dinheirama toda. E o tempo da enrolação, o prefeito já tomou e de propósito para não dar margem ao debate e aos necessários pedidos de esclarecimentos na Câmara. Então não resta outra saída aos vereadores, seja de que partido for, analisada a condição de endividamento, aprová-lo e sem perguntas ou pré-condições. Aprovado, Zuchi e o PT correm o risco de dar dinheiro para Kleber Edson Wan Dall, PMDB, no caso de um eventual impedimento na Justiça Eleitoral nos questionamentos que estão em julgamento contra Zuchi. Ou seja, no fundo, nem Zuchi gostaria da aprovação dos projetos. Na dúvida, só resta provocar, debochar e encontrar culpados. Acorda, Gaspar!
CLASSE MÉDIA I
O PT orgulha-se de ter incluído uma parte dos pobres na chamada Classe Média. Marquetagem. Propaganda enganosa. Falsidade. Estatísticas usadas pelo PT mostram que seis entre cada dez brasileiros são da classe média. Seria piada, se não fossem as estatísticas. São da Classe Média segundo eles, quem possui uma renda per capita mensal de R$291,00 a R$1.019,00. Profundamente ridículo. Ofereça um emprego com este salário para um comissionado do PT para ver se ele aceita! Estranhamente ao orgulho, vem à prova da propaganda de ocasião: o PT diz odiar a Classe Média. E quem atesta isto? A fundadora, musa intelectual e ideóloga do partido, a filósofa uspiana Marilena Chauí. E disse isto recentemente, com todas as letras, na comemoração em São Paulo dos dez anos da tomada do poder pelo PT. Entre os que aplaudiram tal constatação de Chauí? O fundador do partido e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que se orgulha de incluir os pobres na Classe Média.
CLASSE MÉDIA II
?E porque é que eu defendo esse ponto de vista? Não é só por razões teóricas e políticas. É PORQUE EU ODEIO A CLASSE MÉDIA. (colérica, sob, finalmente, aplausos entusiasmados). A Classe Média é o atraso de vida. A Classe Média é a estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante? [perde-se procurando mais outro adjetivo ofensivo gratuito] terrorista. (risos da plateia). A Classe Média é a uma abominação política (risos da plateia), porque ela é fascista. Ela é uma abominação ética porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante. Fim.? Duas semanas depois a Classe Média estava nas ruas numa lição nunca antes imaginada por Chauí, o seu PT no poder que com incompetência, mentiras, propaganda, inflação e altos impostos tornam a Classe Média, cada dia mais pobre e dependente das esmolas do poder.
AZUL MARINHO I
Gaspar não possui médicos para a rede pública de saúde, mas quer guardas civis municipais. Faltam recursos para tudo, mas Gaspar quer guardas civis municipais. A Ditran não funciona para o básico, falta efetivo, a Área Azul depois de cinco anos ainda se enrola, multas são retiradas do sistema como se fosse algo particular, há queixas e provas de desmandos, mas Gaspar quer guardas civis municipais. E a Ditran de Gaspar estava sábado em Blumenau defendendo esta ideia na tal Marcha Azul Marinho. Mais. O vereador Luiz Carlos Spengler Filho, o Lú, PP, também agente de trânsito aqui, defende a ideia, faz gestão para que um projeto de lei seja apresentado na Câmara. Quer ele a tal Guarda Civil Municipal.
AZUL MARINHO II
E qual a argumentação dos defensores da Guarda Civil Municipal? De que a segurança pública está uma porcaria. E está. Ao invés de lutar para consertá-la, passa-se recibo, ficam os custos para nós pagadores daquilo que não funciona para a sociedade, mas que consome os nossos altos impostos e se inventa mais uma estrutura, para comer mais impostos que prioritariamente deveriam ir para saúde, educação, assistência social e obras municipais. E para que? Para sustentarem uma Guarda Civil Municipal. Ela não vai resolver nada na área de segurança. Não resolveu onde foi implantada. Mais um mostrengo. Vamos ter ai uma guarda armada do prefeito de plantão, do ex, dos partidos A ou B como já acontece com a Polícia Militar e outros do aparelho de segurança estatal. Vamos criar as tais milícias com os biqueiros, estabelecer privilégios e daqui a alguns anos, teremos mais custos com os aposentados do que com os efetivos, mais custos com indenizações por danos do que efetivamente proteção. Isto sem falar nas armações políticas, corporativas e chantagens para o cidadão pagar a conta, sem reclamar. Nada será irreversível. Não há cláusula de arrependimento.
AZUL MARINHO III
Exagero meu? Nem é preciso ir longe. Vamos ao recente exemplo de Blumenau. A guarda de trânsito de lá que também quer se transformar em Guarda Civil mostrou que do nada, por ajeitamento, oportunismo político e corporativo, a carga horária diária diminuiu de oito para seis horas; que as horas extras de alguns agentes superaram ao salário e que alguns agentes podiam com isto ganhar mais de R$11 mil por mês. Quanto se tentou por a casa em ordem, pela legislação a se que estava sujeita, deixaram a cidade sem guardas, para se vingar do governo que tentou enquadrá-la, mais uma vez trabalhou-se contra a população que a sustenta com os pesados impostos: iniciou-se uma operação padrão para multar mais. Então, está na hora de Gaspar escolher outras prioridades para a sua população. Primeiro, a Ditran precisa exercer a sua função e ser exemplo. Já seria um grande avanço para a cidade, cidadãos e cidadãs. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Tem razão a promotora da moralidade pública de Gaspar, Chimelly Louise de Resenes Marcon, em ir atrás deste assunto. Manchete de capa do jornal O Estado de S. Paulo deste domingo: prefeituras do País criam 64 mil cargos para nomeação política em quatro anos. Prefeitos incharam a máquina com aumento de 14% das vagas sem concurso nas 5.566 cidades brasileiras; uso dos postos como moeda de troca é recorrente. Com a massiva abertura de vagas, o total de funcionários públicos municipais em postos de livre nomeação subiu de 444 mil para 508 mil. A promotora já fez um Termo de Ajuste de Conduta com Ilhota. Gaspar, como sempre, manobra e resiste. Fará no último segundo, se houver a sinalização que irá perder a prefeitura. Apostem!
Guincho no gancho. A licitação para a concessão para execução de serviços públicos de remoção por guincho, depósito e guarda de veículos, decorrente de infrações de trânsito de Gaspar aconteceu na quinta-feira, mas nada ainda está decidido. Foram cinco anos de enrolações e duas licitações no buraco. Desta vez concorreram cinco empresas. Duas foram desclassificadas. A Safe Car e a Vô Bráulio. Estão no páreo: a Mondini (que faz o serviço), AC Kar e a Videira Eireli (que ganhou, mas não levou no início do ano. É a única de fora).
Edição 1506
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