25/06/2013
OBRIGADO, GASPAR I
?Cidade muda não muda?. Em nome da dialética, da liberdade de expressão e da democracia eu preciso agradecer às duas mil pessoas que deram a cara ? apesar de todas as pressões, angústias e medo ? e foram para as ruas na sexta-feira em Gaspar, numa boa, sem violência e debaixo de chuva. Elas falaram e demonstraram por outras milhares contra os céticos, os donos do poder e os pernósticos. Elas querem o mínimo, ou seja, um Brasil e principalmente uma Gaspar melhor, mais plural, desenvolvida, dialética e transparente para todos. Muitos gasparenses estão cansados de tanta enrolação. Estas pessoas estão acordadas e querem ser ouvidas na construção de uma cidade cidadã.
OBRIGADO, GASPAR II
?Cidade muda não muda?. A manifestação de sexta-feira foi uma resposta aos discursos hipócritas, desconexos e palanqueiros feitos na mesma semana onde se citou Marx ? que não devem conhece-lo. Estes arautos davam conta e juravam na semana passada ? semana da passeata - que não havia condições para a insatisfação da massa bem atendida pelo governo. O Brasil os desmentiu. Gaspar os desmoralizou. A presidente Dilma Vana Rousseff, espertamente para destampar a chaleira e baixar a temperatura, reconheceu que o povo tem razão. Então com quem está a verdade? Com os políticos alienados e se lambuzando no poder, ou com a massa que paga altos impostos e é roubada pela inflação, pela corrupção de valores, pela mentira, pela falta de saúde, segurança, obras de infraestrutura entre muitas outras necessidades básicas? Se era possível diminuir as passagens dos ônibus urbanos por que se aumentou antes? Se era possível diminuir as passagens de ônibus urbano, por que se esperou a pressão das ruas e principalmente uma Ação Popular para baixa-la e fazer disto uma propaganda enganosa? Acorda, Gaspar!
O PSDB TRAÍDO I
O pequeníssimo PSDB de Gaspar já está na rua e diz que vai ter candidato a deputado estadual. Justo. E diz que isto vai acontecer pelo apoio integral e irrestrito do grande e tradicional PMDB. Alguém precisa avisar o Joel Júlio da Costa, ex-pemebebista, pré-candidato, que a história de Marcelo Xavier Schmitz, PSDB e então secretário de Turismo, Indústria e Comércio daqui, de 2006, poderá se repetir em 2014. Naquele ano, o PMDB jurou que apoiaria Marcelo e ele ficou com a decepção, migalhas de votos e um monte de dívidas que levou anos para ajustá-las. Talvez, este último caso não seja um problema tão sério para o Joel.
O PSDB TRAÍDO II
Os quatro vereadores do PMDB de Gaspar ensaiam todos os tipos de apoios para deputado estadual dentro do próprio partido, menos ao PSDB e a Joel. A não ser que este movimento seja para colocar preço no apoio. Ivete Mafra Hammes está comprometida com a deputada estadual Dirce Heirnscheidet (onde até Marlise da Cunha deu o ar da graça no encontro promovido aqui recentemente), além de Joãozinho Matos e até Paulo França (como fazem Marli Iracema Sontag e Jaime Kirschner) ou quem Paulo indicar, como por exemplo o César Botelho. Ciro André Quintino inclina-se para Aldo Schneider. E o leitor perguntaria: e o ex-vereador, ex-candidato a prefeito Kleber Edson Wan Dall? Ficará ?quieto? como da vez passada. Ficará dividido entre a igreja com Ismael dos Santos, PSD, que nada fez por Gaspar até agora e Paulo França (ou César Botelho, seu chefe no cabideiro da secretaria Regional de Desenvolvimento), ambos do PMDB. Resumindo. Joel precisa virar este jogo para que não se repita a história de 2006.
PPA I
Diferença. Técnicos da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão da Prefeitura de Joinville apresentaram o Plano Plurianual (PPA) na Câmara de lá. Entre as novidades está o Programa Joinville 2030, que prevê obras de longo prazo para uma Joinville com o dobro de habitantes. Para este programa, estão alocados R$ 688,5 milhões para os próximos quatro anos, 7,5% do total do PPA. E Gaspar? Nada sobre o futuro, mas truques para resolver o passado.
PPA II
Observe este truque e para o qual nenhum vereador falou nada até agora. Há outros. Está lá: ?estabilização de talude Morro do Samae, R$1.500.000,00?. Mas, este talude feito em grande parte de capim, não tinha um convênio de R$2.351.603,26 com o Ministério da Integração Nacional (Siafi 728113), dos quais R$1.042.687,17 vieram no dia 27 de fevereiro de 2012 quando ele já estava pronto? O que foi feito do restante do convênio se a obra ficou totalmente pronta antes de terminar? Por que o governo Federal não mandou mais o dinheiro para cá? Por que a contrapartida da prefeitura daquele supermuro que era de apenas R$204.487,25 passou agora a R$1,5 milhão? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
?Partido, quem teve foi Lula. Todos brincam de cubos, formando alianças fisiológicas lubrificadas pelos métodos que desembocam em mensalões?, (do jornalista Elio Gasperi no artigo em que mostra que fenômenos eleitorais como Jânio Quadros, Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardozo não precisaram de partido para vencerem, mas ambiente de oportunidade).
Afinal para que serve aquela sinaleira que a prefeitura de Ilhota instalou na Rodovia Jorge Lacerda, no Centro da cidade. Ela nos lembra, sempre, o desperdício de dinheiro público e falta de planejamento.
Olha esta. Está na praça o pregão presencial 107/2013. É para o registro de Preços de gêneros alimentícios tipo cofee-beak (?) para eventos realizados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Vai ser no dia primeiro de julho.
Gaspar é a única cidade que não é sede das copas das Confederações e do Mundo que terá uma obra padrão Fifa: a ponte Hercílio Deecke. É o que se depreende da defesa dos administradores públicos daqui sobre as mazelas que a cerca. Vergonha.
Na audiência pública sobre as obras da ponte Hercílio Deecke realizada pela Comissão de Gestão Pública da Câmara três certezas: a prefeitura não a tem como prioridade para a cidade e se tem, é incompetente para gerenciá-la; como anunciei nesta coluna na semana passada e fui desmentido, mas se confirmou na audiência, se tudo der certo, só em dezembro ela estará pronta; a Câmara também está de conluio nesta irresponsabilidade e contra a Comissão de Gestão, pois sequer gravou a audiência apesar de ter assessor contratado para tal. Acorda, Gaspar!
Humor e realidade. Vi um cartaz que dizia ?desculpe-nos pelos transtornos. São temporários. Você vai ganhar. Estamos mudando o Brasil?. Lembro: o PT um dia nos disse e prometeu o mesmo para chegar ao poder. E ai...
Nem ai. Na audiência pública que tratou da morosidade das obras da ponte Hercílio Deecke a Acig não estava lá. Vai ver os empresários apoiam este escárnio. Errado estava o povo na rua pedindo soluções. E pensar que a Acig já fez até um presidente da Facisc, Francisco Mastella.
Saída sem barulho. O decreto 5.521/2013 e publicado na sexta-feira pelo Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet ? diz que ?fica nomeada para o cargo titular de Conselheira Tutelar, para compor a gestão 2013-2015, a suplente Elaine Cristina da Silva Guimarães, em substituição à conselheira Maria Esonita Schmitt?. Até o fechamento desta edição não havia sido publicado o decreto da exoneração (e razões) de Esonita.
O Belchior e a Carolina compõe uma das maiores extensões de Gaspar. É um das áreas mais importantes, quase sempre isoladas nas reivindicações e das ligações com a cidade de Gaspar. Hoje aquela região possui até uma superintendência. Mas, no Orçamento Participativo foi eleito um só representante, contrastando com a quantidade escolhida em outros bairros de Gaspar. Hum!
Para refletir. Na edição de quinta-feira do Diário Oficial dos Municípios- aquele que se esconde na internet - foram publicadas sete portarias. Nelas foram comunicadas as licenças prêmios dos servidores que depois de mais de cinco anos de serviço tiveram este direito garantido. A do professor Doraci Vans, até hoje não mereceu a mesma publicidade da sua contestada licença prêmio para trabalhar na campanha eleitoral.
Contraste e depois se reclama da voz das ruas. A secretaria de Educação tem nova sede. Vai gastar de aluguel R$60 mil. E da reconstrução da escola Angélica de Souza Costa, no Sertão Verde, destruída na catástrofe ambiental de 2008, nada se fala. Tudo ainda no improviso. Pobre sofre. Acorda, Gaspar!
Edição 1500
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