11/06/2013
A IRRESPONSABILIDADE I
O vereador Antônio Carlos Dalsóchio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, disse na Câmara que não foi à juíza Ana Paula Amaro da Silveira, quem mandou reformar a ponte. E ele está coberto de razão. Ana Paula como magistrada, e de outro poder, não possuía esta prerrogativa e interferência administrativa. Mas, foi ela, quem acabou com a irresponsabilidade da administração petista que passou por cima do decreto nº 1.843 de 08 de março de 2007. Ele fixou o limite em seis toneladas de peso para os veículos sobre a ponte. Mais: e de quebra fez valer o laudo da própria Defesa Civil, a qual apontou riscos sérios às pessoas e veículos naquela ponte, na situação precária em que estava.
A IRRESPONSABILIDADE II
Aliás, a constatação da grave doença da ponte e a vilvadice de oportunidade do PT neste caso contra a cidade e as vidas das pessoas vêm desde 12 de fevereiro de 2001, quando Pedro Celso Zuchi, baseando-se em laudos técnicos, editou o decreto 100/2001. Ali já se fixava o limite de peso sobre a ponte Hercílio Deecke em cinco toneladas. Ressalto, o próprio Zuchi decretou o limite de cinco toneladas há mais de 12 anos. Ai pressionado por forças políticas e da conveniência, em menos de um mês, no dia seis de março, o decreto 124/2001 dobrou a permissão para dez toneladas. E no dia 24 de julho, o decreto 234/2001 criou mais outra irresponsabilidade casuística: livrou da limitação que impôs por segurança a todos, a frota da Prefeitura. Gracinha.
A IRRESPONSABILIDADE III
O assunto voltou a ser normatizado em de 31 de maio de 2005 pelo prefeito que sucedeu Zuchi, o Adilson Luiz Schmitt, então no PMDB. No decreto 881 fixou o peso máximo em seis toneladas, livrou os ônibus e caminhões de bombeiros, desde que passassem de uma só vez pela ponte (?). E finalmente o decreto 1.843, de oito de março de 2007 mudou de seis para dez toneladas o limite máximo (?). Quando Zuchi assumiu em 2009, sucedendo Adilson, mesmo com o decreto em vigor, tudo foi esquecido e liberado. Ai surgiu um laudo da Defesa Civil e da Ditran de Zuchi apontando ameaças graves. Esconderam-no. Eu publiquei no dia 29 de fevereiro de 2010. Um auê. Praguejaram. Foram à caça de quem tinha me passado o documento público, mas que o tornaram sigiloso, ao invés de arrumar a ponte e proteger os cidadãos e cidadãs.
A IRRESPONSBILIDADE IV
No dia três de março, o advogado Aurélio Marcos de Souza denunciou o fato ao Ministério Público. Só no dia 19 de outubro, a juíza Ana Paula atendeu aos apelos liminares da Ação Civil Pública assinada pelo promotor Murilo Adghinari e obrigou a limitação da passagem em seis toneladas, com multa diária pelo descumprimento de tal ordem judicial. A prefeitura não teve outra forma a não ser ir atrás do remendo. Faz a contragosto e sacrifica todos nós. Antes, porém, tentou via a sua empresa de lixo que criou derrubar a decisão da juíza no Tribunal e deixar todos expostos ao perigo e cantar vitórias. Não conseguiu. Esta é, infelizmente, uma das mágoas que o Tonho, Zuchi e o PT querem se livrar.
ARANHA DO ADILSON I
Na semana em que noticio de que o padre Márcio Fernandes de Oliveira quer fazer tábuas dos bancos centenários e históricos da Capela Santa Catarina; na semana em que se procura ainda pelo madeirame da mangueira de gado da Arena Multiuso que o município ?vendeu? sem lei que autorizasse tal ato, em meio das doações legalizadas de bateiras, os implicados foram à forra. ?Herculano: o Adilson Luiz Schmitt, PPS, quando prefeito, ganhou uma charrete, arrumou, incorporou ao patrimônio público e depois que saiu da prefeitura levou ela embora. Investigue?. Não perdi tempo. Fui direto. ?O que é isto Adilson?? Conclusão: mentiram, deram escada para o Adilson aparecer e mais uma vez se atestar como inocente. Quando vão aprender?
ARANHA DO ADILSON II
A versão do Adilson para esta história. ?Esta charrete (é uma aranha devido às rodas grandes) era do meu avô Antônio Pedro Schmitt. Eu a reformei na ferraria Bohn, em Guabiruba. Paguei. Quem buscou foi o Pepa Muleta. Meu avô e frei Godofredo Sibert utilizaram-na para arrecadar fundos à construção da nova Igreja Matriz. Atualmente ela está guardada no sítio do Maurílio Schmitt, nos Macucos. Utilizei em vários desfiles. Mas era minha. Em 2008 levei embora. Lembro que a Dona Lori Beduschi, viúva de Dário doou para o município de Gaspar: um carro de molas, um carro de boi e uma carroça, que foram todos reformados pelo Elpídio Schneider e pagos por mim. Deixamos na Secretaria de Turismo?. O carro de boi e a carroça estão na secretaria de Obras, conferi. E o carro de molas foi doado pela Moema Beduschi, quando diretora da Casa de Oficinas Culturais para o Salézio Conceição. Nenhum deles está no imobilizado da Prefeitura.
ARANHA DO ADILSON III
Para quem não se lembra da aranha desta polêmica, publico duas fotos do acervo da família Schmitt. Numa, depois dela reformada, no desfile de aniversário de Gaspar em 2006 na Aristiliano Ramos, com Orlando Bornhausen e Alfredo Testoni. A antiga é a década de 1940. Nela, Antônio Pedro Schmitt e o irmão José Rafael defronte a residência do pai Adão Schmitt, onde atualmente é a Rua Adão Schmitt, aqui no Centro.
OBRAS E O ABANDONO I
O governo de Pedro Celso Zuchi e especialmente o PT de Gaspar rebatem qualquer crítica com uma lista de obras físicas. A maioria delas inacabadas, com dúvidas e que infernizam a vida da população e do comércio como a da ponte Hercílio Deecke. Fazem isto para esconder as três piores obras do governo para com a sociedade: a Saúde, o Desenvolvimento Social e Educação (creches, contra turno, integral). Para a Saúde, onde os pobres, desinformados, doentes e fracos sofrem na dor, angústia e desamparo do poder público, a promotora da Primeira Vara, Luciana Uller, acaba de instaurar onze inquéritos (nos comentários da coluna na internet publico os detalhes deles). Fez bem. Um avanço à proteção cidadã. Já para a área da Assistência Social e Educação...
OBRAS E O ABANDONO II
A doutora Luciana quer apurar por que a secretaria de Saúde do município e a secretaria de Saúde do estado se negam ao fornecimento de determinados medicamentos; ou por que há demora na marcação de cirurgias ou agendamento de consultas especializadas. Até o Hospital de Gaspar entrou na dança. O Ministério Público quer apurar a suposta falta de condições de atendimento no pronto socorro e até uma suposta falta de ?medidas necessárias para o tratamento de Desnutrição Proteica Calórica Grave?. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Pode um servidor público sumir com os autos de infração 55634940D a 55634945D na Ditran de Gaspar? Isto é ou não prevaricação? Ministério Público deveria se interessar, pois talvez queiram esconder uma infração de excesso de peso sobre a ponte. Acorda, Gaspar!
Aqui sempre mostro como as dezenas de sindicâncias internas da prefeitura é um jogo do empurra e do nada; prolongam-se por anos para incriminar os amigos. Dia destes, numa audiência no Fórum, mais uma prova do jogo. Um ex-servidor foi inocentado num processo administrativo da prefeitura. E os levou como prova no processo que chegou ao Fórum. Na audiência uma testemunha, por questões de oportunidade e causa política partidária, tentou inverter o depoimento que dera no processo administrativo interno da prefeitura a favor do servidor. Foi pega no contrapé. Um vexame. Por pouco não se tipificou o falso testemunho.
A Prefeitura de Gaspar vai pagar R$128.954,00 à Furb. Ela a contratou por inexigibilidade para a execução do Projeto de Formação Continuada dos professores e funcionários da Rede Municipal de Ensino de Gaspar.
Outra. Há um aditivo ao contrato SAF-66/2012. Ele é com WDF Serviços para a prorrogação a ampliação da Escola Luiz de Franzói, na Bateias. Sem valor, até 24 de julho. A obra está parada, o mato tomando conta numa área aterrada e que era de preservação ambiental.
Edição 1496
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