07/06/2013
PONTE DO VALE
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi ontem à Rádio Nativa e disse que a verba de R$31 milhões da emenda parlamentar da bancada catarinense no Congresso não foi rubricada pela presidente Dilma Vana Roussef. Isto, apesar dos sucessivos desmentidos dos políticos daqui, eu vinha informando aos leitores e leitoras desta coluna. Gastaram-se passagens e diárias à toa. Estou de alma lavada e ao mesmo tempo triste ao comprovar de como o governo Federal faz gato e sapato de uma região forte geradora de tributos, mas sem o retorno na mesma proporção que arrecada. Outra que se desmentia na Câmara e na imprensa, mas que os documentos comprovavam: na mesma entrevista, Zuchi confirmou que a contrapartida da prefeitura na Ponte é de R$22 milhões e que esperava ver livre com a emenda que ainda não se confirmou. Acorda, Gaspar!
A CÂMARA I
Um leitor meu na internet, espaço líder em acessos, provocou. Para ele, a atual Câmara de Vereadores de Gaspar é fraca. Discordei. E argumentei. Houve uma evolução qualitativa e de forma significativa no corpo de vereadores, se houver a comparação com a legislatura passada. O ?reinado? - de José Amarildo Rampelotti e Antônio Carlos Dalsóchio, ambos do PT, ardilosos e articulados (e nenhum demérito nisto), bem como do mais petista de todos e melhor experiente nas ações de bastidores para o grupo de Pedro Celso Zuchi, José Hilário Melato, PP , possui hoje um firme contraponto plural no Legislativo.
A CÂMARA II
A experiente Ivete Mafra Hammes e articulado Ciro André Quintino, ambos do PMDB, somados a Luiz Carlos Spengler Filho, o Lú do PP, até então um apagado vereador na legislatura passada, bem como a boa surpresa, por enquanto, da novata em política, Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, fazem frente aos problemas, às dúvidas e vão atrás de propostas e soluções sem medo do berro e das chantagens do PT, o poder de plantão.
A CÂMARA III
Devido a eles, hoje o PT não faz mais barba, cabelo e bigode, bem como não humilha mais à Câmara, como uma instituição autônoma e fiscalizadora por dever constitucional. Até os requerimentos dos vereadores pedindo informações do Executivo estão sendo respondidos. Na legislatura passada se mandavam bananas solenes para estes requerimentos e aos vereadores. Um despautério. Naqueles sombrios dias, três vereadores do PT desmoralizavam e valiam muito mais, mas bota mais nisto, do que sete vereadores da dita oposição. Acabou. Está equilibrado. Há um respeito mínimo e aparente entre todos. O PT está preocupado e faz o jogo que lhe é possível fazer. Então concluo: houve evolução qualitativa. Não a ideal, mas a possível e, por enquanto, das boas. Gaspar e os gasparenses ganharam até agora.
A CÂMARA IV
Esperava-se mais? Esperava-se de Marli Iracema Sontag e Jaime Kirschner, ambos do PMDB e principalmente de Marcelo de Souza Brick, PSD que na semana passada deu um respiro com os questionamentos que fez sobre a nossa decorativa Defesa Civil, pois não se trata de assunto partidário, mas de cidadania, sobre prevenção e as vidas dos gasparenses. Volto. Esperava-se, mais. Mas, eram expectativas e que o tempo ainda é curto para julgá-los. O tempo não acabou para eles. Entretanto, ressalto que estes vereadores, mesmo assim, são mais do que foi a maioria dos vereadores na legislação passada. Teve gente que, conta-se nos dedos de uma mão, quanto se manifestou em quatro anos que esteve lá. Uma vergonha para os seus eleitores e eleitoras. E ele diz não saber até hoje porque não se reelegeu.
A CÂMARA V
Outra e para encerrar. Troféu - ganho por mérito ou comprado - não qualifica vereador ou qualquer outro político. Isto não toca nas tifas. Lá a informação não chega de forma clara. E as redes sociais onde muitos se acham, há um certo otimismo; mas cuidado, ninguém é bobo. É preciso trabalho. Muito trabalho. Senso de oportunidade. É preciso resultado junto à comunidade. É preciso autenticidade. Na legislatura passada, o vereador que ganhou um troféu como mais atuante - numa escolha na internet ?promovida? por gente experiente neste comércio de comendas - nem se arriscou a ir à reeleição. Ele sabia que tudo não passava de enganação. E fez bem em não concorrer e ser avaliado de verdade nas urnas. Senão... Acorda, Gaspar!
ANIVERSÁRIO
Esta é o leitor Luciano da Cunha, nos comentários que faz na coluna na internet. ?Iniciados preparativos para o aniversário da reforma da ponte! No mês de outubro iremos comemorar os dois anos de reforma da ponte Hercílio Deecke. Este final de semana foi marcado pelo início dos preparativos do festejo, pois querem evitar atrasos também! Foram feitos testes na instalação do mega laço vermelho (mera coincidência), com a embarcação que trará o bolo comemorativo e com o avião da esquadrilha da fumaça com a faixa de Feliz Aniversário! O evento acontece nos dias 3, 4 e 5 de outubro. Há várias outras atrações, em destaque um ?stand-up comedy? com o deputado Tiririca, estrelando sua peça ?Pior que tá, não fica??. O palco do evento ficará na escadaria da Igreja. Esperam-se milhares de pessoas.
TERRENO BELA VISTA I
O que o presidente da Associação dos Moradores do Bela Vista, Pedro José Garcia, não entende é que o terreno doado por particular para a Associação foi feito com o único objetivo: o de servir à comunidade e não para o comércio de presidentes. Se fosse para um terceiro se desfazer do terreno, ganhando dinheiro, o doador não teria feito tal ato; ele próprio teria feito o negócio e ficado com o lucro. Outra. Está na hora de parar os discursos e desculpas hipócritas.
TERRENO BELA VISTA II
Pedro sabe, e há provas por testemunhos e fotografias: o interessado no melhor naco do terreno estava ativo na Assembleia que decidiu pela imprópria venda. O presidente da Ambevi é passageiro. O terreno é para usufruto eterno da comunidade, para gerar auto sustentação, satisfação e renda a várias gestões prudentes da Ambevi. Pedro: arrende o que quer vender. Crie renda. Crie futuro. Sirva a sua comum idade e não aos interesses especulativos do comprador. Mais: incorpore depois de algum tempo, por contrato público, as benfeitorias advindas deste arrendamento para gerar mais valia e renda para a comunidade e à causa da Ambevi. Se o seu pensamento prevalecesse, a Universidade de Haward, em Boston, a principal do mundo, não teria campus, construído em terras doadas.
UMA SINA
É notória a incompetência ou inaptidão de muitos colaboradores diretos da presidente Dilma Vana Rousseff, PT. E o governo vem pagando caro por isto. Mesmo assim, para não se dar por vencido, ou porque os tem como pau mandado dos erros, o governo não muda os que notoriamente não funcionam. Em Gaspar é a mesma coisa. Então se trata de uma prática do PT? Ou seja, quanto mais se erra ou se mostra incompetente, mas garantido se está no emprego pago por todos nós? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Amanhã é dia de Stammtich de Gaspar. Uma tradição. Uma iniciativa pioneira e perseverança do proprietário e editor do jornal Cruzeiro do Vale, o gasparense Gilberto Schmitt.
Sabedor de que querem mudar o nome da Rua Isidoro Correia, para Irmãos Krauss aqui no Centro, o filho, radialista, jornalista, ex-vereador (em Blumenau) e ex-deputado estadual, Álvaro Correia, pelo PMDB, perguntou. Mas, rua de qual Krauss? O Tita (de lembrança fatídica da Rádio Clube)? O Doca? O Neném? A proposta do nome foi dada pelo ex-vereador e já falecido, Valmor Beduschi na década de 1960.
O governador Raimundo Colombo quer assinar ordem de serviço para construção do prolongamento da Via Expressa (SC-108) no aniversário de Blumenau, 2 de setembro. E o Anel Contorno de Gaspar? Morreu? Quando será a audiência Pública que discutirá este assunto?
Neste final de semana será a festa da Igreja Sagrado Coração de Jesus, no Belchior Alto. O padre Márcio Fernandes de Oliveira aquele que quer transformar em tábuas de mesas de churrascos os bancos centenários da Capela Santa Catarina (Belchior Baixo), resolveu salvar a festa e trazer atrações de fora: as missas principais foram ou serão rezadas por padre Paulo Barbosa, Frei Paschoal e padre Backmann.
?Ter todos os pobres recebendo dinheiro do governo não significa que acabou a pobreza. É o contrário, é sinal de que a economia não consegue gerar educação, emprego e renda para essa gente. O fim da pobreza depende de dois outros indicadores: de crianças e jovens na escola e qualidade do ensino?, do jornalista Carlos Alberto Sardemberg.
Edição 1495
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