04/06/2013
MEMÓRIA DOS FIÉIS I
No dia 21 de maio dei esta informação nos comentários que alimento na internet. ?Depois de fazer festa pela vitória do PT padre do Belchior quer destruir o que resta da história católica construída pela comunidade?. E publiquei o relato emocionante da moradora de Blumenau, mas nascida e crescida no Belchior Baixo, Marlise Cardoso Jensen. Repercutiu. Virou notícia do jornal Cruzeiro do Vale e no sábado, uma reportagem do Jornal do Almoço, na RBS Blumenau. E o padre Márcio Fernandes de Oliveira, escondeu-se em todas, por achar que isto só diz respeito à Igreja e não à preservação da memória do rebanho de fiéis. Desrespeito.
MEMÓRIA DOS FIÉIS II
O que ele quer? Transformar em simples tábuas sem valor para ?novas? mesas de churrasco do salão paroquial da Capela Santa Catarina aos mais que centenários bancos que serviram à antiga Igreja Matriz de São Paulo Apóstolo, de Blumenau. Eles foram doados nos meados da década de 1950. O padre Márcio assim decidiu. E não é a primeira. Correu com as irmãs Franciscanas do Belchior Central e lá, está modificando o Cafehauss. Se não se cuidar, vai ter dificuldades para arrumar gente da comunidade para a festa que fará daqui a duas semanas. Terá que importar companheiros aqui da cidade, os quais foram ao ágape que preparou pela vitória do PT nas últimas eleições de Gaspar. Em tempo: o vencedor, Pedro Celso Zuchi, nem católico é.
CENAS DE UM JOGO I
Sala de audiências da terceira Vara no Fórum de Gaspar. Eu no banco dos réus. Do outro lado, prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, o querelante de uma queixa crime por difamação. Gilberto Schmitt, dono e editor do jornal, no depoimento, entre outras, confirma que nunca foi processado pelo prefeito. Ao sair, cumprimenta na mão Zuchi. Ele retruca: ?deveria ter processado?. Sobre o depoimento firme e claro Mário Wilson da Cruz Mesquita, Zuchi observou: ?aprendi mais uma?. Quando da vez de Danilo Visconti comentou: ?eu o ajudei?, numa reprovação ao seu depoimento. Terminada a audiência, estendi a minha mão a Zuchi, despedimo-nos e lhe disse: ?um abraço?, como se fosse um complemento de um ?até logo?. Ao que retrucou: ?de ti não quero abraço?. E ainda com as mãos entrelaçadas perguntei: ?por quê?? Ele me olhou de lado, soltou a mão e não me respondeu.
CENAS DE UM JOGO II
Mas, este desdém emblemático e debochado ficou reservado ao advogado da causa, Aurélio Marcos de Souza. Lá pelas tantas, do nada Zuchi lembrou que Aurélio era filho de quem fazia cachaça. Aurélio retrucou sobre o engenho de farinha dos Zuchi. Passou-se como normal. Até porque quem nasce filho de fazedor de cachaça pode ser advogado e quem nasce de um farinheiro pode ser prefeito. É do jogo jogado. O professor, idealista, criminalista e antes vendedor de livros jurídicos, Acácio Bernardes (já falecido e pai de Napoleão, prefeito de Blumenau) era filho de um carroceiro e analfabeto. E dai? Contava aos próximos e se orgulhava. Nada disso o diminuía na sua capacidade. Todos nós temos origens e familiares. Pior são aqueles que precisam escondê-los (e não conseguem).
CENAS DE UM JOGO III
O arremate do jogo de cenas veio num dos intervalos da oitiva. Zuchi ao doutor Aurélio e sob o meu proposital testemunho de colunista afiado lança a dúvida profissional e ética. ?Precisamos conversar sobre os processos. Eles estão chegando aos finalmente?, referindo-se aos que tentam cassar Zuchi. Arregalei os olhos. Aurélio pensou e retrucou: ?não há problema algum. O senhor sabe onde é o meu escritório?. Aurélio engoliu. Depois da audiência, refletindo sobre a provocação, Aurélio me escreveu: ?depois de cassá-lo, Herculano, vou atendê-lo e oferecer um estágio em meu escritório, já que está na hora de aumentar meu espaço físico?. Então eu registro. Depois será preciso conferir tudo isto. Acorda, Gaspar!
QUEIXAS I
Os políticos de Gaspar, os que estão no poder, os que foram poder e os que se estabelecem na dita e fraca Oposição, sempre se queixam da minha pena. Argumentam que sou terrível. Pois bem. Terrível é, na minha avaliação, o trabalho que dão e possui o Ministério Público da Segunda Vara da Comarca, a que cuida da moralidade pública e agora nas mãos da promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon.
QUEIXAS II
Vocês pensam que os políticos e agentes públicos estão com pena dela, ou preocupados com as consequências para eles? Nada. Até parecem que torcem para que a doutora Chimelly não dê conta do trabalho que arrumam. E assim fazem questão de errar mais para ela se preocupar em investigá-los; os assuntos se embrulharem e se perderem no tempo, no esquecimento de todos nós. São nada menos, nada mais do que 15 inquéritos que foram prorrogados há pouco dias para se buscar conclusões. É muito. Alguns bem cabeludos e que até foram escândalos, mas já caem no ostracismo. Todos noticiados nesta coluna. Em todos eles acreditem, o município, servidores públicos ou agentes políticos estão envolvidos direta ou indiretamente. Uma vergonha. Então do que esse pessoal se queixa? Sou eu é quem tem que agradecer. Tenho matéria-prima, audiência e credibilidade. Melhor mesmo é se a coluna não existisse, mas por falta do que dizer. Entretanto...
SOBRE O TRAPICHE
Incêndio na Boate Kiss mata 242 pessoas. Estudantes de Medicina voltam para casa, pois acampamento de ?olimpíadas? em Joinville não estava liberado pelos bombeiros. Justiça interdita e cobra alvarás e liberação dos bombeiros para o jogo do Brasil e Inglaterra no domingo. Todos os prédios públicos em Gaspar, principalmente as escolas possuem problemas com alvarás e liberação dos bombeiros.
Tudo isto foi manchete. Chocou. O caso de Gaspar é preventivo. Quem denunciou foi a professora e vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. O assunto pelo jeito morreu, mas ameaça pessoas e crianças. Há gente inconformada e foi ao Ministério Público, em Florianópolis, pedir ações concretas. Com a palavra a vereadora, o secretário de Educação, Neivaldo Silva, a secretária de Planejamento, Patrícia Scheit, a gerente de Defesa Civil, a também professora e sempre ausente nestes assuntos, Mari Inês Testoni Theiss, o prefeito Pedro Celso Zuchi, bem com o pessoal do comando do Corpo de Bombeiros de Gaspar.
Manchete de jornal. Vereadores de Gaspar vão a Florianópolis daqui a duas semanas ver o que o Pacto por Santa Catarina reservou por Gaspar. Um site do governo do estado já diz isto claramente (www.pactoporsc.sc.gov.br). A manchete correta deveria ser: inconformados, vereadores vão cobrar mais do governo do estado por Gaspar. Afinal e apesar de faltar incentivos por novos empreendimentos na cidade, além da fuga de alguns, ainda somos um dos 25 maiores arrecadadores de ICMS do Estado.
Agenda. Prefeitos têm até 10 de junho para enviarem ao Tribunal de Contas do Estado prestação de contas de 2012 por meio eletrônico. As de 2013 já deviam estar sendo remetidas desde o dia 28 de fevereiro. Mais controle. Mais uniformização de dados. Mais rapidez. Mais condições para verificar os desvios.
Bastidores. Era para ser uma homenagem institucional da Câmara de Vereadores pelos 57 anos da Rádio Sentinela do Vale, a ex-Rádio Clube de Gaspar de muitas histórias (Nagib Barbieri, Altair Carlos Pimpão...). Transformou-se numa disputa de homenagens a funcionários visando espaços no jornalismo. Deu zebra e mal estar.
Importação de mão de obra. Gaspar já possui seis haitianos empregados. Todos no Fazzenda Park Hotel. Mais outros quatros aparentados são esperados por aqui.
Contrastes. Ilhota anuncia e ameaça à construção de um parque aquático no Rio Itajaí-Açu. Excelente. Gaspar não conseguiu construir sequer um simples mirante para olhar mesmo rio aqui no Centro. É ruim, heim!
Lembram-se daqueles casos de adoção de Gaspar em que o Fantástico da Rede Globo afirmou que o Ministério Público tinha sido excluído traiçoeiramente das decisões da juíza Ana Paula Amaro da Silveira? Pois bem. O assunto estava no Tribunal de Justiça e corria em segredo (para a proteção da menor). Foram dois recursos sendo que a alegação do MP de irregularidade foi rejeitada até mesmo pela Procuradoria. A decisão saiu no dia 23 de abril. O relator foi o desembargador Carlos Prudêncio.
Mão pesada. O presidente honorário do PMDB de Gaspar, o ex-prefeito Osvaldo Schneider, Paca, mandou acabar com a disputa de advogados em torno das ações contra a reeleição de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. Quer os processos andando e se possível, Kleber Edson Wan Dall, prefeito. Aurélio Marcos de Souza retornou à cena.
Edição 1494
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