14/05/2013
O VIAJANTE E AS DIÁRIAS I
Onde estava o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, na sexta-feira, dia 10 de maio? Em Chapecó, segundo uma nota da Prefeitura. Fazendo o que? ?Prestigiando? o lançamento do edital de licitação para os estudos técnicos e de viabilidade da Ferrovia do Frango. E o que Gaspar tem a ver com isto? Quase nada. Talvez a ferrovia passe por aqui. Na verdade quem estava lá em Chapecó não era o prefeito de Gaspar, mas, mais uma vez, o presidente da Fecam ? Federação Catarinense dos Municípios ? Pedro Celso Zuchi. E os problemas aqui correndo soltos. Espera-se que os gasparenses não tenham que pagar mais esta diária e viagem, pois a justificativa oficial para driblar o Ministério Público já foi armada via a nota oficial. Estas despesas são da Fecam!
O VIAJANTE E AS DIÁRIAS II
Aliás, o prefeito de Gaspar precisa separar estas duas atividades de representação de uma vez por todas. O Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública, recomendou a devolução dos R$4.500,00 de diárias que recebeu para viajar à Alemanha representando a Fecam. A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon foi absolutamente clara: ?considerando que não houve o preenchimento dos requisitos que ensejassem a necessidade do pagamento das diárias por parte dos cofres de Gaspar, vem através do presente RECOMENDAR ao Senhor Prefeito, que proceda à devolução das diárias indevidas e efetivamente pagas ao Município no valor de R$ 4.500,00, devendo a medida ser comunicada e comprovada a este Órgão de Execução, no prazo improrrogável de dez dias, do recebimento da presente?. Isto foi no dia 22 de abril. Veja a íntegra desta recomendação está nos comentários da coluna na internet. Perceba os detalhes.
CONTAGEM REGRESSIVA. E AGORA I?
Passaram-se 12 a dois dias (podem escolher!) do prazo dado para a liberação de R$10,7 milhões da Ponte do Vale em verbas conveniadas, mas retidas pelo governo Federal em Brasília. A garantia foi dada pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, numa rara entrevista coletiva de prestação de contas de viagem para a população no dia 12 de abril. O deputado Décio Neri de Lima e a ministra Ideli Salvatti são os fiadores desta garantia, segundo ele. Até agora, eles deixaram Gaspar na mão.
CONTAGEM REGRESSIVA. E AGORA II?
Na semana passada foi liberada a mixaria de R$1.002.494,55 e que somou R$8.817.748,25 liberados do convênio de R$19.541.800,00 com o Ministério das Cidades, que é do PP. A fonte? O Siafi. A contrapartida a Prefeitura? Continua sendo de R$21.298.172,65 na concorrência (62/2013), a qual totaliza R$43.554.842,95, sem os aditivos, é claro, e ganha pela Artepa Martins. A própria prefeitura já mediu mais de R$21 milhões em obras prontas e entregues. Ou seja, o buraco é grande. Falhou feio a administração de Gaspar, o PT, o PP e Brasília.
CONTAGEM REGRESSIVA. E AGORA III?
Vamos às contas. Uma obra de R$43,5 milhões, cujo convênio já se garantiu R$19,5 milhões, qualquer um saberia que estaria faltando R$24 milhões. Então qual a razão da nova emenda parlamentar nº 71260002 ser de R$31 milhões? Ou já fizeram a previsão dos aditivos? Uma ponte estimada em R$45,5 milhões, ganha por R$43,5 milhões vai ficar por R$50,5 milhões? Por que a Comissão de Gestão Pública da Câmara não se interessa, acompanha e esclarece estes números? Outra. O negócio vai se enrolar. Ao comunicador Júlio Carlos Schramm, da Rádio Sentinela do Vale, numa entrevista escada na semana passada e feita para a propaganda, o prefeito já avisou que a nova emenda está encalacrada na burocracia do PT de Brasília. Uai? E o que é feito da ministra Ideli, da Logos, das constantes viagens à Capital Federal e do deputado Décio? Acorda, Gaspar!
26 ANOS DE PRISÃO
Era madrugada de 26 de abril do ano passado. O casal de idosos e aposentados Ernesto e Mônica Belomini Muller foram surpreendidos, rendidos, assaltados e torturados na residência, à Rua Niterói, na Margem Esquerda. Eram três bandidos que levaram R$30mil, pertences e um Scenic, o qual foi capotado na fuga. Ernesto foi agredido e queimado. Morreu em 17 de junho. Um auê na imprensa. Não era para menos. Agora, dia 26 de abril, dois dos três bandidos foram condenados a 26 anos e seis meses, inicialmente em regime fechado: Marcos Luiz Zuqui (de Itajaí) e Claudemir Pereira Ederson (Camboriú). Nada na imprensa. Uma pena. No julgamento prevaleceu a tese do Ministério Público sobre a defesa. A promotora foi Chimelly Louise de Resenes Marcon. Os réus já estão recorrendo. Acharam muito. A sociedade e a família das vítimas, pouco.
SOBRE O TRAPICHE
Contraste. Este é o título da nota da prefeitura: superintendência (Belchior) realiza serviço de macadamização na Rua Bonifácio Haendchen. Em Luiz Alves, a continuação da Bonifácio é toda asfaltada. E faz anos.
Na quinta-feira aconteceu a Quinta Conferência Municipal da Cidade de Gaspar. Fundamental. O lema do encontro foi totalmente apropriado para o resultado a que se chegou. ?Quem muda a cidade somos nós?. Mas quem são este nós? Deve ser o poder de plantão, a patrulha e o aparelho. Olha só quem foram os delegados escolhidos para a Conferência estadual: Luís Carlos dos Santos e Carlos José Junges pelos movimentos populares; Dionísio da Silva e Ricardo Karstedt pelas entidades de classe; Solange Tomio, José Carlos Mitterstein, Patrícia Sheidt e Daniel Fernando Cardoso representando o governo.
Atraso de sete meses. Políticos na direção só podem dar nisto. Desde outubro do ano passado se sabia oficialmente que Gaspar teria 13 vereadores. Pois só na terça-feira é que cada um passou ter o seu gabinete. Havia apenas dez e os mais novos andaram compartilhando espaços.
O que o deputado Federal Valdir Colatto, PMDB, que nunca aparece por aqui, veio fazer em Gaspar, onde foi recebido com um café festivo pelo Diretório? Pedir os votos dos delegados Ivete Mafra Hammes e Valter Morello, para Mauro Mariani, na convenção de junho que vai eleger o presidente estadual do PMDB. Isto todos esconderam. Por quê? Porque Colatto perdeu tempo. Os votos são para a reeleição de Eduardo Pinho Moreira.
Correndo atrás. A vereadora Marli Iracema Sontag, PMDB, moradora do Bela Vista, pediu para verificar a correta localização da Rua Isidoro Correa, aqui no Centro. Ela quer trocar o nome da Rua para Irmãos Krauss no Projeto de Lei 17/2013. Pelo jeito quer torná-la num beco particular para poucos como aconteceu com a Rua Cecília Joanna Schneider Krauss, no bairro Sete, onde se fraudou uma lei e até hoje prevalece o crime para os do poder de plantão.
Os vereadores da Comissão de Gestão Pública, Andréia Symone Zimmermann Nagel, DEM, Ivete Mafra Hammes e Marli Iracema Sontag, ambas do PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, pediram ao prefeito a volta de parte do projeto de lei 003/2013 no que toca os servidores só terem férias depois do período aquisitivo, a exceção dos professores, que deverão tê-las coincidentes com as férias escolares. O referido projeto foi retirado quando estava na comissão de Legislação. Ele, espertamente, também propunha que ?os servidores comissionados não precisassem mais bater o ponto em Gaspar?.
O vereador Ciro André Quintino, PMDB, pediu informações sobre a arrecadação do IPVA em Gaspar. Ele quer comparar os últimos quatro anos. A coluna mostrou que houve queda nestes primeiros quatro meses se comparada ao ano passado, apesar do hipotético aumento número de veículos aqui em Gaspar.
Ilhota 1. O Tribunal de Contas mandou a prefeitura acertar o último contracheque do servidor falecido Marioly Domingos Machado e o Instituto de Previdência Municipal de Ilhota ? o Ilhotaprev ? regularizar as pensões da beneficiária Esmeralda Debarba Machado. O problema aconteceu na gestão do ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB.
Ilhota 2. Em 2008, o Tribunal de Contas mandou o ex-prefeito Ademar Felisky e seu vice Norival César Floriani desfazerem aposentadoria irregular do servidor operador de máquinas, Pedro Merlo. Nem deram bola. Agora, o TCE revendo o caso, cinco anos depois (quanto tempo?), deu 30 dias para a regularização e aplicou multa de R$800,00 ao ex-prefeito.
Vai demorar. O que se publicou na quarta-feira da semana passada no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet? O terceiro aditivo ao contrato SAF-89/2011 com a Iguatemi Consultoria e Serviços de Engenharia. Trata-se da revisão do plano Diretor de Gaspar. Estava vencido. O aditivo é para prorroga-lo para 29 de agosto. Enquanto isto, por aqui, entre poucos, tenta-se desfigurar o trabalho técnico da Iguatemi aos poderosos interesses de poucos amigos do poder de plantão.
Edição 1488
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