10/05/2013
ANA PAULA I
Volto ao tema. Circo. Espetáculo. O que vou escrever aqui eu já publiquei na coluna na internet, a líder em acessos. E a fonte é o www.jornalggn.com.br, de Luís Nassif. Estarrecedor. Triste. Incompreensível. A Rede Globo veio a Gaspar e se escondeu em Ilhota por vários dias para armar uma reportagem para o Fantástico. Ainda não a finalizou. Teve ajuda oficial. Ela queria provar o tráfico de crianças e abrigamentos ao arrepio da Lei por aqui. Quis validar o conteúdo de ficção da sua novela Salve Jorge. Ficou claro que a Rede Globo deixou-se propositadamente se induzir, porque era do seu interesse, por gente sem escrúpulos, traficantes influência, ilícitos, poder e da desmoralização de conduta ética e que contraria interesses ideológicos, corporativos, negócios e resultados pessoais em detrimento dos sociais e comunitários.
ANA PAULA II
O alvo aqui era (e é) a ex-juíza da Comarca, Ana Paula Amaro da Silveira. Ela ousou enfrentar com decisões, sentenças e despachos o PT, instalado no poder de plantão local. O ato sorrateiro só aconteceu depois que a juíza saiu daqui, após onze anos e a seu próprio pedido para usufruir uma promoção funcional. Com a reportagem da Globo no ar, houve comemorações, discursos (os da Câmara estão gravados e há quem não queira vê-los apensados em possíveis provas ou processos). Hoje estes mesmos políticos que usaram prepostos, armações e mentiras, prestes a serem desmascarados, não querem que os fatos que propagaram sejam esclarecidos à comunidade por documentos oficiais da corregedoria do Tribunal de Justiça. Não quer uma audiência pública proposta pela Câmara. Mentem nos argumentos. Dizem-se perseguidos. Frágeis. Inventam fatos. Invertem a culpa. Afirmam serem as vítimas esses valentões.
ANA PAULA III
E qual o medo desta gente dissimulada que se serviu da reportagem incompleta, surreal e mal fundamentada do Fantástico que para validar o caso de Gaspar, que para ser real teve que emprestar um do Paraná, também pouco claro? No caso das crianças baianas adotadas de Monte Santo por famílias paulistas a Rede Globo foi desmascarada. Está em silêncio lá e aqui onde o assunto ainda não foi detalhado publicamente. Na Bahia, o pai das crianças é alcóolatra, violento e foi preso por estupro. Não vive com a família. Ele próprio admite que filhos de sua ex-mulher não sejam dele. A Globo escondeu isto dos telespectadores. A mãe é alcóolatra, se prostitui, passa as noites fora de casa, deixando ao abandono crianças de pouca idade. A Globo escondeu isto dos telespectadores. Valia a sua versão novelística. Valia a pauta para políticos, comissões, audiência e sustentação da matéria.
ANA PAULA IV
Quer mais? O juiz Luiz Roberto Cappio foi herói e ator a serviço do jornalismo da Globo no caso baiano. Deu a cara ao tapa. Aqui se esconderam. Cappio agora está sendo questionado, vejam só, na sua sanidade mental. E por quem? Pela própria corregedoria do Tribunal da Bahia. Pior. Sabe-se também as razões pela qual ele reverteu às adoções que deu notoriedade ao repórter Raimundo José, o baiano que veio ?apurar o caso de Gaspar?, mas não o concluiu até hoje. O juiz é tio, nada mais, nada menos do que do bispo Dom Luiz Cappio ? aquele que ganhou notoriedade nacional fazendo greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco. O bispo teria processos escabrosos que transitam em segredo de Justiça (?). O sobrinho ?trancou? todos? E quem instruiu os processos contra o bispo? O juiz Vitor Bizerra ? o que concedeu o abrigamento e as adoções, que virou alvo da Globo, da ministra Maria do Rosário, da Pastoral da Criança, mas que hoje se sabe, ele agiu a pedido do Ministério Público, do Conselho Tutelar, da Lei específica, de tantas evidências e provas já relatadas aqui. A Globo providencialmente escondeu tudo isto dos telespectadores para dar credibilidade a uma farsa.
ANA PAULA V
Considerações finais. O caso da Bahia se assemelha ao massacre moral que a Globo impôs ao caso catarinense de Ilhota e Gaspar. Há personagens assemelhados no trato, farsa, trama e na vingança. Ainda reportarei sobre este assunto. É inacreditável que a Globo permaneça muda diante de tantas atrocidades técnicas, morais, éticas, provas, incoerências, interesses e desvios profissionais. Afinal para que servem os tais ?Princípios editoriais? e éticos da Globo se ela mesma os despreza e é conveniente? Lixo. Pior conclusão: enquanto políticos, ideólogos, poder, corporações, instituições, políticos e mídia se enfrentam, as crianças vulneráveis têm o seu futuro comprometido. Elas se tornam cada vez mais párias de uma sociedade insana. Não é atoa que uma foto de um animal desamparado gere mais cliques na internet (e interesses de adoção) do que a de uma criança, aliás, que nem pode ser mostrada para que seus olhos não demonstrem o pedido de socorro. Degradação de valores. Patrocinada por políticos e gente esclarecida.
CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam de ?menos sete? a dois dias (podem escolher!) para a liberação de R$10,7 milhões da Ponte do Vale em verbas conveniadas, mas retidas pelo governo Federal em Brasília. A garantia é do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, como relatou numa rara entrevista coletiva de prestação de contas de viagem para a população no dia 12 de abril. O deputado Décio Neri de Lima e a ministra Ideli Salvatti são os fiadores, segundo ele. Até agora, eles deixaram Gaspar na mão. Nesta semana foi liberada a mixaria de R$1.002.494,55 e que somou R$8.817.748,25, do convênio de R$19.541.800,00 com o Ministério das Cidades. A fonte? O Siafi. Ah! A contrapartida a Prefeitura? Continua sendo de R$21.298.172,65
SOBRE O TRAPICHE
A comissão para discutir os acessos da Ponte do Vale ao povo da Margem Esquerda e que o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT não quer, vai se encontrar às 14 horas desta segunda-feira, como enrolão mor do DNIT, o engenheiro João José dos Santos, cobra criada há dez anos da gasparense honorária, a ministra Ideli Salvatti. Já se sabe qual o desfecho.
A coisa tá feia. Enrolação em licitação ?come? seis meses de arrecadação em multas por falta de lombadas eletrônicas em Gaspar. Ou seja, quase R$2 milhões dos R$4 milhões orçados. E olha esta agora. Mesmo com mais carros circulando a arrecadação de Gaspar com o IPVA caiu mais de 27% nestes primeiros quatro meses de 2013. Em 2012, no mesmo período foram arrecadados R$1,45 milhão. Neste ano, R$1,06 milhão.
Foi à vereadora Alyne Cristina Debrassi Silva, PSD, quem pediu para sair da liderança do governo de Ilhota. O prefeito Daniel Bossi, PSD, a fazia de boba.
Mauro José Gubbert, PT, e gerente do tal Orçamento Participativo é um daqueles companheiros de corpo fechado por amigos. Fez campanha com pesquisa falsa a favor de Ideli Salvatti em 2010 usando o computador da Prefeitura. Foi denunciado. A Polícia Federal levou dois anos no inquérito. Recentemente a Promotoria mandou a Prefeitura abrir uma sindicância interna para apurar o caso. A Prefeitura ?esqueceu?. O caso está no MP desde o dia 28 de fevereiro. Espera-se que não fique lá até a Prefeitura concluir a sindicância. Em casos bem mais simples levaram anos. Só falta o MP se basear na sindicância da Prefeitura para denunciar ou arquivar por falta de provas. A raposa cuidando dos ovos. Em caso assemelhado em Lages, o inquérito e a sentença demoraram em seis meses. Mas, lá ninguém do PT era o indiciado.
Sabe quanto à Prefeitura de Gaspar quer gastar em passagens? R$ R$ 304.700,00. Destes, R$38.000,00 em rodoviárias e os outros R$266.700,00 em aéreas. A maioria, certamente, será para Brasília. A licitação é nesta segunda-feira, dia 13.
Na terça-feira a Prefeitura quer comprar R$ 3.283.503,00 em de tubos, grelhas, lajotas, tijolos, pavers e meio-fio. A licitação é a 75/2013.
É batera ou bateira? Segundo os dicionários é bateira, embarcação pequena e sem quilha, outrora usada no Tejo, para serviço das fragatas e barcos maiores. Pois é a Defesa Civil de Gaspar está doando ?bateras?. Depois que uma delas foi roubada de sua garagem, melhor caminho é este mesmo para que associações de bairro cuidem delas e as usem nas enchentes. A discussão não é a ortográfica, mas o ato de doação. Ele é formal. Está num projeto de lei do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, o 19/2013. Então qual o fundamento legal para se vender a mangueira de gado da futura Arena Multiuso sem aprovação da Câmara? E há gente braba por que este assunto foi parar aqui e se acabou com a farra.
Edição 1487
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