26/04/2013
TORTO I
Lavaram a minha alma, mais uma vez. E da pior forma possível: prejudicando o povo. Diz o dito popular: pau que nasce torto morre torto. O CDI do bairro Sete, ali na Rua Prefeito Júlio Schramm, beirando a Avenida Francisco Mastella e que vai levar o nome da exemplar Durvalina Fachini, é uma das seis mil creches prometidas por Dilma Vana Rousseff, PT, até 2014. Apenas sete foram concluídas em todo Brasil até agora, segundo o relatório do próprio Tribunal Contas da União.
TORTO II
A daqui, como as outras, só problemas e um sumidouro de dinheiro dos nossos pesados impostos. Nasceu torta. Continua torta e não foi por falta de aviso. Fiz isto aqui há dois anos. Antes da construção. Fui desmentido e desmoralizado. Eu era o ridículo. Estava a serviço da oposição (?), da inveja e da intriga. Deixa para lá... Bom o que está acontecendo neste momento e que lava a minha alma? A comissão de Gestão Pública da Câmara (Luiz Carlos Spengler Filho, o Lú PP; Ivete Mafra Hammes e Ciro André Quintino, ambos do PMDB e Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, esta professora) foi ao CDI. Ela constatou que esta demorada e cara obra, que nem inaugurada ainda foi, possuem rachaduras, e perigosas paras as crianças quando elas forem para lá. Quer mais? No dia 17 de maio, vejam só, haverá uma nova licitação para dar mais recursos para algo caro, demorado e mal explicado.
TORTO III
Esta creche abrigará 244 crianças. É ampla e sobre um terreno instável, de turfa e que qualquer leigo sabia disso (e se não sabiam, sempre alertei). Entretanto, os nossos engenheiros fecharam os olhos para o óbvio técnico. Tudo isto foi publicado aqui neste espaço e no blog o qual foi providencialmente invadido e tirado do ar, com documentos, depoimentos e fotos. Era e é impossível que a empreiteira vencedora, a Soberana, do companheiro Roberto Carlos Imme, de Blumenau, não percebido, ouvido ou lido sobre o problema. Ou seja: é cumplice desta armação e desastre.
TORTO IV
Resultado: o CDI custou R$1,33 milhão de recursos federais, mais R$440 mil de contrapartida municipal além de serviços para estabilizar o terreno. Uma licitação complementar de R$163 mil depois da obra iniciada veio para estaquear o terreno. Este estaqueamento não estava no projeto original. E quem ganhou? A própria Soberana que já vinha fazendo a obra. E o que está previsto agora? Uma nova licitação de R$355 mil. Para que? Para a ?urbanização do pátio e implantação do posto de transformação no CDI?. Resumindo. Por erros técnicos perfeitamente sanáveis por um projeto executivo, por teimosias políticas e enfrentamentos, desprezo a esta coluna, além dos aditivos de prorrogação desta obra tartaruga e temerária, o CDI Durvalina Fachini está custando quase R$2,5 milhões.
TORTO V
Vocês percebam que tudo vem aos poucos. Mas no fundo, soma-se. Jogam com a falta de memória e a falta de fiscalização do povo, dos vereadores, da inexistente oposição e até mesmo do Ministério Público. Jogam com o tal corpo fechado. A primeira licitação, a 32/2011 para esta obra ocorreu no dia 29 de março de 2011. São oito salas, playground, anfiteatro, banheiros, cozinha, sala de informática e bloco administrativo. Mostrei com fotos e fatos que o terreno era inadequado, vertia água, era instável e exigia uma cara intervenção para estabilizá-lo. A Prefeitura desdenhou. Nas entrevistas, reuniões e palanques, fui chamado de ridículo. Enquanto isto, a própria Prefeitura tentava uma técnica de drenagem com bambus (é isto mesmo, não errei) para remediar e me tornar realmente ridículo, até porque não entendo deste assunto técnico. Nada de estudos geológicos e sondagens sérias para a busca de soluções antes da obra civil.
TORTO VI
A terraplanagem sobre o lodo começou no dia sete de abril de 2011. E o que apareceu no dia 17 de dezembro de 2011 quando a obra já estava em andamento? A licitação 153/2011. Para que? Para estaquear o terreno? E o que justificou a secretária de Planejamento, Patrícia Scheitt? ?Este CDI está sendo construído com um projeto padrão do Ministério, que prevê a colocação do piso direto no chão, sem vigas. Achamos que este modo poderia dar problemas e por isso fizemos uma nova licitação para mudar esta parte do projeto. Por isso as obras foram paralisadas?.
TORTO VII
Ah, sim. E depois eu leigo era o bocudo, desocupado, o ridículo? Não perceberam isto antes? E agora mais uma licitação para acabar o CDI? Hum! Mais uma obra cara, demorada e com rachaduras antes mesmo de ser inaugurada? E sou eu quem é o ridículo? Pode ser. Ridículo e trouxa, como muitos gasparenses que estão pagando esta conta de gente irresponsável com no trato da gestão, dinheiro, políticas públicas de inclusão e cidadania. O que nasce torto aparenta torto, perpetua-se torto e morre torto. Faltam vagas nas creches e sobram políticos. É uma pena que a Globo não se interessa por este tipo de assunto. Não faz parte do enredo das suas novelas. Não dá Ibope. Acorda, Gaspar!
CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam de seis a 16 dias (podem escolher!) para a liberação de R$12 milhões da Ponte do Vale em verbas conveniadas, mas retidas pelo governo Federal em Brasília. A garantia é do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, como relatou numa rara entrevista coletiva de prestação de contas de viagem para a população no dia 12 de abril. O deputado Décio Neri de Lima e a ministra Ideli Salvatti são os fiadores, segundo ele. Até agora, eles deixaram Gaspar na mão. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
A Penitenciária do Vale não virá para Gaspar. Será em Blumenau. A decisão já está tomada na Secretaria Regional de Desenvolvimento. O que determinou a mudança? O que já revelei aqui, com coragem e exclusividade. A necessidade de se implantar uma completa e complexa Vara de Execuções, aumento dos efetivos policiais e as dificuldades ambientais. O prefeito de lá, Napoleão Bernardes, PSDB, avisado, deu uma de herói, antecipou e disse que aceita a penitenciária em Blumenau. Marcou pontos. Mas obrigado. Os outros prefeitos aplaudiram.
Coisas das nossas pontes. Na velha Hercílio Deecke pararam as obras nesta semana porque faltaram brocas. Meu Deus. Nesta segunda-feira, duas carretas carregam parte do canteiro de obras da Ponte do Vale. Acorda, Gaspar.
Dia seis de maio vai rolar a concorrência 67/2013. É para a aquisição de caixas de poço de inspeção tipo M ? instaladas - na área da primeira etapa do Anel de Contorno na ponte do Vale e acessos. A Prefeitura pretende gastar com elas R$42.320,72. Mas, isto não deveria estar num daqueles orçamentos da ponte ou do anel?
É barro. Faltam retirar em torno de 12 mil caminhões de barro por onde passará a ligação da Ponte do Vale com a BR 470. Quatro mil já foram transportados. Tudo está sendo depositado onde será a Arena Multiuso e a Praça da Juventude.
Uma pergunta incômoda. Onde está o madeirame da mangueira de gado do terreno que a Prefeitura comprou da Sulfabril para fazer lá a Arena Multiuso?
Uma forma de aparecer nas redes sociais sem fazer nada. Ir a Florianópolis fazer reunião para marcar reunião com o governo do estado de quem se diz interlocutor. Que interlocução a meia boca é esta? Acorda, Gaspar!
Ufa! Só agora a Apae e a Conferência Vicentina de Gaspar tiveram aprovadas as suas inscrições no Conselho Municipal de Assistência Social e para assim ter acesso a verbas do Conselho
Está difícil de colocar em prática o plano do senador Luiz Henrique da Silveira, PMDB, de colocar o PT, PP juntos com o PMDB para reeleger Raimundo Colombo, PSD e Dilma Vana Rousseff. O PT inteiro disse não em Lages, terra do governador. O deputado Federal, Esperidião Amim Helou Filho, PP, também .
O certo é que o PSDB, dividido, precisa fazer palanque para o seu candidato a presidente e o PP está inclinado a ficar junto. O PT apronta uma chapa pura com os nanicos. Quer preservar o reinado da gasparense honorária Ideli Salvatti. Ela iria ao senado, Décio Neri de Lima ao governo do estado (e de consolo um ministério, se perder), a mulher Ana Paula Lima o sucederia na busca de uma vaga para a Câmara Federal. E no curral dela, Pedro Celso Zuchi e Vanderlei Paulo de Oliveira, para estadual. José Fristch e Cláudio Vignatti, chupariam o dedo.
Edição 1483
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