19/04/2013
SEM PRIORIDADE I
Gaspar tem um sapo enterrado. Não há outra explicação. E os políticos que elegemos fazem questão de adorar este sapo. Veja mais esta. O que apareceu na sessão de terça-feira da Câmara? O requerimento 83/2013. Quem fez? O vereador Hamilton Graf, líder do PT. Quem assinou? Doze dos 13 vereadores. A exceção foi Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM. Ai, eu fui atrás da razão desta aparente estranha exceção.
SEM PRIORIDADE II
Para quem é o requerimento? Para o Governador Raimundo Colombo, PSD; para a Secretaria de Estado de Infraestrutura; para o Departamento Estadual de Infraestrutura de Transportes ? Deinfra; para a Diretoria de Trânsito do Município de Gaspar ? Ditran; para a Secretaria do Estado de Desenvolvimento Regional de Blumenau e para o Conselho de Desenvolvimento Regional de Blumenau. E o que se quer? A viabilização de estudos e ações para a duplicação da Rodovia Jorge Lacerda (Rua Anfilóquio Nunes Pires e Rua Dr. Nereu Ramos - trecho municipalizado de Gaspar) da divisa de Blumenau com Gaspar e também da SC 412 (que o PT se enrolou e insistiu ser SC 470em ofício anterior), no trecho de Gaspar à Itajaí (até a ligação com a BR 101).
SEM PRIORIDADE III
E qual a justificativa para este requerimento? Com a duplicação se criaria mais uma via para desafogar o trânsito nesses municípios. Segundo o documento que não se funda em dados estatísticos ?atualmente, essa ligação concentra a maior frota de veículos e é a principal via de escoamento de produção, acumulando o tráfego pesado de caminhões, carros de passeio e também locais, os quais se deslocam pela região?. Outra sem dados: ?temos que considerar, também, que a circulação intensa de veículos torna-se proporcional ao número de acidentes que ocorrem na referida via, inclusive com diversas vítimas fatais?. A Jorge Lacerda apesar do intenso movimento é, estatisticamente, a de menos acidentes fatais.
SEM PRIORIDADE IV
A justificativa do requerimento parece se referirem a BR-470, de responsabilidade do governo Federal e que o governo do PT se enrola dez anos para duplica-la. Esta sim é uma prioridade. Outra, como bem o documento diz, Gaspar municipalizou a Rodovia Jorge Lacerda e pior do que isto permite que se construa quase no seu leito. Então de que duplicação os vereadores estão falando e querendo? A que custo? Com o dinheiro de quem? Mais. Abrir uma duplicação a menos de 100 metros do Rio? A legislação permite? Bobagens. Palanque e discurseira sem qualquer caráter de seriedade. Quanto ao trecho Gaspar a Itajaí esta possibilidade de duplicação ainda é possível. É uma boa. Mas precisa combinar isto na parte urbana com Ilhota onde o avanço das construções sobre o Rio e a rodovia é histórico e contínuo.
SEM PRIORIDADE V
O governo do Estado e Blumenau ? e estranhamente não Gaspar e seus vereadores ? estão propondo uma solução alternativa para a esdruxula, impossível e cara duplicação da Jorge Lacerda entre Gaspar e Blumenau: o Anel de Contorno. Não seria o caso dos nossos líderes políticos, de todos os partidos, se unirem para que este projeto saia do papel e se torne realidade? Para que dividir? Para que se desviar no foco? Estranha-me muito que os vereadores do PSD, partido do governador e do PMDB, que domina a secretaria regional e madrinha do Anel de Contorno, assinem tal bobagem do PT, ou algo de difícil execução, como esta duplicação da Jorge Lacerda. Por que a Fecam ? Federação Catarinense dos Municípios, cujo presidente é o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, não encampa esta ideia da Rodovia Jorge Lacerda?
SEM PRIORIDADE VI
Quais as prioridades para o desenvolvimento econômico e mobilidade de Gaspar? A liberação da ponte Hercílio Deecke; a entrega da Ponte do Vale com as alças secundárias; o Anel de Contorno até Blumenau, a ponte do Bela Vista com o Belchior; a duplicação da BR 470, além de uma malha interna ligando bairros para os gasparenses. Isto ainda não está claro para os nossos vereadores? Fez bem a vereadora Andreia em não assinar panfletos políticos, travestidos de factoides e a favor do sapo que não quer o desenvolvimento estruturado de Gaspar. Só interesses particulares ou sacanagens partidárias. E o povo perdendo. Acorda, Gaspar!
CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam de 13 a 23 dias (podem escolher!) para a liberação de R$12 milhões da Ponte do Vale em verbas conveniadas, mas retidas pelo governo Federal em Brasília. A garantia é do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, como relatou numa rara entrevista coletiva de prestação de contas de viagem para a população na sexta-feira, dia 12. O deputado Décio Neri de Lima e a ministra Ideli Salvatti são os fiadores, segundo ele. Até agora, eles deixaram Gaspar na mão. Acorda, Gaspar!
CONTEÚDOS DIFERENTES I
Segunda-feira, a rádio CBN colocou no ar duas entrevistas. Celso Ferreira fez escadas para os 100 dias de governo de Napoleão Bernardes, PSDB, de Blumenau e Pedro Celso Zuchi, PT, de Gaspar. Napoleão disse que da promessa de cortar 130 cargos comissionados, degolou 137, para uma economia de R$5 milhões, somada a outros R$2,5 milhões da revisão de contratos e procedimentos. Aplicou esta sobra em saúde e educação. Zuchi neste quesito não pode falar nada, até porque não prometeu enxugar a máquina e economizar no Orçamento. Falou de obras, pois segundo ele nunca na história de Gaspar se viu tantas obras. Então para falar dos 100 dias do seu governo, recorreu aos 1.461 dias da gestão 2009-2012, onde tudo se prometeu e nada se concluiu, mas se inaugurou alguma coisa agora.
CONTEÚDOS DIFERENTES II
Napoleão afirmou que pegou uma prefeitura com R$43 milhões com dívidas. Da dívida daqui ninguém sabe. O que fez com os 400 credores? Acertaram com 250, exatamente os micro e pequenos empresários por uma visão social. Mais. Zerou as dívidas com as entidades sociais para a mesma visão e foco. Para o Hospital de lá e que atende os doentes daqui saiu de R$740 mil e foi para R840 mil mensais e num acordo com o governo do estado, conseguiu um repasse de outros R$400 mil por mês, além de um investimento de R$5 milhões. E Zuchi? Reconheceu pela primeira vez que a Saúde é o calcanhar de Aquiles da cidade e do seu governo. Um avanço. Mas, culpou a falta de profissionais.
SOBRE O TRAPICHE
Precisa ser investigado. Estaria à prefeitura empregando ? e se aparelhando ? via a indicação as empreiteiras e outros serviços terceirizados?
Jornalismo independente? Apuram-se denúncias de que a prefeitura de Gaspar deu estrutura logística e facilitou a produção da reportagem da Rede Globo para o Fantástico sobre abrigamentos e adoções. É ruim, heim?
O presidente do Conselho do Hospital, Sérgio Roberto Waldrich, precisa dizer a que veio. Suas concessões a políticos petistas já causaram estragos na sua imagem de executivo bem sucedido. Ele está flertando com o perigo outra vez.
Gaspar é uma máquina de obras, segundo o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Pode ser, mas todas têm problemas na licitação, ou na execução e inexplicavelmente se arrastam. Não vou falar do CDI do bairro Sete, em que os vereadores mais uma vez lavaram a minha alma, quando há quase três anos anunciei os problemas do solo e do custo absurdo. Vou lhes escrever de nova constatação. A pavimentação da Rua Fernando Krauss foi paralisada. A Múltiplos, de Brusque, ganhou a obra por mais de R$1 milhão. Não aguentou a falta de planejamento e foi embora. Há um problema de tubulação na propriedade de Aristides Conick e a prefeitura não a resolveu até agora.
Enrolado e difícil. O que estava na edição de quarta-feira no Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet? A portaria 3.066, de 15 de Abril de 2013. Ela prorroga por mais 60 dias as sindicâncias sobre as responsabilidades das horas extras que não foram feitas na secretaria da Saúde de Gaspar. E olha que quem pediu explicações e a sindicância, foi à promotoria da Moralidade Pública. Imagina se não fosse! Este pessoal gosta do perigo. E depois reclama de perseguição.
Inédito. A prefeitura de uma hora para outra começou a responder os requerimentos e pedidos de informações dos vereadores. Por quê? Disfarçam para se estabelecer na rotina e evitar questionamento de tratamento diferente. Tudo para responder o pedido de informações sobre os casos de abrigamento e adoções. Acorda, Gaspar!
Edição 1481
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