15/03/2013
ANA PAULA I
Ao meio dia do dia dois de março, publiquei esta nota na coluna que atualizo diariamente na internet e que é líder de acessos. ?Gaspar vai ser manchete nacional. E as notícias não são boas. Uma equipe de uma rede nacional de tevê permaneceu entre Gaspar e Ilhota nos últimos dez dias. Preferiu Ilhota para não despertar a atenção. Colheu depoimentos sobre a adoção de crianças daqui, inclusive o envio para o exterior. O alvo é o trabalho da juíza Ana Paula Amaro da Silveira - e que já foi embora - na área da infância e adolescência. O programa deve ir ao ar daqui a duas semanas?. Na coluna impressa de sexta-feira, 08, informei: ?Gaspar, calada e desconfiada, espera pelo escândalo nacional em rede de tevê?.
ANA PAULA II
Alguns leitores e leitoras não entenderam esta penúltima última nota. Acharam-na cifrada. Na terça-feira, 12, esclareci: ?quem esteve por aqui furufando as doações de menores autorizadas pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira foi o repórter Raimundo José, da Rede Globo. Veio pela TV Bahia?. Voltando. Na verdade, trata-se de uma reportagem estruturada pela Rede Globo, sobre adoções de menores, e supostamente ferindo procedimentos previstos na lei. Ela foi feita há três semanas. Inicialmente o programa iria ao ar neste final de semana no Fantástico. Até a hora que fecho a coluna, nenhuma chamada. Mas, no dia sete de março recebi este e-mail da assessoria de imprensa (Fabrício Severino) da Associação dos Magistrados Catarinenses. É sinalizador da surpresa e reação corporativa. Publico na íntegra, enquanto como vocês, aguardo o desfecho para melhor avaliar o assunto.
ANA PAULA III
?Prezados Jornalistas. Recebemos com grande surpresa a informação de que está sendo produzida matéria jornalística sobre supostas irregularidades em processos de adoção no município de Gaspar, as quais lançam, de forma leviana e infundada, suspeitas sobre o trabalho realizado pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira, que atuou na área da infância e juventude da comarca por uma década. Nos preocupa, evidentemente, o direcionamento dado à reportagem, a qual certamente incorrerá numa grave injustiça, posto que, quer nos parecer, está baseada em grande parte nas versões de entrevistados que, por acaso, tiveram seus interesses pessoais contrariados, justamente pela atuação firme, ética e transparente da magistrada no seu mister judicante?.
ANA PAULA IV
?Aos magistrados catarinenses, e temos certeza de que a todos os profissionais sérios que militam na área da infância e juventude, causará grande espanto e, mais do que isso, indignação, imaginar que a Rede Globo jogará por terra, ao colocar em rede nacional tal reportagem, todo o trabalho de uma vida, de extrema dedicação à causa, qual seja, a de proteção incondicional aos direitos de crianças e adolescentes?.
ANA PAULA V
?Fazemos questão de registrar tal posicionamento, sobretudo porque acompanhamos e somos sabedores do belíssimo trabalho realizado pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Ela é, sem dúvida alguma e para nosso orgulho, uma de nossas maiores referências nos temas afetos à infância e juventude, cujo engajamento foi nacionalmente reconhecido ao ser premiada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Não bastasse todo o seu esforço e sua competência, contribui para atestar sua idoneidade e seriedade o fato de não possuir qualquer representação em órgãos correicionais, como a Corregedoria Geral da Justiça e Conselho Nacional de Justiça (CNJ)?.
ANA PAULA VI
?Por todo o exposto, afiançamos nossa confiança e rogamos aos senhores que apurem com o máximo de zelo as informações recebidas, para que não cometam qualquer injustiça. Registramos, por fim, o nosso interesse em sermos contatados e ouvidos, para, se necessário, prestar os devidos esclarecimentos. Cordialmente, Juiz Sérgio Luiz Junkes. Presidente da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)?.
ALVARÁ DO HOSPITAL I
Mais uma. O decano médico gasparense da gema, João Leopoldino Spengler, afirmou recentemente na rádio 89,7FM que o Hospital de Gaspar precisará gastar mais outros R$500 mil para receber o Alvará da Anvisa. Pode ser. Não vou contestá-lo. O certo é que o hospital vai gastar o dinheiro que não possui, vai ser enrolado por consultorias e pela própria Anvisa como foi até agora, e não vai receber o tal Alvará que quase nenhum hospital o possui por completo aqui em Santa Catarina. A cada seis meses se renovam as exigências técnicas, em análises demoradas, contraditórias e assim, as obras de adaptação e melhorias não vencem as inspeções. Um jogo contra o tempo, a burocracia, a tecnologia, a falta de dinheiro além da má vontade da Anvisa.
ALVARÁ DO HOSPITAL II
Na época em que o doutor João era o diretor do Hospital, nem fossa séptica o hospital tinha e mesmo assim recebia verbas públicas. Evoluiu muito do ponto de vista da segurança sanitária. Precisará evoluir muito mais, até porque a medicina e as exigências de controles evoluem em favor dos profissionais, dos pacientes e saúde. Entretanto, primeiro o hospital precisa se focar na sua sustentabilidade econômica e técnica, onde os médicos devem querer um hospital de fato para a comunidade. Uma observação incômoda e da qual sou testemunha em tempo integral. Quando da reforma do hospital, o doutor João passou bem longe dela e se aliou aos que não acreditavam na transformação física daquele prédio para a comunidade. Agora, está botando defeito? Quer impedir o hospital para as verbas públicas? Quer vê-lo fechado de novo? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Os médicos do Hospital de Gaspar foram a Justiça para fechar o Pronto Atendimento e inviabilizá-lo financeira e tecnicamente. Faz mais de seis anos. O presidente da Unimed de Gaspar naquele ano, Odilon Luiz Áscoli, foi à Rádio Sentinela e numa longa entrevista anunciou o Hospital Dia da Unimed de Gaspar para fazer frente ao hospital moribundo e fechado para reformas, ameaçado de nunca mais abrir as portas. O hospital de Gaspar voltou. O da Unimed não se construiu até hoje. E pelo jeito não se construirá tão cedo. O terreno da entidade por aqui está à venda para fazer caixa.
Livres da qualquer pena devido à prescrição. Foi o que decidiu a desembargadora estadual Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer no caso da contratação de agentes de saúde para atuarem em Gaspar pela Cooperagentes durante o governo de Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, PMDB, e já falecido. O assunto é muito antigo e passou pela Justiça do Trabalho e Federal, antes de chegar a Estadual. E envolveu ainda Andreone Santos Cordeiro, Odilon Luiz Áscoli, Pedro Celso Zuchi, Julita Schramm, Eunice de Fátima Boamorte, Irineu José Ortúnio, Maria de Fátima Rodrigues, Sérgio Hammes e Ludovico Schramm.
A desembargadora julgou extinta a punibilidade dos indiciados ao crime do artigo 203, caput, do Código Penal, ante a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado, nos termos do artigo 107, IV c/c artigo 109, V, ambos do Código Penal e rejeito a denúncia relativa ao crime do artigo 297, §§ 3º e 4º do Código Penal e determinou o arquivamento dos autos, nos termos do artigo 395, III, do CPP e art. 3º, I e II, da Lei n. 8.038/90.
O requerimento dos vereadores que tentava pedir ajuda do Deinfra para os acessos secundários da Ponte do Vale à Margem Esquerda só tinha equívocos. Foi retirado da pauta pelos próprios autores. Desconfia-se que os erros foram propositais. E quem redigiu o documento confuso? Assessores de vereadores do PT. Acorda, Gaspar!
A corregedoria da Polícia Civil propôs a exoneração do serviço público dos quatro policiais envolvidos na tal Operação Jogo Duplo. Como este assunto foi parar na Justiça, a Procuradoria Geral do governo está analisando as implicações desta recomendação. Na terça-feira, um dos envolvidos, Irineu Veip, 58 anos, morreu no novo emprego que tinha em Balneário Camboriú.
O vereador Jaime Kirschner, PMDB, quer uma ponte pênsil (pinguela) sobre o Rio Itajaí ligando o Belchior Baixo ao Bela Vista. Ali há uma ponte de concreto projetada e do tipo daquela que está sendo construída no Poço Grande. É por ela que ele deveria lutar para integrar Gaspar para os gasparenses, ter ousadia e visão.
O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi à Alemanha. Voltou, mas nada falou até agora aos gasparenses sobre o que viu e o que serve para nós. Acorda, Gaspar!
Edição 1470
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