12/03/2013
BLUMENAU DEFENDE GASPAR I
O prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, PT, foi à Alemanha conhecer os processos de tratamento de lixo que se quer implantar por consórcio na região. Foi para lá pela tal Fecam ? Federação Catarinense dos Municípios - e com as despesas pagas, como se anunciou por aqui, pela empresa detentora da tecnologia, a qual quer vendê-la aos municípios beneficiários de tal serviço. Na contramão da viagem, o jovem prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, PSDB, preferiu ficar aqui, trabalhar por sua cidade e até, vejam só, de Gaspar. E o que ele fez? Foi na sexta-feira até Florianópolis.
BLUMENAU DEFENDE GASPAR II
Nenhum estardalhaço aqui e em Blumenau. A verdade é que as lideranças da administração de Blumenau foram até o do secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, PMDB. Quem estava na comitiva? O prefeito Napoleão Bernardes, PSDB, o deputado estadual Jean Jackson Kuhlmann PSD, o secretário de Desenvolvimento Regional Cesar Botelho, PMDB ? ambos derrotados por Napoleão na eleição a prefeito ? e o secretário municipal de Obras de lá e eterno candidato a deputado estadual, Paulo França, PMDB.
BLUMENAU DEFENDE GASPAR III
O que foram fazer na capital? Unidos pela cidade e a região, foram discutir a construção do acesso Norte de Blumenau ? o prolongamento da Via Expressa ? e o contorno de Gaspar. Como assim, contorno de Gaspar? É isso, mesmo! Se os administradores daqui não se interessam pelas nossas coisas, vivem de picuinhas e não possuem canais maduros de relacionamento com o governo do estado, outros fazem isso por nós. Estas obras devem ser anunciadas dia oito de abril, quando governador Raimundo Colombo virá a Blumenau para a posse da diretoria da importante, independente (lá nenhum governo ou partido a aparelhou como aqui ? se bem que Décio Neri de Lima, PT, quando prefeito tentou diminuí-la e deu com os burros n?água) e prestigiada Acib.
BLUMENAU DEFENDE GASPAR IV
E por falar em Anel de Contorno de Gaspar. Como estão os estudos do traçado deste projeto que está sendo elaborado (e faz tempo e no silêncio) pela empresa companheira Iguatemi e também prestigiada por Paulo França? Por que até agora não foi feita nenhuma audiência pública em Gaspar para debater este traçado? Vamos repetir a história da Avenida Francisco Mastella? Ela ganhou contornos finais para atender a interesses políticos e imobiliários da época. Ao invés dela se prolongar até a entrada dos Macucos, no Poço Grande, via o leito em reta e óbvio da extinta estrada de ferro, fez uma meia volta e foi dar ali ao lado do ginásio de esportes João dos Santos. Quais os interesses que se gerenciam agora entre quatro paredes, bem longe da transparência e discussão com a comunidade no caso do Anel de Contorno? Acorda, Gaspar!
PROIBIDO
No dia 22 a Prefeitura poderá gastar até R$94.841,66 na compra de herbicidas (115litros) e larvicidas (1.300 litros) na licitação 38/2013. O larvicida biológico é permitido e é usado no combate aos borrachudos. Mas, os herbicidas são proibidos para o uso de capinas. A determinação é do Ministério Público de Gaspar. E se não fosse há uma lei estadual, a 14.734/2009 e que proíbe a chamada ?capina química? (uso de herbicidas e defensivos agrícolas) em áreas urbanas como faixa de domínio de ferrovias, rodovias, vias públicas, ruas, passeios, calçadas, avenidas, terrenos baldios, margens de arroios e valas em todo o território de Santa Catarina. Quem vai controlar isto? Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Absolvidos. O ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, PPS, e seu irmão, então secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Maurílio Schmitt, acabam de ser absolvidos pelo juiz Clayton Cesar Wandscheer. Eles eram acusados pelo Ministério Público numa Ação Civil Pública. Qual o problema? Crimes enquadrados na lei de licitações, por supostamente não terem cumprido obrigações na contratação do calçamento da Rua Biguaçu, no Belchior Alto. O caso é de 2006. A denúncia foi feita à época por José Luiz Hostert, o Gente Fina (nem tanto assim, parece), irmão do atual secretário de Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert, PRB.
O que ficou evidente? Disputa política e interesses comerciais. Em 2005 o pessoal da Rua Biguaçu procurou a prefeitura para calçá-la. Em 2006, a Prefeitura percebeu que a rua já estava sendo calçada sem a sua anuência. Mandou parar tudo. José Luiz, da Artefatos Cimentos Gaspar, tentou provar que quem contratou a empreiteira foi à própria prefeitura e pior: sem seguir o que manda a lei das licitações. Esperteza ou mal orientado? Não teve êxito na sua história. E o que sentenciou do juiz ao absolver Adilson e Maurílio? ?Muito pelo contrário, as provas dos autos dão conta de que as tratativas para a realização da referida obra ocorreram entre o representante da empresa (José Luiz Hostert) e os moradores do local?. Bonito, heim! Acorda, Gaspar!
Aliás. Havia três Ações Civis Públicas contra o ex-prefeito Adilson. Todas deram em nada. Um é decorrente da CPI na Câmara montada pelo PT e provada como fraude. Ela o acusava de contratar a empreiteira Salseiros e pagá-la sem as respectivas contraprestações dos serviços. A outra Ação foi por não ter respeitado o prazo de dez dias para responder a informações pedidas pelo Ministério Público. Ao fim, conseguiu a absolvição da infração.
Quanto Gaspar vai ganhar com a nova divisão dos royalties do petróleo brasileiro e que está para ser derrubado no Supremo Tribunal Federal? Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, a CNM, de R$ 239.839,00 iria para R$ 1.477.125,00.
Gaspar é filiada a CNM e que mantém relações com a Fecam - Federação Catarinense de Municípios ? cujo presidente é o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Um projeto de lei que está na Câmara quer que Gaspar gaste mais dinheiro e se filie a Associação Brasileira de Municípios. Muita política, pavonice e poucos resultados ao povo. A justificativa do tal projeto de lei se esforça, mas não convence dos benefícios para a cidade. Outra para que regime de urgência nesta matéria? Acorda, Gaspar!
Está na Câmara o projeto de lei 09/2009 de origem legislativa que nomina três ruas ? Verona, Veneza e Castello - no loteamento Itália, no bairro Santa Terezinha. A proposta é do líder do governo José Amarildo Rampelotti, PT. A justificativa saiu padrão. Ele afirma que o loteamento é plenamente regular, ou seja, bem diferente das 80 ruas irregulares ou clandestinas que aprovaram na legislatura passada e que o Ministério Público está na cola do Executivo e do Legislativo. Ah, bom!
Quem esteve por aqui furufando as doações de menores autorizadas pela juíza Ana Paula Amaro da Silveira foi o repórter Raimundo José, da Rede Globo. Veio pela TV Bahia.
O analista legislativo e atual procurador jurídico da Câmara, Pedro Paulo Schramm, vai ter integralmente pago pelo Legislativo o curso de pós-graduação ?lato sensu? em especialização chamado de ?MBA em Gestão de Políticas Públicas Municipais?, na modalidade à distância, oferecido e organizado pela Uniasselvi. É o que diz a resolução 19/2013 assinada pelo presidente da Casa, José Hilário Mellato, PP.
Coisa de James Bond. A prefeitura de Gaspar quer comprar no dia 25 de março uma ?câmera térmica portátil para visão noturna?. É o que pelo menos prevê o pregão presencial 40/2013. Como diria o editor e proprietário, Gilberto Schmitt, na sua coluna Chumbo: ui, ui, ui.
Com ponto. O jovem Marcelo de Souza Brick, PSD, é um vereador de sorte. Relator da controvertida lei que livrava os funcionários comissionados de Gaspar de baterem o ponto quando em serviço, ?ganhou sorte grande na loteria política?. Como relator da matéria na Câmara não vai decidir nada sobre o assunto, ficar exposto e desgastado. Saiu da saia justa. O PT e a prefeitura retiraram o polêmico projeto da quando perceberam que poderiam ser derrotados e depois que esta coluna esclareceu a manobra que se armava para queimar o vereador. Todos ganharam. Gaspar principalmente.
Rotina. O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, assinou os aditivos no dia 22 de fevereiro, mas só foram publicados na edição de ontem, dia 11 de março, no Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet ? os aditivos de dois contratos. Um é a prorrogação do prazo de execução e vigência do contrato de recuperação do piso da quadra poliesportiva da escola Vitório Anacleto Cardoso com a Construtora Possamai. E a outro? Prorrogação do contrato cujo objeto é o cercamento e revitalização do cemitério municipal com a Soberana Construções. Acorda, Gaspar!
Edição 1469
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