04/02/2013
CONSTRANGIMENTO I
Os gasparenses acordados, e neles estavam petistas que defendiam a comunidade, ressalte-se, deram um recado ao governo de Pedro Celso Zuchi. Estão de sacos cheios da enrolação. São obras, tudo pela metade, com dúvidas e sem serventia para a população. O protesto de sexta-feira feito na ponte Hercílio Deecke foi simbólico, mas é sinalizador. E é bom o PT de Gaspar prestar a atenção.
CONSTRANGIMENTO II
E por quê? Primeiro porque e como sempre, tentou inviabilizar o protesto do povo, de todas e sádicas formas. Não conseguiu. Segundo, ?comemorou? (?) a pouca adesão. Teria sido um orgasmo se ninguém aparecesse lá. Terceiro, porque a população e os próprios companheiros, timidamente, é verdade, estão rompendo o medo; mostrando a cara para reclamar. A atual administração municipal finge ou está surda (e faz tempo). E quarto: não funcionaram, desta vez, por completo, a máquina de chantagens, trocas, cobranças e constrangimento do PT.
CONSTRANGIMENTO III
Neste assunto não toquei antes do protesto. Fiz isto para não ser o combustível que o PT esperava para desacreditar o que não tiveram competência para melar. Fiz, também, para ver qual seria a do Zecão. Entretanto, não posso deixar o barco passar. O José Carlos Junges, o Zecão, petista, presidente da Associação de Moradores do Arraial, pode ter todos os defeitos. Não vou discorrê-los. Mas, Zecão soube fazer escolhas entre representar a sua comunidade ou os interesses do PT que o colocou na Associação de Moradores, aparelhando-a intencionalmente para manipulação daquela gente aos resultados do partido e do poder.
CONSTRANGIMENTO IV
E para quem não segue a cartilha dos protetores ou é mal agradecido, o castigo público é duro. Agora está na hora do Zecão se explicar ou desqualificar seus constrangedores, desqualificadores e chantageadores. O prefeito Pedro Celso Zuchi disse que Zecão só estava na frente do protesto, porque ele não foi atendido na Prefeitura e no partido no pedido que fez para uma teta. E segundo ainda o prefeito, Zecão só não ganhou a boquinha por um detalhe técnico: é aposentado por invalidez ou como diz Zuchi: ?é um encostado, um inválido?. Zuchi e o PT de Gaspar trucaram, e perderam. Explica esta prá nós Zecão!
ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
Onde está o dinheiro?/O gato comeu, o gato comeu/E ninguém viu/O gato fugiu, o gato fugiu/O seu paradeiro/Está no estrangeiro/Onde está o dinheiro?
Eu vou procurar/E hei de encontrar/E com o dinheiro na mão/Eu compro um vagão/Eu compro a nação/Eu compro até seu coração.
No norte não está/No sul estará/Tem gente que sabe e não diz/Está tudo por um triz
E aí está o xis/E não se pode ser feliz. (A letra é de Francisco Mattoso, José Maria Abreu e Paulo Barbosa. A interpretação é de Gal Costa.).
?FEDERAÇÃO?
O PT de Gaspar ordenou a ?criação? da ?Federação? Associações de Bairros. É o aparelhamento do aparelhamento das associações. E escalou o companheiro Anísio Lana para a tarefa de ser o presidente dos presidentes. O partido quer colocar todas no cabresto, e fazer delas máquinas de silêncio, apoios e protestos. Veja o que aconteceu no caso da ponte Hercílio Deecke: o presidente da Associação de Moradores da Margem Esquerda, José Lana, funcionário do Samae, foi contra e nem apareceu na defesa dos interesses dos moradores do bairro. O partido e a prefeitura não deixaram. A mesma pressão sofreu o do Belchior, Carlos Alberto Pereira e o da Lagoa, Ademar dos Santos. Agora, se um dia o prefeito for Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a tal ?Federação das Associações? já estará estruturada para a ordem unida não em um, mas em muitos protestos e mobilizações. Uma lição de como se faz isto. É assim que funciona quando o PT é poder ou oposição. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Bem longe. Enquanto se dava aqui o fechamento da ponte Hercílio Deecke, o presidente da Fecam ? Federação Catarinense dos Municípios -, Pedro Celso Zuchi, PT, participava em Florianópolis da posse do presidente do Tribunal de Contas, Salomão Ribas Júnior. Salomão, a exemplo do desembargador Eládio Torret Rocha, conhece Zuchi. E de longa data. Aliás, foi uma semana cheia, mas para o presidente da Fecam; não para o prefeito de Gaspar. Ficou na ponte entre Brasília e Florianópolis. Aqui? Só nas entrevistas para as rádios. Tudo ?desenhado? para dar a sensação de presente.
Sabe quanto custou à ida de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, a Brasília, para ouvir a companheira, presidente Dilma Rousseff? Mais de R$5 mil. Para a vice foi empenhados exatos R$1.845,00 e para o prefeito, R$3.280,00. Espera ai! Quanto a Fecam vai pagar desta conta de Zuchi onde ele é o presidente da entidade?
Pedro Celso Zuchi, PT, antes de ir a Brasília e antes do julgamento em Florianópolis, conversou com Osvaldo Schneider, o Paca, ex-prefeito e presidente de honra do PMDB de Gaspar. Chorou as pitangas e pediu complacência do PMDB.
Improdutivo. Mal tomou posse, a nova secretária de Administração e Finanças de Gaspar, Célia Margarete da Costa Souza, já foi a Brasília. Sabe quanto custou isto para os gasparenses? R$2.250,00. Mesmo assim, da verba de R$1.250.000,00 da ponte Hercílio Deecke que foi liberada, chegou aqui e sumiu no ?sistema?, não teve solução para a comunidade.
Desviando o foco em ano de pré-eleições estaduais. Como não consegue nada em Brasília no governo do seu PT, o presidente da Fecam, Pedro Celso Zuchi, já está com uma ideia original para colocá-la em prática: a de promover a marcha dos prefeitos em Florianópolis. Segundo ele, com isso quer sensibilizar o governador Raimundo Colombo, PSD, abrir espaços de acordos com os pequenos municípios. Hilário. Aqui Zuchi não quer que o povo marche pedindo resultados para a comunidade, já em Florianópolis...
Tem gente que está acreditando que a Arcos Engenharia, a qual remenda a ponte Hercílio Deecke fez tudo até aqui de graça. Não é bem assim. Já foram pagos a ela R$ 1.438.561,86 no ano passado. Pelo menos é o que consta do portal transparência da Prefeitura e que é acessível a todos. A Arcos ganhou a obra por R$ 2.984.202,83 na licitação 81/2011, de 18 de julho de 2011 (faz tempo e dai a razão do protesto). No convênio que fez com o Ministério da Integração Nacional, Gaspar conseguiu uma verba de R$2.500.000,00 (dos quais R$1.250.000,00 vieram e ?retornaram? misteriosamente) e se comprometeu a colocar na obra como contrapartida, outros R$608.404,77. O que pega? A Prefeitura e a Arcos estão sem caixa. E parece que Brasília, também.
Sabe quanto já foi pago para a Artepa Martins que constrói a ponte do Vale? Exatos R$4.280.162,26. Há um saldo de R$132.376,15 para receber ao liberado por Brasília. Outra. A partir de hoje, o Congresso Nacional começa a analisar e votar o Orçamento de 2013 da União. Nele está a emenda parlamentar de R$19 milhões para a ponte, dos R$21 milhões que continuam como contrapartida da Prefeitura. O custo da ponte está contratada em R$43 milhões, sem os famosos aditivos. Quase R$19 milhões já estão rubricados no Orçamento 2012. Fruto de uma emenda parlamentar da bancada catarinense no Congresso. Ou seja, neste encontro de contas ainda está faltando dinheiro. Acorda, Gaspar!
Mais assessores de vereadores foram nomeados na Câmara. Ela começa hoje. Vai se reunir no silêncio das 15h30, prometendo duas horas e meia de trabalho duro. Será? A nova leva de nomeados é: Franciele Daiana Back (Jaime Kischner, PMDB), Ida Luciani Scottini (Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM), Celso de Oliveira (Marli Iracema Sontag, PMDB) e o engenheiro químico José Carlos Spengler para o Programa Vereador Mirim (José Hilário Mellato, PP). Talita Catiê de Medeiros foi demitida da assessoria de Imprensa da Câmara.
Mais duas da Câmara de Gaspar. Antes de alguém começar a trabalhar por lá, as diárias já foram reajustadas na canetada do presidente José Hilário Mellato, PP. E para não perder o hábito, a mesa começou a autorizar o pagamento da primeira parcela do 13º. salário aos funcionários da Casa. Na iniciativa privada, isto só é possível lá no fim do ano.
Coisa de Gaspar. Está na Câmara um projeto de lei que dispensa o registro de ponto de servidor comissionado. Era o que faltava. Acorda, Gaspar!
Edição 1459
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