14/12/2012
TREM DA ALEGRIA, A IMPRENSA E A LÓGICA I
O prefeito reeleito Pedro Celso Zuchi, PT, desafiou mais uma vez o bom senso e a lógica administrativa. Ao final do mandato, como um dos últimos atos, enviou para a Câmara o projeto de Lei 106/2012. Ele criava mais sete cargos comissionados, de ensino médio e com polpudos mais de R$ 4 mil por mês. O novo trem da alegria que se queria colocar goela abaixo (regime de urgência) e ardilosamente, sem disfarces, é para uma ação político partidária. Esta coluna denunciou. A maioria oposicionista e até com um voto do próprio PT (o de José Amarildo Rampelotti) a matéria foi retirada de pauta na terça-feira. Mas, vejam bem, com a promessa de que poderá voltar no ano que vem. O PT espera ter parceiro, maioria para distribuir parte destas tetas e assim para aprovar o tal projeto de lei mesmo contra a lógica e o bom senso.
TREM DA ALEGRIA, A IMPRENSA E A LÓGICA II
Por que o tal trem não andou? Primeiro porque esta coluna, e só ela, denunciou. E por isto, foi mais uma vez amaldiçoada. E a coisa pegou nas redes sociais e na cidade. Segundo, o plenário da Câmara estava meio cheio por conta de uma homenagem e os donos dos discursos para assuntos fictícios ficaram sem coragem, inclusive o líder do governo que sempre joga para a plateia. Terceiro, porque exigia velocidade na tramitação, malabarismos nas comissões e riscos nas votações e este fator era tão complicador quanto à exposição e o desgastes dos vereadores e da atual administração, acostumada com este assunto. O PT tinha como certo para esta matéria os votos de dois dos seus vereadores Jorge Luiz Wiltuschning e José Amarildo Rampelotti; o de Joceli Campos de Lucinda, PSD, partido que se acerta com o PT para ser governo ou oposição; bem como de José Hilário Melato, PP; faltava um que viria da manobra de última hora (ausência para o empate ou voto de maioria simples). Acorda, Gaspar!
INQUÉRITOS EM ILHOTA
Sem refresco. O Ministério Público da Segunda Vara da Comarca de Gaspar, a da moralidade pública, resolveu converter três procedimentos preparatórios em inquéritos civis no município de Ilhota. A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon quer saber num deles se a pessoa nomeada pelo prefeito Ademar Felisky, PMDB ao cargo de comissão como Diretor Administrativo exerceu mesmos essas as funções. Ela está de olho em Murilo Xavier da Costa Alves dos Santos. Outro inquérito envolve diretamente o prefeito Ademar. É para apurar um antigo e rumoroso caso, feito de tragédias, ou seja, as doações de casas no município para as famílias atingidas pela catástrofe ambiental de 2008. E por fim, a promotoria quer apurar ainda, a possível irregularidade nos investimentos realizados pelo Instituto de Previdência Municipal de Ilhota, envolvendo o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Resumindo: é muito trabalho para pouca estrutura na promotoria.
INQUÉRITOS EM GASPAR
A rotina daqui. Os inquéritos do Ministério Público se tornaram comuns e se amontoam em Gaspar. A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon acaba de criar mais quatro. Coisas cabeludas. Um deles foi até objeto de uma CPI na Câmara. Trata-se da apuração de ?eventuais irregularidades na prestação de serviços de zeladoria e portaria dos cemitérios municipais, manutenção da casa mortuária, sepultamento e construção de carneiras, realizados pela empresa Say Muller Serviços Ltda.?; o outro é para apurar a regularidade do concurso público da Prefeitura de Gaspar regido pelo Edital n. 01/2012; o terceiro é para apurar eventual irregularidade no pagamento mensal de servidora da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Gaspar. A servidora é a comissionada Maristela Cizeski, atual titular da secretaria. E por fim, o quarto novo inquérito é para apurar eventual utilização indevida de material humano e de bens da prefeitura para auxiliar na ascensão pessoal em campanha eleitoral de Pedro Celso Zuchi. Como se vê, a Dra. Chimelly está sobrecarregada. E os políticos, como sempre, torcendo para que ela não dê conta do fardo, de tanta apuração e por causa disto ainda se saiam bem nas tramas que fazem contra a moralidade pública. É do jogo. Tumultua-se propositadamente. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Rafael Salvan Fernandes, um dos procuradores concursados da Prefeitura de Gaspar, pediu e ganhou pelo decreto 2924, licença sem vencimentos por dois anos, a partir de sete de janeiro de 2013. Ele passou no concurso para juiz e vai se testar.
O advogado Mário Wilson da Cruz Mesquita, ex-petista vermelhíssimo e ex-procurador geral do município de Gaspar e seu par de escritório Danilo Visconti, mostraram que estão decididos ao troco. Emparedou no Tribunal Regional Eleitoral o candidato reeleito Paulo Roberto Eccel, PT, ex-assessor de Pedro Celso Zuchi e ex-deputado estadual, e que foi reeleito com facilidade em Brusque. Uso da máquina para a propaganda e promoção pessoal pré-eleitoral é o pecado com o qual Eccel se defende e se atrapalha. Qualquer dúvida acesse http://www.youtube.com/watch?v=PxuomPW6LPY&feature=plcp
A diplomação dos eleitos em Santa Catarina será na quarta-feira. Até o momento em que fecho esta coluna, não havia nenhuma decisão antecipada a respeito de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. Também para quarta-feira estava marcado o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral da impugnação dos petistas eleitos. Todos os interessados blefam num jogo pesado de bastidores. Acorda, Gaspar!
Das coisas que fedem, há muito, por aqui. Veja o que estava publicado na edição de ontem do Diário Oficial dos Municípios ? aquele que se esconde na internet? O sexto, repito, o sexto aditivo do contrato 13/2010 do Samae com a Say Muller Serviços Ltda. EPP. Diz o extrato publicado vai valer para todo o ano 2013. E começa a valer já no dia Primeiro de janeiro. E o que se está renovando? A contratação da execução dos serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos e compactáveis domiciliares, comercial-industriais (com características domiciliares), das repartições públicas e da limpeza de áreas públicas de Gaspar. E qual é valor do acréscimo assinado pelo presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi? R$ 1.410.298,56. Acorda, Gaspar!
Fará falta. O médico José Fernando Schmitt, o Teco, deixa de ser médico da prefeitura, segundo o decreto 5.269/2012. É que ele se aposentou pelo INSS.
O PMDB de Gaspar diz que está com azar. Não está. Falta-lhe capacidade estratégica e negocial para ser poder e que sobra ao PT, por exemplo. Sempre que foi governo, a exceção quando Osvaldo Schneider, o Paca, que representava o velho MDB, o PMDB foi arrogante e perdeu o que conquistou e comemorou. Está prestes a perder o controle da futura Câmara, está tendo dificuldades para fazer de Kleber Edson Wan Dall prefeito, viu Antônio Osni Woeleck, Toni da Churrascaria, expressar toda a sua decepção publicamente numa longa entrevista em assunto já abordado amplamente aqui durante a campanha, e de troco, o PMDB sentiu o sabor amargo de atentar contra a liberdade de imprensa, escondido no manto de outros.
PSD e DEM de Gaspar estão se casando. O PMDB desdenha o casal. Vai ficar viúvo e sem teto na Câmara. Acorda, Gaspar!
O PT de Gaspar é ardiloso e vingativo. Tem que ser do jeito dele. Olha só o que fez com as emendas dos vereadores ao Orçamento de 2013. Quando apresentadas, foram aprovadas por oito a um na Câmara. Rejeitadas pelo prefeito Pedro Celso Zuchi, o veto dele foi derrubado por seis a três na Câmara. Foi sancionada. Inconformada numa coisa legal e possível, mais uma vez, a prefeitura foi ao Tribunal de Justiça. Conseguiu uma liminar para melar a autonomia dos vereadores. Como no mérito estava prestes a perder a causa, o prefeito mudou de tática e agiu.
O que o prefeito e sua turma fizeram. Alteraram as Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual de 2013. O que significou isto? Por linhas tortas, anulou ardilosamente as emendas populares dos vereadores. Votaram contra estes dois novos projetos de lei na terça, os vereadores Kleber Edson Wan Dall e Raul Schiller, ambos do PMDB. Os demais da dita oposição, fingiram que não viram que o jogo mais uma vez era contra a autonomia e o respeito do Executivo ao Legislativo. Triste cena. Submissa Câmara. Acorda, Gaspar!
Edição 1449
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