26/11/2012
OPOSIÇÃO OU SITUAÇÃO I
O PMDB de Gaspar foi um dos vencedores da última eleição municipal. Ganhou a possibilidade de ser governo e demão beijada: esforço, sorte, competência e exposição ao risco partilhado com outros. Não se preparou. Não sabe, agora, se será oposição ou situação. Está desorientado. Pior. O PMDB de Gaspar não possui planos, nomes, estratégia, qualificação e competência para ser governo. Basta lembrar que isto é um legado. Quando foi governo (com Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho, e Adilson Luiz Schmitt) também foi um assim. Querem exemplos?
OPOSIÇÃO OU SITUAÇÃO II
Nunca o partido ? a exceção se faz ao edital Mandrake da Ponte do Vale, mas que logo se recuou ? questionou as dúvidas do governo de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. E olha que tinha dois vereadores e um deles até foi o presidente da Câmara, justamente o que ainda pode ser prefeito, Kleber Edson Wan Dall. Os dois vereadores foram os tais, que deram na maioria das vezes, vantagem para o PT, onde com três votos, valeram mais do que sete numa Câmara de dez. Algumas das dúvidas do Executivo possuem o claro DNA dos vereadores. Não fiscalizaram, não questionaram e não as impediram.
OPOSIÇÃO OU SITUAÇÃO III
O próprio Wan Dall andou de lado no partido. Chegou a conversar com o PSD para trocar de banda quando a oportunidade lhe surgiu. E quando as eleições de 2010 para deputado estadual chegaram, ele preferiu ser cabo eleitoral dos interesses da sua Igreja e de um pastor candidato, do que lutar por um do PMDB, fortalecer a representação do partido e dele próprio para ser a opção viável a prefeito pelo partido.
OPOSIÇÃO OU SITUAÇÃO IV
Se a sorte, por vias tortas, erros, rejeição e falta de alternativas de renovação dos outros bafejou mais uma vez o PMDB, qual a razão para ele desdenhá-la? Por que está desorientado? Falta-lhe liderança e quadros de qualidade (e renovação) para pensar e tocar a cidade diferente do que o próprio PMDB fez e do que é feito atualmente pelo PT. Está com medo e olhando o empreguismo e dos mesmos. Nada mais. Outro partido, estruturado, interessado em mudanças como ele pregou, na situação dele, já teria montado um governo paralelo, forte, institucional para duas coisas: para fazer oposição consistente enquanto e no tempo em que o PT for governo e para se tornar viável e capaz quando a chance de assumir de verdade, se ela vier, construir algo mais consistente no médio prazo para ser julgada nas urnas.
OPOSIÇÃO OU SITUAÇÃO V
E o que o PMDB faz? Nada. Ou quase nada. Acha que a cidade e as pessoas vão se ajoelhar aos seus pés. O PT, com todas as dúvidas administrativas, pecados imperdoáveis e ameaças de perder o próximo mandato por seus próprios erros de conduta, está trabalhando (e muito), compondo (e muito) para ser governo e até se preparando (e muito) para ser oposição. Vai triturar o PMDB se ele vier a ser governo. E vai ser fácil pelo jeito. Ainda mais com um PMDB desarticulado e juvenil. Acorda, Gaspar!
OLHO GRANDE I
O PSD de Gaspar está com dois dilemas. A princípio bons, Mas está se tornando um grande problema para a direção e alguns membros. Falta-lhe liderança e risco. Falta-lhe decisão. Quem quer agradar a Deus e ao diabo, ficará no purgatório. O PT quer o PSD no governo. A oferta agrada. Alguns como o presidente Fernando Neves, estão dispostos a perdoarem os pecados mortais da atual administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. E assim irem para o altar. O PT dá para o PSD escolher as Secretarias de Educação, de Saúde, de Desenvolvimento Social, a Fundação Municipal de Esporte, a de Indústria, Comércio e Turismo e a de Agricultura. O recém eleito suplente de vereador, Evandro Carlos (Wando) Andrietti é o maior entusiasta (o PP e o PSD estavam coligados para a vereança). Sem emprego, Wando assumiria a Câmara no lugar de Hilário José Melato, PP, prometido pelo PT para a presidência do Samae neste esquema.
OLHO GRANDE II
O PT quer no casamento, a fidelidade total do PSD, inclusive na Câmara, onde seria maioria tanto na situação quanto numa eventual oposição. E isto pega. Nem todos do PSD concordam com este pacote fechado, como o vereador mais votado de Gaspar, Marcelo Brick de Souza. E por isso, as reuniões terminam sem acordo. Na Câmara além do PT, o PSD (dois vereadores) conversa com o PMDB (quatro) que com o DEM(um) e o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, o Lu, PP, e que não se alinha com o presidente Mellato nos planos incondicionais dele com PT, querem formar um bloco. Mas está difícil. O PMDB não tem planos, liderança e oferta. Engana e pensa no seu umbigo. Assim, a tentativa de dar a presidência a Lú no primeiro ano, a Marcelo Brick de Souza, no segundo; a Andreia Symone Zimmermann Nagel, DEM, no terceiro; e a Ivete Mafra Hammes, PMDB, no quarto ano da próxima legislatura, está indo embora.
OLHO GRANDE III
O PMDB quer compor, mas é ganancioso. Quer tudo para ele. Migalhas para os outros e principalmente para a cidade. Quer indicar o procurador (novo cabide comissionado para o presidente Roberto Pereira de Souza). Quer indica-lo como o diretor geral da Câmara (novo cabide comissionado para Celso Oliveira, coordenador da campanha, que como executivo deixou o Hospital mal das pernas para a população). Quer indicar a coordenação do programa de Vereadores Mirins (cabide já existente para o assessor de Wan Dall, Ernesto Hostin, PTB). Quer indicar o assessor de imprensa... Falta ao PMDB apetite para ver uma Gaspar diferente. Renovação das práticas? Renovação de ideias e nomes? Zero. Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
Ingratos. A diretoria do IF-SC do Bela Vista, que está lá, graças a doação de parte do terreno da Associação de Moradores, agora quer o silêncio dos frequentadores da Associação para não atrapalhar as atividades do Instituto. Pode?
As impugnações das candidaturas de Pedro Celso Zuchi, PT, estão paradas na Procuradoria Regional Eleitoral. E se aproxima a data da diplomação. Elas foram aceitas aqui na Comarca e em tese, impede a diplomação dos vencedores Zuchi e Mariluci. E quem é o presidente interino do Tribunal Regional Eleitoral? Desembargador Eládio Torret Rocha ? aquele que disse que político como o prefeito de Gaspar devia ser banido da vida pública.
Razão do atraso. Nos números do Enem, Gaspar nem apareceu. São Bento do Sul, por exemplo, colocou três entre as 20 melhores de Santa Catarina, Mafra uma e assim vai.
Na terça-feira a nomeação de Luiz Roberto Schmitt. Na sexta, o mesmo Diário Oficial dos Municípios - aquele que se esconde na internet - o decreto 5.252 que tornou sem efeito a nomeação dele para o cargo de procurador do município. Luiz Roberto, sobrinho de Pedro Celso Zuchi, PT, e que já atuou em causas a favor do tio, passou no concurso 001/2012. Nada errado. Na época, a Prefeitura não havia designado o número de vagas para este cargo. Só depois da realização do concurso as fixou em três. Coincidentemente ele foi o terceiro classificado. Outra coincidência da semana passada. A Promotora da Moralidade Pública da Comarca de Gaspar, Chimelly Louise de Resenes Marcon, decidiu converter o um procedimento preparatório em inquérito civil. E para quê? Para ?apurar a regularidade do concurso público da Prefeitura de Gaspar regido pelo Edital n. 01/2012?.
Coisa gorda, continuada e fedida. O presidente do Samae, Lovídio Carlos Bertoldi, mandou aditivar pela quinta vez, o contrato 22/2010. Você sabe quanto o Samae vai pagar no ano que vem para a Recicle receber o lixo recolhido pela Say Muller, empresa inventada pela administração petista como se revelou na CPI dos Cemitérios? R$ 1.790.740,00.
Perguntar não ofende. Qual a razão que faz um grupo de vereadores eleitos, buscar um procurador ou assessor jurídico comissionado e de confiança para ajudá-los na próxima legislatura? Não confiam no efetivo? Ele não dá conta do recado? Ou estão querendo empregar desempregado? Acorda, Gaspar
O show de abertura do ?Gaspar Natal em Festa, 16 anos de magia?, na escadaria da Matriz foi dez. Parabéns.
Edição 1444
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