30/10/2012
ENROLAÇÃO I
Últimos dias de campanha ao Governo do Estado. Setembro de 2010. A candidata e gasparense honorária Ideli Salvatti, PT, despencava nas pesquisas. Todos sabiam. Mas, aqui, o companheiro Mauro José Gubert, comissionado que aparelha o Orçamento Participativo até hoje, resolveu, ao modo partidário e pela mentira, dar uma mãozinha contra a realidade. Distribuiu propaganda a partir do seu local de trabalho, via internet. Era uma pesquisa falsa colocando Ideli no segundo turno. Informei com farta documentação no meu blog. Horas depois o blog estava invadido, fora do ar e o tal material entre outros, ?desaparecidos? até hoje magicamente do blog.
ENROLAÇÃO II
Gubert foi denunciado pelo Ministério Público. A Ação 566 que apura atos vedados a funcionários públicos virou inquérito e na semana passada voltou para a Polícia Federal, em Itajaí. Ela pediu mais prazo para apurar este dificílimo mistério que intriga muita gente. Faz quase dois anos que o inquérito vai e volta na PF. Nada de conclusão. No dia 31 de janeiro de 2010, o então juiz Sandro Pierri que não está mais na Comarca, atendeu a primeira solicitação de prorrogação de prazo da PF para concluir o caso. Na semana passada, foi a vez de Ana Paula Amaro da Silveira. Foi o oitavo pedido neste sentido atendido pelo Judiciário gasparense. Em Lages, em caso assemelhado, mas não envolvendo o PT, o inquérito e a sentença se resolveram em seis meses.
CHANTAGEM I
O vereador José Amarildo Rampelotti, PT, líder do prefeito na Câmara, partiu para o ataque. Afirmou com todas as letras na última sessão que vão faltar verbas para Lar das Meninas e outras ações assistenciais obrigatórias em nosso município. É o recado frontal contra a juíza Ana Paula Amaro da Silveira. Chantagem. Ameaça. Revanche. Talião. Esta é a linguagem e o discurso dos nossos políticos que não dialogam, que não buscam saídas e soluções. Ela é juíza da primeira Vara da Comarca, a qual cuida dos direitos da família, da criança e da adolescência, assunto que não é prioritário em muitas administrações municipais daqui, não só a do PT. Faz tempo. Ana Paula também é cumulativamente, e no rodízio, juíza eleitoral. E como tal sentenciou recentemente em uma representação feita por adversários, a cassação do registro da candidatura de Pedro Celso Zuchi, PT. Pronto. Virou mais inimiga do que já era desse pessoal político de leis próprias.
CHANTAGEM II
E por que a juíza tomou tal decisão? Porque como prefeito ? que ainda é ? Zuchi distribuiu com aval da própria Câmara - que não fiscalizou ou propositadamente se ausentou para a lei e assim obter também vantagens eleitorais - recursos a entidades locais. Não podia. Era época imprópria. A ação é vedada pela legislação eleitoral. Pior. O Município fez isto sem a devida dotação no Orçamento, um orçamento que é manipulado e mexido a toda hora e também com aval pela alienação e desconhecimento do assunto pela maioria dos vereadores de Gaspar. Só agora, eles resolveram acordar para esta excrecência administrativa contábil, tantas vezes denunciada aqui.
CHANTAGEM III
O PT de Gaspar está dodói. Quer que prevaleça ? como sempre - a lei dos interesses da hora do partido e do prefeito, onde só ambos podem ter vantagens. Se isto não acontecer, retalha, vinga, empareda mesmo que seja contra o Judiciário onde há caminhos próprios para o contraditório, à defesa e os recursos em outros graus e que neste caso já está no Tribunal Regional Eleitoral para análise. Ana Paula foi chamada a sentenciar. Fez sob fundamento técnico da lei e da convicção. E como a sentença monocrática de primeiro grau não favoreceu o candidato, ao invés de promover a defesa de suas teses no próprio Judiciário, prefere criar fatos fora do devido processo legal para a galera propositadamente desinformada ou manipulada por meias informações.
CHANTAGEM IV
E quem o candidato, o prefeito e o PT querem agora que pague esta conta? Os fracos, os desassistidos, os que estão prestes a se tornarem párias da sociedade, os menores e adolescentes que já vivem à margem de qualquer política municipal de inclusão. Vergonha. Crime. Este é o estado de ânimo dos nossos políticos e administradores. Quer um exemplo entre muitos? Para construir (ou comprar, como foi o caso) um ?abrigo lar? tiveram que ser obrigados por decisão judicial. Depois, na maior cara de pau, queriam promover festiva ?entrega? do prédio para constar no rol de obras de sua visão e iniciativa administrativas. Embusteiros.
CHANTAGEM V
Sobre esta ameaça de que vão faltar verbas para os programas sociais, é bom ressaltar esta decisão interlocutória da juíza Ana Paula. ?Considerando pertinente a questão debatida nestes autos, junto ao feito, cópia de quatro Projetos de Lei do Município de Gaspar (três já aprovados e o último em tramite), os quais dão conta da retirada de recursos de serviços públicos essenciais (saúde, educação e assistência social) e obras importantes para complementar a folha de pagamento dos servidores da Câmara Municipal e do Município de Gaspar?. Ou seja, a Câmara e os vereadores possuem culpa solidária neste cartório. E como! Acorda, Gaspar!
SOBRE O TRAPICHE
O que é aquela queixa sobre ?exigências? do meio ambiente e que Arnaldo Muller relatou na gravação que o ex-petista e ex-procurador geral do município, Mário Wilson da Cruz Mesquita fez com ele? Arnaldo deu a entender que o doutor Mesquita conhecia tal exigência extraordinária. Hum!
Moradores do bairro mais populoso, o Santa Terezinha, queixam-se: não podem ser atendidos no posto saúde do mesmo bairro. É isto que acontece para quem mora d?outro lado da Avenida Frei Godofredo, perto da garagem da Prefeitura. Os moradores dali devem ir ao Centro. Como assim? Mais longe? E olha que este é o governo do povo. Imagina se não fosse. Acorda, Gaspar!
O Beco Inês Baron, na Coloninha, feito de gente humilde que até bem pouco tempo comia pó e se lambuzava na lama devido à falta de calçamento, virou rua estreita para os ricos se desviarem do trânsito congestionado na Rua Nereu Ramos em direção a Gaspar. E a Rua Cecilia Joanna Schneider virou, logo no início deste governo, beco para o privilégio de alguns ricos, amigos dos poderosos.
Era só o que estava faltando. Veja esta. Estão querendo implantar um trevo para facilitar a vida dos moradores e dos que se utilizam da Rua Inês Baron. Legal. O Governo do Estado prometeu custeá-lo. Mas o município de Gaspar (leia-se prefeitura, Secretaria de Obras, Secretaria de Planejamento, procuradoria) não fez o projeto. Então se alega agora, que a verba prevista para tal obra foi parar em outro município. Quem contou isto foi o vereador Kleber Edson Wan Dall, PMDB, na última sessão da Câmara e requenta na de hoje com um requerimento. Será que estamos jogando obras fora quando necessárias para a mobilidade e para os pobres? Acorda, Gaspar!
Ingratos. O vereador José Hilário Mellato é PP. Sempre fez jogo duplo. Ele manobrou o quanto pode para o PT fazer da Câmara uma marionete à administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. Por isso, quase sempre sete votos valeram menos do que três na Câmara. Uma vergonha. Na última sessão, Mellato desabafou ao líder do prefeito: seus pedidos não estavam sendo atendidos. O líder do prefeito, de viva voz, na tribuna, disse que entendeu o recado. Hum! Vem manobra por aí. Será que é no tal projeto 96/2012, o que remaneja em regime de urgência verbas do Orçamento e que alguns vereadores resolveram discutir um assunto que não discutiam e que não estão habituados a lidar? Acorda, Gaspar!
A Justiça Eleitoral acaba de intimar e deu prazo de 30 dias para a Rádio 89,7FM pagar a multa de R$ 21.282,00. Refere-se àquela entrevista que o chefe de campanha de Pedro Celso Zuchi, PT, Doraci Vans, deu à rádio. Ela foi condenada e não conseguiu se defender a tempo conforme alegou o engenheiro, radialista e proprietário da rádio, Joel Reinert. Uma parte desta pena a rádio já cumpriu durante a campanha. Ficou 24 horas fora do ar.
Piada que só políticos sabem contar e rir dela mesma, fazer manchete nos veículos de comunicação, apesar da nossa incredulidade. ?Após vários meses parados, as obras da Ponte da Saudade, em Ilhota, foram retomadas neste mês?.
Edição 1436
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